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APIMA Internacionaliza “Portugal Home Week” para a Coreia do Sul

Em 2023, as exportações do cluster do mobiliário e afins cresceram 10%, atingindo o melhor resultado de sempre, superando a fasquia dos dois mil milhões de euros em vendas ao exterior. Os números traduzem uma estratégia de aposta na qualidade e no design da indústria portuguesa e de conquista de mercados exteriores. A Europa ainda concentra o grosso das vendas, mas a indústria pisca os olhos aos EUA e à Ásia. Em entrevista ao CONSTRUIR Gualter Morgado, director executivo da APIMA fala sobre o percurso do sector e as apostas que foram sendo feitas 

Manuela Sousa Guerreiro
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APIMA Internacionaliza “Portugal Home Week” para a Coreia do Sul

Em 2023, as exportações do cluster do mobiliário e afins cresceram 10%, atingindo o melhor resultado de sempre, superando a fasquia dos dois mil milhões de euros em vendas ao exterior. Os números traduzem uma estratégia de aposta na qualidade e no design da indústria portuguesa e de conquista de mercados exteriores. A Europa ainda concentra o grosso das vendas, mas a indústria pisca os olhos aos EUA e à Ásia. Em entrevista ao CONSTRUIR Gualter Morgado, director executivo da APIMA fala sobre o percurso do sector e as apostas que foram sendo feitas 

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Manuela Sousa Guerreiro
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A indústria portuguesa do mobiliário e afins vai bem e recomenda-se. A aposta na qualidade e no design português tem conquistado mercados e colocado as marcas portugueses em concorrência directa com as principais marcas europeias. “Os italianos levam-nos um avanço de mais de 30 anos, mas nós não vamos precisar de 30 anos para estar ao lado deles, certamente, porque estamos a evoluir muito mais rapidamente. O caminho está a ser feito”, considera Gualter Morgado, director executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA). Com 90% das vendas concentradas no mercado exterior, a indústria pauta-se por estar presente nas principais feiras internacionais, que ainda são o principal veículo de entrada em novos mercados. Para além das marcas, a APIMA prepara-se para internacionalizar o conceito “Portugal Home Week”. Já com três edições, o evento internacional, exclusivo para profissionais e abrangendo todas as indústrias de mobiliário e afins ligadas à Fileira Casa Portuguesa, irá realizar-se na Coreia do Sul em 2025

As vendas da indústria do mobiliário portuguesa voltaram a bater recordes em 2023. Foi assim?

Em 2023 atingimos os 2,2 mil milhões de euros de exportações, valor que foi, até ao momento, um recorde absoluto, com um crescimento de 10% relativamente ao ano anterior. Sendo que corresponde praticamente ao mesmo crescimento registado no, até agora, melhor ano de sempre, que foi em 2019, pré-pandemia. Além de uma recuperação, foi uma superação relativamente aos números anteriores.

Este crescimento foi em linha em todos os mercados?

Não. Houve mercados que tiveram um crescimento adicional. Por exemplo, o mercado francês, que atravessa uma recessão, mesmo assim, crescemos quase 8%. No mercado espanhol, que atravessa também um período conturbado, crescemos 14% e na Alemanha, tivemos um crescimento extraordinário de 26%, sendo o nosso terceiro melhor mercado.

O que ditou este crescimento?

Diferentes razões. Por exemplo, França vai receber este ano os Jogos Olímpicos, o que fez com que a quebra do mercado doméstico fosse compensada, em parte, com o crescimento dos contratos para o sector da hotelaria e restauração, que aproveitando o evento, entrou numa onda de renovações e remodelações. Mas é verdade estamos em contraciclo em alguns mercados que vivem algumas dificuldades económicas. Contudo, não vendemos um produto de baixa qualidade, mas sim de média e alta qualidade e, como tal, quem compra o nosso produto são pessoas com poder de compra e, por isso, menos afectadas pela crise.

Por outro lado, o facto de se baixarem os volumes de encomendas, alguns mercados internacionais deixam de ser competitivos e a procura é canalizada para mercados onde é possível encomendar séries mais pequenas, como é o caso do mercado nacional.

No geral diria que, tirando o mercado norte americano, continua a haver uma concentração muito grande das vendas do sector na Europa, e esse facto deve-se à qualidade do nosso produto e ao

desenvolvimento das marcas portuguesas. O “made in Portugal”, gera um valor acrescentado que, antes, não tínhamos. Até há seis ou sete anos atrás o “made in Portugal” tirava valor, neste momento acrescenta valor.

Este crescimento no volume de negócio tem sido acompanhado pelo surgimento de novas empresas, novos players? Ou pelo reforço das marcas já existentes?

Temos as várias situações. Temo micro e pequenas empresas com projectos novos que se estão a lançar com ideias originais, com muito trabalho ligado ao design, por um lado, e outras empresas muito ligadas ao aproveitamento das artes tradicionais portuguesas que, devido àquilo que temos de exclusivo e único enquanto país, são integrados no mobiliário. Como por exemplo, técnicas do azulejo ou técnicas de vidro, ou seja, vários componentes. Também o têxtil, onde somos fortes há muitos anos, começa a ter esta integração principalmente na área do estofo. O estofo tem crescido de uma forma extraordinária ao longo dos anos, acompanhando as alterações na forma como vivemos e o que privilegiamos nas nossas casas. E a indústria tem que se adaptar àquilo que as pessoas necessitam e àquilo que elas procuram.

Este tecido empresarial é composto por quantas empresas?

Nós estamos a falar, no mobiliário são cerca de 1800 empresas, desde a mais pequenina às maiores. Grandes empresas só temos 5 empresas, mas voltando um bocadinho atrás, este crescimento tem a ver com as novas empresas, que mal contam para os números, mas aquilo que está a acontecer é que as pequenas empresas estão a passar a médias, e algumas médias caminham para se tornarem grandes. Mas este é um caminho que tem vindo a ser percorrido nas últimas décadas. Nos últimos 12 anos, duplicamos as exportações do sector. Isso é efectivo!

A mobilidade do tecido empresarial português

Voltando aos mercados. França lidera o ranking?

A França, a seguida da Espanha e da Alemanha. Mas Alemanha, os Estados Unidos e o Reino Unido vão trocando posições segundo a conjuntura de cada ano. O sistema de compras da Alemanha é feito por centrais de compras. Ora, se as centrais de compras se viram para um mercado nacional, naquele ano temos um boom, mas no ano a seguir podemos cair consideravelmente. Ou seja, estas variações de 15% a 20% para cima e para baixo, acontecem. O que significa que temos de ter uma capacidade extraordinária para estar em diferentes mercados, para quando quebra num lado, compensarmos imediatamente no outro.

E tudo isto tem acontecido num período em que houve guerra em mercados que eram importantes para as empresas portuguesas: o mercado russo e o mercado ucraniano ficaram indisponíveis para podermos continuar a vender, o que obrigou as empresas a reagir e reinventar. Temos agora uma situação no Médio Oriente, que obrigou a que as empresas que tinham uma grande aposta naquela área geográfica se tivessem que adaptar rapidamente.

O tamanho aí é uma vantagem?

O facto do nosso tecido empresarial ser constituído fundamentalmente por PME facilita esta nossa mobilidade, somos mais adaptáveis, conseguimos responder rapidamente às crises e isto tem demonstrado um nível extraordinária de resiliência da nossa indústria. Repare que apenas há uns anos o mercado angolano era quase o nosso primeiro mercado. Agora desapareceu. Perdemos o mercado angolano, surge agora no oitavo lugar das nossas exportações, mas houve anos em que nem aparecia no top 10. E claro, teve que haver essa adaptação e investimento noutras áreas. Só que o mundo está a mudar tão rapidamente… e a esta conjuntura acrescem ainda as restrições de acesso a mercados, como o da América do Sul…

Na América Sul estamos a falar de que mercados? Brasil?

O Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Chile, são mercados em que as taxas à entrada mais que duplicam o valor do produto, o que torna muito difícil a entrada do produto português

Como é que abordam estes mercados então?

Via Miami. Porque Miami é a cidade mais latina dos Estados Unidos. É onde estão quase todas as grandes famílias, ou as famílias com grandes posses que acabam por ter uma casa de férias ou onde têm uma residência temporária. E acabam por comprar lá. E depois, a partir daí, já não é uma exportação nossa.

O mercado americano tem despertado o interesse das empresas, apesar de ser conhecido como um mercado de difícil acesso. Este é um dos argumentos?

Na nossa abordagem olhamos para cada cidade, cada estado, como olhamos para um país diferente.

O gosto de Nova York não é o gosto de Miami. O gosto de Miami ou de Nova York não é o mesmo de Boston, ou de Chicago, ou de Los Angeles. Cada uma destas cidades tem praticamente a dimensão do nosso mercado nacional. E com o poder de compra muito mais elevado.

O que o torna atractivo, apesar das dificuldades…

Se fosse fácil já lá estávamos todos. Agora, tem sido um mercado com um grande crescimento. É o primeiro mercado mundial em termos de destino. Toda a gente lá quer estar. Mas também é um mercado maduro e é preciso tempo. Enquanto na Europa somos portugueses, enquanto na Ásia somos portugueses, nos Estados Unidos somos europeus. Só agora nos estão a descobrir, muito fruto também do aumento do turismo. Mas o nosso trabalho tem de ser feito cidade a cidade, estado a estado. Já temos algumas empresas com presença directa e outras que, inclusive, já estão a expandir a sua presença.

Falou da instabilidade dos mercados. De que forma essa instabilidade afecta as perspectivas do negócio para 2024?

O mercado já tem estado instável há algum tempo, a única questão é que de um momento para o outro andamos aqui com instabilidades contínuas ainda não terminou uma e já estamos com outra questão. O que adicionalmente cria condicionantes nos transportes internacionais. Os transportes ficam mais caros e condiciona a nossa presença principalmente nos mercados asiáticos, mas, por outro lado, também torna o produto que vem de lá menos competitivo, o que é uma vantagem para nós.

É um sector sustentável?

Somos um sector que teve um cuidado extraordinário nos últimos anos em ser um sector não poluente. Há um estudo europeu que foi encomendado também pela Direcção-Geral do Ambiente, pensando que o nosso sector era um sector muito poluente, mas que revelou afinal que o sector do mobiliário em Portugal não só é um dos menos poluentes, como tem a maior taxa de aproveitamento dos recursos que utiliza, onde a taxa de desperdício é inferior a 7%. É a menor taxa de desperdício da Europa dentro da indústria imobiliária.

Agora, acontece outra coisa, é que a legislação europeia trata todos por igual, os bons e os maus, e o que acontece é que por culpa dos maus criam-se legislações que são autênticas aberrações.

Uma delas, estamos agora, mais uma vez, a prestar a informação aos nossos associados, que tem a ver com a origem da madeira. Só usamos madeira certificada e controlada, só que a comunidade europeia agora quer uma georreferenciação da madeira, ou seja, querem saber de onde é que vem cada tábua, onde é que ela nasceu, onde é que ela foi cortada. O problema é que essa georreferenciação é uma carga burocrática muito grande, que alguns fornecedores poderão não estar dispostos a fazer, e depois deixam de nos vender a nós e vão vender aos países asiáticos e a outros mercados que não têm este nível de exigência.  Quando exportamos para esses países, ou estamos num segmento de luxo, ou estamos num segmento de reconhecimento de marca, ou de design, ou então dificilmente conseguimos concorrer porque não estamos a concorrer em pé de igualdade.

“Nenhuma feira se pode fazer uma vez isoladamente”

Terminámos agora um ciclo de feiras, França, Espanha e Itália. Qual é a importância desta presença internacional? O que podemos esperar até ao final do ano?

Começámos em Janeiro com a Maison&Objet, levámos 50 empresas e correu muito bem, melhor que as expectativas. Depois estivemos em Espanha e Itália, em Abril com 40 marcas nacionais na feira de referência Salone del Mobile, em Milão, onde em termos de área devemos ser ou a segunda ou a terceira nacionalidade. Já em Maio vamos estar ICFF [The International Contemporary Furniture Fair] em Nova Iorque. Uma feira muito focada naquela região apesar de contar com visitantes também da Flórida e do Canadá. E depois a partir de Setembro vamos ter uma série de feiras: as segundas edições da Maison&Objet, em Paris, e da Intergift, em Madrid. Estaremos também numa feira dirigida para o sector da hotelaria em Miami. Depois em Outubro vamos a Singapura, no regresso à Ásia com uma feira na que é considerada um dos principais hubs para a Ásia. E esta feira tem a curiosidade de ser organizada por italianos que nos convidaram a estar com eles e que contará com as principais marcas internacionais. Então vamos estar neste posicionamento.

Em Novembro temos um certame no Dubai, de nicho, de alta decoração, onde são as principais marcas internacionais. E terminamos o ano novamente em Paris com a Equiphotel, que é a principal feira a nível europeu da área de hotelaria.

Este roteiro de feiras é pensado para cada ano?

Nenhuma feira se pode fazer uma vez isoladamente. Temos que ter uma estratégia no mínimo de três anos consecutivos num determinado mercado. Depois temos as feiras plataforma, o caso da Maison&objet, o Salão de Milão, ou mesmo o Dubai, que servem também a abordagem e os contactos para outros mercados. Tal como Miami é influência para outros países da América do Sul e Singapura para os mercados da Malásia, de Tailândia, ou Vietnam.

Que novidades se perspectivam neste domínio?

O próximo ano vamos começar o ano em Fevereiro com a Coreia do Sul. Onde teremos uma presença muito forte. Vamos internacionalizar o conceito Portugal Home Week, que este não se realiza exactamente para concentrar estas fichas de investimento na internacionalização do evento e fazê-lo fora de portas.

Como surgiu esta oportunidade?

Houve um convite que nos deu imensas condições para que o evento pudesse ser feito lá. Então vamos internacionalizar, vamos levar lá as empresas e não só. Vamos levar também decoradores, arquitectos de interiores, porque eles querem saber como é que fazemos a decoração, como é que pensamos a casa, porque o coreano não tinha este conceito de casa. Devido às dificuldades de habitação várias famílias viviam em pequenos apartamentos, não se cozinhava em casa e come-se na rua. Ou seja, o conceito de vida deles era completamente diferente, só que o poder de compra foi aumentando e mudou os hábitos e a forma de viver, sobretudo nas cidades.

 

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

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O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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Sindicatos do sector apresentam revisão do CCT

A evolução das carreiras profissionais, os direitos de igualdade e de parentalidade, ou a melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, são alguns dos pontos que constam na proposta

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tagsCCT

Os sindicatos do sector da Construção Civil e Obras Públicas, que inclui a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) e Sindicatos dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), vão apresentar uma nova proposta do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).

Em comunicado, os diferentes sindicatos destacam os novos direitos a integrar a proposta, nomeadamente, em relação às condições de segurança, higiene e saúde no trabalho, à formação profissional, à evolução das carreiras profissionais, aos direitos de igualdade e de parentalidade, à redução do horário de trabalho, ao trabalho nocturno e por turnos, à melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, a partir de 1 de Janeiro de 2026.

O documento será entregue a dia 14 de Abril, na sede da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no Porto.

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Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”

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O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente norte-americano, para explicar que “Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”.

O primeiro-ministro defendeu que “a prioridade absoluta passa pela negociação com os Estados Unidos” e assegurou que Portugal está completamente alinhado com as posições tomadas pela Comissão Europeia.

A diversificação de mercados e a concretização rápida do acordo já assinado entre a UE e o Mercosul foram outras das prioridades defendidas pelo primeiro-ministro português, que saudou a pausa de 90 dias nas tarifas anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro defende que o quadro de atual incerteza mundial agravado pela crise das tarifas “é mesmo o momento de ter adultos na sala”, avisando para a “impreparação e precipitação de alguns agentes nacionais”.

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”.

“Como diz o povo, é mesmo o momento de ter adultos na sala. Sem alarmismos, sem precipitações, estamos preparados e tomaremos as decisões necessárias para lidarmos o melhor possível com esta situação desafiante”, afirmou o primeiro-ministro.

Entre as medidas está uma “nova linha de 3500 milhões de euros” para investimento a 4 e a 12 anos, com período de carência, e que tem a novidade de parte dela poder ser convertida em fundo perdido e subvenções”. Nas palavras do ministro da Economia, Pedro Reis, uma parte deste financiamento “pode ser convertido em fundo perdido, ou seja balanço da empresa”.

Num outro eixo, referente a seguros de crédito, o ministro disse que durante muitos anos as empresas e associações apelaram a que algum governo reforçasse os seguros de crédito, para avançarem na internacionalização sem medo. “E é isso que queremos fazer”. “O BPF e o Ministério da Economia vai reforçar o plafond na ordem dos 1200 milhões de euros”.

Afirmou que esses seguros de crédito não abrangem só os mercados emergentes, mas também mercados mais tradicionais. “O que ouvimos nas empresa e associações é que muita da compensação da perda do mercado EUA pode passar por mercados europeus ou asiáticos” outros mais tradicionais, disse.

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Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo

A primeira unidade de produção da multinacional chinesa Aosheng no estrangeiro está localizada no Panattoni Park em Valongo, numa colocação feita pelo Departamento de Industrial & Logistics da Savills

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O Departamento de Industrial & Logistics da Savills foi responsável pela colocação da empresa multinacional chinesa Aosheng nas suas novas instalações, com cerca de 12.000 m2 no Panattoni Park, Plataforma Logística Valongo. A Savills actuou em representação da Panattoni Iberia, proprietária deste activo logístico prime.

Este parque logístico de última geração, que pode acomodar até 75.000 m² de plataformas logísticas distribuídas por dois armazéns, apresenta certificação BREEAM very good e uma localização previligiada com acesso direto para a A41 e a 2 km da A4, ficando a apenas 25 minutos do centro da cidade do Porto. Dispõe ainda um conjunto de características que vão ao encontro das mais recentes exigências do sector. O parque logístico está 50% ocupado, tendo ainda unidades disponíveis.

A Aosheng é uma das maiores fabricantes mundiais de componentes para o sector das energias eólicas e vai instalar no Panattoni Park uma fábrica de componentes em fibra de carbono para as pás de turbinas eólicas.

“O Panattoni Park Valongo é uma plataforma logística premium, concebida para responder aos mais exigentes requisitos do sector. Foi um privilégio participar na operação de arrendamento das primeiras instalações em Portugal de uma multinacional de referência como a Aosheng, reforçando a relevância do papel que a Savills tem vindo a desempenhar neste sector. É com enorme satisfação que constatamos que a zona norte do país continua a atrair grandes empresas, reflectindo o compromisso com o desenvolvimento de projectos sustentáveis e de elevada qualidade.”

Por sua vez Gustavo Cardozo, managing director & partner da Panattoni Iberia, “este acordo reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento de infraestruturas logísticas de vanguarda em Portugal. O Panattoni Park Porto Valongo foi concebido a pensar nas necessidades actuais e futuras dos nossos clientes, pelo que estamos convencidos de que proporcionará à Aosheng uma base estratégica para impulsionar o seu crescimento e desenvolvimento no país.”

“É a primeira vez que a Aosheng estabelece uma presença fora da China. Acreditamos que a nossa opção pelo Panattoni Valongo para desenvolver a primeira unidade de produção da Aosheng no estrangeiro nos permitirá reduzir os prazos de entrega para os nossos clientes na Europa, aproximar-nos deles e melhorar a nossa competitividade no mercado da energia eólica”, afirmou Johnny Xu, CEO da Aosheng.

 

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Tektónica’25 com preocupação em acompanhar a evolução do sector

A edição de 2025 que arranca hoje, 10 de Abril, tem três eixos temáticos: “a eficiência energética e sustentabilidade”, “digitalização e automação” e “novos processos construtivos”, estes dois últimos recém introduzidos num certame que se pauta por acompanhar a actualidade do sector da Construção

A edição de 2025 da Tektónica tem uma participação reforçada, com um crescimento de 20% face à anterior, e se expande a três pavilhões, traz novos e velhos temas prioritários ao sector. O evento quer reforçar o seu papel como palco de conhecimento e debate do sector. “A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes”, sublinha José Paulo Pinto

Após o sucesso da edição de 2024, com mais de 25.500 visitantes, quais são as metas de participação e visitação para 2025?
A expectativa para 2025 é superar os excelentes resultados da última edição. Com o crescimento da área de exposição e o aumento do número de expositores, acreditamos que esta edição atrairá ainda mais visitantes profissionais.
Além disso, a realização simultânea com o Salão Imobiliário de Portugal, SIL, reforça o potencial de crescimento da feira. O sector da construção e o sector imobiliário estão intrinsecamente ligados e a presença de players dos dois mercados cria sinergias estratégicas que beneficiam expositores e visitantes. Esta parceria atrai um público mais diversificado, desde promotores e investidores imobiliários a arquitectos, engenheiros e fornecedores de materiais de construção, ampliando as oportunidades de negócio.

Quais são os grandes temas ou tendências do sector da construção que estarão em destaque na Tektónica 2025?
A Tektónica 2025 acompanhará as principais evoluções do sector, promovendo conteúdos que respondem aos desafios da construção moderna. Este ano, reforçamos o destaque a três grandes eixos temáticos que têm acompanhado as tendências e crescimento do mercado da construção: são eles a eficiência energética e sustentabilidade, comprovado pela participação de empresas que irão apresentar novos materiais ecológicos, soluções para eficiência energética e técnicas de construção mais sustentáveis. Outro eixo temático é a digitalização e automação na construção, onde se destacará, por exemplo, a utilização de inteligência artificial na construção. Não podendo estar dissociado das anteriores, temos também de realçar a importância dos novos processos construtivos e novos materiais, que têm tido vital importância no crescimento da construção modular com novas soluções de fabrico e ganhos de eficiência.

Que tipo de oportunidades concretas os visitantes profissionais podem esperar encontrar na Tektónica deste ano?
A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes. Ao visitar a Tektónica, os profissionais podem conhecer novos fornecedores e distribuidores e até mesmo oportunidades de negócios para diferentes geografias, dada a presença de empresas de diversos mercados externos.
É também uma vantagem competitiva o facto de na Tektónica serem apresentados os mais recentes produtos e soluções inovadoras que estão a concurso no Prémio Tektónica Inovação. É uma excelente oportunidade de ter acesso a estas inovações, antes mesmo do restante mercado.
Também, a realização simultânea com o SIL, permitirá explorar diferentes oportunidades entre os sectores da construção e imobiliário, criando sinergias entre construtores, promotores, arquitectos e investidores.
Seja para fechar negócios, conhecer tendências ou expandir a rede de contatos, a Tektónica será um ponto de encontro essencial para todos os profissionais do sector da construção.

Inovação da Construção em destaque

Como é que este certame está a acompanhar a digitalização e os novos processos de construção, como a impressão 3D ou a construção modular?
A digitalização e os novos processos construtivos estão a transformar profundamente o sector da construção. A Tektónica acompanha esta evolução, desde logo, ao criar os novos sectores que reflectem estas tendências. O visitante terá acesso a uma oferta mais actualizada e diversificada, quer pelas tecnologias digitais aplicadas à construção, quer pelas soluções de pré-fabricação, construção modular e novos materiais sustentáveis que estão a revolucionar a indústria.
Além disso, é habitual contarmos com demonstrações ao vivo por parte das empresas presentes, que assim permitem aos profissionais verem a aplicabilidade dos produtos e equipamentos e a sua integração nos projectos.
Também através das acções temáticas que vão decorrer durante a Tektónica, vamos ter a participação de especialistas nestas áreas e onde os profissionais poderão aprofundar conhecimentos, quer a nível das novas ofertas quer nas suas implementações.

Quantas empresas já estão confirmadas para a edição de 2025, e qual é a percentagem esperada de expositores internacionais?
Estimamos atingir as 400 empresas entre participações directas e representadas. É um crescimento de cerca de 20% relativamente à edição passada. Esta situação resulta do facto das empresas reconhecerem valor na sua participação, reforçando, no caso das empresas participantes nas edições anteriores, a sua presença nesta edição com áreas de exposição de maior dimensão. Por outro lado, confirma-se também a entrada de novas empresas.
Relativamente à presença internacional, 15% são participações estrangeiras, de 16 mercados, sendo que Espanha é o mercado com maior representação. Teremos a presença de empresas de Alemanha, Bélgica, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suíça e Turquia. A presença internacional é muito importante para a diversificação da oferta, como também é geradora de oportunidades de negócios e colaborações para os profissionais do sector.
Este crescimento é transversal a todos os sectores presentes na feira, no entanto verificou-se de forma mais acentuada na eficiência energética e novos processos construtivos e novos materiais, resultado das características inovadoras e tecnológicas das empresas portuguesas.

Que iniciativas estão previstas para facilitar o networking entre expositores portugueses e internacionais?
Para além das iniciativas das Tektónica Talks [ver caixa], que formam a agenda dos auditórios, teremos de destacar o Prémio Tektónica Inovação. Através desta iniciativa, a que se podem candidatar todas as empresas, nacionais e estrangeiras que tenham produtos, serviços ou soluções inovadoras, é potenciado o contacto e network entre empresas. Durante o evento, são entregues as distinções deste prémio, numa cerimónia onde juntamos todos os expositores.

Os grandes temas em destaque

De que forma a Tektónica 2025 reflecte os desafios e oportunidades específicas do mercado da construção em Portugal hoje?
A Tektónica acompanha a realidade do sector da construção em Portugal, abordando tanto os desafios como as oportunidades que marcam a actualidade. O sector enfrenta desafios significativos, como a sustentabilidade, a escassez de mão de obra qualificada, o aumento dos custos de construção, e a feira será o palco privilegiado para debater soluções e apresentar inovações que respondam a estas questões.
A sustentabilidade, por exemplo, é um tema incontornável na Tektónica. Não só pela presença de empresas com produtos e soluções desenvolvidas com base nesta premissa, como também, como tema transversal nos debates e acções que ocorrem em simultâneo. Também sabemos que a falta de mão de obra qualificada tem sido um entrave a uma maior produtividade pelo que procuramos dar especial atenção à digitalização e automação dos processos construtivos, como alternativas para aumentar a eficiência das empresas. Outro grande desafio é o aumento dos custos de construção e a dificuldade no acesso à habitação. A Tektónica será um espaço onde os profissionais poderão conhecer novos métodos construtivos e soluções industrializadas que reduzem prazos e custos, ajudando a tornar a construção mais acessível.
Mas, além dos desafios, também há oportunidades. O mercado da reabilitação urbana está em crescimento, e a feira terá um forte enfoque nas soluções para renovação e modernização de edifícios, especialmente num contexto de eficiência energética.
No fundo, queremos que a feira seja um ponto de encontro essencial para os profissionais do sector, onde possam encontrar soluções inovadoras, explorar oportunidades e estabelecer novas parcerias estratégicas.

Como é que a realização simultânea com o SIL pode beneficiar os participantes de ambos os eventos?
A realização simultânea da Tektónica e do Salão Imobiliário de Portugal é uma oportunidade única para gerar sinergias entre dois sectores fortemente interligados: a construção e o imobiliário. Em complemento ao que anteriormente já referi, esta convergência cria um ecossistema completo, onde profissionais da construção, arquitectura, engenharia e fornecedores de materiais podem conectar-se directamente com promotores imobiliários, investidores e compradores, promovendo novas oportunidades de negócio.
Por um lado, os expositores da Tektónica beneficiam da presença de decisores imobiliários, que procuram soluções construtivas inovadoras para os seus projectos. Por outro lado, os participantes do SIL terão acesso a tendências e inovações do sector da construção, que podem influenciar directamente o desenvolvimento de novos empreendimentos.
Além disso, a realização conjunta dos eventos atrai um público mais diversificado, aumentando as oportunidades de negócio, maximizando o tempo e o retorno da visitação. No fundo, esta junção fortalece tanto a Tektónica quanto o SIL, criando um evento de referência que abrange todo o ciclo da construção e do imobiliário, desde a concepção até à comercialização dos projectos.

Que passos a organização da Tektónica 2025 está a dar para se manter competitiva face a outras feiras europeias do sector da construção?
A Tektónica está focada em consolidar a sua posição como o salão líder da construção em Portugal e uma referência entre os principais eventos do sector na Europa.
Para isso, apostamos fortemente na inovação, internacionalização e geração de negócios – eixos estratégicos que diferenciam a feira e a tornam ainda mais atrativa para expositores e visitantes.
Com esta visão, a Tektónica reforça o seu papel como plataforma essencial para empresas, profissionais e decisores, promovendo oportunidades únicas de network, conhecimento e crescimento no sector da construção.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Artebel e Topeca criam argamassa de assentamento térmica do mercado

A Argitherm caracteriza-se por ser uma argamassa “super térmica e leve”, composta por agregados de argila expandida, desenhada especialmente para anular pontes térmicas na construção de paredes

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As duas empresas Artebel e Topeca juntaram-se e criaram a Argitherm Alvenaria. A “primeira argamassa de assentamento térmico do mercado” promote “revolucionar” o olhar sobre as paredes e a sua eficiência térmica e energética, indica a empresa em comunicado.

A Argitherm caracteriza-se por ser uma argamassa “super térmica e leve”, composta por agregados de argila expandida, desenhada especialmente para anular pontes térmicas na construção de paredes, resultando numa solução térmica de eficiência “excepcional” em paredes.

A substituição de argamassas convencionais, com coeficientes de condutibilidade térmica (λ) entre 0,72–0,97 W/(m.K), por argamassas de assentamento leves e térmicas como a Argitherm Alvenaria, com valores de (λ) entre 0,23–0,25 W/(m.K), representa uma melhoria significativa no desempenho térmico e mecânico destes sistemas construtivos. Com uma capacidade isolante, pelo menos, quatro vezes superior à das argamassas convencionais, reflecte-se numa extraordinária redução das perdas e ganhos de calor, resultando em maior eficiência energética.

Uma argamassa leve, com a adição de agregados leves e naturais, confere propriedades térmicas e uma redução drástica de peso, sem impactar o comportamento mecânico da parede. Os elevados valores de resistências mecânica enquadram-se perfeitamente com as argamassas convencionais, permitindo executar trabalhos de montagem com elementos térmicos.

A aderência da Argitherm Alvenaria aos elementos térmicos é superior a 0,3 N/mm2, garantindo os níveis de adesão adequados. Promove robustez e evita patologias relacionadas com a fissuração entre elementos e consequente transmissão para os revestimentos finais.

A adição de argila expandida, aditivos hidrofugantes e a definição criteriosa da curva granulométrica resulta em valores de absorção de água por capilaridade horizontal, inferiores a 0,6 kg/(m2.min0.5), o que é muito benéfico tanto em aplicações interiores como exteriores.

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VELUX com nova vice-presidente executiva para a região de Portugal e Espanha

Em comunicado, os responsáveis da empresa especialista em janelas de telhado explicam que “Rafaella é uma excelente combinação com a cultura da VELUX. Tem um perfil comercial alargado e compreende o que é necessário para gerir uma área rentável”

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Rafaella Berardo será a nova vice-presidente executiva da VELUX para a região Sudoeste, área da qual fazem parte os mercados de Portugal e Espanha. A decisão agora conhecida surge depois da saída de André Dot, que decidiu deixar a posição após cinco anos no cargo.

Em comunicado, os responsáveis da empresa especialista em janelas de telhado explicam que “Rafaella é uma excelente combinação com a cultura da VELUX. Tem um perfil comercial alargado e compreende o que é necessário para gerir uma área rentável”. No entender de Lars Petersson, CEO do Grupo VELUX, a principal tarefa da Raffaella passa por “continuar a crescer e fortalecer a Região Sudoeste, que é uma região importante para a VELUX, bem como contribuir com novas perspectivas, ideias e liderança.”

A nova vice-presidente ocupava anteriormente o cargo de Diretora-Geral da Bélgica e Luxemburgo na Miele. Com uma carreira de cerca de 30 anos de experiência em empresas multinacionais, marcada pela gestão de áreas como o marketing, vendas e a gestão geral em mercados B2B e B2C, Rafaella Berardo assume-se “inspirada pela missão da VELUX em ‘trazer luz natural e ar fresco’ para a vida das pessoas, através de produtos inovadores que permitem aos clientes visualizar imediatamente o impacto. Vejo potencial para reforçar ainda mais a proposta de valor única da empresa, apoiando os esforços de sustentabilidade enquanto impulsiono o crescimento na nossa categoria através de produtos e parcerias inovadoras, libertando possibilidades de mercado nos diversos países onde a VELUX opera. Estou ansiosa por me relacionar com colegas, estabelecer uma rede e conhecimento da indústria e, claro, conhecer os nossos clientes.”

“É com muita gratidão e apreço que nos despedimos de André Dot, que decidiu abandonar o cargo após cinco anos de sucesso na posição onde contribuiu significativamente para o negócio da VELUX. O André juntou-se à VELUX como Diretor Geral da VELUX França em 2020 e, pouco tempo depois, assumiu a responsabilidade de toda a região Sudoeste. Através da sua liderança, integrou com sucesso os países numa única região, alinhando objetivos, a nossa estratégia e valores. Em 2023, André passou a fazer parte da Direção do Grupo Executivo e, juntamente com os outros vice-presidentes executivos regionais, representou os nossos clientes diretamente nas nossas discussões e decisões executivas. Foi um prazer trabalhar com o André e sei que muitos sentirão a sua falta.”, conclui Lars Petersson, CEO do Grupo VELUX.

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Tektónica e SIL em destaque na edição 528 do CONSTRUIR

O CONSTRUIR antecipa, na edição 528, a abertura de portas de duas feiras de referência no Sector. No primeiro dia de Tektónica e SIL, este número do jornal promove um conjunto de trabalhos sobre a fileira

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Keller Williams Portugal anuncia expansão para os Açores

O KW Fell Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL)

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tagsKW

A Keller Williams Portugal já chegou aos Açores. O KW Feel Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

Na liderança deste novo projecto está Celso Aguiar, de 36 anos, que assume o cargo de Operation Principal. Licenciado pela Universidade dos Açores em Tecnologia e Segurança Alimentar, traz consigo uma vasta experiência profissional, e um percurso que inclui empreendedorismo, uma passagem pela Intermediação de Crédito e cerca de uma década dedicada à gestão de recursos humanos. Conhecido pela sua paixão pelo conhecimento, Celso Aguiar procura transmitir e inspirar aqueles que o rodeiam através da sua visão e valores, filosofia que partilha com a Keller Williams e que fazem desta uma ligação ainda mais orgânica.

“A inauguração do Market Center KW Feel Azores representa um marco significativo para a KW Portugal”, começa por explicar Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal. “Ao estabelecermos presença física em São Miguel, reforçamos o nosso compromisso com a cobertura total do território. Uma expansão que, à semelhança do que já aconteceu no arquipélago da Madeira, onde somos atualmente líderes, permitirá à KW Portugal estar ainda mais próxima das necessidades do mercado imobiliário açoriano e que será, sem dúvida, um mundo de oportunidades de crescimento para os profissionais da região”.

Com esta inauguração, a KW Portugal solidifica a sua posição como uma das principais redes imobiliárias do País, o espelho da sua aposta contínua na expansão e no apoio ao desenvolvimento do sector imobiliário em todo o território português.

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