Câmara de Lisboa defende em Bruxelas financiamento para sector cooperativo
No encontro, promovido pela Housing Europe, e onde foi apresentado o ‘Manifesto Europeu para Liderar o Caminho para Sair da Crise Habitacional’, Filipa Roseta defendeu o financiamento para o sector cooperativo com empréstimos de longo prazo a taxas de juro acessíveis

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A crise de habitação na União Europeia esteve em debate em Bruxelas esta sexta-feira, dia 26 de Janeiro. No âmbito de uma mesa-redonda sobre o tema, no Comité das Regiões, Filipa Roseta, vereadora da Habitação da Câmara Municipal, interveio, tendo defendido o financiamento para a construção de habitação cooperativa com empréstimos de longo prazo a taxas de juro acessíveis.
Participando no encontro promovido pela Housing Europe, a autarca, em representação da Câmara Municipal de Lisboa e da Associação Portuguesa de Habitação Municipal, a que preside, defendeu também a criação de um plano europeu que vigore para lá do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR, ou seja, que permita continuar, para lá de 2026, a onda de renovação e de promoção da eficiência energética do edificado.
“Será difícil cumprir as metas para 2030 em matéria de eficiência energética dos edifícios de habitação municipal sem programas financeiros promovidos pela União Europeia e complementados pelos governos nacionais”, considerou Filipa Roseta.
Em terceiro lugar, a vereadora da Habitação sustentou a importância de instar os governos nacionais para que disponibilizem propriedade pública vazia para habitação acessível.
Na mesa-redonda participou, também, Nicolas Schmit, comissário europeu responsável pelo Emprego e Direitos Sociais, bem como representantes do Banco Europeu de Investimento, que têm liderado as reuniões de negociação de novos programas financeiros.
O encontro de dois dias, em que se apresentou o ‘Manifesto Europeu para Liderar o Caminho para Sair da Crise Habitacional’, teve como temas centrais as principais necessidades de financiamento e perspectivas para 2030 no sector da habitação, nomeadamente a urgência em estabelecer novos princípios cooperativos sustentáveis, que permitam alargar as oportunidades de habitação a muitas mais famílias. O Manifesto apela, ainda, a mais construção e à transformação de edifícios públicos vazios em casas acessíveis e sublinha a importância de um consenso europeu para a concretização deste objectivo.