Governo garante que Terceira Travessia não vai ter atrasos
“O que está previsto para a Terceira Travessia e planos de mobilidade adjacentes está a concretizar-se no terreno e nada faz prever que isso possa sofrer qualquer atraso”, afirmou no Barreiro José Junqueiro
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O secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, afirmou esta quarta-feira que a não vai haver atrasos na Terceira Travessia sobre o Tejo, afirmando que “apenas o percalço” da direita poder ter essa oportunidade o poderia originar.
“O que está previsto para a Terceira Travessia e planos de mobilidade adjacentes está a concretizar-se no terreno e nada faz prever que isso possa sofrer qualquer atraso”, afirmou no Barreiro José Junqueiro.
“A não ser que houvesse qualquer percalço nacional, em que partidos como a direita portuguesa, que quer suspender todos estes projectos, pudesse ter essa oportunidade”, disse durante uma visita ao Barreiro a convite da autarquia local.
O secretário de Estado elogiou o plano de desenvolvimento que a autarquia tem para o concelho, lembrando a sua importância para a Área Metropolitana de Lisboa (AML) e para o país, referindo que o Governo deve “acarinhar” estes projectos.
“É fundamental que os projectos estruturantes em termos nacionais que estão a ser desenvolvidos tenham consequência no Barreiro. A Terceira Travessia, as acessibilidades, o plano de mobilidade, representam para o Barreiro uma oportunidade mas não só, também para a AML e para o país”, frisou.
Em relação à recuperação do território da Quimiparque, integrada no projecto Arco Ribeirinho Sul, José Junqueiro defendeu que é preciso ser “paciente”.
“Duas décadas poderão ser suficientes para termos aqui a materialização do plano, por isso é fundamental que as pessoas sejam pacientes e pragmáticas pois o desenvolvimento não se faz do dia para a noite”, salientou.
Quanto aos investimentos para os concelhos, José Junqueiro referiu que não serão afectados pelo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
“Ao nível do investimento, celebramos um protocolo com a Associação Nacional de Municípios para desbloquear constrangimentos no QREN, o que significa que houve um diálogo útil. Contrariamente ao que se podia pensar, estaremos em força no último trimestre, com um grande volume de investimento, e 2011 e 2012 como anos imparáveis”, disse.
Para o governante o investimento vai dar um “grande impulso” às economias locais e um impulso geral à economia nacional.
“Meter só da parte das autarquia e do QREN mais de um bilião e meio de euros no terreno significa que o volume global é muito superior a isso porque as autarquias têm capacidade própria para suportar esses mesmos investimentos. O PEC não tem nada a ver e não vai contrariar nenhum destes investimentos no horizonte”, disse.
O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto (CDU), disse que “houve total disponibilidade para contribuir para que os grandes projectos se possam desenvolver, particularmente os relacionados com o território da Quimiparque, território ferroviário, a Terceira Travessia sobre o Tejo ou o Arco Ribeirinho Sul”.
O autarca referiu que, confirmando-se a Terceira Travessia sobre o Tejo, existirão mudanças significativas no território, com impacto nos próximos cinco anos.