Mota Engil – Eng. Carlos Mota Santos
Portugal reforça posição na carteira da Mota-Engil
A construtora portuguesa apresentou ao mercado os resultados da actividade no primeiro semestre do ano, um período de crescimento em quase todas as rubricas: nos lucros (65%), no volume de negócios (7%), nas margens antes de impostos 12%) e na carteira de encomendas (6%) que ascende a 13,7 mil milhões de euros
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O Grupo Mota-Engil apresentou os resultados referentes ao primeiro semestre de 2024, “um período caracterizado pela continuidade de crescimento, melhoria das margens e reforço do balanço através de uma maior geração de cash-flow e melhoria dos rácios de endividamento”, refere o grupo em comunicado.
Assim, e analisando os dados publicados relativos à actividade operacional, verifica-se um crescimento de 7% no volume de negócios para 2.732 milhões de euros, bem como uma melhoria de 12% no EBITDA para 396 milhões de euros, melhorando a margem para 15%, contribuindo decisivamente para alcançar um resultado líquido atribuível ao Grupo de 49 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 65%.
Mercado nacional com peso crescente na E&C
Analisando o desempenho por áreas de negócios, destaca-se o crescimento de 7% na actividade e de 13% no EBITDA no negócio de Engenharia e Construção (E&C), registando uma margem EBITDA de 14%, um dos melhores registos entre as congéneres europeias da indústria de infraestruturas, com a região da América Latina a ser o maior contribuidor em facturação e EBITDA. O volume de negócios da Europa E&C aumentou para 297 milhões de euros, com Portugal a representar 73%. Carteira de encomendas, no valor de 1bilião de euros, com projectos relacionados essencialmente com edifícios (55%) e ferrovia (30%, não incluindo a Polónia). A construtora está a concorrer para o primeiro troço Porto Oiã da linha de alta velocidade e também irá concorrer ao segundo troço Oiã Soure no montante de 1,6 MM€. A Mota-Engil está ainda atenta ao desenvolvimento de projectos de infraestruturas em Portugal, que o Plano de Recuperação e Resiliência, bem como outros programas de financiamento europeus, como o “Connect Europe Facility”, poderão propiciar.
O Ambiente manteve a margem de 21%, bem como as áreas de negócio mais recentes (Mota-Engil Capital e MEXT) que registaram a mesma margem do período homólogo. A nível comercial merece destaque o reforço da Carteira de Encomendas para 13,7 mil milhões de euros, assente na celebração de contratos de dimensão média superior, de longo prazo e maioritariamente localizados nos Core Markets que representaram, a Junho, 79% da carteira de E&C, da qual 25%, 19% e 17% em Angola, México e Nigéria, respectivamente.
O nível histórico de carteira permite reforçar a convicção no cumprimento dos objectivos apresentados ao mercado para 2024, assim como deverá permitir dar sequência a um ciclo virtuoso e de crescimento sustentável para o qual o Grupo já detém em carteira para execução em 2026 o equivalente a 64% do objectivo de facturação em E&C previsto no Plano Estratégico para esse ano, não considerando os contratos celebrados depois de Junho no México e na Guiné (total de 1.500 milhões de dólares), o que deverá ser ainda reforçado através do pipeline de novos projectos em mercados como Portugal, assim como em África e na América Latina.