Investimento em imobiliário de retalho na Europa alcança €6,6 mil milhões no 1º trimestre de 2014
Geograficamente, a parte mais expressiva da actividade continua focada nos mercados líquidos e de grande dimensão do Reino Unido e da Alemanha, que, em conjunto, totalizam 63% do volume transaccionado no trimestre
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Segundo a Jones Lang LaSalle, o investimento em imobiliário de retalho na Europa está bastante dinâmico, com um início de ano sólido e dando sequência aos fortes volumes de investimento registados na segunda metade do ano passado.
Em nota de imprensa a consultora refere que o investimento directo em imobiliário de retalho no 1º trimestre alcançou os €6,6 mil milhões, mais 27% do que os €5,2 mil milhões registados no 1º trimestre de 2013 e cerca de 20% acima da média trimestral dos últimos cinco anos.
Geograficamente, a parte mais expressiva da actividade continua focada nos mercados líquidos e de grande dimensão do Reino Unido e da Alemanha, que, em conjunto, totalizam 63% do volume transaccionado no trimestre. O mercado do Reino Unido continua muito dinâmico, registando um volume de investimento no trimestre de €2,3 mil milhões, 27% acima da média trimestral dos últimos cinco anos. Já na Alemanha, diversos negócios de grande dimensão impulsionaram o volume transaccionado para os €1,8 mil milhões, mais 56% do que a média trimestral dos últimos cinco anos. Nos restantes mercados europeus, destaque para o aumento expressivo de actividade nos mercados em recuperação da Itália, Espanha e Irlanda, além também do mercado da Holanda, o que sugere que a apetência dos investidores pela expansão geográfica continua a alargar-se.
Adrian Peachey, Head de Retail Capital Markets UK, comenta: “No Reino Unido, observamos elevados níveis de procura quer para activos secundários de referência quer para os super prime. Além disso, o stock de menor qualidade, quando integrado em portefólios, também tem registado boa procura. Assistimos a um número crescente de novas solicitações para oportunidades de investimento no nosso mercado por parte de um vasto leque de investidores estrangeiros e domésticos, o que reforça a nossa visão de que a forte apetência por stock deste segmento manter-se-á sustentado por um período considerável de tempo”.
O trimestre caracterizou-se pela conclusão de várias operações de grande dimensão nos principais mercados europeus. O maior destes negócios foi a compra da posição de 50% no CentrO, em Oberhausen, na Alemanha, por €535 milhões pela Unibail Rodamco. No Reino Unido, a Intu Properties comprou a participação de 50% no Westfield Merry Hill por £407,7 milhões (€492 milhões) e de 100% do Westfield Derby por £390,3 milhões (€471 milhões). Entretanto, em França, a Fonciere Aspys está a adquirir o Beaugrenelle Shopping Center em Paris por um preço na ordem dos €700 milhões.
James Brown, Head de European Retail Research e Consulting, conclui: “Os mega negócios aos quais estamos a assistir quer no Reino Unido quer no resto da Europa, com yields muito interessantes, demonstram que os centros comerciais prime continuam a ser muito atractivos para os investidores, mas reflectem também o reforço da procura por parte dos retalhistas, nacionais e particularmente os internacionais, por espaços nos melhores centros comerciais regionais em toda a Europa. Em relação a perspectivas futuras, dada a melhoria do sentimento económico, o aumento continuado dos fluxos de capital e o alargamento dos alvos de investimento quer em termos geográficos quer em tipo de activos, esperamos ver um aumento dos volumes de investimento em 2014 face aos €26,6 mil milhões transaccionados em 2013. O potencial entrave a este dinamismo continua a ser a disponibilidade de stock prime, que poderá não conseguir acompanhar esta procura”.
Fernando Ferreira, Diretor de Capital Markets da JLL Portugal, comenta que “também em Portugal, o investimento em imobiliário de retalho está a recuperar, reconquistando a posição de liderança que sempre teve na preferência dos investidores e agora com uma maior diversificação de produtos de investimento, dada a consolidação do comércio de rua. Tem sido, aliás, este último segmento a impulsionar o investimento em imobiliário de retalho nos últimos dois anos, mas desde meados do ano passado que a procura por centros comerciais está também a reemergir, como se pode ver no aumento das posições dos actuais proprietários”.