Crise no segmento residencial pode deixar sem emprego 100 mil trabalhadores da construção
Segundo salientou, o sector da construção civil e obras públicas “já teve 670 mil trabalhadores, hoje tem cerca de 520 mil e poderá agora perder mais 100 mil postos de trabalho”
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A reabilitação urbana é uma medida que deve conhecidas medidas urgentes sob pena de estarem em risco 100 mil empregos na construção residencial por acção do encerramento de várias pequenas e médias empresas.
O alerta é dado pelo Sindicato da Construção de Portugal para quem “todos os dias estão a desaparecer muitas pequenas e médias empresas do sector da construção residencial. Já milhares de trabalhadores perderam o emprego e a situação vai agravar-se muito mais, há mais 100 mil postos de trabalho em risco no curto e médio prazo”, segundo o presidente do sindicato, Albano Ribeiro.
Segundo salientou, o sector da construção civil e obras públicas “já teve 670 mil trabalhadores, hoje tem cerca de 520 mil e poderá agora perder mais 100 mil postos de trabalho”.
De acordo com o sindicato, a agravar o problema está o facto de que “milhares de trabalhadores não terão direito ao fundo de desemprego, enquanto outros receberão um valor muito baixo, pois muitas empresas descontaram na totalidade dos salários de cada mês, mas só enviaram para a Segurança Social cerca de 50 por cento, ascendendo as dívidas aos trabalhadores a mais de 420 mil euros”.
Como solução para “travar esta situação”, que atribui à ausência de um levantamento sobre as reais necessidades de habitação em Portugal – “devia ter-se construído mais habitação social, porque 320 mil habitações que não foram vendidas por falta de rendimento dos agregados familiares”, sustenta Albano Ribeiro – o sindicato defende a aposta “urgente” na requalificação urbana.
“O Governo deve intervir junto da União Europeia para que haja fundos comunitários para apoiar a reabilitação urbana”, sustenta, adiantando que irá reclamar isto mesmo numa reunião, ainda este mês, com o secretário de Estado das Obras Públicas, com quem se encontra a cada dois meses “para fazer um balanço da criação de postos de trabalho no sector”.