Instituto de Habitação defende “prioridade” de cofinanciar concurso Europan
O presidente do organismo público, Nuno Vasconcelos, afirmou que os cortes no orçamento não vão impedir que o instituto continue a fazer “todos os esforços” para apoiar o concurso internacional de arquitectura

Lusa
‘Parque Cidades do Tejo’ une duas margens e prevê construção de 25 mil casas
Portugal com 15 novos projectos de Branded Residences em pipeline
Schneider Electric e a ETAP respondem ao desafio crítico da gestão de energia na era da IA
CENFIM constrói novo edifício na Lispolis “energeticamente neutro”
Asier Amorena assume liderança da Saint-Gobain Portugal
Ana Gomes é a nova directora de Research da Cushman & Wakefield
Novo Pladur Omnia com alta capacidade de carga certificada
Designer Outlet Algarve anuncia expansão e reforço da oferta
Portugal contraria tendência europeia com redução de 10,7 % no malparado
UE selecciona 47 projectos estratégicos para diversificar acesso às matérias primas
O Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana considera que, apesar das dificuldades em distribuir o orçamento, é “prioritário” continuar a cofinanciar o concurso Europan, ao qual atribui 60 mil euros bianualmente e uma quota anual de 5000 euros.
Em declarações à Lusa, o presidente do organismo público, Nuno Vasconcelos, afirmou que os cortes no orçamento não vão impedir que o instituto continue a fazer “todos os esforços” para apoiar o concurso internacional de arquitectura, cujos vencedores da décima edição foram anunciados em Janeiro.
“É difícil reunir as verbas, porque há muitos pedidos, mas dentro das opções e das prioridades que temos, vamos manter”, disse o responsável, durante a inauguração da exposição das propostas premiadas este ano, no Centro de Informação Urbana de Lisboa, onde foram também entregues os três prémios e as três menções honrosas obtidos por equipas residentes em Portugal.
A nível nacional foram a concurso três locais – um terreno adjacente ao novo hospital de Cascais por onde passaria um metro de superfície (no Cabreiro), uma área de mais de 300 hectares e com instalações ferroviárias no Entroncamento que requer reconversão para usos mistos e uma terceira zona lisboeta que se enquadra no prolongamento do eixo central terciário da Avenida da Liberdade ao Campo Grande, em articulação com a 2.ª Circular e o acesso ao Alto do Lumiar.
Segundo o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, a inserção desta zona na prova foi uma oportunidade para refletir sobre o futuro da Alta de Lisboa, um local “com 30 mil habitantes onde vão viver mais 30 mil” e que deve ser “integrado na cidade”.
O director da Invesfer (da Refer), João Rocha, disse que o projecto do Entroncamento serviu para “ajudar a pensar o território”, mas é um plano “a longo prazo”.
Já o presidente da Câmara de Cascais, António Capucho, adiantou que começarão em breve as reuniões com os proprietários dos terrenos no Cabreiro e os promotores do projecto para discutir a viabilidade da proposta.
Na cerimónia de entrega dos prémios e inauguração da exposição esteve a secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, Fernanda do Carmo, que realçou o “empenho” do Governo em continuar a apoiar a iniciativa.
O Europan é organizado pela federação europeia de organismos nacionais que promovem concursos de arquitetura e na 10.ª edição participaram 62 cidades/sítios de 19 países europeus e mais de 2400 equipas de jovens arquitectos, arquitectos paisagistas e urbanistas.
Segundo a organização portuguesa, metade dos projectos de arquitectos portugueses premiados nas várias edições tem contrato assinado, um deles (conjunto de habitação social nas Galinheiras, Lisboa) já com obra concluída.