‘Não fabricamos para o stock’
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“O mercado nacional não cresce, neste momento. Estamos a crescer porque há outros que perdem quota de mercado, porque vão desaparecendo, porque não se vão aguentando. É esta a via pela qual temos crescido. A única via para o crescimento do mercado seria por meio da reabilitação mas mesmo essa carece de condições”, defende Rui Oliveira, administrador da Oliveira e Irmãos (OLI), empresa especialista no fabrico de autoclismos em plástico e componentes para autoclismos cerâmicos. Ao Construir, o responsável considera que “o Governo está neste momento a remodelar um conjunto de escolas mas não há protecção alguma ao produto nacional. Como podemos fazer e querer se da parte do Estado não há qualquer protecção ao produto nacional? Estamos a pagar lá fora, no estrangeiro, quando podíamos fazer em Portugal, quando a riqueza podia ficar em Portugal. Mas não. Estamos a entregar dinheiro lá fora. No mundo global e globalizado como se diz talvez isso não se possa fazer, mas o País está numa situação débil e creio que exigiria medidas à altura”, entende Rui Oliveira.
Aposta na Tektónica
Presentes na última edição da Tektónica, os responsáveis da OLI entendem que “enquanto empresa com dimensão externa, não poderiam faltar”. “A Oliveira e Irmãos se não fosse uma empresa internacional não existia. Estamos neste momento a apostar no mercado de Leste, como a Rússia, Polónia, Roménia, além da Itália, França e Alemanha. Mas dada a conjuntura económica, os mercados de Leste são aqueles que estão a suportar a nossa empresa”, acrescenta Rui Oliveira, sublinhando que a empresa está a ganhar expressão nos países árabes. A empresa tem ganho competitividade graças sobretudo à inexistência de stock. “Nós trabalhamos por mercados e por encomendas. A nossa maneira de estar é essa, não fabricamos para stock à espera que o cliente nos peça soluções, mas fabricamos o que o cliente nos pede”, diz o administrador da empresa, reconhecendo que a empresa apresenta grande relevância na conjugação do binómio qualidade/preço. “Temos possibilidade de fazer soluções à medida do cliente. Temos investido também num departamento de projecto, de desenvolvimento de produtos que acabou ser certificado pela APCER em inovação e que atesta o que temos vindo a fazer há muitos anos. Somos a empresa portuguesa com mais patentes registadas na Europa, uma empresa de moldes, isto para que possamos dar uma resposta adequada aos clientes à medida das suas necessidades”, diz ao Construir Rui Oliveira.
O futuro
Sobre as soluções em que a empresa tem trabalhado, o administrador da OLI garante que “o problema do século XXI é a água” e como tal é nessa base que se têm de posicionar. “Toda a gente fala que a água é um bem escasso e nós neste momento estamos a apostar em conceber soluções que permitam descargas mais eficientes com menos água. O futuro pode passar por descargas sem água, por exemplo”, sublinhando um projecto em que estão neste momento a trabalhar e que passa por fazer testes para Israel aproveitando a água salgada. “Estamos a fazer testes de resistência a materiais recorrendo a água salgada para percebermos o que pode ser feito em países onde a água potável é escassa, e até que ponto é que uma solução pode funcionar com água salgada”, adianta.
Novidades
No que concerne às novidades, a empresa está a apostar no sistema Happy Air, ideal para reabilitação. “É um autoclismo interior que tem um sistema de aspiração associado que aspira os odores directamente da sanita ao mesmo tempo que anula o efeito de condensação na casa-de-banho, uma vantagem para casas-de-banho sem ventilação natural”, defende Rui Palaio, responsável pelo departamento comercial da OLI. Aquele responsável sublinha ainda o esforço da empresa no âmbito da eficiência, onde estão a promover autoclismos interiores na classe A, “um passo importante para a economia de água” e de onde resultou também o “primeiro autoclismo com eficiência A++”. A administração da OLI acrescenta também que a Tektónica foi proveitosa na apresentação de uma nova bomba de calor, para apoio aos sistemas de piso radiante, uma bomba que permite reduzir a factura energética. “Por cada 1kw de energia que consome, produz 4kw de energia final”, garante Rui Oliveira. “Temos inclusivamente um outro sistema da Valsir e que é um sistema de drenagem de águas pluviais diferente dos existentes. É um sistema sifónico em que o tubo está a trabalhar em secção cheia e permite comparativamente com um sistema tradicional trabalhar com diâmetros inferiores. É um sistema que tem como vantagem ser facilitador da implementação de um sistema complementar de aproveitamento das águas pluviais”, sublinha o administrador da Oli.