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    Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment
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    Mexto diversifica estratégia e direcciona investimentos para Sul

    Depois de obra feita no sector da reabilitação, que mantém ainda com alguns projectos em Lisboa, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações. Projectos já estão incluídos no plano de investimentos avaliado em 240 M€

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    Depois de obra feita no sector da reabilitação, que mantém ainda com alguns projectos em Lisboa, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações. Projectos já estão incluídos no plano de investimentos avaliado em 240 M€

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    Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment

    (NOTA: Entrevista revista após publicação)

    Pensado para o segmento premium, onde o antigo se encontra com o contemporâneo, o empreendimento Rodrigo da Fonseca foi o cenário escolhido para abordar os projectos da Mexto e a sua estratégia de negócio. Ao CONSTRUIR, Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment, revelou que, embora mantenham o core business na reabilitação de luxo, 2024 irá marcar uma importante mudança na estratégia da promotora. Com o mercado do turismo residencial em crescimento, a empresa pretende alargar o seu investimento para três grandes projectos a desenvolver neste segmento. A parceria com branded residences é, também, um dos objectivos.

    Antes de começarmos a nossa conversa, gostaria de saber como é que o Thomas veio parar esta área? Como foi o seu percurso até aqui?

    Eu sou suíço e italiano, a minha mãe é italiana, o meu pai é suíço, mas eu nasci e cresci na Suíça, em Zurique, na parte alemã. Fiz lá o meu percurso escolar e estudei Economia também em Zurique. Entretanto, durante os estudos, comecei a trabalhar no sector financeiro, como bancos, asset managers, home managers e aí continuei. Em 2012, tive uma oportunidade, um trabalho muito interessante para um investidor alemão. O negócio assentava em investimentos imobiliários, mas não era promoção, nem construção, mas sim financiamento de projectos imobiliários, com foco na Alemanha, na Suíça e na Áustria.

    Nessa altura, comecei a aprender e a gostar muito deste sector, porque entendo que é algo muito diferente de trabalhar só em números. Trabalhar para um projecto imobiliário, não é só a parte de financiamento, porque depois consegue-se ver o resultado final. Temos o lado visível do nosso trabalho e pensamos que contribuímos um pouco para realizar um projecto.

    Entretanto, a empresa teve um crescimento muito impressionante e foi vendida a uma outra empresa cotada em bolsa, em Frankfurt. Para mim, era o momento certo para sair e aceitar um novo desafio. Em paralelo, já antes de eu sair dessa empresa, tínhamos começado a olhar para o mercado português, porque um dos nossos sócios é de origem portuguesa, então tive sempre essa ligação.

    Ainda na Suíça?

    Sim, na Suíça. Desde 2012 ou 2013 que ele nos tentava convencer a investir em Portugal, mas ainda era muito cedo, porque foi pouco depois da crise. Por isso, só começámos a investir em Portugal em 2017.

    Nessa altura, foi quando começou o boom da reabilitação…

    Exactamente. Começámos com a aquisição do primeiro prédio algures em 2018.

    Como é que têm sido, então, estes últimos anos? Que balanço fazem deste vosso percurso?

    O balanço é muito positivo. Com muitos desafios, muitos ‘ups and downs’, como é normal. No início não acreditámos, mas muita gente nos avisou que com a burocracia e com o licenciamento ia ser muito complicado. Por um lado, já temos muitos sucessos e com os quais comprovámos que conseguimos fazer coisas rápidas, mas, por outro, temos projectos que estão há cinco anos na Câmara para aprovação.

    Acredito que em Portugal o mercado é muito diferente da Suíça…

    Muito diferente. Eu gosto de dizer que não é que na Suíça se aprove um projecto muito mais rápido ou muito mais facilmente. Não, porque o mercado na Suíça também é um mercado muito controlado, muito pequenino, mas acho que a diferença é que temos uma comunicação mais fácil com as entidades. As entidades estão organizadas de uma maneira mais eficaz e parece que estamos a trabalhar com qualquer outra empresa do sector privado. Mas aqui sentimos o verdadeiro significado de ‘sector público’. Esta é a grande diferença.

    Qual a maior dificuldade?

    Cada câmara tem a sua forma de trabalhar e quando chegámos foi muito complicado. Arrancámos a operação em Portugal quase do zero, com nenhum conhecimento nessa área. A nossa vantagem é que temos um network muito grande e fomos conseguindo o apoio e a informação necessários. Nós queríamos fazer tudo bem, dentro das regras, trabalhámos em conjunto com os arquitectos para cada projecto. E acho que conseguimos fazer um bom trabalho. Tenho muito orgulho do que conseguimos fazer em tão pouco tempo.

    Pelo que tenho verificado, há uma dinâmica muito particular na vossa carteira de empreendimentos. Tanto têm projectos em desenvolvimento, como têm alguns que foram vendidos. É uma estratégia?

    Exactamente. Para um promotor e investidor é sempre um mix dos dois. Quando compramos um activo, é sempre com a perspectiva de o fazer até o final. Mas é normal, é natural que, no decorrer do desenvolvimento de um projecto, possa acontecer essa mudança na estratégia se nos apresentarem uma boa proposta

    Em que situações é que isso pode acontecer?

    Sobretudo prédios que nós comprámos numa determinada altura por um determinado preço e, depois, com as variações de mercado, há uma considerável valorização e aí pode representar uma oportunidade. De qualquer modo, ao vendermos um imóvel com o projecto já aprovado, por exemplo, sentimos que temos ali uma parte também nossa, do nosso trabalho, porque o conceito é nosso.

    Falando de investimento, é possível quantificar quanto já investiram em Portugal?

    Desde o arranque da Mexto contabilizamos um investimento total de cerca de 240 milhões de euros.

    E está dentro da expectativa que vocês tinham planeado?

    Sim. Podia ter sido mais, mas também depois é sempre a questão…digamos, de timing, não é? Precisamos dos fundos e precisamos também das oportunidades.

    Sentem que já perderam algum negócio por causa dessa questão?

    Provavelmente. Sobretudo porque os prazos praticados são sempre muito longos. Perdemos negócios no sentido em que os investidores não conseguiram identificar a atractividade de algumas coisas que nós apresentámos.

    Então, neste momento quantos projetos ou quantos empreendimentos é que vocês têm em desenvolvimento?

    Em construção, neste momento, temos dois, que estamos a acabar: o O’Living e o Mason Eduardo Coelho. Estão ambos numa fase final da construção e esperamos que até ao Verão estejam concluídos. E, entretanto, temos mais seis projectos em fase de licenciamento. Alguns estão muito perto do início da construção, outros ainda vão demorar um pouco mais. E temos dois já concluídos, este onde estamos, o Rodrigo da Fonseca e o Avencas, que foi o primeiro a ficar terminado.

    Em termos de público-alvo, de segmento, a vossa estratégia tem sido mais ou menos a mesma…

    Verdade.  Para nós é muito importante manter sempre o foco no segmento de luxo e de reabilitação, em zonas muito boas dentro da cidade. E isso é algo que vamos continuar a fazer.

    Curiosamente, lançaram-se num projecto completamente diferente, o O’Living, que além de ser construção nova, também é para um tipo de cliente diferente….

    Foi uma aposta diferente de tudo o que já tínhamos feito. E que teve como intenção diversificar um pouco o nosso investimento, colocar no mercado produto para o mercado nacional. Sentimos que também temos essa obrigação.

    Qual o balanço?

    Estamos muito felizes porque no O’living, mais ou menos 90% são compradores nacionais. Famílias portuguesas, pais que compram para filhos. Estamos muito satisfeitos porque no início tivemos algum receio de que pudesse não resultar. Houve um conjunto de factores com que tivemos de lidar, desde logo porque se trata de uma escala completamente diferente. Aqui falamos de 86 apartamentos e na reabilitação estamos a falar entre cinco e 10 apartamentos.

    Temos dois que estamos a acabar a construção e temos mais seis projectos que estão, alguns em já em construção, outros a aguardar licenças.

    Não querendo entrar no detalhe de cada projecto, posso dizer que temos, no geral, três projectos em Lisboa na área da reabilitação.

    E, pela primeira vez, estamos a apostar em projectos de maior dimensão fora da Grande Lisboa. Temos um projecto em desenvolvimento em Melides, é um empreendimento turístico e outro também muito grande no Algarve e outro no Meco, a 30 minutos de Lisboa.

    Estão, então, a explorar outros mercados e outras opções, é isso?

    Sim. Actualmente, já é cada vez mais difícil encontrar boas oportunidades dentro da cidade e as que temos identificado estão a preços muito altos, o que torna difícil tornar esses investimentos rentáveis ou atractivos.

    Houve aquele boom, não é?

    Exacto. Mas agora espero que o mercado se vá ajustar um pouco, porque acho que ainda existem tantos prédios em Lisboa que poderiam resultar em operações interessantes. Só que os preços são proibitivos. Os proprietários perceberam, nos últimos anos, que podiam ganhar muito com este tipo de imóveis em localizações do centro e começaram a subir os preços, achando que podem pedir o que querem.

    Esses novos projectos mais virados para o turismo são completamente diferentes do que fizeram até ao momento. É uma estratégia para o futuro?

    É uma estratégia, embora mantenhamos o nosso ‘fio condutor’ que é a reabilitação. Vamos iniciar brevemente a construção do empreendimento Castilho 3. E, neste âmbito, temos também um na Graça e outros dois mais pequenos na Ajuda. Estes dois últimos fazem parte de um terreno maior que compramos e para onde também prevemos fazer um empreendimento com cerca de 50 apartamentos. Mas esta fase não será para já.  É um daqueles em que estamos há quase cinco anos a aguardar licença.

    Nesse caso o Simplex será positivo?

    Vamos ver. Temos uma grande expectativa. Mas acho que pode ser positivo, pelo menos no que diz respeito ao arranque das obras. Contudo, há ainda muitos pormenores por esclarecer. Tenho falado com alguns promotores que acreditam que, de certa forma, vem melhorar ou, pelo menos, não vem complicar. Há também a questão dos bancos que vão ter de se adaptar a uma nova realidade.

    Pelo menos podem começar os projectos ou podem ir avançando com os projectos. Mesmo com as questões do licenciamento, não conseguindo aquele prazo que eles dão…entre 150 a 180 dias e, em casos em que os projectos ultrapassam os cinco mil metros quadrados são 200 dias, o máximo. Mesmo assim, sabemos que 200 dias é o máximo e, portanto, conseguimos planear. Neste momento, não sabemos se são 200, 300 ou 600…

    Mas com o projecto que têm para Melides pretendem aproveitar as sinergias que agora se criaram com o projecto da Comporta?

    Sim, mas é mais na Serra de Grândola, numa área mais interior, a 20 minutos da praia. São 10 casas, com aproximadamente 500 m2 cada uma e com terrenos entre dois a três hectares. Privacidade total. Neste espaço vamos ter, ainda, um hotel, que vai ser operado por outra empresa, porque não é o nosso core. Neste projecto estamos a trabalhar em parceria com uns sócios que irão ser responsáveis pela componente hoteleira e a Mexto fará a componente residencial.

    E o do Algarve? É um empreendimento maior, não é?

    Sim, o do Algarve é um terreno muito grande, um dos últimos terrenos, mesmo à frente do mar, numa zona privilegiada, entre Monte Gordo e a Praia Verde. A nossa ideia é fazer mais ou menos 150 apartamentos. É uma zona com muito potencial, e que, pela proximidade a Espanha, também queremos que responda às necessidades dos turistas espanhóis que vêm para Portugal.

    Qual é que é o valor de investimento que prevêem, englobando já esses projetos?

    Estes projectos já estão contabilizados no plano de investimentos que falei dos 240 milhões.

    Esses projectos serão para desenvolver ao longo de quanto tempo? Tem uma previsão?

    É difícil dar uma data exacta, mas eu diria durante os próximos quatro a cinco anos. Os licenciamentos todos já estão aprovados, porque já existe um plano pormenor e um PIP aprovado. E agora com o Simplex, teremos que fazer só uma comunicação prévia. No fundo é dar início à obra e ir trabalhando no processo da comercialização.

    Dos projectos que têm em carteira qual será o que vai arrancar primeiro?

    O da Castilho. É um prédio localizado na parte baixa da Rua Castilho, próxima da Rua do Salitre, muito perto da Avenida da Liberdade. Falamos de um prédio de 1940 ou 1950, um prédio de charme, apalaçado, onde vamos fazer uma reconstrução total, como fizemos, por exemplo, na Rodrigo da Fonseca. Vamos manter as fachadas, mas o resto vai ser uma construção nova, mantendo e respeitando muito o passado do edifício, com os tectos trabalhados, com muitos elementos característicos do prédio, e vamos lá fazer seis apartamentos para o segmento premium.

    Em termos de clientes, quem são os principais compradores dos projectos da Mexto?

    Quando começámos a fazer projectos neste segmento, pensámos que os compradores iriam ser quase 100% estrangeiros que estivessem à procura casa em Lisboa, mas temos tido muitos clientes nacionais que, ainda assim, consegue responder a estes produtos de segmento alto.

    Foi uma surpresa que em cada projecto que temos, tenhamos tido sempre procura do mercado nacional e não há um projecto em que não tivéssemos vendido alguma unidade também a portugueses. Mas é verdade que. na maior parte dos casos. são estrangeiros de diferentes nacionalidades, desde americanos, brasileiros, ingleses ou mesmo sul africanos.

    Franceses?

    Curiosamente, até ao momento não temos tido clientes franceses. Eu acho que o cliente francês em Lisboa está mais à procura de um apartamento mesmo com charme antigo. Quer dizer, por exemplo, um Rodrigo da Fonseca para esses clientes já pode ser demasiado moderno. Repare: tivemos um cliente francês que não comprou na Rodrigo da Fonseca, porque como as portadas já não eram as antigas o edifício tinha perdido um pouco o seu charme.

    No seu entender, o que é o cliente estrangeiro, de uma forma geral, procura em Portugal?

    Alguns são surpreendidos, outros vêm por indicação de outras pessoas. O cliente americano está agora a descobrir o Portugal. E depois depende muito dos clientes. Há clientes que querem mesmo só fazer investimentos em zonas boas e que tenham um valor seguro em termos de rentabilidade. No fundo. são clientes que estão à procura de produtos com uma qualidade altíssima, um cliente mais exigente. Não se trata só de vender um produto, mas da atenção que se dá no after-sales.

    Falámos há pouco também na questão que, de certa forma, não vinham a pensar de fazer projectos para um segmento médio. Que outros projectos têm pensados nesta óptica, de um all-living?

    No meu entender, o projecto de Monte Gordo enquadra-se nesse segmento porque tanto é para o cliente estrangeiro –  como ingleses, franceses, e claro, espanhóis-, como ainda, historicamente, é um sítio com muitas famílias portuguesas. Acredito que este é um projecto que tem muito potencial.

    Algum dos vossos produtos poderão também no mercado de arrendamento?

    O da Graça foi uma compra que fizemos em 2019, é um prédio muito pequenino, não tem muito interesse histórico, nem nada, mas a localização é muito boa. São três apartamentos, o T1, o T2 e o T2 duplex. Ainda não sabemos muito bem se isto é um produto mais para a nossa carteira para depois fazer, talvez, arrendamento ou para vender os apartamentos.

    Os valores das rendas não são atractivos ou, por outro lado, será mais fácil comprar do que arrendar. Na Suíça temos um mercado de arrendamento forte, implementado. Isto também acontece porque, por exemplo, na Suíça o sistema bancário é diferente, não se fazem empréstimos com prazos quase infinitos. No máximo são 25 a 30 anos, o que permite ter uma igualdade ao nível dos valores que se pagam, seja em caso de arrendamento, seja em caso de compra. A ideia é que se trata sempre de um activo que não perde valor e que se o cliente não conseguir pagar, facilmente se coloca no mercado novamente. Em Portugal, alguém que compra para arrendar já tem um custo muito elevado de juros. Para ter alguma rentabilidade, a renda tem que se muito mais alta. Na Suíça, com menos equity, consegue-se uma rentabilidade muito mais interessante.

    O que seria necessário para facilitar esse processo?

    A parte legislativa é fundamental.  Se não houver esse empurrão, dificilmente será possível. Mas acho que seria também muito importante a redução do IVA na construção nova, como é na reabilitação. Não estou errado quando digo que entre 40 e 50% do valor é referente ao IVA, um valor que acaba por se repercutir no cliente final.

    Ainda na óptica da reabilitação, por exemplo, o Porto ou outras cidades mais a Norte, são hipóteses?

    Olhamos muitas vezes para oportunidades, por exemplo no Porto. Mas depois, para nós, às vezes é melhor ficar onde nós conhecemos as coisas, onde nós conhecemos muito bem o mercado.

    Porque, por exemplo, se vou comprar um prédio nessa avenida, eu sei que do outro lado é melhor do que deste lado. Conheço as micro-organizações. Eu não conheço bem o Porto. E depois sentimos quase a obrigação para nos associarmos a com alguém lá no Porto, encontrar parceiros que conheçam aquela realidade. E é complicado. Pode ser muito bom, mas é sempre um desafio.

    Não é, portanto, algo que esteja nos vossos horizontes por agora…

    Não.

    Vão entrar no mercado mais turístico. Acreditam que estão aqui a fazer uma mudança no vosso core? É para continuar?

    Com a carteira que temos actualmente, temos trabalho para os próximos anos. E até aí vamos descobrir, com certeza, outras oportunidades. Nós crescemos muito rápido. Comprámos muita coisa em pouco tempo. Agora estamos mais focados em dar continuidade e avançar para esses projectos. Mas sempre a olhar para as oportunidades que possam surgir.

    Actualmente, há toda aqui uma mística à volta de Portugal, não é? Acredita que isto é algo que vai continuar, que será sustentável, não só do ponto de vista ambiental, mas também económico?

    Eu acho que sim. De qualquer forma, gostamos de ter uma visão mais conservadora. Não podemos sempre pensar que os últimos anos foi agora o indicador para os próximos sempre que vai continuar igual. Não. Porque já atingimos um nível de preços altos. Mas acho que foi importante porque o País precisava mesmo dessa mudança, desse impulso. Mas agora também acho que os compradores estão mais cuidadosos.

    Tem que estabilizar, é isso?

    Exactamente. Acho que vamos entrar numa fase de consolidação e estabilização. Mesmo assim, acho que Portugal vai continuar forte. Acho que tem tudo para continuar a ser o sucesso que teve nos anos passados. É um País muito agradável para se viver. Tem um clima óptimo. Tem a segurança que hoje em dia é muito importante. O que para nós é completamente normal, como andar na rua a que horas for ou andar nos transportes, para quem vive nos EUA, no Brasil ou até em França, como alguns casos que conheço, não é assim.

    Como é que se imaginam daqui a 10 anos, com o portefólio que já alcançaram e com os novos projectos que vão agora desenvolver?

    Continuar a investir em Portugal, mas também ter alguns desses novos projectos que já estivemos a falar, acabados e também como são projectos turísticos, é uma coisa que vai ficar.

    Vão ficar com a gestão desses projectos é isso?

    Talvez uma parte, sim. É isto que gostaria de ter daqui a 10 anos. Falamos de algo diferente da promoção ou da construção, mas também de ter algo com rendimentos diferentes. Criar uma carteira para alugar. Mas continuando a fazer o que sabemos fazer: reabilitação.

    Os números:

    240 M€ – Volume de investimento

    71 mil m2 – Área de Construção

    269 – Apartamentos

    361 – Lugares de estacionamento

    16 – Espaços comerciais

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    Como pensam o BEI e a Comissão Europeia destinar 10MM€ à habitação acessível?

    A meta passa por entregar 1,5 milhões de casas novas ou renovadas em toda a Europa. O plano envolve parcerias para facilitar financiamento e promover habitação acessível e sustentável

    Ricardo Batista

    O Banco Europeu de Investimento (BEI) planeia investir cerca de 10 mil milhões de euros nos próximos dois anos para apoiar a habitação sustentável e a preços acessíveis, um compromisso assumido no lançamento de uma plataforma de investimento. O investimento do Grupo BEI tem como objectivo a construção de 1,5 milhões de habitações novas ou renovadas em toda a Europa.
    A Comissão Europeia e o Grupo do BEI anunciaram nesta quinta-feira, no fórum da instituição financeira, no Luxemburgo, que estão a trabalhar em parceria com os bancos de fomento nacionais e as instituições financeiras internacionais para desenvolver novas oportunidades de financiamento de habitações sustentáveis e a preços acessíveis em toda a Europa. O plano implica parcerias com o executivo comunitário e os bancos de investimento nacionais e internacionais para facilitar o acesso ao financiamento e ao aconselhamento, com base na complementaridade com as estruturas e produtos existentes.
    De acordo com um comunicado, o BEI tenciona apoiar os esforços locais e nacionais para construir casas a preços acessíveis, renovar o parque habitacional existente para o tornar energeticamente mais eficiente e incentivar materiais e equipamentos de construção mais sustentáveis e inovadores.
    Neste âmbito, o BEI lançou também um portal da habitação, um balcão único para ajudar os beneficiários finais a aceder a aconselhamento e financiamento. O plano de acção do BEI e o portal integram a plataforma de investimento pan-europeia, que estará aberta a outros intervenientes, como os bancos centrais nacionais e as instituições financeiras internacionais.

    A importância de uma resposta consistente
    A presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, e o Comissário Europeu responsável pela Energia e Habitação, Dan Jørgensen, sublinharam a importância de dar resposta a uma das preocupações mais prementes dos cidadãos e dos governos da União Europeia. Defenderam a criação de uma iniciativa pan-europeia que reúna agentes locais e nacionais, dos sectores público e privado, para catalisar financiamento e acções urgentes no âmbito do futuro Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis da Comissão Europeia.
    Este apelo surge numa altura em que o Grupo BEI está a finalizar o seu Plano de Acção para uma Habitação Sustentável e a Preços Acessíveis, com investimentos previstos na ordem dos 10 mil milhões de EUR ao longo dos próximos dois anos. O Plano do BEI apoiará os esforços realizados a nível local e nacional para construir casas a preços mais acessíveis, renovar o parque habitacional existente de modo a torná-lo mais eficiente do ponto de vista energético e promover a utilização de equipamentos e materiais de construção mais sustentáveis e inovadores. O BEI acaba também de lançar um portal da habitação, um balcão único para apoiar os beneficiários finais no acesso a aconselhamento e financiamento. O investimento do Grupo BEI tem como objectivo disponibilizar 1,5 milhões de fogos habitacionais novos ou renovados em toda a Europa. O Plano de Acção do BEI e o portal são pilares fundamentais da plataforma pan-europeia de investimento, que será aberta à participação de outros intervenientes, como os BFN e as IFI. O Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa também manifestou interesse em participar.

    Problema à escala global
    A falta de habitação a preços acessíveis na Europa, sobretudo nas grandes cidades, é apontada como uma preocupação crescente no contexto do crescimento económico e da produtividade da Europa no inquérito ao investimento do Grupo BEI, tendo por base as respostas de cerca 13 000 pequenas e médias empresas (PME) europeias. O relatório apresentado esta semana no Fórum refere ainda a baixa produtividade e a inovação insuficiente no sector da construção europeu, a somar aos custos e aos prazos de execução dos projectos de habitação. Ao mesmo tempo, o custo da energia e o impacto das emissões de dióxido de carbono são outro motivo de preocupação. Dois terços do consumo de energia das famílias destina-se ao aquecimento da casa. Tendo em conta que 46 milhões de europeus vivem em condições de pobreza energética, a eficiência energética do parque habitacional europeu constitui um domínio prioritário.
    O Grupo BEI, trabalhando em estreita colaboração com a Comissão Europeia e o seu novo Grupo de Trabalho para a Habitação no contexto do Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis, os Estados-Membros, as regiões, os municípios, os BFN e as IFI, pretende aumentar a oferta de habitação sustentável e a preços acessíveis na UE.

    Os pilares da proposta
    De acordo com os responsáveis do Banco Europeu de Investimento, a abordagem agora proposta assentará em vários pilares, nomeadamente quatro: Parcerias com a Comissão Europeia, os BFN e as IFI para facilitar o acesso ao financiamento e a aconselhamento, numa base de complementaridade com estruturas e produtos existentes; Implantação ao nível da UE: alargamento do alcance regional do apoio do Grupo BEI, com ênfase nos países da UE cujos sistemas de habitação estão menos desenvolvidos e que têm amplas necessidades não satisfeitas, onde o financiamento será complementado com uma componente consultiva reforçada; Abordagem baseada na cadeia de valor: abertura a novos tipos de projectos de habitação, desde a inovação na construção ao desenvolvimento imobiliário e à propriedade, com mecanismos políticos de salvaguarda; Mobilização do sector privado: alargamento da base de clientes para incluir promotores privados com fins lucrativos.
    Em Julho de 2024, o recém-constituído Grupo de Trabalho para a Habitação do Grupo BEI organizou um primeiro evento, que reuniu cerca de 300 partes interessadas dos sectores público e privado para debater o reforço do apoio financeiro em prol de uma habitação sustentável e a preços acessíveis na UE. A este evento seguiram-se reuniões técnicas com as partes interessadas, realizadas durante o Outono, com o intuito de ajudar a criar uma plataforma pan-europeia de investimento em parceria com a Comissão Europeia.

    Assistência técnica aos municípios
    Tal como referido na carta de missão do Comissário Dan Jørgensen, a Comissão irá publicar o seu primeiro Plano Europeu de Habitação a Preços Acessíveis de sempre. O Plano prevê a prestação de assistência técnica aos municípios e aos Estados-Membros, concentrando-se no investimento e nas competências de que estes necessitam. Mais concretamente, a Comissão irá desenvolver uma Estratégia Europeia para a Construção de Habitação a fim de apoiar a oferta habitacional, criar uma plataforma pan-europeia de investimento na habitação sustentável e a preços acessíveis, realizar uma análise do impacto da especulação imobiliária, apoiar os Estados-Membros na duplicação dos investimentos em habitação a preços acessíveis previstos ao abrigo da política de coesão, resolver os problemas sistémicos associados ao arrendamento de alojamento de curta duração e apresentar propostas para combater as ineficiências na utilização do parque habitacional atual, bem como rever as regras em matéria de auxílios estatais para permitir a adoção de medidas de apoio à habitação, nomeadamente no domínio da eficiência energética e da habitação social.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Este é o primeiro edifício totalmente destinado a escritórios em Portugal a obter a certificação BREEAM In-Use Part I, com a classificação “Outstanding”, posicionando-o como uma “referência nacional” em sustentabilidade e eficiência energética no sector imobiliário corporativo. No processo de certificação, a Savills assessorou a Acacia Point Capital Advisors

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    A Savills Portugal assessorou a Acacia Point Capital Advisors no processo de certificação BREEAM In-Use Part I do Edifício Q51 na Quinta da Fonte. Este é o primeiro edifício totalmente destinado a escritórios em Portugal a obter a classificação “Outstanding”, o mais alto nível de certificação, posicionando-o como uma “referência nacional” em sustentabilidade e eficiência energética no sector imobiliário corporativo.

    Com uma área certificada de aproximadamente 4.434 metros quadrados (m2), o edifício distribui-se por dois pisos subterrâneos com estacionamento, quatro pisos de escritórios e um piso técnico. A certificação BREEAM In-Use, reconhecida internacionalmente, avalia o desempenho ambiental de edifícios existentes, incentivando melhorias contínuas e assegurando que os activos cumpram os mais elevados padrões de sustentabilidade.

    Luis Rocha Antunes, director geral da Acacia Point Capital Advisors Portugal afirma estar “extremamente orgulhoso” do trabalho realizado. “Conseguir a certificação total do edifício segundo os exigentes padrões do BREEAM não é uma tarefa fácil, especialmente porque certificámos tanto as áreas privadas como as áreas comuns. Este feito reforça a posição da Quinta da Fonte como o parque de escritórios mais sustentável de Portugal”, salienta.

    Também Márcia Duarte, BREEAM In-Use assessor da Savills Portugal, sublinha tratar-se de um “marco” para o mercado de escritórios em Portugal. “Este resultado reflecte um compromisso claro com a sustentabilidade e a eficiência operacional dos edifícios, alinhando-se com as exigências crescentes dos ocupantes e investidores. O Q51 destaca-se não só pelo seu desempenho ambiental, mas também pelo impacto positivo que cria para os seus utilizadores e para a envolvente”, acrescenta.

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    Além de notícias de actualidade, este espaço inclui um painel de estatísticas de mercado, cujos indicadores “permitem a todos os interessados aceder de forma gratuita a dados actualizados sobre as tendências no mercado de arrendamento, compra e venda e de promoção imobiliária no municipio

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    Foi apresentado esta quinta-feira, dia 13 de Março, no Mipim, em Cannes, o Observatório Imobiliário de Gaia. Além de notícias de actualidade, este espaço inclui um painel de estatísticas de mercado, desenvolvidas pela Confidencial Imobiliário propositadamente para esse efeito, cujos indicadores “permitem a todos os interessados aceder de forma gratuita a dados actualizados sobre as tendências no mercado de arrendamento, compra e venda e de promoção imobiliária em Gaia”, indica o município.

    Os dados mais recentes mostram uma forte dinâmica na atracção de investimento, sendo Gaia um dos concelhos com maior volume de novos projectos em carteira, com mais de três mil fogos em pipeline, um volume que compara com o Porto e supera Lisboa. A transformação do mercado de Gaia tem reflexos na valorização desse mercado, onde em média as transacções de fogos novos superam os 3.700 euros/m2. Apesar disso, Gaia mantém-se como um mercado com capacidade para oferecer habitação acessível, tendo um preço médio abaixo da média da região do Grande Porto.

    Vila Nova de Gaia marca presença no Mipim, em conjunto com as cidades de Matosinhos e do Porto, integrados no projecto Greater Porto, que conta com uma comitiva de 18 empresas sectoriais e representantes políticos e técnicos dos três concelhos.

    Uma delegação que reflecte a “diversidade e a inovação# do tecido empresarial da região e que integra empresas a Glowing Merit, Revito, Keo, Chave Nova, Promiris, Garcia GTarcia, Lionesa, Castro Group, VPM Real Estate, Emerge Mota Engil, Avenue, Casais, Grupo IDS, Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão e Associados, Antas da Cunha, Omega e Mome.

    A presença política inclui, ainda, figuras como Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e Marta Pontes, vereadora do Comércio e Investimento da Câmara Municipal de Matosinhos, além de representantes de entidades como a Porto Vivo – SRU e o Conselho de Administração da Gaiurb.

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    Assinatura do acordo em Kiev
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    BEI garante apoio de 2 MM€ para reconstrução da Ucrânia

    O valor anunciado é parte do Fundo de Investimento da UE para a Ucrânia num total de 50 mil milhões de euros a ser disponibilizado até 2027. Os investimentos irão focar-se no reforço das redes energéticas, na modernização das ferrovias, na melhoraria do transporte público urbano e a sua conectividade

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    O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Comissão Europeia assinaram um acordo de garantia que permitirá ao BEI investir pelo menos dois mil milhões de euros para serem aplicados de forma “urgente” na recuperação e reconstrução da Ucrânia. Em linha com as necessidades e prioridades do governo ucraniano, este financiamento faz parte do Fundo de Investimento para a Ucrânia de 50 mil milhões de euros da União Europeia para o período de 2024-2027.

    “A segurança da Ucrânia é a segurança da União Europeia. Hoje, expressamos este compromisso mais uma vez com a assinatura de acordos com a Comissão Europeia e o governo ucraniano para intensificar o nosso apoio. Isto permitir-nos-á realizar investimentos cruciais na recuperação das infraestruturas críticas e dos principais serviços públicos da Ucrânia, reforçando a resiliência do país e o seu caminho em direcção à integração na União Europeia”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI, que visitou, recentemente, Kiev, onde anunciou os primeiros projectos ao abrigo da garantia do Mecanismo da Ucrânia.

    Os investimentos irão focar-se no reforço das redes energéticas da Ucrânia, incluindo as redes energéticas, a expansão da produção de energia hidroelétrica e renovável e a melhoria da eficiência energética. Serão também utilizados para modernizar as ferrovias, melhorar o transporte público urbano e actualizar a conectividade dos transportes, incluindo as Faixas de Solidariedade UE-Ucrânia e os pontos de passagem de fronteira ao longo das principais rotas de exportação.

    Além disso, o financiamento ajudará a restaurar as infraestruturas municipais, como os sistemas de água e aquecimento, a iluminação pública, bem como escolas, hospitais e instituições de ensino superior.

    Para apoiar ainda mais a implementação dos investimentos do BEI no âmbito do Mecanismo para a Ucrânia, o BEI e o governo da Ucrânia assinaram, também, um acordo para enviar uma equipa de peritos de consultoria para Kiev, que irá fornecer “experiência prática” para acelerar a preparação e execução de projectos críticos e documentos estratégicos em áreas como a energia, os transportes e a habitação, expandindo-se, depois, para outros sectores.

    Esta iniciativa está a ser entregue pelo consultor do BEI através de um pacote de consultoria JASPERS de 20 milhões de euros para a Ucrânia, financiado conjuntamente pela Comissão Europeia e pelo programa de consultoria UE para a Ucrânia do BEI em 2024.

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    Como Foster+Partners transforma Old Trafford

    O design e as linhas gerais do projecto de Estádio Old Trafford entregue pelo gabinete Foster+Partners foram apresentados esta semana. O novo estádio promete ser um marco icónico e sustentável que tem por base a história do Manchester United e a identidade de Manchester

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    O Manchester United revelou os planos para o novo estádio de Old Trafford, um projecto ambicioso desenvolvido pelo estúdio de arquitetura Foster + Partners. A nova infraestrutura promete elevar a experiência dos adeptos e transformar a região com um design inovador, tecnologia avançada e um forte compromisso com a sustentabilidade.
    O novo estádio será um marco globalmente reconhecido, inspirado na história do Manchester United e na identidade industrial da cidade de Manchester.

    O conceito do novo estádio inverte o modelo tradicional de design de estádios de futebol: será aberto e voltado para o exterior, com varandas panorâmicas que oferecem vistas para toda a área envolvente. Localizado no centro do distrito, será um marco globalmente reconhecível, encapsulando o espírito do Manchester United e a herança da cidade. A estrutura será caracterizada por três mastros imponentes, inspirados no tridente dos “Red Devils”, reflectindo a verticalidade do horizonte industrial de Manchester. Esses mastros sustentarão uma cobertura translúcida que envolverá o estádio, protegendo as arquibancadas e uma ampla praça pública das chuvas frequentes.

    Inspirado pela rica história da cidade, este projecto de regeneração impulsionado pelo desporto transformará uma área industrial de um milhão de metros quadrados em um distrito vibrante de uso misto, com uma rede de espaços verdes, ruas, pontes e zonas à beira-mar. Estabelecendo um novo padrão internacional para o desenvolvimento sustentável de cidades, o projecto criará conexões directas para transportes públicos e pedestres entre comunidades novas e existentes – e com o restante da cidade –, além de incorporar tecnologias de captação de água da chuva e energia renovável.

    A praça coberta contará com uma série de experiências interactivas para adeptos do Manchester United e visitantes globais. O design prevê ainda um percurso processional que levará os adeptos de uma nova estação ferroviária até a praça, criando um ponto de encontro acolhedor para eventos desportivos e comunitários.

    O novo estádio terá capacidade para 100.000 espectadores.

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    Os milhões do BEI para habitação acessível, as Casas d’Elvas da Vila Galé, Fragmentos e o Pritzker no CONSTRUIR 526 e Traço

    O anúncio do BEI e da Comissão Europeia para responder aos problemas da habitação está em destaque numa edição onde lhe contamos a história do processo encalhado da Vila Galé em Elvas. O Pritzker de 2025, Fragmentos, Bernardes Arquitectos e Burel em destaque na Traço

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    BEI e CE destinam 10MM€ à habitação acessível e sustentável

    Com investimentos de 10 mil milhões de euros nos próximos dois anos, o Plano de Ação para a Habitação Acessível e Sustentável inclui o lançamento de um portal — ao estilo “balcão único”. A meta passa por entregar 1,5 milhões de casas novas ou renovadas em toda a Europa. O plano envolve parcerias para facilitar financiamento e promover habitação acessível e sustentável

    Postos de iluminação inteligentes já não são ficção
    O objectivo da Smartlamppost, fundada, entre outras, pela Metalogalva, passa por criar uma infraestrutura partilhada que integre iluminação pública, carregamento de veículos eléctricos ou pontos de WIFI

    Túnel de drenagem de Lisboa no foco do Europan
    A 18ª edição do concurso europeu recebe propostas até 29 de Junho, tendo como premissa o tema “Re-sourcing”, ou seja, projectos de regeneração que abracem a natureza e a cultura

    “No mínimo merecemos uma medalha de cortiça”
    Orgulhoso pelo trabalho de recuperação da antiga fabrica da ameixa e dos edifícios históricos do aljube, em Elvas, os administradores da Vila Galé apontam o dedo à burocracia que trava a licença de utilização das Casas d’Elvas

    TRAÇO
    PRITZKER 2025 PARA LIU JIAKUN É CELEBRAÇÃO DE VIDA

    “O projecto nasce sempre no papel, num processo criativo interno de tentativa e erro”

    Como arquitectura e o design fazem renascer o Burel

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    Cimpor recebe certificações ISO de conformidade e integridade empresarial

    A empresa foi distinguida com as certificações ISO 37301:2021 – Sistemas de Gestão da Conformidade e ISO 37001:2017 – Sistemas de Gestão Antissuborno, como reforço da sua aposta na ética e transparência nos negócios.

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    A Cimpor acaba de alcançar um marco importante no seu percurso de compromisso com a transparência e ética empresarial e gestão sustentável, ao receber duas importantes certificações internacionais: ISO 37301:2021 – Sistemas de Gestão da Conformidade e ISO 37001:2017 – Sistemas de Gestão Antissuborno. Estas certificações foram entregues formalmente durante uma reunião entre a equipa da Cimpor e os auditores da empresa CPC Certification, e abrangem as operações da empresa em três continentes, nomeadamente em Portugal, Turquia, Costa do Marfim, Camarões, Roménia e Cabo Verde.

    A ISO 37301 é uma norma internacional que define os requisitos para a implementação de sistemas de gestão da conformidade nas organizações, permitindo-lhes estabelecer e manter processos eficazes para assegurar o cumprimento das leis, regulamentos e normas éticas. Esta certificação é um reflexo do esforço contínuo da Cimpor em promover práticas empresariais responsáveis, através da minimização de riscos de não conformidade e reforço da confiança entre todos os seus stakeholders.

    Por sua vez, a ISO 37001 é dedicada à implementação de sistemas de gestão antissuborno, uma ferramenta essencial para as empresas combaterem a prática de corrupção em qualquer forma, seja direta ou indireta. Com esta certificação, a CIMPOR demonstra a sua aposta em criar um ambiente de negócios transparente e ético e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e competitiva.

    Özge Aşçıoğlu, group director of internal audit, risk and compliance da Cimpor Global Holdings, destacou a importância das certificações no alinhamento da empresa com as melhores práticas internacionais. “Estas certificações são o reconhecimento do trabalho e empenho da nossa equipa para garantir a conformidade com as mais altas normas de integridade e transparência. Continuaremos a investir na melhoria contínua dos nossos processos e a promover uma cultura corporativa responsável e sustentável”, sublinhou o responsável.

    A cimenteira partilhou a sua abordagem e práticas de gestão de compliance na 13ª Conferência Anual Europeia de Compliance e Ética, organizada pela Society of Corporate Compliance and Ethics (SCCE), que decorreu no início desta semana, em Lisboa. Durante o encontro, a compliance and risk management senior specialist da Cimpor, Maria Inês Mendes, e o internal audit, risk and compliance Group director da Cimpor OYAK Cement, Özge Aşçıoğlu, partilharam os desafios que as empresas enfrentam na gestão de compliance nos países africanos e as soluções para os ultrapassar.

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    Ricardo Oliveira Alves Architecture Photography and Video - Fotografia e vídeo de arquitetura VIC Properties - Prata Riverside
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    Nhood escolhida para comercialização do retalho do Prata Riverside Village

    A Nhood, foi a consultora escolhida pela VIC Properties para a comercialização em exclusivo dos espaços comerciais do Prata Riverside Village, projecto imobiliário que tem como objectivo contribuir para recuperar e requalificar a freguesia de Marvila, em Lisboa

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    Projectado para ser um novo bairro à beira-rio, este projecto está a devolver a frente ribeirinha oriental à população de Marvila e aos milhares de pessoas que diariamente visitam a zona, criando, simultaneamente, uma nova comunidade com a chegada de centenas de habitantes. Com uma área bruta de construção de 128.000 m² e mais de 800 apartamentos, o Prata Riverside Village é um dos principais projectos imobiliários em Lisboa, localizado entre Marvila e o Parque das Nações. O empreendimento inclui 12 edifícios para habitação, escritórios e comércio concebidos pelo arquitecto Renzo Piano, vencedor de um prémio Pritzker.  Inspirado pelo rio, pela história e pela beleza de Lisboa, o Prata Riverside Village marca já, de forma incontornável, o skyline da cidade, transformando a experiência urbana, de uma das zonas mais trendy numa experiência de “vida de bairro”.

    Com uma vasta experiência na gestão de espaços comerciais, a Nhood será responsável, em exclusivo, por todas as operações e estratégias de comercialização dos espaços comerciais, com foco em lojas-âncora e F&B (Food & Beverage).

    “Este projecto enche-nos de orgulho, pois reafirma o papel da Nhood como uma das principais plataformas globais de soluções imobiliárias da Península Ibérica. Actualmente gerimos mais de 45 activos e a parceria com a VIC Properties reforça a confiança dos nossos parceiros na visão da Nhood para soluções imobiliárias de uso misto, e no conhecimento do mercado nacional”, afirma Susana Maia Antunes, head of leasing da Nhood,

    Com uma abordagem focada na sustentabilidade e na criação de valor para a comunidade, a Nhood está empenhada em atrair actividades comerciais que complementem o conceito do empreendimento. “Estamos entusiasmados com a oportunidade de gerir a comercialização destes espaços comerciais. Acreditamos que este projecto trará um impacto positivo significativo para a área e para os seus residentes,” reforça Susana Maia Antunes.

    Segundo João Cabaça, CEO da VIC Properties, “esta parceria surge na sequência da nossa preocupação e cuidado com a comercialização dos espaços comerciais existentes no Prata. Estrategicamente, arrendamos estes espaços para que consigamos garantir que as marcas e tipo de lojas representadas no Prata, oferecem a diversidade e qualidade dos serviços que os nossos residentes e visitantes exigem. Neste sentido, iniciámos a parceria com a Nhood, que nos vai ajudar nesta missão e que, tal como nós, privilegia a sustentabilidade ambiental, económica e social junto da sociedade.”

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    OLI apresenta inovações na Alemanha para conquistar o mercado global

    A Oli marca presença na ISH de Frankfurt, a maior feira mundial de banho, construção e energia, que decorre de 17 a 21 de Março. Entre os produtos em destaque na montra alemã estará o primeiro autoclismo interior produzido com matéria-prima reciclada, “OLI 70 Plus”

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    tagsISHOLI

    Na próxima semana, a OLI apresentará na Alemanha as suas últimas inovações para o espaço de banho, na ISH de Frankfurt, a maior feira mundial de banho, construção e energia, que decorre de 17 a 21 de Março. Em destaque estará o primeiro autoclismo interior produzido com matéria-prima reciclada, “OLI 70 Plus”, as placas de comando “Hallo”, “Voronoi”, “Pulse” e “Blink Mate”, a base de duche “AquaSlate”, as novas colecções de torneiras Ocean, a gama de louça sanitária “Lake” com novos acabamentos, a nova gama de lavatórios de pousar e os sistemas de duche integrado no pavimento, OLIFILOS.

    Além da tecnologia, funcionalidade, sustentabilidade e design associadas às novas propostas, a marca apresentará o OLI PRO, um serviço global dirigido a distribuidores e profissionais de instalação com vista à capacitação e formação profissional.

    Ao longo de cinco dias, a OLI estará instalada no stand D70, hall 3.0, num amplo espaço de exposição de 170 metros quadrados (o maior de sempre), com dois pisos, apostando na visibilidade da marca junto de visitantes de todo o mundo, intensificando a sua presença global.

    “A participação da OLI na ISH representa um relevante investimento em inovação, que se reflecte na apresentação de um número elevado de novos e avançados produtos para a casa de banho, num stand de grande dimensão. No total foram/serão aplicados cerca de 300 000 euros, com o objectivo da OLI consolidar o seu posicionamento de marca inovadora em mercados europeus estratégicos, como a Alemanha, França e Itália, e de expandir a sua comercialização em novas geografias do Médio-Oriente e África”, revela António Ricardo Oliveira, administrador da OLI.

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    Homycasa inaugura loja em Matosinhos e novo centro logístico a norte

    Homycasa apresenta nova imagem e reforça expansão com abertura de nova loja em Matosinhos e novo centro logístico no Panattony Park Porto Valongo

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    A Homycasa, marca portuguesa de mobiliário e decoração com mais de 8 anos no mercado, deu mais um passo na sua estratégia de crescimento e renovação com a abertura de uma nova loja agora no Matosinhos Retail Park. A abertura do novo espaço coincidiu com a apresentação da sua nova identidade visual, um rebranding estratégico desenvolvido em parceria com a agência de design Wy Creative.

    A nova imagem da Homycasa reflecte um posicionamento mais moderno, fresco e alinhado com as tendências do sector do retalho de mobiliário, com o objetivo de fortalecer a relação da marca com os consumidores e consolidar a sua presença no mercado.

    O rebranding da Homycasa surge num contexto de crescimento sustentado e ajusta-se às novas expectativas dos consumidores, priorizando uma experiência de compra mais intuitiva, uma comunicação de marca mais envolvente e um ambiente de loja mais atractivo.

    “Acreditamos que esta renovação da identidade é essencial para reforçar a percepção da marca como uma referência no sector do mobiliário e da decoração em Portugal. Este rebranding permitiu-nos criar uma imagem mais contemporânea e impactante, sem perder a essência que nos define: qualidade, funcionalidade e preços acessíveis”, refere Michael Gameiro, CEO da Homycasa.

    A nova loja no Matosinhos Retail Park tem cerca de 1560m2 e foi concebida para proporcionar uma experiência de compra envolvente e intuitiva, onde os clientes podem explorar uma vasta oferta de mobiliário e decoração para todos os estilos de vida. O espaço apresenta uma organização mais segmentada, favorecendo uma experiência e permitindo que os consumidores encontrem soluções adaptadas às suas necessidades de forma mais rápida e eficiente.

    Além da nova loja, a empresa anunciou um passo significativo na expansão da sua infraestrutura logística, com a escolha do Panattoni Park Porto Valongo para a instalação do seu novo centro de distribuição. Com esta nova infraestrutura de 7.500 m², a marca reforça a sua capacidade de armazenamento, gestão de stock e eficiência logística, permitindo tempos de entrega mais curtos e um serviço ainda mais ágil e eficaz para clientes e lojas físicas.
    “A aposta numa infraestrutura logística moderna e eficiente é essencial para sustentar o crescimento da Homycasa. O Panattoni Park Porto Valongo oferece-nos as condições ideais para elevar a nossa operação, garantindo que conseguimos dar uma resposta mais rápida e eficaz às necessidades dos nossos clientes e parceiros comerciais”, destaca Michael Gameiro.

    Actualmente, a marca conta com 8 lojas físicas e uma loja online e pretende abrir mais lojas durante este ano de 2025.

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