PS de Coimbra acusa secretário de Estado dos Transportes de “desconsideração total” a propósito do Metro do Mondego
A Refer ordenou recentemente aos empreiteiros das obras de requalificação em curso na linha, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), um investimento que rondaria os 13 milhões de euros
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A Concelhia do PS de Coimbra acusou esta segunda-feira o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca, de tratar a cidade e a sua região com “uma desconsideração total” ao suspender o projecto do metropolitano do Mondego.
Num comunicado emitido esta tarde, a estrutura presidida por Carlos Cidade considera “inadmissível e uma falta de respeito pela cidade e pela região o facto de o secretário de Estado não falar, há seis meses, com os autarcas directamente envolvidos neste processo”.
A Refer ordenou recentemente aos empreiteiros das obras de requalificação em curso na linha, entre Serpins (Lousã) e Alto de São João (Coimbra), a supressão dos trabalhos relacionados com a plataforma da linha, assentamento de carris e construção da catenária, um investimento que rondaria os 13 milhões de euros.
Desde o início do ano que estavam em curso duas empreitadas superiores a 50 milhões de euros, entre aquelas duas localidades, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo “tram-train” na Linha da Lousã e na cidade de Coimbra.
Na sequência de uma reunião de urgência realizada no sábado à noite, os socialistas de Coimbra mostraram-se solidários com o presidente da Câmara da Lousã, Fernando Carvalho, que na sexta-feira reclamou a demissão do secretário de Estado dos Transportes.
O comunicado dos PS salienta que “este processo encerra um problema grave de credibilidade do Estado, pois o mesmo Governo que, há um ano, mandou avançar com as obras, vem agora mandar parar e, entretanto, já se gastaram 90 milhões de euros, pelo que, inventar qualquer outra solução, não tem qualquer sentido”.
“Se dúvidas houvesse sobre este projecto, elas deveriam ter sido colocadas há pelo menos mais de dez anos. Pelo que, não é este o momento, apesar das dificuldades, para decidir nesse sentido”, lê-se no documento.
O PS de Coimbra propõe, “com base em razões técnicas fundamentadas”, que a construção da linha da Lousã até S. José “possa ser faseada em três anos, distribuindo o investimento sucessivamente: 25 milhões de euros, no primeiro ano, outros 25 milhões, no segundo ano, e no último ano, 40 milhões”.
“Com este escalonamento, seria possível chegar a 2013 a operar em S.José; passar para 2015 a zona da Baixa e para 2017 a linha do Hospital”, lê-se.
Entre as propostas aprovadas, consta o repto ao ministro dos Transportes e Comunicações para que se “manifeste claramente sobre o projecto global do Sistema de Mobilidade do Mondego”.
Os socialistas de Coimbra anunciam ainda que vão entregar ao primeiro-ministro um dossier com as propostas devidamente fundamentadas, “quer política, quer tecnicamente, sobre a forma de viabilizar a concretização de um projecto essencial para uma região, para uma cidade, que ultrapassa, em muito, o simples transporte de passageiros”.
Por outro lado, a Comissão Política quer envolver todos os deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Coimbra do PS, PSD, BE e CDS, “na defesa das propostas” que apresentam.