Engenheiros defendem que risco da operação na Alta-Velocidade deve ser assumido pelos privados
“No caso da alta velocidade, se as receitas de exploração forem inferiores ao previsto, quem assume esse risco é o Estado ou são os privados”, adianta Fernando Santo adiantando que o risco da operação deve ser privado

APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
O bastonário da Ordem dos Engenheiros defendeu esta segunda-feira que devem ser os privados a assumir os riscos associados à operação da rede de alta velocidade e que as prioridades de investimento do Estado devem ser definidas de forma clara.
Fernando Santo comentava um estudo divulgado pelo Jornal de Negócios que dá conta que os custos de investimento para as linhas TGV de Lisboa-Porto e de Porto-Vigo vão elevar a dívida pública durante muito tempo e que compara os grandes investimentos públicos segundo o potencial de criação de emprego e impacto na dívida pública.
O bastonário considera que o Estado tem de analisar os benefícios que vai ter a médio e a longo prazo com projectos como o da rede de alta velocidade e contabilizar os seus impactos directos e indirectos (“externalidades”).
Deve ficar claramente definido “qual o risco que fica dependente do Estado e dos privados”, acrescenta o estudo.
“No caso da alta velocidade, se as receitas de exploração forem inferiores ao previsto, quem assume esse risco é o Estado ou são os privados”, questiona o bastonário,
Para Fernando Santo, é preciso “um trabalho muito aprofundado sobre o investimento do Estado e a forma como esse dinheiro vai ser recuperado”.
“Falta transparência nos estudos que têm sido feitos”, salientou.
Fernando Santo afirmou ainda que as prioridades dos grandes investimentos públicos devem estar definidas: “Quando falamos de infra-estruturas que têm um grande endividamento e têm retorno a médio e longo prazo, agravam naturalmente o défice. Se essa for a prioridade não é aconselhável [avançar]”.
Também no que diz respeito à criação de emprego, as grandes infra-estruturas não são estratégicas, já que “a reabilitação urbana e a recuperação de escolas e hospitais utilizam mais mão-de-obra”.