Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment
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Mexto diversifica estratégia e direcciona investimentos para Sul

Depois de obra feita no sector da reabilitação, que mantém ainda com alguns projectos em Lisboa, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações. Projectos já estão incluídos no plano de investimentos avaliado em 240 M€

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Depois de obra feita no sector da reabilitação, que mantém ainda com alguns projectos em Lisboa, o futuro da Mexto passa agora, também, pelo turismo residencial. Meco, Melides e Monte Gordo são as novas localizações. Projectos já estão incluídos no plano de investimentos avaliado em 240 M€

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Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment

(NOTA: Entrevista revista após publicação)

Pensado para o segmento premium, onde o antigo se encontra com o contemporâneo, o empreendimento Rodrigo da Fonseca foi o cenário escolhido para abordar os projectos da Mexto e a sua estratégia de negócio. Ao CONSTRUIR, Tomas Suter, senior advisor & partner da Mexto Property Investment, revelou que, embora mantenham o core business na reabilitação de luxo, 2024 irá marcar uma importante mudança na estratégia da promotora. Com o mercado do turismo residencial em crescimento, a empresa pretende alargar o seu investimento para três grandes projectos a desenvolver neste segmento. A parceria com branded residences é, também, um dos objectivos.

Antes de começarmos a nossa conversa, gostaria de saber como é que o Thomas veio parar esta área? Como foi o seu percurso até aqui?

Eu sou suíço e italiano, a minha mãe é italiana, o meu pai é suíço, mas eu nasci e cresci na Suíça, em Zurique, na parte alemã. Fiz lá o meu percurso escolar e estudei Economia também em Zurique. Entretanto, durante os estudos, comecei a trabalhar no sector financeiro, como bancos, asset managers, home managers e aí continuei. Em 2012, tive uma oportunidade, um trabalho muito interessante para um investidor alemão. O negócio assentava em investimentos imobiliários, mas não era promoção, nem construção, mas sim financiamento de projectos imobiliários, com foco na Alemanha, na Suíça e na Áustria.

Nessa altura, comecei a aprender e a gostar muito deste sector, porque entendo que é algo muito diferente de trabalhar só em números. Trabalhar para um projecto imobiliário, não é só a parte de financiamento, porque depois consegue-se ver o resultado final. Temos o lado visível do nosso trabalho e pensamos que contribuímos um pouco para realizar um projecto.

Entretanto, a empresa teve um crescimento muito impressionante e foi vendida a uma outra empresa cotada em bolsa, em Frankfurt. Para mim, era o momento certo para sair e aceitar um novo desafio. Em paralelo, já antes de eu sair dessa empresa, tínhamos começado a olhar para o mercado português, porque um dos nossos sócios é de origem portuguesa, então tive sempre essa ligação.

Ainda na Suíça?

Sim, na Suíça. Desde 2012 ou 2013 que ele nos tentava convencer a investir em Portugal, mas ainda era muito cedo, porque foi pouco depois da crise. Por isso, só começámos a investir em Portugal em 2017.

Nessa altura, foi quando começou o boom da reabilitação…

Exactamente. Começámos com a aquisição do primeiro prédio algures em 2018.

Como é que têm sido, então, estes últimos anos? Que balanço fazem deste vosso percurso?

O balanço é muito positivo. Com muitos desafios, muitos ‘ups and downs’, como é normal. No início não acreditámos, mas muita gente nos avisou que com a burocracia e com o licenciamento ia ser muito complicado. Por um lado, já temos muitos sucessos e com os quais comprovámos que conseguimos fazer coisas rápidas, mas, por outro, temos projectos que estão há cinco anos na Câmara para aprovação.

Acredito que em Portugal o mercado é muito diferente da Suíça…

Muito diferente. Eu gosto de dizer que não é que na Suíça se aprove um projecto muito mais rápido ou muito mais facilmente. Não, porque o mercado na Suíça também é um mercado muito controlado, muito pequenino, mas acho que a diferença é que temos uma comunicação mais fácil com as entidades. As entidades estão organizadas de uma maneira mais eficaz e parece que estamos a trabalhar com qualquer outra empresa do sector privado. Mas aqui sentimos o verdadeiro significado de ‘sector público’. Esta é a grande diferença.

Qual a maior dificuldade?

Cada câmara tem a sua forma de trabalhar e quando chegámos foi muito complicado. Arrancámos a operação em Portugal quase do zero, com nenhum conhecimento nessa área. A nossa vantagem é que temos um network muito grande e fomos conseguindo o apoio e a informação necessários. Nós queríamos fazer tudo bem, dentro das regras, trabalhámos em conjunto com os arquitectos para cada projecto. E acho que conseguimos fazer um bom trabalho. Tenho muito orgulho do que conseguimos fazer em tão pouco tempo.

Pelo que tenho verificado, há uma dinâmica muito particular na vossa carteira de empreendimentos. Tanto têm projectos em desenvolvimento, como têm alguns que foram vendidos. É uma estratégia?

Exactamente. Para um promotor e investidor é sempre um mix dos dois. Quando compramos um activo, é sempre com a perspectiva de o fazer até o final. Mas é normal, é natural que, no decorrer do desenvolvimento de um projecto, possa acontecer essa mudança na estratégia se nos apresentarem uma boa proposta

Em que situações é que isso pode acontecer?

Sobretudo prédios que nós comprámos numa determinada altura por um determinado preço e, depois, com as variações de mercado, há uma considerável valorização e aí pode representar uma oportunidade. De qualquer modo, ao vendermos um imóvel com o projecto já aprovado, por exemplo, sentimos que temos ali uma parte também nossa, do nosso trabalho, porque o conceito é nosso.

Falando de investimento, é possível quantificar quanto já investiram em Portugal?

Desde o arranque da Mexto contabilizamos um investimento total de cerca de 240 milhões de euros.

E está dentro da expectativa que vocês tinham planeado?

Sim. Podia ter sido mais, mas também depois é sempre a questão…digamos, de timing, não é? Precisamos dos fundos e precisamos também das oportunidades.

Sentem que já perderam algum negócio por causa dessa questão?

Provavelmente. Sobretudo porque os prazos praticados são sempre muito longos. Perdemos negócios no sentido em que os investidores não conseguiram identificar a atractividade de algumas coisas que nós apresentámos.

Então, neste momento quantos projetos ou quantos empreendimentos é que vocês têm em desenvolvimento?

Em construção, neste momento, temos dois, que estamos a acabar: o O’Living e o Mason Eduardo Coelho. Estão ambos numa fase final da construção e esperamos que até ao Verão estejam concluídos. E, entretanto, temos mais seis projectos em fase de licenciamento. Alguns estão muito perto do início da construção, outros ainda vão demorar um pouco mais. E temos dois já concluídos, este onde estamos, o Rodrigo da Fonseca e o Avencas, que foi o primeiro a ficar terminado.

Em termos de público-alvo, de segmento, a vossa estratégia tem sido mais ou menos a mesma…

Verdade.  Para nós é muito importante manter sempre o foco no segmento de luxo e de reabilitação, em zonas muito boas dentro da cidade. E isso é algo que vamos continuar a fazer.

Curiosamente, lançaram-se num projecto completamente diferente, o O’Living, que além de ser construção nova, também é para um tipo de cliente diferente….

Foi uma aposta diferente de tudo o que já tínhamos feito. E que teve como intenção diversificar um pouco o nosso investimento, colocar no mercado produto para o mercado nacional. Sentimos que também temos essa obrigação.

Qual o balanço?

Estamos muito felizes porque no O’living, mais ou menos 90% são compradores nacionais. Famílias portuguesas, pais que compram para filhos. Estamos muito satisfeitos porque no início tivemos algum receio de que pudesse não resultar. Houve um conjunto de factores com que tivemos de lidar, desde logo porque se trata de uma escala completamente diferente. Aqui falamos de 86 apartamentos e na reabilitação estamos a falar entre cinco e 10 apartamentos.

Temos dois que estamos a acabar a construção e temos mais seis projectos que estão, alguns em já em construção, outros a aguardar licenças.

Não querendo entrar no detalhe de cada projecto, posso dizer que temos, no geral, três projectos em Lisboa na área da reabilitação.

E, pela primeira vez, estamos a apostar em projectos de maior dimensão fora da Grande Lisboa. Temos um projecto em desenvolvimento em Melides, é um empreendimento turístico e outro também muito grande no Algarve e outro no Meco, a 30 minutos de Lisboa.

Estão, então, a explorar outros mercados e outras opções, é isso?

Sim. Actualmente, já é cada vez mais difícil encontrar boas oportunidades dentro da cidade e as que temos identificado estão a preços muito altos, o que torna difícil tornar esses investimentos rentáveis ou atractivos.

Houve aquele boom, não é?

Exacto. Mas agora espero que o mercado se vá ajustar um pouco, porque acho que ainda existem tantos prédios em Lisboa que poderiam resultar em operações interessantes. Só que os preços são proibitivos. Os proprietários perceberam, nos últimos anos, que podiam ganhar muito com este tipo de imóveis em localizações do centro e começaram a subir os preços, achando que podem pedir o que querem.

Esses novos projectos mais virados para o turismo são completamente diferentes do que fizeram até ao momento. É uma estratégia para o futuro?

É uma estratégia, embora mantenhamos o nosso ‘fio condutor’ que é a reabilitação. Vamos iniciar brevemente a construção do empreendimento Castilho 3. E, neste âmbito, temos também um na Graça e outros dois mais pequenos na Ajuda. Estes dois últimos fazem parte de um terreno maior que compramos e para onde também prevemos fazer um empreendimento com cerca de 50 apartamentos. Mas esta fase não será para já.  É um daqueles em que estamos há quase cinco anos a aguardar licença.

Nesse caso o Simplex será positivo?

Vamos ver. Temos uma grande expectativa. Mas acho que pode ser positivo, pelo menos no que diz respeito ao arranque das obras. Contudo, há ainda muitos pormenores por esclarecer. Tenho falado com alguns promotores que acreditam que, de certa forma, vem melhorar ou, pelo menos, não vem complicar. Há também a questão dos bancos que vão ter de se adaptar a uma nova realidade.

Pelo menos podem começar os projectos ou podem ir avançando com os projectos. Mesmo com as questões do licenciamento, não conseguindo aquele prazo que eles dão…entre 150 a 180 dias e, em casos em que os projectos ultrapassam os cinco mil metros quadrados são 200 dias, o máximo. Mesmo assim, sabemos que 200 dias é o máximo e, portanto, conseguimos planear. Neste momento, não sabemos se são 200, 300 ou 600…

Mas com o projecto que têm para Melides pretendem aproveitar as sinergias que agora se criaram com o projecto da Comporta?

Sim, mas é mais na Serra de Grândola, numa área mais interior, a 20 minutos da praia. São 10 casas, com aproximadamente 500 m2 cada uma e com terrenos entre dois a três hectares. Privacidade total. Neste espaço vamos ter, ainda, um hotel, que vai ser operado por outra empresa, porque não é o nosso core. Neste projecto estamos a trabalhar em parceria com uns sócios que irão ser responsáveis pela componente hoteleira e a Mexto fará a componente residencial.

E o do Algarve? É um empreendimento maior, não é?

Sim, o do Algarve é um terreno muito grande, um dos últimos terrenos, mesmo à frente do mar, numa zona privilegiada, entre Monte Gordo e a Praia Verde. A nossa ideia é fazer mais ou menos 150 apartamentos. É uma zona com muito potencial, e que, pela proximidade a Espanha, também queremos que responda às necessidades dos turistas espanhóis que vêm para Portugal.

Qual é que é o valor de investimento que prevêem, englobando já esses projetos?

Estes projectos já estão contabilizados no plano de investimentos que falei dos 240 milhões.

Esses projectos serão para desenvolver ao longo de quanto tempo? Tem uma previsão?

É difícil dar uma data exacta, mas eu diria durante os próximos quatro a cinco anos. Os licenciamentos todos já estão aprovados, porque já existe um plano pormenor e um PIP aprovado. E agora com o Simplex, teremos que fazer só uma comunicação prévia. No fundo é dar início à obra e ir trabalhando no processo da comercialização.

Dos projectos que têm em carteira qual será o que vai arrancar primeiro?

O da Castilho. É um prédio localizado na parte baixa da Rua Castilho, próxima da Rua do Salitre, muito perto da Avenida da Liberdade. Falamos de um prédio de 1940 ou 1950, um prédio de charme, apalaçado, onde vamos fazer uma reconstrução total, como fizemos, por exemplo, na Rodrigo da Fonseca. Vamos manter as fachadas, mas o resto vai ser uma construção nova, mantendo e respeitando muito o passado do edifício, com os tectos trabalhados, com muitos elementos característicos do prédio, e vamos lá fazer seis apartamentos para o segmento premium.

Em termos de clientes, quem são os principais compradores dos projectos da Mexto?

Quando começámos a fazer projectos neste segmento, pensámos que os compradores iriam ser quase 100% estrangeiros que estivessem à procura casa em Lisboa, mas temos tido muitos clientes nacionais que, ainda assim, consegue responder a estes produtos de segmento alto.

Foi uma surpresa que em cada projecto que temos, tenhamos tido sempre procura do mercado nacional e não há um projecto em que não tivéssemos vendido alguma unidade também a portugueses. Mas é verdade que. na maior parte dos casos. são estrangeiros de diferentes nacionalidades, desde americanos, brasileiros, ingleses ou mesmo sul africanos.

Franceses?

Curiosamente, até ao momento não temos tido clientes franceses. Eu acho que o cliente francês em Lisboa está mais à procura de um apartamento mesmo com charme antigo. Quer dizer, por exemplo, um Rodrigo da Fonseca para esses clientes já pode ser demasiado moderno. Repare: tivemos um cliente francês que não comprou na Rodrigo da Fonseca, porque como as portadas já não eram as antigas o edifício tinha perdido um pouco o seu charme.

No seu entender, o que é o cliente estrangeiro, de uma forma geral, procura em Portugal?

Alguns são surpreendidos, outros vêm por indicação de outras pessoas. O cliente americano está agora a descobrir o Portugal. E depois depende muito dos clientes. Há clientes que querem mesmo só fazer investimentos em zonas boas e que tenham um valor seguro em termos de rentabilidade. No fundo. são clientes que estão à procura de produtos com uma qualidade altíssima, um cliente mais exigente. Não se trata só de vender um produto, mas da atenção que se dá no after-sales.

Falámos há pouco também na questão que, de certa forma, não vinham a pensar de fazer projectos para um segmento médio. Que outros projectos têm pensados nesta óptica, de um all-living?

No meu entender, o projecto de Monte Gordo enquadra-se nesse segmento porque tanto é para o cliente estrangeiro –  como ingleses, franceses, e claro, espanhóis-, como ainda, historicamente, é um sítio com muitas famílias portuguesas. Acredito que este é um projecto que tem muito potencial.

Algum dos vossos produtos poderão também no mercado de arrendamento?

O da Graça foi uma compra que fizemos em 2019, é um prédio muito pequenino, não tem muito interesse histórico, nem nada, mas a localização é muito boa. São três apartamentos, o T1, o T2 e o T2 duplex. Ainda não sabemos muito bem se isto é um produto mais para a nossa carteira para depois fazer, talvez, arrendamento ou para vender os apartamentos.

Os valores das rendas não são atractivos ou, por outro lado, será mais fácil comprar do que arrendar. Na Suíça temos um mercado de arrendamento forte, implementado. Isto também acontece porque, por exemplo, na Suíça o sistema bancário é diferente, não se fazem empréstimos com prazos quase infinitos. No máximo são 25 a 30 anos, o que permite ter uma igualdade ao nível dos valores que se pagam, seja em caso de arrendamento, seja em caso de compra. A ideia é que se trata sempre de um activo que não perde valor e que se o cliente não conseguir pagar, facilmente se coloca no mercado novamente. Em Portugal, alguém que compra para arrendar já tem um custo muito elevado de juros. Para ter alguma rentabilidade, a renda tem que se muito mais alta. Na Suíça, com menos equity, consegue-se uma rentabilidade muito mais interessante.

O que seria necessário para facilitar esse processo?

A parte legislativa é fundamental.  Se não houver esse empurrão, dificilmente será possível. Mas acho que seria também muito importante a redução do IVA na construção nova, como é na reabilitação. Não estou errado quando digo que entre 40 e 50% do valor é referente ao IVA, um valor que acaba por se repercutir no cliente final.

Ainda na óptica da reabilitação, por exemplo, o Porto ou outras cidades mais a Norte, são hipóteses?

Olhamos muitas vezes para oportunidades, por exemplo no Porto. Mas depois, para nós, às vezes é melhor ficar onde nós conhecemos as coisas, onde nós conhecemos muito bem o mercado.

Porque, por exemplo, se vou comprar um prédio nessa avenida, eu sei que do outro lado é melhor do que deste lado. Conheço as micro-organizações. Eu não conheço bem o Porto. E depois sentimos quase a obrigação para nos associarmos a com alguém lá no Porto, encontrar parceiros que conheçam aquela realidade. E é complicado. Pode ser muito bom, mas é sempre um desafio.

Não é, portanto, algo que esteja nos vossos horizontes por agora…

Não.

Vão entrar no mercado mais turístico. Acreditam que estão aqui a fazer uma mudança no vosso core? É para continuar?

Com a carteira que temos actualmente, temos trabalho para os próximos anos. E até aí vamos descobrir, com certeza, outras oportunidades. Nós crescemos muito rápido. Comprámos muita coisa em pouco tempo. Agora estamos mais focados em dar continuidade e avançar para esses projectos. Mas sempre a olhar para as oportunidades que possam surgir.

Actualmente, há toda aqui uma mística à volta de Portugal, não é? Acredita que isto é algo que vai continuar, que será sustentável, não só do ponto de vista ambiental, mas também económico?

Eu acho que sim. De qualquer forma, gostamos de ter uma visão mais conservadora. Não podemos sempre pensar que os últimos anos foi agora o indicador para os próximos sempre que vai continuar igual. Não. Porque já atingimos um nível de preços altos. Mas acho que foi importante porque o País precisava mesmo dessa mudança, desse impulso. Mas agora também acho que os compradores estão mais cuidadosos.

Tem que estabilizar, é isso?

Exactamente. Acho que vamos entrar numa fase de consolidação e estabilização. Mesmo assim, acho que Portugal vai continuar forte. Acho que tem tudo para continuar a ser o sucesso que teve nos anos passados. É um País muito agradável para se viver. Tem um clima óptimo. Tem a segurança que hoje em dia é muito importante. O que para nós é completamente normal, como andar na rua a que horas for ou andar nos transportes, para quem vive nos EUA, no Brasil ou até em França, como alguns casos que conheço, não é assim.

Como é que se imaginam daqui a 10 anos, com o portefólio que já alcançaram e com os novos projectos que vão agora desenvolver?

Continuar a investir em Portugal, mas também ter alguns desses novos projectos que já estivemos a falar, acabados e também como são projectos turísticos, é uma coisa que vai ficar.

Vão ficar com a gestão desses projectos é isso?

Talvez uma parte, sim. É isto que gostaria de ter daqui a 10 anos. Falamos de algo diferente da promoção ou da construção, mas também de ter algo com rendimentos diferentes. Criar uma carteira para alugar. Mas continuando a fazer o que sabemos fazer: reabilitação.

Os números:

240 M€ – Volume de investimento

71 mil m2 – Área de Construção

269 – Apartamentos

361 – Lugares de estacionamento

16 – Espaços comerciais

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VELUX com nova vice-presidente executiva para a região de Portugal e Espanha

Em comunicado, os responsáveis da empresa especialista em janelas de telhado explicam que “Rafaella é uma excelente combinação com a cultura da VELUX. Tem um perfil comercial alargado e compreende o que é necessário para gerir uma área rentável”

Rafaella Berardo será a nova vice-presidente executiva da VELUX para a região Sudoeste, área da qual fazem parte os mercados de Portugal e Espanha. A decisão agora conhecida surge depois da saída de André Dot, que decidiu deixar a posição após cinco anos no cargo.

Em comunicado, os responsáveis da empresa especialista em janelas de telhado explicam que “Rafaella é uma excelente combinação com a cultura da VELUX. Tem um perfil comercial alargado e compreende o que é necessário para gerir uma área rentável”. No entender de Lars Petersson, CEO do Grupo VELUX, a principal tarefa da Raffaella passa por “continuar a crescer e fortalecer a Região Sudoeste, que é uma região importante para a VELUX, bem como contribuir com novas perspectivas, ideias e liderança.”

A nova vice-presidente ocupava anteriormente o cargo de Diretora-Geral da Bélgica e Luxemburgo na Miele. Com uma carreira de cerca de 30 anos de experiência em empresas multinacionais, marcada pela gestão de áreas como o marketing, vendas e a gestão geral em mercados B2B e B2C, Rafaella Berardo assume-se “inspirada pela missão da VELUX em ‘trazer luz natural e ar fresco’ para a vida das pessoas, através de produtos inovadores que permitem aos clientes visualizar imediatamente o impacto. Vejo potencial para reforçar ainda mais a proposta de valor única da empresa, apoiando os esforços de sustentabilidade enquanto impulsiono o crescimento na nossa categoria através de produtos e parcerias inovadoras, libertando possibilidades de mercado nos diversos países onde a VELUX opera. Estou ansiosa por me relacionar com colegas, estabelecer uma rede e conhecimento da indústria e, claro, conhecer os nossos clientes.”

“É com muita gratidão e apreço que nos despedimos de André Dot, que decidiu abandonar o cargo após cinco anos de sucesso na posição onde contribuiu significativamente para o negócio da VELUX. O André juntou-se à VELUX como Diretor Geral da VELUX França em 2020 e, pouco tempo depois, assumiu a responsabilidade de toda a região Sudoeste. Através da sua liderança, integrou com sucesso os países numa única região, alinhando objetivos, a nossa estratégia e valores. Em 2023, André passou a fazer parte da Direção do Grupo Executivo e, juntamente com os outros vice-presidentes executivos regionais, representou os nossos clientes diretamente nas nossas discussões e decisões executivas. Foi um prazer trabalhar com o André e sei que muitos sentirão a sua falta.”, conclui Lars Petersson, CEO do Grupo VELUX.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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Sindicatos do sector apresentam revisão do CCT

A evolução das carreiras profissionais, os direitos de igualdade e de parentalidade, ou a melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, são alguns dos pontos que constam na proposta

Os sindicatos do sector da Construção Civil e Obras Públicas, que inclui a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) e Sindicatos dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), vão apresentar uma nova proposta do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).

Em comunicado, os diferentes sindicatos destacam os novos direitos a integrar a proposta, nomeadamente, em relação às condições de segurança, higiene e saúde no trabalho, à formação profissional, à evolução das carreiras profissionais, aos direitos de igualdade e de parentalidade, à redução do horário de trabalho, ao trabalho nocturno e por turnos, à melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, a partir de 1 de Janeiro de 2026.

O documento será entregue a dia 14 de Abril, na sede da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no Porto.

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Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”

O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente norte-americano, para explicar que “Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”.

O primeiro-ministro defendeu que “a prioridade absoluta passa pela negociação com os Estados Unidos” e assegurou que Portugal está completamente alinhado com as posições tomadas pela Comissão Europeia.

A diversificação de mercados e a concretização rápida do acordo já assinado entre a UE e o Mercosul foram outras das prioridades defendidas pelo primeiro-ministro português, que saudou a pausa de 90 dias nas tarifas anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro defende que o quadro de atual incerteza mundial agravado pela crise das tarifas “é mesmo o momento de ter adultos na sala”, avisando para a “impreparação e precipitação de alguns agentes nacionais”.

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”.

“Como diz o povo, é mesmo o momento de ter adultos na sala. Sem alarmismos, sem precipitações, estamos preparados e tomaremos as decisões necessárias para lidarmos o melhor possível com esta situação desafiante”, afirmou o primeiro-ministro.

Entre as medidas está uma “nova linha de 3500 milhões de euros” para investimento a 4 e a 12 anos, com período de carência, e que tem a novidade de parte dela poder ser convertida em fundo perdido e subvenções”. Nas palavras do ministro da Economia, Pedro Reis, uma parte deste financiamento “pode ser convertido em fundo perdido, ou seja balanço da empresa”.

Num outro eixo, referente a seguros de crédito, o ministro disse que durante muitos anos as empresas e associações apelaram a que algum governo reforçasse os seguros de crédito, para avançarem na internacionalização sem medo. “E é isso que queremos fazer”. “O BPF e o Ministério da Economia vai reforçar o plafond na ordem dos 1200 milhões de euros”.

Afirmou que esses seguros de crédito não abrangem só os mercados emergentes, mas também mercados mais tradicionais. “O que ouvimos nas empresa e associações é que muita da compensação da perda do mercado EUA pode passar por mercados europeus ou asiáticos” outros mais tradicionais, disse.

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Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo

A primeira unidade de produção da multinacional chinesa Aosheng no estrangeiro está localizada no Panattoni Park em Valongo, numa colocação feita pelo Departamento de Industrial & Logistics da Savills

O Departamento de Industrial & Logistics da Savills foi responsável pela colocação da empresa multinacional chinesa Aosheng nas suas novas instalações, com cerca de 12.000 m2 no Panattoni Park, Plataforma Logística Valongo. A Savills actuou em representação da Panattoni Iberia, proprietária deste activo logístico prime.

Este parque logístico de última geração, que pode acomodar até 75.000 m² de plataformas logísticas distribuídas por dois armazéns, apresenta certificação BREEAM very good e uma localização previligiada com acesso direto para a A41 e a 2 km da A4, ficando a apenas 25 minutos do centro da cidade do Porto. Dispõe ainda um conjunto de características que vão ao encontro das mais recentes exigências do sector. O parque logístico está 50% ocupado, tendo ainda unidades disponíveis.

A Aosheng é uma das maiores fabricantes mundiais de componentes para o sector das energias eólicas e vai instalar no Panattoni Park uma fábrica de componentes em fibra de carbono para as pás de turbinas eólicas.

“O Panattoni Park Valongo é uma plataforma logística premium, concebida para responder aos mais exigentes requisitos do sector. Foi um privilégio participar na operação de arrendamento das primeiras instalações em Portugal de uma multinacional de referência como a Aosheng, reforçando a relevância do papel que a Savills tem vindo a desempenhar neste sector. É com enorme satisfação que constatamos que a zona norte do país continua a atrair grandes empresas, reflectindo o compromisso com o desenvolvimento de projectos sustentáveis e de elevada qualidade.”

Por sua vez Gustavo Cardozo, managing director & partner da Panattoni Iberia, “este acordo reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento de infraestruturas logísticas de vanguarda em Portugal. O Panattoni Park Porto Valongo foi concebido a pensar nas necessidades actuais e futuras dos nossos clientes, pelo que estamos convencidos de que proporcionará à Aosheng uma base estratégica para impulsionar o seu crescimento e desenvolvimento no país.”

“É a primeira vez que a Aosheng estabelece uma presença fora da China. Acreditamos que a nossa opção pelo Panattoni Valongo para desenvolver a primeira unidade de produção da Aosheng no estrangeiro nos permitirá reduzir os prazos de entrega para os nossos clientes na Europa, aproximar-nos deles e melhorar a nossa competitividade no mercado da energia eólica”, afirmou Johnny Xu, CEO da Aosheng.

 

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Tektónica’25 com preocupação em acompanhar a evolução do sector

A edição de 2025 que arranca hoje, 10 de Abril, tem três eixos temáticos: “a eficiência energética e sustentabilidade”, “digitalização e automação” e “novos processos construtivos”, estes dois últimos recém introduzidos num certame que se pauta por acompanhar a actualidade do sector da Construção

A edição de 2025 da Tektónica tem uma participação reforçada, com um crescimento de 20% face à anterior, e se expande a três pavilhões, traz novos e velhos temas prioritários ao sector. O evento quer reforçar o seu papel como palco de conhecimento e debate do sector. “A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes”, sublinha José Paulo Pinto

Após o sucesso da edição de 2024, com mais de 25.500 visitantes, quais são as metas de participação e visitação para 2025?
A expectativa para 2025 é superar os excelentes resultados da última edição. Com o crescimento da área de exposição e o aumento do número de expositores, acreditamos que esta edição atrairá ainda mais visitantes profissionais.
Além disso, a realização simultânea com o Salão Imobiliário de Portugal, SIL, reforça o potencial de crescimento da feira. O sector da construção e o sector imobiliário estão intrinsecamente ligados e a presença de players dos dois mercados cria sinergias estratégicas que beneficiam expositores e visitantes. Esta parceria atrai um público mais diversificado, desde promotores e investidores imobiliários a arquitectos, engenheiros e fornecedores de materiais de construção, ampliando as oportunidades de negócio.

Quais são os grandes temas ou tendências do sector da construção que estarão em destaque na Tektónica 2025?
A Tektónica 2025 acompanhará as principais evoluções do sector, promovendo conteúdos que respondem aos desafios da construção moderna. Este ano, reforçamos o destaque a três grandes eixos temáticos que têm acompanhado as tendências e crescimento do mercado da construção: são eles a eficiência energética e sustentabilidade, comprovado pela participação de empresas que irão apresentar novos materiais ecológicos, soluções para eficiência energética e técnicas de construção mais sustentáveis. Outro eixo temático é a digitalização e automação na construção, onde se destacará, por exemplo, a utilização de inteligência artificial na construção. Não podendo estar dissociado das anteriores, temos também de realçar a importância dos novos processos construtivos e novos materiais, que têm tido vital importância no crescimento da construção modular com novas soluções de fabrico e ganhos de eficiência.

Que tipo de oportunidades concretas os visitantes profissionais podem esperar encontrar na Tektónica deste ano?
A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes. Ao visitar a Tektónica, os profissionais podem conhecer novos fornecedores e distribuidores e até mesmo oportunidades de negócios para diferentes geografias, dada a presença de empresas de diversos mercados externos.
É também uma vantagem competitiva o facto de na Tektónica serem apresentados os mais recentes produtos e soluções inovadoras que estão a concurso no Prémio Tektónica Inovação. É uma excelente oportunidade de ter acesso a estas inovações, antes mesmo do restante mercado.
Também, a realização simultânea com o SIL, permitirá explorar diferentes oportunidades entre os sectores da construção e imobiliário, criando sinergias entre construtores, promotores, arquitectos e investidores.
Seja para fechar negócios, conhecer tendências ou expandir a rede de contatos, a Tektónica será um ponto de encontro essencial para todos os profissionais do sector da construção.

Inovação da Construção em destaque

Como é que este certame está a acompanhar a digitalização e os novos processos de construção, como a impressão 3D ou a construção modular?
A digitalização e os novos processos construtivos estão a transformar profundamente o sector da construção. A Tektónica acompanha esta evolução, desde logo, ao criar os novos sectores que reflectem estas tendências. O visitante terá acesso a uma oferta mais actualizada e diversificada, quer pelas tecnologias digitais aplicadas à construção, quer pelas soluções de pré-fabricação, construção modular e novos materiais sustentáveis que estão a revolucionar a indústria.
Além disso, é habitual contarmos com demonstrações ao vivo por parte das empresas presentes, que assim permitem aos profissionais verem a aplicabilidade dos produtos e equipamentos e a sua integração nos projectos.
Também através das acções temáticas que vão decorrer durante a Tektónica, vamos ter a participação de especialistas nestas áreas e onde os profissionais poderão aprofundar conhecimentos, quer a nível das novas ofertas quer nas suas implementações.

Quantas empresas já estão confirmadas para a edição de 2025, e qual é a percentagem esperada de expositores internacionais?
Estimamos atingir as 400 empresas entre participações directas e representadas. É um crescimento de cerca de 20% relativamente à edição passada. Esta situação resulta do facto das empresas reconhecerem valor na sua participação, reforçando, no caso das empresas participantes nas edições anteriores, a sua presença nesta edição com áreas de exposição de maior dimensão. Por outro lado, confirma-se também a entrada de novas empresas.
Relativamente à presença internacional, 15% são participações estrangeiras, de 16 mercados, sendo que Espanha é o mercado com maior representação. Teremos a presença de empresas de Alemanha, Bélgica, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suíça e Turquia. A presença internacional é muito importante para a diversificação da oferta, como também é geradora de oportunidades de negócios e colaborações para os profissionais do sector.
Este crescimento é transversal a todos os sectores presentes na feira, no entanto verificou-se de forma mais acentuada na eficiência energética e novos processos construtivos e novos materiais, resultado das características inovadoras e tecnológicas das empresas portuguesas.

Que iniciativas estão previstas para facilitar o networking entre expositores portugueses e internacionais?
Para além das iniciativas das Tektónica Talks [ver caixa], que formam a agenda dos auditórios, teremos de destacar o Prémio Tektónica Inovação. Através desta iniciativa, a que se podem candidatar todas as empresas, nacionais e estrangeiras que tenham produtos, serviços ou soluções inovadoras, é potenciado o contacto e network entre empresas. Durante o evento, são entregues as distinções deste prémio, numa cerimónia onde juntamos todos os expositores.

Os grandes temas em destaque

De que forma a Tektónica 2025 reflecte os desafios e oportunidades específicas do mercado da construção em Portugal hoje?
A Tektónica acompanha a realidade do sector da construção em Portugal, abordando tanto os desafios como as oportunidades que marcam a actualidade. O sector enfrenta desafios significativos, como a sustentabilidade, a escassez de mão de obra qualificada, o aumento dos custos de construção, e a feira será o palco privilegiado para debater soluções e apresentar inovações que respondam a estas questões.
A sustentabilidade, por exemplo, é um tema incontornável na Tektónica. Não só pela presença de empresas com produtos e soluções desenvolvidas com base nesta premissa, como também, como tema transversal nos debates e acções que ocorrem em simultâneo. Também sabemos que a falta de mão de obra qualificada tem sido um entrave a uma maior produtividade pelo que procuramos dar especial atenção à digitalização e automação dos processos construtivos, como alternativas para aumentar a eficiência das empresas. Outro grande desafio é o aumento dos custos de construção e a dificuldade no acesso à habitação. A Tektónica será um espaço onde os profissionais poderão conhecer novos métodos construtivos e soluções industrializadas que reduzem prazos e custos, ajudando a tornar a construção mais acessível.
Mas, além dos desafios, também há oportunidades. O mercado da reabilitação urbana está em crescimento, e a feira terá um forte enfoque nas soluções para renovação e modernização de edifícios, especialmente num contexto de eficiência energética.
No fundo, queremos que a feira seja um ponto de encontro essencial para os profissionais do sector, onde possam encontrar soluções inovadoras, explorar oportunidades e estabelecer novas parcerias estratégicas.

Como é que a realização simultânea com o SIL pode beneficiar os participantes de ambos os eventos?
A realização simultânea da Tektónica e do Salão Imobiliário de Portugal é uma oportunidade única para gerar sinergias entre dois sectores fortemente interligados: a construção e o imobiliário. Em complemento ao que anteriormente já referi, esta convergência cria um ecossistema completo, onde profissionais da construção, arquitectura, engenharia e fornecedores de materiais podem conectar-se directamente com promotores imobiliários, investidores e compradores, promovendo novas oportunidades de negócio.
Por um lado, os expositores da Tektónica beneficiam da presença de decisores imobiliários, que procuram soluções construtivas inovadoras para os seus projectos. Por outro lado, os participantes do SIL terão acesso a tendências e inovações do sector da construção, que podem influenciar directamente o desenvolvimento de novos empreendimentos.
Além disso, a realização conjunta dos eventos atrai um público mais diversificado, aumentando as oportunidades de negócio, maximizando o tempo e o retorno da visitação. No fundo, esta junção fortalece tanto a Tektónica quanto o SIL, criando um evento de referência que abrange todo o ciclo da construção e do imobiliário, desde a concepção até à comercialização dos projectos.

Que passos a organização da Tektónica 2025 está a dar para se manter competitiva face a outras feiras europeias do sector da construção?
A Tektónica está focada em consolidar a sua posição como o salão líder da construção em Portugal e uma referência entre os principais eventos do sector na Europa.
Para isso, apostamos fortemente na inovação, internacionalização e geração de negócios – eixos estratégicos que diferenciam a feira e a tornam ainda mais atrativa para expositores e visitantes.
Com esta visão, a Tektónica reforça o seu papel como plataforma essencial para empresas, profissionais e decisores, promovendo oportunidades únicas de network, conhecimento e crescimento no sector da construção.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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Keller Williams Portugal anuncia expansão para os Açores

O KW Fell Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL)

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tagsKW

A Keller Williams Portugal já chegou aos Açores. O KW Feel Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

Na liderança deste novo projecto está Celso Aguiar, de 36 anos, que assume o cargo de Operation Principal. Licenciado pela Universidade dos Açores em Tecnologia e Segurança Alimentar, traz consigo uma vasta experiência profissional, e um percurso que inclui empreendedorismo, uma passagem pela Intermediação de Crédito e cerca de uma década dedicada à gestão de recursos humanos. Conhecido pela sua paixão pelo conhecimento, Celso Aguiar procura transmitir e inspirar aqueles que o rodeiam através da sua visão e valores, filosofia que partilha com a Keller Williams e que fazem desta uma ligação ainda mais orgânica.

“A inauguração do Market Center KW Feel Azores representa um marco significativo para a KW Portugal”, começa por explicar Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal. “Ao estabelecermos presença física em São Miguel, reforçamos o nosso compromisso com a cobertura total do território. Uma expansão que, à semelhança do que já aconteceu no arquipélago da Madeira, onde somos atualmente líderes, permitirá à KW Portugal estar ainda mais próxima das necessidades do mercado imobiliário açoriano e que será, sem dúvida, um mundo de oportunidades de crescimento para os profissionais da região”.

Com esta inauguração, a KW Portugal solidifica a sua posição como uma das principais redes imobiliárias do País, o espelho da sua aposta contínua na expansão e no apoio ao desenvolvimento do sector imobiliário em todo o território português.

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Convenção APEMIP-IMOCIONATE tem nova data e local

3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas

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A 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas, no sentido de continuar a reforçar o evento como uma referência nacional na partilha de conhecimentos e tendências do sector da habitação, nomeadamente junto do poder executivo e legislativo.

Especialmente dirigida aos associados APEMIP, mas também para todos os agentes, mediadores e consultores imobiliários em Portugal, a convenção vai ter oradores como Paulo Portas, Vice-Primeiro-Ministro entre 2011 e 2015, Francisco Balsemão, CEO do Grupo Impresa, e Paulo Caiado, presidente da direcção nacional da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Do Brasil vem o arquitecto Guto Requena, que cria projecto por meio do uso de tecnologias digitais, pautados pela sustentabilidade, que visa oferecer experiências inovadoras e afectivas. A sessão vai ainda contar com José Soares, professor catedrático de fisiologia da Universidade de Porto, e Diogo Dantas da Cunha, responsável e fundador da Flexty, primeira empresa europeia de antecipação de comissões imobiliárias.

De 10 a 12 de Abril, a associação estará na FIL enquanto parceira oficial do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), o ponto de encontro dos investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e potenciais compradores de imóveis, dando destaque à 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE.

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Ordem dos Arquitectos marca presença na Tektónica 2025

A Ordem dos Arquitectos vai levar de novo à Tektónica, entre 10 e 12 de Abril, o espaço “Architects on Business”, que  proporciona aos arquitectos um local privilegiado para divulgar os seus projectos, serviços e competências junto de um público especializado

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A edição de 2025 do principal certame de arquitectura e construção em Portugal vai ter lugar na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e vai ser o palco de várias iniciativas promovidas pela Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos parceiros – Amorim Cork Insulation; Catari; Grupo Preceram; Grupo Mitera – Tecnodeck; Unveil Exhibitions, Museums and Public Space; Digital Fabrication Laboratory.

“BIM: Uma Metodologia, Não um Software”
Destaque para o primeiro dia da feira, altura em que a Ordem dos Arquitectos vai proporcionar o debate “BIM: Uma Metodologia, Não um Software”, no Auditório Skinium, Pavilhão 3 (stand 3A13).

Trata-se de uma mesa-redonda que vai reunir especialistas de renome para debater a integração da metodologia BIM (Building Information Modeling) nos processos de projecto arquitectónico, abordando a sua aplicação no ensino universitário, na formação profissional habilitante e contínua, bem como na prática profissional. O objectivo é preparar arquitectos, académicos e profissionais para a adopção inevitável do BIM, que em breve será parte integrante dos fluxos de trabalho do sector.

O debate conta com três interlocutores de destaque nas áreas de arquitectura, educação e inovação tecnológica. Os participantes debaterão como o BIM transcende a ideia de “ferramenta digital” para se consolidar como uma metodologia colaborativa, capaz de revolucionar a gestão de projecto, desde a concepção até a execução.

A iniciativa surge num momento crucial para o sector da arquitectura, com a crescente adopção do BIM como um sistema colaborativo que vai além de uma simples ferramenta digital. Ao invés de ser apenas um software, o BIM representa uma verdadeira mudança de mentalidade na forma como os projecto são geridos e executados. A mesa-redonda pretende explorar como o BIM pode transformar a gestão de projectos arquitectónicos, desde a concepção até à execução, promovendo uma maior eficiência, redução de erros e optimização de custos.

Para Marlene Roque, Arquitecta e Vogal no Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, “O BIM não é apenas um software, é uma mudança de mentalidade. As universidades devem formar profissionais que dominem esta metodologia desde o início, e os escritórios precisam investir em formação contínua para acompanhar a evolução do sector”.

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