Impressão 3D deverá influenciar procura de imobiliário industrial e logístico no futuro
“A evolução da indústria está a motivar a procura para um conjunto de imóveis em toda a cadeira de valor, incluindo instalações para I&D – muitas vezes localizadas junto à produção”

Ana Rita Sevilha
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A Jones Lang LaSalle levou a cabo um novo research que, segundo a consultora, evidenciou que as mudanças na indústria produtiva criarão maior complexidade e mais desafios para as empresas de produção, mas aumentarão as oportunidades para os investidores e promotores imobiliários.
O relatório destaca que a impressão tridimensional (prototipagem rápida) irá transformar determinadas partes do processo produtivo, bem como a natureza das fábricas e das cadeias de distribuição. Segundo explica a consultora imobiliária, embora esteja ainda a dar os primeiros passos, a impressão 3D tem potencial, a longo-prazo, para desencadear o que alguns especialistas já apelidaram de “nova revolução industrial”.
A capacidade de “imprimir” objectos à escolha poderá mudar radicalmente a forma como e onde os processos produtivos se desenvolvem, assim como o tipo de instalações que as empresas exigem. De acordo com a Jones Lang LaSalle, “em vez de uma produção em massa, a impressão 3D foca-se na customização; em vez de deslocalização internacional, a impressão 3D deverá encorajar uma produção mais local e próxima do mercado”.
De acordo com Jon Sleeman, Director de EMEA Logistics & Industrial Research na Jones Lang LaSalle, a impressão 3D irá “mudar a natureza das fábricas em algumas indústrias. Em vez de fábricas de grande dimensão feitas à medida, este processo criar ica ﷽﷽﷽﷽﷽presas estaresas estará uma procura para edifícios de pequena e média dimensão mais estandardizados, que as empresas irão preferir arrendar em detrimento da compra. Em resultado, emergirão novas oportunidades para investidores e promotores imobiliários”.
As dinâmicas que influenciam a localização da capacidade produtiva – incluindo questões como a deslocalização para países em desenvolvimento, a relocalização para os países de origem ou uma deslocalização para países mais próximos – estão também em mudança. O relatório refere que, embora a deslocalização para países em desenvolvimento tenha sido uma tendência importante, há muitas indústrias que se caracterizam por um foco predominantemente local ou regional; têm inerentemente menor mobilidade; e podem ter um forte racional para permanecer em economias de custos mais elevados.
De acordo com Jon Sleeman, “a evolução da indústria está a motivar a procura para um conjunto de imóveis em toda a cadeira de valor, incluindo instalações para I&D – muitas vezes localizadas junto à produção – e espaços logísticos que apoiam o processo produtivo. De acordo com a Jones Lang LaSalle, nos últimos cinco anos (2008-2012), as empresas de produção geraram directamente 16% do total de absorção de imobiliário logístico em 11 dos principais países Europeus, evidenciando o peso da indústria como fonte de procura para este tipo de imobiliário”.
Paul Betts, EMEA Logistics & Industrial, da Jones Lang LaSalle, sublinha: “A evolução da indústria influenciará a procura de imobiliário em toda a cadeia de valor. Implicará também alterações nas localizações, à medida que se desenvolvem novos clusters industriais e emergem novas localizações”.
E acrescenta: “Os promotores e investidores imobiliários cujo foco de imobiliário industrial se tem concentrado na logística, deverão também considerar as oportunidades geradas pela indústria, especialmente em localizações fortes de clusters”.