Fundação EDP reformula projecto de Amanda Levete em conformidade com o PDM
A EDP mantém a intenção de avançar com o projecto – num investimento de 20 milhões de euros – ainda durante este primeiro semestre de 2013
Ana Rita Sevilha
As implicações da nova directiva EPBD em debate no Tagus Park
AEP: BOW arranca 2025 com presença na Alemanha
Portugal no centro do design global na Maison&Objet 2025
Dstgroup lança LYRICAL Design Windows
Stoneshield Investments reforça em Lisboa
Portal Poupa Energia com mais de 1,6M de visitas
Aquisição da Hempel Industrial reforça presença europeia da CIN
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
A Fundação EDP alterou o projecto do centro cultural previsto para a zona de Belém, em Lisboa, em conformidade com o novo Plano Director Municipal (PDM), aprovado recentemente, e com recomendações da Direcção Geral de Património Cultural e da Provedoria de Justiça. A notícia foi avançada pela Lusa e pelo Público.
Segundo as mesmas fontes, a Câmara de Lisboa teria aprovado em Fevereiro passado um pedido de informação prévia da Fundação EDP para a construção de um centro cultural que previa uma ocupação de 14 metros de altura e 150 metros de frente ribeirinha de Belém, junto à Central Tejo, onde neste momento existem antigos armazéns.
O projecto, assinado pela arquitecta britânica Amanda Levete. “motivou críticas da oposição, com PSD e CDS-PP a considerarem que violava o PDM então em vigor, que permitia a construção no máximo de 50 metros de comprimento na frente rio e de 10 metros de altura, questões partilhadas pelo movimento cívico Fórum Cidadania LX, que apresentou uma queixa à Provedoria de Justiça”.
Perante um conjunto de dúvidas, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, admitiu, em resposta à Provedoria da Justiça, “erros relativos à área do prédio” e esclareceu que os terrenos pertencem à Fundação EDP e ao município, sendo que a câmara “prevê a sua cedência”.
Com a aprovação do novo PDM em Julho, a Fundação transmitiu à câmara que “sem desistir” do centro cultural, previa “reformular o projecto” e, por isso, “abdicava da informação prévia favorável e dos direitos que lhe pudessem assistir”.
O administrador da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, disse à agência Lusa que o projecto “sofreu alterações em função do novo PDM e recomendações da Provedoria e da Direcção geral do Património Cultural” em conformidade com as “preocupações” destas instituições, nomeadamente quanto à permeabilidade do solo. “Tivemos a disponibilidade para fazer alterações ao projecto no seguimento das sugestões feitas sem alterar nem as funções nem a arquitectura do centro. Fizemos uma nova versão do projecto, que foi entregue à câmara e que terá de ser novamente aprovado”, disse Sérgio Figueiredo.
O administrador assegurou que a EDP mantém a intenção de avançar com o projecto – num investimento de 20 milhões de euros – ainda durante este primeiro semestre de 2013.
O vereador de Planeamento e Política de Solos, Manuel Salgado, disse à Lusa que a discussão da nova versão do projecto aguarda formalidades da Fundação EDP e um “acerto patrimonial” com o município quanto aos terrenos, para ser debatido pelo executivo municipal.