Arquitectura

Investimento de 1,7 ME prossegue projecto Aquapolis, em Abrantes

Uma das principais obras deste projecto – onde já foram investidos cerca de 10 milhões de euros desde 2006 – é o açude insuflável no rio, inaugurado em 2008

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Investimento de 1,7 ME prossegue projecto Aquapolis, em Abrantes

Uma das principais obras deste projecto – onde já foram investidos cerca de 10 milhões de euros desde 2006 – é o açude insuflável no rio, inaugurado em 2008

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A Câmara Municipal de Abrantes vai avançar com a segunda fase do projecto Aquapolis, correspondente a um investimento de 1,7 milhões de euros, e que visa a recuperação das margens ribeirinhas do Tejo.

Uma das principais obras deste projecto – onde já foram investidos cerca de 10 milhões de euros desde 2006 – é o açude insuflável no rio, inaugurado em 2008, e que permitiu a criação de um espelho de água com 80 hectares de superfície.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, disse à agência Lusa que esta segunda intervenção no Aquapolis vai incidir sobre o reordenamento da margem sul do rio, com uma “operação de requalificação urbana e ambiental que irá dar uma nova vida ao espaço entre a ponte rodoviária e a zona da Fonte dos Touros”, em Rossio ao sul do Tejo.

Esta margem tinha já sido alvo de uma primeira intervenção, com a criação de zonas verdes, passeios e infra-estruturação.

A nova intervenção, mais profunda, “vai criar um espaço mais dinâmico”, disse a autarca, adiantando que, entre o hipódromo e os Mourões, vai nascer uma praça aberta ao Tejo – com cobertura para garantir sombra e iluminação noturna – e com condições para a realização de espectáculos.

A praça ficará dotada de condições para utilização durante todo o ano e funcionará também como local de apoio logístico a eventos.

Segundo Maria do Céu Albuquerque, a zona dos Mourões irá ser iluminada e, em seu redor, nascerá um prado de regadio com uma zona com equipamentos específicos para crianças e idosos e onde será criado um percurso ribeirinho entre a base da ponte rodoviária e a Fonte dos Touros.

Para além desta intervenção, a autarquia tem também em andamento o processo para construção de um Centro Náutico, na margem norte. Na margem sul, por sua vez, entrou este ano em funcionamento uma estação de canoagem que inclui também um projecto de requalificação e ampliação do parque de campismo, ainda na localidade de Rossio ao sul do Tejo.

A autarca acrescentou estarem também em desenvolvimento projectos de percursos ribeirinhos e de um Centro de Interpretação do Tejo Ibérico, para o qual estará assegurado financiamento em termos de conteúdos, no âmbito de uma parceria com as câmaras de Constância e Vila Nova da Barquinha, através do programa Polis dos Rios.

Maria do Céu Albuquerque admite que no último trimestre do ano possa ter início a empreitada em obra, que tem já assegurada comparticipação financeira no âmbito do programa “Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro”.

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Drones e câmaras 360º ao serviço da TPF Consultores

TPF Consultores

Num setor cada vez mais exigente, onde os prazos são curtos e a eficiência é essencial, tornou-se evidente a necessidade de adotar tecnologias que acelerem tarefas tradicionalmente realizadas de forma manual.

Neste contexto, a TPF Consultores tem vindo a incorporar soluções tecnológicas avançadas, como drones e câmaras 360º, para transformar a forma como realiza inspeções e capta a realidade nos seus projetos. Esta aposta estratégica permite aumentar significativamente a eficiência operacional, reforçar a segurança no terreno e disponibilizar soluções técnicas inovadoras, capazes de responder aos desafios atuais da engenharia e da construção civil.

 

Desde 2022, a TPF Consultores utiliza drones regularmente para executar levantamentos topográficos, medição de volumes em obra, produção de ortofotomapas, geração de nuvens de pontos e modelos digitais do terreno. Estes equipamentos, integrados com plataformas na nuvem, permitem o planeamento e a execução de voos automatizados, bem como o processamento e a análise dos dados recolhidos. Complementarmente, a utilização de câmaras 360º, aliada a ferramentas de comparação com modelos BIM, oferece uma experiência imersiva que possibilita inspeções mais completas e um acompanhamento detalhado da evolução das obras.

A aplicação destas tecnologias tem-se revelado eficaz em projetos de grande complexidade e dimensão, como o Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) e a monitorização de barragens de rejeitados. Nestes contextos, os drones e as câmaras 360º permitem um acompanhamento contínuo e rigoroso, reduzindo a necessidade de deslocações em ambientes de risco, promovendo a segurança das equipas no terreno.

Atualmente, a TPF Consultores está registada como operador de UAS (sistemas de aeronaves não tripuladas) na plataforma da ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) e conta com quatro drones operacionais, operados por uma equipa qualificada de quatro pilotos remotos. Esta capacidade interna permite à TPF integrar de forma consistente e eficiente o uso de drones nos seus projetos, garantindo elevados padrões de qualidade, segurança e inovação.

A TPF Consultores mantém um compromisso firme com a inovação contínua, investindo em tecnologias que impulsionam a qualidade, a segurança, a sustentabilidade e a eficiência dos seus serviços. A adoção de drones e outras ferramentas digitais é um exemplo claro deste compromisso, assegurando soluções modernas que respondem às exigências crescentes do mercado e que promovem o desenvolvimento sustentável.

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André Caiado, arquitecto e fundador da Contacto Atlântico
Arquitectura

O caminho do Simplex é “dar-nos liberdade, com responsabilidade”

Fundou a Contacto Atlântico há quase 30 anos e orgulha-se por ser um dos ateliers com mais “caminho” feito no mundo da arquitectura e com um conjunto de trabalhos assinados que vão desde a loja, ao escritório, à reabilitação de edifícios icónicos como o Quarteirão do Rossio ou o antigo edifício sede do Diário de Notícias. Acredita que o Simplex veio para ajudar e não complicar e com uma maior “liberdade, vem, também, uma maior responsabilidade”

O arquitecto André Caiado é o rosto à frente do atelier. O antigo espaço do estirador deu lugar a ecrãs onde se imaginam e desenham, tecla a tecla, os “sonhos” dos clientes. E não há mal nisso. A tecnologia está aí e é preciso aproveitar e tirar o melhor partido desta. “O arquitecto adapta-se a tudo”, diz e avança, mesmo que para isso tenha que, por vezes, recuar e relembrar que é no esquiço que nasce a ideia

Que balanço faz do vosso percurso?

Ao longo de 29 anos, quase 30, a Contacto Atlântico tem trazido imensa satisfação e eu diria quase felicidade durante o seu desenvolvimento como gabinete de arquitectura. Os projectos são entidades autónomas e são todas diferentes.

Portanto, o que acontece é que a probabilidade de termos projectos repetitivos é muito reduzida porque ou muda o cliente, ou muda o local, ou muda a condição da envolvente e, portanto, é um trabalho que é sempre novo. É um trabalho que se reinventa diariamente.

Ou seja, não há rotinas na vida de um arquitecto…

Sim, por outro lado as interacções entre as várias pessoas envolvidas também são diferentes porque um projecto, actualmente, é conciliar muitos interesses, entre o interesse do promotor que procura criar algo que lhe traga satisfação e o seu resultado económico.

O arquitecto acaba por ser um coordenador de vários intervenientes importantes durante o seu ciclo, entre o primeiro acto criativo de representação da intenção do cliente e a ter que um bocadinho de muitas coisas, a relacionar-se com conjuntos de realidades muito diversas ao longo do qual.

“O que o Simplex vem dizer é que, em determinadas situações, podes começar a construir desde que te responsabilizes por aquilo que estás a fazer. Acho que isso é importantíssimo numa sociedade onde o tempo de contexto representa mais de 30% do custo de um novo apartamento”

De que forma tem o atelier conseguido inovar e crescer? Qual o factor distintivo do vosso trabalho?

Há sempre um conjunto de pessoas que trazem consigo uma atitude muito curiosa. E, portanto, sempre que aparece qualquer coisa diferente, nós vamos tentar experimentar. Há uma vontade de experimentar o diferente e, quando ela é executada, há vezes que esse diferente é irrazoável e irrealista, mas há muitas vezes que esse diferente de facto tem uma componente de novidade, mas também de tecnologia e também de sucesso.

Eu lembro-me que começámos a trabalhar com um estirador e com tinta da China. Hoje não há estiradores, há computadores e há ferramentas tridimensionais fabulosas. Mas, por outro lado, não se perdeu o bloco com o papel vegetal, com o esquiço, para representar à mão as primeiras ideias do projecto.

Neste aspecto, a Contacto Atlântico foi-se adaptando aos tempos, sempre com a perspectiva de utilizar as últimas ferramentas tecnológicas, mas sem deixar de parte o traço criativo. Portanto, a primeira ideia, o primeiro esboço, o gabinete trabalha em todas as áreas de projecto e procura atribuir ao cliente o melhor que o cliente possa esperar em termos de soluções para o desafio que nos é apresentado.

Por outro lado, o facto de trabalharmos em todas as áreas da arquitetura, desde a industrial, a logística, a hospitais, restaurantes, de habitação a escritórios, de lojas, hotéis de luxo, permite-nos encaixar os diferentes ciclos do mercado. Se tivermos 15% de uma coisa, 20% de outra, 9% de outra, 14% de outra, as coisas conseguem acontecer de uma forma muito suave, é muito perigoso e às vezes é fácil deixar a empresa ir por um caminho, digamos, de monoproduto.

Acredito que esta é a aposta que leva a que o atelier tenha uma longevidade não muito comum neste tipo de negócio que é, pura e simplesmente, ser muito cuidadoso, dar os passos correctos, mas perceber, acima de tudo, que o objectivo é a satisfação do cliente e o sucesso do cliente, quer seja um sucesso emocional, como uma casa para um casal, quer seja um sucesso económico, como um promotor que pretende vender apartamentos ou explorar um hospital ou um restaurante.

Quais os principais desafios?

Acho que o desafio mais divertido é manter sempre na memória as palavras do Charles Darwin na evolução das espécies, quando ele escreve: “O mundo não é dos mais fortes. O mundo é daqueles que se adaptam mais depressa às alterações”. Nós fomos das primeiras equipas a adoptar o BIM em Portugal, há já uma década, e hoje acompanhamos as ferramentas de inteligência artificial todas que vão aparecendo e fomentamos na equipa esse acompanhamento e o aprofundar desses conhecimentos, nomeadamente, nos mais novos.

E depois é proporcionar à equipa a oportunidade de testar tudo. Nós estamos num momento onde, e eu já defini isto há algum tempo, onde eu começo a ver que começar a ter situações onde vamos ter um sistema automático com incorporação de inteligência artificial a aprovar projectos. É uma questão de tempo. É introduzir um conjunto de regras ao sistema, associar um modelo BIM e deixá-lo decidir se estão a ser respeitadas todas as regras. Em vez de termos um colega, um humano com uma lista, a fazer uma checklist a verificar se respeitámos todas as regras.

“Hoje com a IA a criação projectual representada verbalmente é, depois, representada não pelo esquiço, resultado do desenho manual ou da maqueta, mas pela imagem produzida por uma máquina que responde ao meu texto. Houve uma altura que eu pensei que isto podia destruir a profissão, mas hoje está claríssimo que não vai acontecer. Isto porque cada humano tem uma percepção da realidade envolvente de uma determinada maneira e vai deixar características suas no objecto criativo”

Estamos num caminho em que vimos a evolução da tecnologia em cada década, não é?

Absolutamente. Em cada década os saltos são gigantes, multiplicam-se várias vezes. O multiplicador é do para a tecnologia. Portanto, eu acho que não abraçar a tecnologia é suicido. Eu não diria o princípio do fim. É o fim do fim. É o suicídio directo. Já não há espaço para pôr as mãos nos olhos e não querer ver.

Que projectos foram mais marcantes?

É muito complicado conseguir escolher um projecto, mas há um que eu gosto especialmente, por ter sido um dos nossos primeiros projectos, que é o Clube Naval em Cascais, um projecto em betão branco onde nós desenhámos ao detalhe até os caixilhos das janelas. O betão branco requer que toda a infraestrutura seja desenhada e localizada dentro da laje, depois quando a laje é betonada, tudo o que não está feito já não se pode fazer porque o betão não é nem rebocado, nem pintado, como é descofrado, é como fica. Mas, também, porque naquele caso tratava-se de um equipamento público e, portanto, não era necessário ir ao encontro dos objectivos económicos de um cliente.

Um trabalho público, principalmente em termos de equipamentos e situações de concurso, é um trabalho onde a liberdade criativa é muito grande porque a conta é paga pelos impostos de todos e não há ninguém a dizer ao arquitecto que matéria deve ou não utilizar.

Estes projectos são interessantes por essa razão. E, depois, neste caso concreto, o uso do betão branco tornou o projecto extremamente desafiante em termos de metodologia construtiva.

Onde fica hoje o esquiço, o traço à mão? Ainda é valorizado?

Não há ainda outra opção, ou de outra maneira. O arquitecto é alguém que deve ter visto muito dos quatro cantos do Mundo. É importante é criar um universo de conhecimento na cabeça de cada um dos arquitectos. Por isso é que se diz, com uma certa graça, que o arquitecto é o homem velho. Não por ter 99 anos, mas por ter visto tudo. Por ter conhecimento. O arquitecto deve ter conhecido tudo. E, portanto, o arquitecto tem o projecto na cabeça. Como tirar o projecto da cabeça para explicar aos outros? Há dois caminhos. Um, que é perigosíssimo, eu conto uma história, que é a história do projecto. Só que o problema é que quando eu conto uma história, eu vou representar o imaginário e do outro lado as pessoas vão apreender dessa história aquilo que lhes interessa baseada na sua estratégia cultural. A outra alternativa é a passagem do cérebro para uma imagem através de uma representação do desenho.

Portanto, o famosíssimo esquiço do arquitecto, que tem a capacidade única de transmitir o meu sonho de uma forma realista, com menos filtros. Mas o grau de liberdade é muito menor do que uma descrição verbal e ao ser menor não temos o desencanto mais à frente e, portanto, ainda não há outra ferramenta que consiga ter a função do esquiço na representação. E quem diz o esquiço diz uma maqueta.

Portanto, a outra alternativa, para quem não tem jeito para desenhar, é fazer um pequeno modelo do edifício ou do objecto arquitectónico. Agora, no último ano, as coisas modificaram-se brutalmente outra vez e apareceu uma coisa que se chama Prompt. Portanto, há uma quantidade de ferramentas da inteligência artificial que cada dia melhoram, à qual o arquitecto descreve um determinado objectivo e a produção

é uma imagem. E, depois, eu vou produzindo uma nova descrição verbal, neste caso uma descrição escrita, e a ferramenta produz novamente uma imagem melhorada, e uma imagem melhorada, e uma imagem mais afinada, até o momento em que eu digo, ok, é mesmo isto. Isto é o meu objectivo. E nesse momento estou a tratar a IA como se fosse outro humano. Não deixa de ser assustador.

É engraçado termos chegado aqui a este paradigma, onde a criação projectual representada verbalmente é representada não pelo esquiço, resultado do desenho manual ou da maqueta, mas pela imagem produzida por uma máquina que responde ao meu texto. Vale a pena perceber que houve uma altura que eu pensei que isto podia destruir a profissão.

E actualmente já não está convencido disso?

Está claríssimo que não vai acontecer. Isto porque cada humano tem uma percepção da realidade envolvente de uma determinada maneira e vai deixar características suas no objecto criativo. O que nos salva é a nossa subjectividade e a IA poderá fazer sozinho milhares de soluções, mas só uma delas é que será apropriada para cada humano.

Então, face às reivindicações da profissão, umas mais antigas, outras mais recentes, como vê o papel da arquitetura na sociedade e junto de quem quer fazer cidade?

A arquitectura deve ser uma profissão de extrema humildade, porque tem um impacto brutal na cidadania. Quando no universo universitário eu pergunto aos alunos quem foi o maior ditador, normalmente os europeus todos respondem Hitler. O maior ditador para mim é o arquitecto que fez o apartamento onde eu vivo porque ele dita o percurso que eu faço entre a minha cama e a casa de banho todos os dias quando acordo. Por isso, a profissão deve ser olhada com extrema humildade, perceber o impacto da má decisão na vida das pessoas. Se eu fizer um degrau sozinho no meio de uma sala, eu tenho uma probabilidade imensa de provocar contínuas quedas de pessoas que não vêm o degrau.

De facto, a arquitectura é uma profissão que as pessoas abraçam por amor à arquitectura, não é? Aliás, eu acho que o arquitecto não é quem estuda arquitectura. O arquitecto é quem gosta de arquitectura. Eu posso dizer que alguns dos mais famosos arquitectos de sempre não estudaram arquitectura de início. É o caso da Zahid, que era Matemática, ou o mais famoso arquitecto holandês, Ren Koolhaas, que era jornalista ou até o Ricardo Bofill que nunca concluiu o curso de arquitectura.

E digo isto mesmo tendo sido professor catedrático de arquitectura de projectos durante 20 anos, mas acho mesmo que, mais do ter a formação de arquitetura, a chave é querer ser arquitecto.

“O facto de trabalharmos em todas as áreas da arquitetura, desde a industrial, a logística, a hospitais, restaurantes, de habitação a escritórios, de lojas, hotéis de luxo, permite-nos encaixar os diferentes ciclos do mercado”

Na prática, de que forma tem sido aplicado o Simplex e de que forma o arquitecto pode utilizar as novas regras também para se salvaguardar?

O Simplex faz todo o sentido na medida em que eu defendo a responsabilização dos profissionais. O que o Simplex vem dizer é que, em determinadas situações, podes começar a construir desde que responsabilizes por aquilo que estás a fazer. Acho que isso é importantíssimo numa sociedade onde o tempo de contexto representa mais de 30% do custo de um novo apartamento.

Na Contacto Atlântico, utilizamos todas as semanas projectos em modo de comunicação prévia para zonas consolidadas dos centros das cidades que não estão protegidas pelo património. Portanto, sim, é uma vantagem brutal. Por outro lado, cria uma muito saudável questão de responsabilidade em que o arquitecto já não vai tentar ver se dá para pôr mais um andar em cima daquilo, porque se correr mal, corre muito mal para ele próprio, por causa da maior responsabilização. Eu sou favorável a que, quando eu cometer o erro crasso de pôr seis pisos, quando o loteamento diz cinco, que venham buscar-me ao escritório e me levem de braço dado com o promotor e com o construtor para a prisão e que haja condenação de quem incumprir brutalmente de uma forma mais do que óbvia com aquilo que são as suas obrigações profissionais. Portanto, eu penso que é altamente positivo. Eu libertaria ainda mais as responsabilidades dos municípios e responsabilizaria ainda mais os engenheiros, os arquitectos, os construtores e os promotores.

Que conselhos daria aos jovens arquitectos que estão a iniciar? 

O conselho é nunca desistir. Never, ever, ever, ever give up. O Mundo é daqueles que não desistem. A pessoa, the only ones that wins, the only one that never gets portanto, quer continuar a insistir no seu sonho. Eu acho que isto acontece em todas as áreas, em todos os assuntos quem nunca desiste acaba por ser bem-sucedido e acaba por chegar a qualquer lado.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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Alcácer do Sal tem a vantagem de “conseguir disponibilizar oferta para diferentes segmentos”

Nos próximos anos, a Metropolitan Living prevê investir perto de 80 milhões de euros, repartidos pelo pipeline de 200 apartamentos para Lisboa e dois novos projectos de turismo residencial em Alcácer do Sal. Uma nova aposta da empresa e cuja localização, Ricardo Kendall, CEO Metropolitan Living, acredita ter “potencial” e com valores mais adequados ao perfil nacional

Cidália Lopes

Ricardo Kendall e Vera Kendall são o rosto da Metropolitan Living. Depois do sucesso das residências de estudantes Smart Studios e da alienação dos seus activos, estudos e análises de mercado levaram-nos para o mercado turístico. Alguns dos edifícios que já vinham da anterior empresa foram adaptados a este novo negócio.

Depois da venda da Smart Studios centraram a vossa actuação em apartamentos turísticos com a Metropolitan Living, inclusive mantendo alguns dos activos que já vinham da empresa anterior. Qual o motivo para esta mudança de estratégia?

Existe uma série de estudos, sobretudo da consultora McKinsey, altamente especializada em turismo, que mostram que nos próximos 10 a 15 anos vai existir um grande boom no turismo a nível mundial. Países como a India, a China, a Indonésia, que representam mais de 50% da população mundial, vão registar um amento significativo da sua classe média. Esta classe média vai viajar mais, e por isso acreditamos que Portugal estará no radar destas pessoas como um dos destinos turísticos mais procurados na Europa, prevendo-se que o sector do turismo ganhe assim ainda mais robustez do que a tem hoje, em Portugal.

O turismo tem vindo a ganhar grande destaque nas últimas décadas, impulsionado pela diversidade e a oferta de qualidade, faz, por isso, todo o sentido apostar no sector, e os apartamentos turísticos são uma parte importante da indústria de turismo e hospitalidade. A Metropoltan Living dispõe de vários apartamentos, para estadias temporárias ou de longa duração, e têm-se revelado a alternativa de excelência aos hotéis tradicionais. Os turistas procuram nesta solução ter mais conforto, privacidade e flexibilidade, muitas vezes esta é também a resposta mais adequada para turistas que viajem em grupos. Termos mais pessoas e por mais tempo em virtude da oferta e da experiência que conseguimos proporcionar será a tendência.

A Metropoltan Living dispõe de vários apartamentos, para estadias temporárias ou de longa duração e os turistas procuram nesta solução ter mais conforto, privacidade e flexibilidade ou é também a resposta mais adequada para turistas que viajem em grupos

Como olham para o sector e quais as principais tendências que antecipam?

A Metropolitan Living entrou num segmento muito específico com os apartamentos turísticos. A estratégia foi retirar da equação as três áreas onde, se perde mais dinheiro num formato de hotel e que são, tradicionalmente, o restaurante, o bar e a recepção. É tudo feito através das OTA’s, plataformas digitais que ligam os viajantes aos diversos serviços de viagem, como o booking ou o airbnb, e através do seu smartphone têm acesso ao edifício e ao seu apartamento. Outra mudança que adoptámos foi equipar todos os quartos com kitchenette, transformando todas as unidades em formato de apartamento, versátil e prático. Assim, também asseguramos, por exemplo, situações inesperadas, como uma eventual segunda pandemia, ou um downturn na economia em que o turismo estagna, e desta forma é possível alugar estes apartamentos a médio e longo prazo, e não ter um embate tão negativo, como teve a hotelaria tradicional durante o período da pandemia.

Esta tendência que estamos a criar, de apartamentos turísticos, com registo destes edifícios em modelo H1, modelo que não tem, por exemplo, obrigatoriedade de ter garagem ou elevador, e que são condições que a generalidade destes edifícios mais antigos da capital não tem, e que são o nosso mercado, para comprar e reformular na totalidade, e depois a superação de expectativas e o pricing são a nossa grande aposta.

Esta tendência que estamos a criar, de apartamentos turísticos, com registo destes edifícios em modelo H1, modelo que não tem, por exemplo, obrigatoriedade de ter garagem ou elevador, e que são condições que a generalidade destes edifícios mais antigos da capital não tem, e que são o nosso mercado, para comprar e reformular na totalidade, e depois a superação de expectativas e o pricing são a nossa grande aposta.

O “potencial” do Alentejo

O Olive Green é o vosso primeiro projecto fora de Lisboa. Apesar de ser também um produto turístico, este apresenta características distintas e um público-alvo diferenciado. Quais as principais diferenças?

O Olive Green é um projecto que se distingue desde logo pela sua essência, por ser uma oportunidade de escolher um estilo de vida equilibrado, consciente e cuidado, num local calmo e envolto na natureza, para tirar proveito das experiências e do momento, e também pela arquitectura, desenhada para se harmonizar e integrar com o ambiente.

Apresenta-se, por isso, como uma escolha ideal tanto para residência permanente como para segunda habitação. Os preços também se distinguem, começam nos 168 mil euros, sendo por isso uma oferta apelativa, acessível e direccionada para o público nacional. O metro quadrado aqui ronda os cerca de 4.700 euros, em contraponto com os cerca de 10 mil a 15 mil euros praticados na vizinha Comporta, preços incomportáveis para a generalidade dos portugueses.

Fruto desta diferenciação, preço, proximidade e qualidade, são já 24 os apartamentos vendidos em planta, ainda sem terem arrancado as obras de construção no terreno. É também um projecto diferenciador que redefine o conceito de habitação sustentável e moderna e se destaca da oferta imobiliária local, como um conceito apelativo para as famílias, com um conjunto de espaços comuns que permitem realizar diversas actividades.

Não sendo um formato turístico puro, a sua génese é residencial, haverá com certeza compradores investidores que poderão desejar rentabilizar o seu investimento, até porque Alcácer do Sal não tem, ainda, restrições para o alojamento local, e neste sentido, se assim houver interesse, a Metropolitan Living assegurará esse serviço aos seus clientes.

Porquê a escolha de Alcácer do Sal?

Alcácer do Sal é uma das cidades mais antigas da Europa, com mais de 3000 anos, uma cidade bonita, com rio, a 85 km de Lisboa, a pouca distância do futuro aeroporto e a cerca de 23 km das praias e da Comporta. A vantagem desta localização privilegiada são também as infraestruturas da cidade, nomeadamente acessos, centro de saúde, escolas, espaços de lazer e cultura e espaços comerciais, e com a chegada de novas famílias jovens haverá lugar para novos negócios e empreendedorismo na cidade, criando também novas oportunidades e um novo mercado, além das inúmeras actividades de lazer que se pode fazer desde canoagem, stand up paddle, golfe,  passeios de barco na Reserva Natural do Estuário do Sado, percorrer os trilhos de bicicleta ou pela ciclovia que liga a cidade às praias.

Por isso, Alcácer do Sal tem muito potencial, com a vantagem de conseguirmos disponibilizar oferta residencial e turística para diferentes segmentos o que, naturalmente, terá maior abrangência em termos de alcance e diversidade dos interessados, quer de nacionais quer de estrangeiros.

O próximo grande investimento será também em Alcácer do Sal, onde comprámos recentemente mais um terreno, e onde vai nascer um segundo projecto na região, o Salt Residences, com características mais exclusivas, mais direccionado para o segmento de luxo

Que outras localizações estão, também, no vosso radar? Que características procuram?

O próximo grande investimento será também em Alcácer do Sal, onde comprámos recentemente mais um terreno, e onde vai nascer um segundo projecto na região, o Salt Residences, com características mais exclusivas, mais direccionado para o segmento de luxo. Nós acreditamos e estamos a apostar muito nesta localização e nesta região porque reconhecemos o seu potencial.

Neste caso será um projecto diferente, composto por 25 moradias/vilas, com um pricing bem distinto, com valores acima de um milhão de euros. Localizado junto à estrada da Comporta, num terreno mais nobre em termos de privacidade e iniciámos agora o processo de licenciamento. Estes dois projectos em Alcácer do Sal, Olive Green Residences e Salt Residences, envolvem um investimento bastante avultado, na ordem dos 60 milhões de euros, por isso, sim, apostamos e acreditamos no potencial da região. Alcácer do Sal vai tornar-se num sítio com muita vida, aprazível e que os portugueses vão conseguir alcançar e onde vão querer estar.

Depois, estamos também a investir em Lisboa, através da Metropolitan Living, com características mais citadinas. Neste momento temos cerca de 80 apartamentos em Lisboa já em operação e mais três prédios, em obras e em licenciamento, o que perfaz um pipeline de 200 apartamentos. A ambição é chegar aos 500 apartamentos, mas há o obstáculo dos preços, que estão demasiado elevados, e por isso esta ambição poderá não ser alcançada já, mas acredito que chegaremos aos 300/350 apartamentos.

Qual a estratégia de crescimento da Metropolitan Living para os próximos anos? Que investimento está previsto?

A estratégia mantém-se no aumento do número de apartamentos turísticos em Lisboa, através da compra de edifícios mais antigos e com boa localização. Como já referi, estamos com um pipeline de 200 apartamentos na capital, há negociações a decorrer para outros prédios, e estamos com uma oferta recente para um prédio com 25 apartamentos no centro da cidade. Acreditamos que a ambição de alcançar as 500 unidades será num horizonte, talvez, a 10 anos, mas nesta fase estamos compradores de mais prédios em Lisboa, embora neste momento os valores estejam tão elevados que está a ser difícil comprar. O investimento envolvido nesta fase para a concluir o pipeline dos 200 apartamentos chega aos 20 milhões de euros.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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CIMPOR conclui investimento de 155M€ no novo Centro de I&D

Segundo os responsáveis da empresa, o novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável

CONSTRUIR

A CIMPOR anunciou um investimento de 155 milhões de euros nas áreas da inovação e sustentabilidade, através da modernização do Forno 7 e da criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D). O ministro da Economia, Pedro Reis, visitou o Centro de Produção da CIMPOR, em Alhandra, onde acompanhou os trabalhos e foi apresentado o projeto do futuro Centro de I&D.

O novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento
de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável. O edifício incorporará cimento verde à base de argila calcinada (LC³), que irá
permitir reduzir significativamente as emissões de CO₂, e agregados reciclados, contribuindo para a diminuição da extração de recursos naturais.

Para Cevat Mert, CEO da CIMPOR Portugal e Cabo Verde, “a apresentação destes dois projetos é um momento importante para nós porque evidencia os progressos que levámos a cabo desde que apresentámos o nosso plano de investimento na modernização dos nossos centros de produção. Por outro lado, o futuro centro de R&D é também um sinal da nossa crença no talento português, na força do seu tecido industrial e no papel que Portugal pode desempenhar na transformação do setor da construção por toda a Europa”.

A investigação e desenvolvimento do novo Centro concentrar-se-ão em áreas-chave para a sustentabilidade, incluindo tecnologias de redução de CO₂, como o desenvolvimento de
cimentos com baixo teor de clínquer, captura de carbono e combustíveis alternativos. A reciclagem de betão e a economia circular serão também áreas prioritárias, com a criação de processos para reutilizar betão demolido como matéria-prima. Já a digitalização e a inteligência artificial (IA) serão utilizadas para otimizar a produção, a manutenção e a eficiência energética,
com o desenvolvimento de gémeos digitais e sistemas de monitorização inteligente. No Centro inclui-se ainda investigação da impressão 3D de betão para construção modular, eficiente e
com mínimo desperdício, e a prototipagem rápida de materiais e estruturas.

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Grupo Sanindusa aposta na produção de “energia limpa”

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 m2, representando uma potência global de 2,6 MWp. Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo

CONSTRUIR

O Grupo Sanindusa, fabricante nacional de soluções para casa de banho e cozinha, concluiu recentemente a instalação de painéis fotovoltaicos nas suas três unidades industriais localizadas em Aveiro, Oiã e Tocha.

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 metros quadrados (m2), representando uma potência global de 2,6 MWp. Este investimento tem como principal objectivo “o reforço da produção de energia limpa para autoconsumo, aumentando a eficiência energética e competitividade da empresa”.

Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo, o que permitirá uma redução significativa da sua fatura energética, bem como a redução de cerca de 1.200 toneladas de CO₂ por ano.

Em comunicado, a Sanindusa, entende que este investimento representa mais um “passo decisivo” na concretização da visão de longo prazo do Grupo. “Acreditamos que o verdadeiro progresso só é alcançado quando há um equilíbrio entre desempenho económico, responsabilidade ambiental e compromisso social. Neste contexto, procuramos constantemente inovar e expandir o negócio de forma sustentável, através da implementação de práticas que minimizem o impacte ambiental, a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado e a adoção de um modelo de governação assente na transparência e na ética”.

Paralelamente à aposta na energia solar, a Sanindusa tem vindo a implementar diversas iniciativas complementares, nomeadamente, a reutilização e uso eficiente da água nos processos produtivos, reciclagem e incorporação de resíduos industriais, reaproveitamento da energia térmica proveniente de fornos e caldeiras e o desenvolvimento de produtos com base em matérias-primas recicladas, no âmbito da economia circular.

No seguimento da sua participação na Agenda Mobilizadora ECP – Ecocerâmica e Cristalaria de Portugal, o Grupo está, ainda, a desenvolver uma nova linha de produtos sanitários com menor pegada ambiental. Este projecto inclui novas formulações de pastas cerâmicas que integram resíduos industriais em substituição de matérias-primas virgens, bem como novos vidrados que permitem a cozedura a temperaturas mais baixas, reduzindo o consumo energético.

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Município de Barcelos vai investir 12,7M€ em novo pavilhão multiusos

Localizado nos terrenos contíguos ao Campo de Treinos e Estádio Cidade de Barcelos, o complexo do Multiusos engloba um parque de estacionamento exterior com capacidade para cerca de 180 lugares de veículos ligeiros, acessos de automóveis e autocarro, percursos de ligação ao atual complexo desportivo

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O Município de Barcelos acaba de lançar um concurso público com vista à execução dos trabalhos de construção do novo pavilhão multiusos da cidade, espaço que o município liderado por Mário Lopes espera que seja “um equipamento de referência destinado a acolher grandes eventos, congressos e grandes assembleias, exposições e feiras, espetáculos de entretenimento, concertos musicais e outros eventos públicos e culturais”.

Segundo a autarquia, o estudo prévio relativo à Construção do Pavilhão Multiusos foi agora aprovado, estando já em curso o respectivo concurso público.

Localizado nos terrenos contíguos ao Campo de Treinos/Estádio Cidade Barcelos, o novo Pavilhão Multiusos tem um custo estimado de 12,7 milhões de euros. Depois de estar concluído o processo de concurso público da empreitada, o prazo de execução da obra é de 24 meses. A área de intervenção, incluindo espaços exteriores, abrange 27 000 m2.
Segundo a nota justificativa do estudo prévio, “a construção deste equipamento visa dar resposta às necessidades identificadas a nível regional, implementando-se numa localização com fácil acesso a diversos meios de transporte, vias de comunicação, bem como uma forte proximidade ao centro da cidade”.

O equipamento proposto destina-se a acolher atividades que requerem espaços fechados de grandes dimensões, sendo determinante o controlo das condições interiores nomeadamente acústicas, e grande versatilidade no uso dos espaços em qualquer um dos cenários previstos, área de palco e áreas de apoio ao público. Trata-se de um equipamento de interesse público, utilização coletiva e multifuncional, com capacidade de dar resposta à cidade e a uma região alargada. No âmbito deste projeto, foram conjeturados múltiplos cenários de utilização, propondo diversos layouts correspondentes às diferentes solicitações, para acolhimento de eventos de diversas escalas, promotores e naturezas, tais como: espetáculos de música e entretenimento; dinamização de congressos e eventos corporativos; eventos de caráter político, religioso e cultural; montagem de feiras com stands modulares.

Localizado nos terrenos contíguos ao Campo de Treinos e Estádio Cidade de Barcelos, o complexo do Multiusos engloba um parque de estacionamento exterior com capacidade para cerca de 180 lugares de veículos ligeiros, acessos de automóveis e autocarro, percursos de ligação ao atual complexo desportivo, e a praça exterior sobrelevada onde será localizado o pavilhão multiusos com uma área de cerca de 7 500 m2 de área de implantação. Sob a plataforma da praça exterior, estão ainda previstos lugares para veículos pesados de suporte a eventos, autocarros, e veículos de socorro.

Multiusos terá uma nave com 3 pisos
O novo Pavilhão Multiusos desenvolve-se numa nave principal com três pisos e um pé direito mínimo de 13m úteis, capaz de acolher uma grande diversidade de eventos. No nível inferior, localizam-se o plano de eventos, bem como a totalidade dos espaços complementares e suporte para a realização de espetáculos.
O espaço será dotado de um piso que possibilite o acolhimento de diferentes eventos em pisos adaptados para o efeito.
Com capacidade para acolher mais de 3 500 pessoas, o recinto pode receber um palco com uma área de montagem de 13x17m, ao lado das áreas de apoio designadamente camarins. A estrutura estará dimensionada e equipada para suspensão de equipamento e cargas adicionais num truss metálico suspenso no teto.
Ao nível da galeria localizada no piso 3, ficarão localizados os camarotes corporativos e no lado oposto localizam-se as áreas destinadas à comunicação social equipadas com mesas de jornalista rebatíveis.
No topo sul, e beneficiando de sobre-elevação da laje localiza-se uma área de restaurante/bar para o público, podendo incorporar uma área de esplanada exterior com vista privilegiada para o estádio e campos de treino, e possibilidade de funcionamento autónomo, em dias sem eventos.

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Leandro Silva, novo presidente do Conselho de Administração
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Leandro Silva junta-se à AM48 como responsável pelas áreas financeira e de auditoria

“A entrada do Leandro Silva traduz o nosso compromisso com uma liderança sénior, experiente e com provas dadas, capaz de apoiar o Grupo num momento de afirmação. A sua visão estratégica e profundo conhecimento do sector financeiro são determinantes”, afirmou Alejandro Martins, CEO da AM48

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O promotor imobiliário Grupo AM48, a operar no mercado nacional há mais de 12 anos, anuncia Leandro Silva como novo presidente do Conselho de Administração, sendo que será ainda responsável pelas áreas Corporativa, Financeira e de Auditoria, reforçando e consolidando, de forma estratégica, a estrutura de governance e gestão da organização. A integração insere-se no “plano de crescimento e profissionalização” do Grupo, reflectindo o compromisso da empresa com os mais elevados padrões de excelência, transparência e boa governação financeira.

Com uma carreira sólida no sector bancário e financeiro, Leandro Silva traz consigo uma vasta experiência nacional e internacional em cargos de elevada responsabilidade, nomeadamente em Macau no Banco Nacional Ultramarino (BNU) e em Cabo Verde no Banco Comercial do Atlântico e na Companhia de Seguros Garantia.

A carreira de Leandro Silva inclui, ainda, as passagens como administrador executivo do Banco Montepio e do Banco de Empresas Montepio e como chief procurement officer do Grupo Caixa Geral de Depósitos. Além do sector financeiro, fez ainda parte do XV Governo Constitucional, como adjunto do Chefe de Gabinete e Conselheiro do Ministro da Economia.

“A entrada do Leandro Silva traduz o nosso compromisso com uma liderança sénior, experiente e com provas dadas, capaz de apoiar o Grupo num momento de afirmação. A sua visão estratégica e profundo conhecimento do sector financeiro são determinantes para continuarmos a reforçar e a consolidar os elevados padrões financeiros, éticos e estratégicos do grupo” refere, Alejandro Martins, CEO da AM48.

Já Leandro Silva, administrador da AM48, afirma que “é com enorme entusiasmo que abraço este novo desafio. Acredito no projecto, na visão estratégica do Grupo e na sua ambição de se afirmar como um player de referência no mercado nacional, com padrões de governação sólidos e uma visão a longo prazo. Estou certo de que o reforço da estrutura corporativa e financeira será um pilar essencial no crescimento sustentável da organização e estou convicto de que poderei contribuir para o crescimento do grupo”.

Ópera LX, Focus LX, The Boulevard, Santa Joana, Promenade, Foz de Prata e a Quinta do Alverde, estando para breve o anúncio de um dos maiores projetos no Concelho de Loures com cerca de 400 fogos e ainda cerca de 5000m2 de comércio, são alguns projectos que fazem parte do portfólio da AM48.

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Forum Coimbra investe 12M€ em expansão de lojas âncora

Primark, Stradivarius e Pull&Bear, Lefties terão mais cerca de quatro mil m2 de área. Durante as obras de remodelação, que terão início em Maio de 2025, as lojas irão manter a sua actividade com ligeiros constrangimentos

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O Forum Coimbra acaba de anunciar um investimento de 12 milhões de euros na expansão de quatro lojas âncora do centro gerido pela Multi Portugal. ZARA. Primark, Stradivarius e Pull&Bear, Lefties terão mais cerca de quatro mil metros quadrados (m2) de área.

Durante as obras de remodelação, que terão início em Maio de 2025, as lojas irão manter a sua actividade com ligeiros constrangimentos.

A loja Zara, que passará a ter 3.684 m2, vai ser uma das maiores do País localizada num centro comercial, a Primark vê a sua área duplicar para 4.103 m2 e tornar-se a segunda maior da insígnia em Portugal e a Stardivarius e a Pull&Bear também duplicam as suas áreas e irão manter-se no mesmo piso.

A estratégia de expansão das lojas onde operam estas marcas surge da necessidade de “aumentar” as suas superfícies de vendas, com vista a concentrarem no Forum Coimbra as suas principais lojas da região, ficando assim dotadas das características necessárias para poderem suportar uma procura mais alargada.

“É com enorme orgulho que damos mais um passo na renovação e requalificação dos espaços do Forum Coimbra com o objectivo de proporcionar uma visita ainda mais cómoda e completa aos nossos visitantes e maior visibilidade às nossas lojas consolidando o Forum Coimbra como o principal centro comercial da Região Centro e uma referência no nosso mercado. A expansão de lojas âncora e o facto de, em alguns casos, serem das maiores do nosso país, vai totalmente ao encontro desta estratégia.” afirmou João Vaz, director do Forum Coimbra.

O Forum Coimbra é um centro gerido pela Multi Portugal e conta com uma área bruta locável de 48 mi m2, sendo o maior da Região Centro. Conta com 141 lojas, distribuídas por três pisos comerciais, seis salas de cinema, uma área de restauração com 1 070 lugares sentados e 30 restaurantes e disponibiliza 2 579 lugares de estacionamento gratuitos.

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Abreu Logistics arrenda armazém logístico à Logicor

A Abreu Logistics tem nova plataforma logística em Palmela, a empresa do grupo Abreu arrendou um armazém de cerca de 19.500m2 em Palmela à Logicor. O negócio foi intermediado pela Cushman & Wakefield, em representação da Abreu 

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A Cushman & Wakefield (C&W) representou a Abreu Logistics no arrendamento de um armazém logístico com aproximadamente 19.500 m², em Palmela. O activo, gerido pela Logicor, é a nova plataforma da Abreu Logistics no distrito de Lisboa.

Com acesso directo à autoestrada A2, principal corredor logístico que liga Lisboa a Madrid, a nova plataforma da Abreu Logistics terá capacidade total de 19.500m², com solução de armazenagem em Rack e Massa. O espaço inclui ainda 21 cais de carga e descarga e 200 lugares de estacionamento.
“Situado num dos principais polos industriais da região de Lisboa, este armazém destaca-se pela sua localização estratégica com ligações rodoviárias excepcionais. A proximidade ao centro de Lisboa e a Setúbal assegura uma conectividade ímpar, permitindo uma resposta ágil às necessidades da Abreu Logistics. Estamos, por isso, muito satisfeitos por termos encontrado a solução ideal para o nosso cliente concentrar as suas operações”, afirma Sandra Ferreira, consultora sénior na Cushman & Wakefield.

‘’A nossa nova plataforma logística vem reforçar a nossa estratégia junto dos nossos parceiros, assente na flexibilidade e adaptação de recursos operacionais, tecnologia de informação, gestão eficiente e melhoria continua de processos”, refere David Cerqueira, director nacional logística e qualidade, Abreu Logistcs, empresa do Grupo Abreu, fundado em 1840, a Abreu Logistics conta com uma ampla experiência na gestão de transporte de carga, desde 1895, e cujo crescimento no mercado transitário a nível mundial (carga aérea, marítima e rodoviária) levou à autonomização do negócio em 1994.

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TC dá luz verde ao município de Cascais para investimento de 12,5M€

O investimento engloba a instalação de 444 câmara de videovigilância e a construção de Centro de Controlo e Segurança Municipal, espaço que vai ficar integrado num edifício que está a ser construído junto ao novo polo universitário de Tires

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O Município de Cascais vai instalar 444 câmaras de videovigilância, após ter obtido o visto do Tribunal de Contas, num investimento municipal de 12,5 milhões de euros.

Depois de Cascais ter ultrapassado todos os procedimentos legais e processuais, o Tribunal de Contas deu luz verde e o município avança com a instalação do sistema de videovigilância de espaço público.
Ao todo as 444 câmaras serão instaladas em locais criteriosamente escolhidos pela Polícia de Segurança Pública e pela Guarda Nacional Republicana. Entraram em linha de conta factores como o histórico de ocorrências, índices criminais, concentração de multidões, circuitos de passagem, entre outros.

O sistema de CCTV, videovigilância de espaço público, tem como objectivo proteger pessoas e bens, prevenir a prática de crime, promover uma melhor capacidade de resposta e coordenação por parte das forças de segurança.
Em Cascais as forças de segurança vão poder visionar estas imagens no Centro de Controlo e Segurança Municipal, espaço que vai ficar integrado num edifício que está a ser construído junto ao novo polo universitário de Tires (perto do Aeródromo Municipal de Cascais) e que irá albergar as áreas de Segurança, Protecção Civil e Informação e Tecnologia. Este edifício representa um investimento de 7,5 milhões de euros e ficará dotado com uma sala de comando e uma de crise, com tecnologia moderna para assegurar a mais alta resiliência dos meios de alarmística e comunicações no caso de catástrofe.

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