Ampliação do Museu de Arte de Filadélfia será subterrânea
O arquitecto optou por intervir ao nível dos interiores existentes e criar galerias subterrâneas de forma a não “perturbar” o existente Edifício das Belas Artes
Ana Rita Sevilha
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O canadiano Frank Gehry deu a conhecer o projecto que visa reformular e ampliar o Museu de Arte de Filadélfia. O arquitecto optou por intervir ao nível dos interiores existentes e criar galerias subterrâneas de forma a não “perturbar” o existente Edifício das Belas Artes.
Ao contrário do que sucedeu em Bilbao, onde Gehry criou um edifício icónico, aqui, o canadiano optou por uma intervenção mais reservada. Segundo a Dezeen Magazine, numa entrevista filmada pelo Museu, Gehry referiu: “o que mais gosto neste projecto é o facto de ninguém perceber que o Frank Gehry lá esteve. A ideia de estar fora do alcance do radar é uma coisa que gosto”.
De acordo com a mesma fonte, o arquitecto pretende criar um eixo leste-oeste que atravessa o museu e para isso será necessário mudar o auditório e criar dois foyers – Lenfest Hall e Great Stair Hall – que vão conduzir os visitantes para as novas galerias e as galerias existentes. Mais de 15 mil metros quadrados do novo espaço expositivo vai ficar no subsolo e parcialmente iluminado através de uma grande clarabóia circular.
“Começámos por estudar o edifício, o seu DNA”, explica no mesmo vídeo, “a partir daí decidimos utilizar todos as características significativas que os autores do edifício original nos deixaram, de forma a criar uma sequência de entrada com um carácter forte e uma ligação entre as novas galerias e o edifício existente que parecesse que estivesse sempre lá”. “O meu objectivo é que o edifício, no seu todo, seja uma declaração de uma intervenção coerente”.
Gehry sublinha o legado arquitectónico que este edifício deixou e explica que “assim que entrámos percebemos que o que tinhamos de fazer era seguir a Estrada de Tijolos Amarelos. Estava tudo lá, inclusivé foi o próprio edifício que nos mostrou o que poderíamos e como poderíamos fazer”.
O projecto que deverá demorar uma década até estar concluído, compreende também um novo Centro de Educação e a melhoria das zonas e instalações para visitantes, nomeadamente o restaurante e a loja. A Frank Gehry junta-se ainda a empresa local OLIN que vai redesenhar as praças a leste e a oeste.
A proposta está em exposição no Museu, integrando a mostra “Making a Classic Modern” que ficará patente até ao próximo dia 1 de Setembro.