Ascendi rejeita responsabilidades do acidente da A25 e diz que é cedo para falar em “cortes de verbas”
“No contrato de concessão da Beira Litoral e Alta [que inclui a A25] está estabelecido que a concessionária é penalizada em função da sinistralidade”, confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério das Obras Públicas
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A Ascendi, concessionária da A25, onde esta semana ocorreu um grave acidente rodoviário, recusa responsabilidade no acidente e considera que é ainda muito cedo para se falar em cortes de verbas por parte do Estado.
Fonte da Ascendi, citada pela Lusa sublinha que “o contrato de concessão da A25 estabelece um regime anual de prémios ou deduções nos pagamentos a efectuar à concessionária conforme o índice geral de sinistralidade da concessão seja, respectivamente, inferior ou superior ao Índice de Sinistralidade Médio do conjunto das auto-estradas nacionais”.
A concessionária da A25 salienta que o acidente de segunda-feira, que envolveu cerca de 50 veículos, “não determina por si só qualquer penalização”, uma vez que “só depois do apuramento dos índices de sinistralidade anuais das diversas concessões será possível determinar o seu efeito nos pagamentos do concedente à concessionária”.
O esclarecimento da Ascendi surgiu depois de a agência Lusa ter noticiado que, ao abrigo do contrato de concessão, a concessionária se arrisca a receber menos dinheiro do Estado caso este ano aumente o nível de sinistralidade na A25.
“No contrato de concessão da Beira Litoral e Alta [que inclui a A25] está estabelecido que a concessionária é penalizada em função da sinistralidade”, confirmou à Lusa fonte oficial do Ministério das Obras Públicas.
Assim, “os pagamentos de disponibilidade a efectuar à concessionária são afectados pelos índices de sinistralidade verificados na concessão”, acrescentou a mesma fonte, que não quis avançar detalhes financeiros, mas garantiu que “estas cláusulas são habituais nos contratos de concessão”.
Segundo a Ascendi, entre 2007 e 2009, em toda a extensão da concessão Beiras Litoral e Alta registaram-se 357 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 10 mortos, 39 feridos graves e 349 feridos ligeiros.
A A25 resultou da transformação em auto-estrada do IP5.
Os acidentes de segunda-feira provocaram cinco mortos e mais de 70 feridos. * com Lusa