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Enlitia lança plataforma suportada por Inteligência Artificial

A plataforma utiliza um ecossistema único de algoritmos para maximizar a eficiência da produção de energia solar e eólica. A monitorização é feita em tempo real, o que assegura decisões precisas, maximiza a rentabilidade e aumenta a eficiência dos parques solares e eólicos. A empresa do Porto espera atingir um volume de negócios de 6,9 milhões de euros até 2025

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A plataforma utiliza um ecossistema único de algoritmos para maximizar a eficiência da produção de energia solar e eólica. A monitorização é feita em tempo real, o que assegura decisões precisas, maximiza a rentabilidade e aumenta a eficiência dos parques solares e eólicos. A empresa do Porto espera atingir um volume de negócios de 6,9 milhões de euros até 2025

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A Enlitia, empresa portuguesa pioneira em energia renovável, apresenta a sua plataforma de ponta, impulsionada por um ecossistema único de algoritmos, concebidos para maximizar a eficiência da energia solar e eólica. Com clientes em 12 países e uma receita de um milhão de euros em 2022, a Enlitia reforça, com esta revolucionária plataforma, o seu crescimento, com o objectivo de alcançar um volume de negócios de 6,9 milhões de euros até 2025.

Enlitia’s Platform Demo
A plataforma da Enlitia oferece monitorização em tempo real dos dados, utilizando um ecossistema sofisticado de algoritmos, que vão desde a simples regressão linear até à inteligência artificial. Estes algoritmos analisam milhares de dados a cada minuto, permitindo maximizar a energia produzida através de fontes renováveis.
Este novo sistema, criado pela Enlitia, funciona como um assistente digital para profissionais que gerem activos de energia, uma vez que permite trabalhar com informações complexas dispersas. Este produto simplifica o processo com alertas em tempo-real de potencias problemas, de forma fácil e directa. A principal vantagem da plataforma é a utilização de índices de qualidade de dados, performance dos activos, e estado de saúde, que permitem uma análise global e normalizada de todos os equipamentos. Assim, a identificação de problemas que demorava semanas, é imediata, assim como o impacto que esse problema tem em toda a carteira de activos.

A Enlitia desenvolve algoritmos há mais de cinco anos, mas é a primeira vez que lança um produto no mercado que disponibiliza aos seus clientes uma interface que lhe permite não só perceber imediatamente que tem um problema, mas também a dimensão do seu problema, podendo priorizar um plano de acção adequado para o mitigar.
Tiago Santos, CEO da empresa inovadora do Porto, acentua a importância deste sistema único no sector energético em Portugal: “A Enlitia representa um marco significativo no aproveitamento do poder dos dados para as energias renováveis. A nossa plataforma simplifica a análise de dados complexos, tornando-os acessíveis e accionáveis para os profissionais da energia em todo o mundo. Com a Enlitia, não estamos apenas a prestar um serviço; estamos a ser pioneiros num futuro energético sustentável”, avança o responsável.

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The Social Hub dá nova vida ao bairro San Lorenzo em Roma com projecto de 114 M€

O The Social Hub Roma recupera a antiga alfândega ferroviária da “Cidade Eterna” e combina infraestruturas multifuncionais com um hotel de quatro estrelas, espaços de coworking, restauração, salas de reuniões e eventos e um parque público

Depois da abertura na cidade do Porto, em Fevereiro, o Grupo de hospitalidade “híbrida”, The Social Hub, deu mais um passo na sua expansão europeia com a abertura do quarto hotel em Itália, no bairro San Lorenzo, em Roma.

O complexo com 24 mil metros quadrados (m2) e num investimento superior a 114 milhões de euros, a poucos minutos da estação central de Roma e dos marcos históricos da cidade, dá uma nova vida ao antigo edifício da alfândega ferroviária e a um dos bairros criativos da capital italiana.

O The Social Hub Roma, que materializa o modelo híbrido da marca e que combina infraestruturas multifuncionais com programas de impacto social, integra um hotel de quatro estrelas, espaços de coworking, restauração, salas de reuniões e eventos, um amplo parque público, entre outras valências.

O projecto inclui três edifícios conectados por um parque público de 10 mil m2, com mais de 300 árvores, cuja inauguração está prevista para este Verão. O primeiro é um hotel moderno de 396 quartos, com opções de curta e longa estadia para viajantes e estudantes, incluindo apartamentos até dois quartos e um ginásio totalmente equipado aberto 24 horas por dia. Este edifício inclui, ainda, área de coworking premium para 160 profissionais e salas de eventos com capacidade até 70 pessoas.

O segundo edifício é um espaço de eventos interior/exterior renovado, parte da alfândega original dos anos 1920, agora preparado para receber centenas de pessoas em experiências culturais como música, arte e mercados vintage.

O terceiro edifício, também histórico, será a nova casa da Accademia Italiana, instituto de design e artes aplicadas, com mais de 200 alunos.

Originalmente a alfândega ferroviária da “Cidade Eterna” (ex-dogana), o complexo acolheu entre 2000 e 2019 actividades culturais como concertos e cinemas ao ar livre, tendo permanecido fechado desde então. A nova infraestrutura visa devolver ao bairro o espírito de um espaço onde se pode aprender, viver, trabalhar e divertir-se.

Esta abertura marca a estreia da marca na capital italiana, sucedendo à recente abertura do The Social Hub Florença Belfiore (o segundo na cidade), ao The Social Hub Bolonha e à inauguração do seu primeiro projecto em Portugal, na cidade do Porto.

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Braga com 1062 fogos aprovados em 2024, logo a seguir a Lisboa e Porto

No mesmo ano deram entrada com pedido de licenciamento outros 1.217 fogos no concelho, consolidando-o como uma das capitais distritais com maior volume de investimento em nova habitação, de acordo com os dados do Observatório Urbano de Braga

Em 2024, foram licenciadas 1.062 novas habitações em Braga, um volume apenas superado, entre as capitais de distrito, por Lisboa e pelo Porto, com 2.036 e 2.824 fogos aprovados, respectivamente. Braga supera, contudo, Lisboa e o Porto na capacidade de concretização das intenções de investimento em nova oferta, dado que este volume de licenciamentos corresponde a 87% dos novos fogos projectados no mesmo período, no total de 1.217 novas unidades a darem entrada com pedido de aprovação em 2024.

Os dados são apurados no âmbito do Observatório Urbano de Braga, uma plataforma que agrega os principais indicadores do mercado residencial do concelho, em resultado da parceria entre a Câmara Municipal de Braga e a Confidencial Imobiliário.

“Braga, sendo uma cidade que tem tido uma forte dinâmica demográfica, tem respondido à pressão da procura através do licenciamento de novos fogos no mercado, dessa forma mantendo esse concelho entre as capitais de distrito mais acessíveis, abaixo de Aveiro, Setúbal e Coimbra. Uma nota para o papel da Câmara Municipal, cujo volume de fogos licenciados em 2024 corresponde a 87% do número dos novos fogos que entraram em licenciamento, denotando um claro compromisso com os operadores e com o mercado”, comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

Já no que respeita à dinâmica da procura em 2024, foram vendidas aproximadamente 2.670 habitações em Braga, traduzindo-se num aumento de 11% face ao ano anterior, quando o mercado registou 2.400 transacções. As vendas realizadas em 2024 atingiram um preço médio de 1.918€/m2, o qual se situou nos 2.773€/m2 na habitação nova e nos 1.768€/m2 na usada.

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Vulcano promove curso sobre instalação de Piso Radiante

O curso, que se destina a instaladores, recém-licenciados e projectistas, irá ter lugar nos dias 15 e 16 de Maio de 2025, no Instituto do ISQ Taguspark, e nos dias 20 e 21 de Novembro, no ISQ Grijó, em horário laboral

O Instituto de Formação Vulcano (IFV), espaço de formação e certificação dos profissionais de hoje e do futuro nas áreas de água quente, energia solar térmica e climatização, divulga o seu curso sobre ‘Piso Radiante – Dimensionamento e Instalação’.

O curso, que se destina a instaladores, recém-licenciados e projectistas, irá ter lugar nos dias 15 e 16 de Maio de 2025, no Instituto do ISQ Taguspark, e nos dias 20 e 21 de Novembro, nas instalações do ISQ Grijó, em horário laboral.

Com uma duração de 14 horas, esta formação proporcionará aos formandos aprendizagens acerca de dimensionamento de um sistema por piso radiante, sistemas de regulação e controlo, interligação com a unidade de produção de energia – caldeira / bomba de calor, bem como os princípios básicos da climatização: aquecimento, arrefecimento, ventilação e controlo de humidade.

O curso possui, ainda, uma componente prática, na qual os formandos irão abordar temáticas como a leitura e interpretação de um projecto de aquecimento central por piso radiante, a preparação do trabalho e execução de um sistema por piso radiante, assim como o enchimento e teste do sistema.

Com o curso, pretende-se que formandos fiquem aptos a dimensionar e definir esquemas de princípio de implantação de sistemas de climatização por pavimento radiante, assim como a instalar, ensaiar e regular o funcionamento de um sistema de climatização, e, finalmente, a propor técnica e economicamente uma solução de climatização residencial por pavimento radiante.

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The Editory Collection Hotels abre nova unidade após investimento de 63,8 M€

O novo The Editory by The Sea Lagos conta com 204 quartos, distribuídos por nove pisos, um restaurante, dois bares e uma sala de reuniões, cuja temática presta homenagem à tapeçaria e aos corais da Costa Algarvia

The Editory by The Sea Lagos abre portas após investimento de 63,8M€

O grupo The Editory Collection Hotels alargou o portefólio com mais uma unidade hoteleira, com o novo The Editory by The Sea Lagos, situado na Ponta da Piedade. Com 204 quartos, distribuídos por nove pisos, um restaurante, dois bares e uma sala de reuniões, o hotel conta com um investimento de 63,8 milhões de euros, avança o Publituris Hotelaria.

No mesmo complexo, o The Editory Residence Lagos oferece apartamentos turísticos completamente equipados, de tipologia T1 a T3, com estacionamento privado e acesso a todos os serviços do The Editory By The Sea Lagos, em regime sazonal.

Neste espaço, o novo hotel presta homenagem à tapeçaria e aos corais da Costa Algarvia que estão em vias de extinção, através da instalação artística “Balance”, da artista têxtil Vanessa Barragão, presente na zona da recepção.

Com uma piscina interior aquecida e uma piscina exterior, o The Editory by The Sea Lagos promete reforçar a oferta de animação com um programa variado no Kids Club, para crianças entre os três e os 12 anos, com atividades temáticas e educativas. Quanto à oferta de restauração, o hotel reúne o restaurante Coral e os bares Crab’ar e Oyster Bar.

O hotel disponibiliza, ainda, uma sala de reuniões com 120 metros quadrados e ocupação máxima de 90 pessoas, capaz de acolher eventos, apresentações ou reuniões de negócios

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CML adjudica primeira habitação cooperativa

Com direito de superfície por 90 anos, o resultado visa a construção de um edifício de 18 habitações no Lumiar à Cooperativa Jovens Habitam Lisboa CRL. De acordo com a Carta Municipal de Habitação, a CML prevê que se possa chegar a 500 habitações

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já aprovou a atribuição de um terreno para o primeiro concurso público para habitação cooperativa. Com direito de superfície por 90 anos, o resultado visa a construção de um edifício de 18 habitações no Lumiar à Cooperativa Jovens Habitam Lisboa CRL.

A adjudicação agora aprovada resulta de um concurso público lançado em Setembro de 2024 para a edificação de habitação própria, sem fins lucrativos.

Após mais de 25 anos sem lançar terrenos municipais para habitação cooperativa, é com satisfação que Filipa Roseta, vereadora da Habitação, saúda o novo passo para a concretização do programa Cooperativas 1ª Habitação Lisboa destinado a construir casas para a vida pelo valor de construção.

O Município tem outros terrenos prontos a lançar em breve para cooperativas, sendo que a Carta Municipal de Habitação prevê que se possa chegar a 500 habitações.

O programa Cooperativas 1ª Habitação Lisboa destina-se a garantir que famílias e jovens com rendimentos intermédios possam aceder a habitação própria de qualidade, num local central da cidade e próximo de transportes, a preços de construção.

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 Home Tailors Real Estate promove evento para profissionais do sector

Destinado a profissionais do sector imobiliário, o evento, que decorre a 8 de Maio, pretende ser um espaço de “convergência entre conhecimento, estratégia e visão de futuro”

A Home Tailors Real Estate vai promover no próximo dia 8 de Maio, o evento Executive Club, no Auditório do Metropolitano de Lisboa. Destinado a profissionais do sector imobiliário, o evento vai contar com um painel de líderes, especialistas e profissionais de referência para debater o presente e o futuro do imobiliário e que propõem um “olhar aprofundado sobre os temas que estão a moldar o sector, combinando visão estratégica com soluções aplicáveis ao dia a dia dos profissionais”.  A participação no evento é gratuita, mas sujeita a registo.

Segundo o David Carapinha, CEO da Home Tailors, o Home Tailors Executive Club pretende ser um espaço de “convergência entre conhecimento, estratégia e visão de futuro”, através de uma “tarde de partilha”.

A iniciativa conta com vários momentos,nomeadamente, sobre como ‘Reabilitar com Segurança: Casas à prova de sismos’, o ‘Imobiliário de Luxo: Expectativas, Tendências e Experiência do Cliente’, o ‘Crédito Habitação: um instrumento fundamental no Imobiliário’, o ‘Feng Shui e o Investimento Imobiliário’.

O dia termina com uma mostra de alguns dos imóveis comercializados pela Home Tailors e uma apresentação do portal CasaYes.

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Balanço “positivo” da Tektónica expõe dinamismo do sector

A feira voltou a decorrer em simultâneo com o Salão Imobiliário de Portugal, uma aposta estratégica que tem vindo a reforçar o impacto e o alcance dos dois eventos. Juntas, as feiras ocuparam mais de 45.000 m² de área de exposição, recebendo um total de 33.500 visitantes

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A 27.ª edição da Tektónica, Feira Internacional da Construção, promovida pela Fundação AIP, encerrou com um balanço “extremamente” positivo, marcado pelo crescimento significativo no número de empresas participantes, quer nacionais quer internacionais, e, sobretudo, pela forte adesão de visitantes profissionais e público em geral.
Realizada entre os dias 10 e 12 de Abril na Feira Internacional de Lisboa, a Tektónica contou com a participação de cerca de 400 expositores, dos quais 15% de origem internacional.

Este ano, a feira voltou a decorrer em simultâneo com o Salão Imobiliário de Portugal, uma aposta estratégica que tem vindo a reforçar o impacto e o alcance dos dois eventos. Juntas, as feiras ocuparam mais de 45.000 m² de área de exposição, recebendo um total de 33.500 visitantes, entre profissionais e público em geral, demonstrando a capacidade conjunta de gerar sinergias e potenciar negócios num verdadeiro marketplace dos sectores da construção e do imobiliário.

Para José Paulo Pinto, gestor da Tektónica, “os números alcançados nesta edição, quer ao nível da participação empresarial, quer na mobilização de visitantes, consolidam a feira como uma plataforma essencial para impulsionar o mercado da construção. Destacamos a inovação como pilar transversal a todos os sectores representados, e o compromisso deste evento para valorizar produtos, serviços e equipamentos, bem como promover e distinguir as empresas que apostam em soluções diferenciadoras num mercado em constante evolução”, sublinha o coordenador da exposição.

Novos materiais e novos sistemas premiados  
Como já vem sendo habitual a feira voltou a premiar os produtos mais inovadores, nesta edição o prémio “Tektónica Inovação” contou com a participação de 40 empresas/produtos, um sinal claro de que as empresas do sector estão comprometidas com o processo de transformação mais sustentável e digital. Nesta edição foram atribuídos nove prémios e duas menções honrosas.

Assim, a empresa Jeremias venceu na categoria Eficiência Energética com o seu “Genius Ekkoair”, a Pretensa viu o seu “Sistema Resisto 5.9” na categoria Novos Processos Construtivos e a “Válvula Mecânica de Corte automático de Gás” na categoria Novos Materiais.

O “Daikin Cloud Service Residencial” da Daikin Air Conditioning Portugal, foi o vencedor, na categoria de Serviços. A solução “I.Geo Bx” da Nationalrev, na categoria de Máquinas e Equipamentos. E o sistema de fixação “Top Fix System”, da Standard Hidráulica, na categoria Banho.

A Frasa, Equipamentos de Cozinha e Energia, venceu na categoria Cozinhas com o produto “Frasa Naturalair” e a Revigrés na categoria de Pavimentos e Revestimentos com o produto “Tech 3D”. A tecnologia “Bewarm”, da Secil, destacou-se na categoria de Equipamentos de Exterior.

As menções honrosas foram atribuídas à Burger & Cie, com o sistema de instalação de revestimentos “Groove Rail”, na categoria de Pavimentos e Revestimentos, e ao consórcio de empresas constituído pela empresas Perfisa, Gyptec Volcalis, Amorim Cork Solutions e Mapei que desenvolveu o sistema SKINIUM – The Wall System, na categoria Novos Processos Construtivos.

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Castellana Properties adquire Forum Madeira; carteira acumulada atinge 1,7 MM€

A aquisição do centro comercial Forum Madeira por um total de 63,3 milhões de euros apresenta uma rentabilidade de entrada sobre o rendimento líquido operacional (NOI) de 9,5%, estando o fecho efectivo da mesma previsto para 30 de Abril

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A Castellana Properties adquiriu o centro comercial Forum Madeira por um total de 63,3 milhões de euros à DWS. A transacção apresenta uma rentabilidade de entrada sobre o rendimento líquido operacional (NOI) de 9,5%, estando o fecho efectivo da mesma previsto para 30 de Abril.

Esta operação, que representa a quinta aquisição da empresa em Portugal desde a sua entrada em Outubro de 2024, reforça o compromisso da Castellana Properties, cotada em Espanha, com o mercado português e a sua estratégia de expansão e diversificação geográfica com activos importantes nas suas áreas de influência.

Incluindo agora o Forum Madeira, o valor da carteira (GAV) da Castellana Properties situa-se em torno dos 1.700 milhões de euros, com 21 activos.

Em Outubro de 2024, a Castellana iniciou a sua actividade em Portugal com a aquisição de três centros comerciais, o RioSul Shopping, LoureShopping e 8ª Avenida, numa operação avaliada em 176,5 milhões de euros. Mais recentemente, em Dezembro do ano passado, a empresa adicionou o Alegro Sintra à sua carteira, consolidando a sua posição no setor imobiliário comercial português.

“A incorporação do Forum Madeira no nosso portefólio reafirma o nosso caminho de crescimento e a aposta no mercado português. Este activo não só reforça a nossa estratégia de diversificação geográfica e expansão internacional, mas também reflecte a nossa visão a longo prazo e o nosso compromisso com um crescimento sólido e sustentável. Continuamos a apostar em mercados dinâmicos e promissores como o português, onde queremos continuar a gerar valor e construir o futuro”, considera Alfonso Brunet, CEO de Castellana Properties.

Desde a sua inauguração em 2005, o Forum Madeira tem-se consolidado como o principal destino de moda da ilha e conta com uma Área Bruta Locável (SBA) de 21.472 metros quadrados (m2) distribuída por três níveis, atraindo anualmente cerca de 5,4 milhões de visitas, das quais mais de 33% são de turistas internacionais.

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Em Oeiras faz-se “revolução” nos transportes

O relançamento do SATUO está em marcha e o projecto está agora numa fase decisiva. Nesta entrevista, Rui Rei, presidente da Parques Tejo explica o ponto de situação actual do projecto, as mudanças face ao plano original concebido nos anos 90 e como este sistema se integra agora numa visão mais ampla e outras soluções de transporte, como a LIOS e a BRT da A5

Os planos de reactivação do SATUO estão em marcha e, no papel, o projecto está pronto para avançar para o lançamento do concurso de concepção-construção, tão logo esteja resolvida a solução de financiamento. O custo do projecto deverá rondar os 100 a 110 milhões de euros, mas as contas não estão fechadas por precaução. Rui Rei, presidente da Parques Tejo, garante que “estamos a ser rigorosos e conservadores para garantir que, quando lançarmos o concurso, haja interessados, e que o concurso, uma vez lançado, não fique deserto”. O percurso com 9,7 km, inicia em Paço d’Arcos e terá 15 paragens até chegar à estação de Tercena-Massamá, fazendo a ligação com a linha de Sintra.
O novo SATUO é pensado num sistema de Bus Rapid Transit (BRT), e utilizará autocarros eléctricos que circularão por via dedicada, uma solução eficiente, com uma implementação mais rápida e com um custo mais reduzido, assegura Rui Rei.
Mas a “revolução” nos sistemas de transporte público do concelho tem outras frentes: a Linha Intermodal Ocidental Sustentável, cujos estudos estão em marcha acelerada e deverão resultar numa revisão do projecto que poderá agora ir até à Amadora e chegar a Lisboa via Reboleira/Colégio Militar, ao invés de Alcântara. Abandonando está também o uso de carris, sendo a nova versão também em autocarro em sítio próprio.
Numa outra vertente está a ser trabalhado o projecto de Bus Rapid Transit na A5. A auto-estrada que liga Lisboa a Cascais é o corredor ideal para a criação de um sistema de BRT, com o objectivo de criar uma alternativa sustentável aos movimentos pendulares que actualmente percorrem a A5 e que usam, na sua grande maioria o automóvel particular. Este projecto, ainda sem estudos que o suportem, será apresentado no final de Abril em conferência.

Rui Rei, presidente Parques Tejo

Qual é o ponto de situação actual do relançamento do projecto SATUO?
Terminámos todos os estudos, que já foram entregues à Câmara. Na verdade, esses estudos foram realizados em conjunto entre a Parques Tejo e a Câmara Municipal de Oeiras, que é a detentora do projecto e que tem defendido ao longo destes anos a necessidade deste projecto, que hoje conta também com o apoio de todas as entidades da Área Metropolitana de Lisboa e do Governo. Tanto a AML (Área Metropolitana de Lisboa), a TML (Transportes Metropolitanos de Lisboa) como o próprio Governo consideram este um projecto estratégico para a região, especialmente pela sua ligação entre Paço de Arcos e Sintra, atravessando pontos importantes do concelho de Oeiras e conectando-se à Linha de Sintra. Estes são factores geradores de emprego e, consequentemente, de muito tráfego e movimento. Com todos os estudos concluídos — como o estudo de inserção, a viabilidade dos viadutos existentes, a alteração do projecto e os estudos sísmicos — e entregues ao Governo, o que falta agora é garantir as condições de financiamento. Só assim o projecto poderá estar concluído entre o final de 2028 e 2029, dependendo da data em que recebamos luz verde para lançar o concurso de concepção e construção.

Quais são as maiores alterações entre o plano inicial, que não se chegou a concretizar, e o que se pretende implementar agora?
É preciso contextualizar o projecto. Porque é um projecto que nasceu no final dos anos 90 como algo inovador, chamado SATUO — Sistema Automático de Transporte Urbano de Oeiras. Na época, já se falava de transportes autónomos, e o SATU funcionava sem condutor, com programação e videovigilância para monitorização. Hoje, evoluímos para um sistema não ferroviário, que se adequa perfeitamente à oferta e à procura desta área. Esta solução custa menos de um terço do que custaria outro sistema, oferecendo previsibilidade, qualidade, conforto e segurança. Não temos nenhum problema com a solução adoptada, que é flexível e permite integração com a futuro BRT [Bus Rapid Transit na designação em inglês] da A5, com a LIOS, Linha Intermodal Ocidental Sustentável] (no outro lado do concelho), e até com variantes futuras como a VLN (Via Longitudinal Norte) e a VLIS (Via Longitudinal Sul).
A estratégia continua actual e adequada ao presente e ao futuro e será integrada na lógica dos Transportes Metropolitanos de Lisboa.

Esse era um dos problemas anteriores, não é? Era um sistema fora do sistema?
Sim, de Oeiras para a frente o SATUO não estava integrado no sistema metropolitano. Havia vários sistemas desconexos. Agora, todos os sistemas de transporte que estamos a desenvolver são parte integrante do sistema metropolitano. Quando falamos em criar um BRT, estamos a ampliar a oferta dos Transportes Metropolitanos de Lisboa, não a criar um subsistema isolado. Usamos autocarros com portas à direita, semelhantes aos convencionais, mas com um design que faz as pessoas pensarem num metro ligeiro de superfície — tudo isso a menos de um terço do custo de um LRT (Light Rail Transit). É uma solução adaptada à realidade local, sem exigir investimentos exorbitantes. Não há razão para não avançar com um projecto destes, que oferece um nível de serviço essencial à população de Oeiras, conectando parques de serviços e zonas habitacionais. Não podemos esquecer que Oeiras é a segunda maior economia do país, logo a seguir a Lisboa. É o único concelho da Área Metropolitana que não é apenas suburbano de Lisboa: tem tantos movimentos de Oeiras para Lisboa como de Lisboa para Oeiras. Para materializar isso na oferta de transportes públicos, precisamos de uma frequência que responda a essa necessidade. Caso contrário, as pessoas continuarão a usar o automóvel.

Os eixos estratégicos

Esta nova linha terá quantos quilómetros?
A linha tem 9,7 quilómetros e conta com 15 paragens, incluindo as três já existentes: Paço de Arcos, Tapada e a estação do centro comercial Oeiras Parque. Depois, temos paragens, por exemplo, em Lagoas Parque, Porto Salvo, Tagus Parque, uma intermédia entre o Tagus Parque e a estação da linha de Sintra (que será terminal), além de outras distribuídas ao longo do trajecto para servir empresas e populações. Precisamos de atender tanto as zonas empresariais como as residenciais de Oeiras. Paralelamente, no futuro, o BRT da A5 cruzará este sistema permitindo que haja uma ligação.

Estamos a falar do “cardinal” que condensa a visão estratégica dos transportes públicos do concelho?
Exactamente, interligações estratégicas e que compreende o SATUO e a LIOS, enquanto eixos longitudinais a ferrovia e o BRT da A5, com capilaridade para as restantes soluções. Se olharmos para este “cardinal” e para a distribuição dos transportes em Lisboa, percebemos que isto não é uma excentricidade: está tudo ligado. A LIOS ligará directamente ao centro de Lisboa, o BRT também, e o SATUO fará esta ligação longitudinal.

Mas para que isso funcione é preciso que tudo esteja pronto e a funcionar?
Exacto. Só assim conseguiremos uma solução de transportes que responda às necessidades das pessoas, permitindo-lhes deslocar-se de forma eficiente. É assim que atingiremos os nossos objectivos. Felizmente, o Governo partilha desta visão e considera o SATUO e a LIOS como prioridades, porque Oeiras tem sido historicamente preterida nas soluções de mobilidade da Área Metropolitana.

Sim, muitas linhas de BRT no país avançam lentamente e outrem nem avançam.
Não, não é bem assim. A Linha do Mondego, por exemplo, está praticamente a abrir e já funciona. O único BRT com problemas foi o do Porto, devido a questões no projecto e atrasos na encomenda dos autocarros. Braga também está a avançar. O caso do Porto ganhou mais destaque na comunicação social, mas o do Mondego está operacional. Depois de muitas indecisões — se seria com carris ou não —, tomaram a decisão certa, na minha opinião. Já visitei a solução duas vezes e acredito que será um sucesso para a região de Coimbra. É algo simples, ágil e económico, muito semelhante ao que defendemos aqui.

Portanto, o SATUO irá correr em canal dedicado.
Sim, sempre em canal dedicado, sem interferência de veículos automóveis. Isso garante comunidade, previsibilidade e conforto, permitindo cumprir horários. É a única forma de assegurarmos isso.

Os inconvenientes, financiamento e o lançamento do concurso

Numa zona com tanto tráfego, prevê que a construção do canal vá gerar constrangimentos?
Toda a obra gera constrangimentos, mas não serão extraordinários. Aqui na travessia da Avenida da Europa [junto ao centro comercial Oeiras Parque], por exemplo, construiremos como se faz um viaduto: o tráfego continuará a circular por baixo. Obras como as do Metro de Lisboa causam muito mais impacto. O maior viaduto será o que liga à estação de Tercena-Massamá, linha de Sintra, mas, em termos de engenharia, está tudo planeado. Serão cerca de cinco viadutos, que terão um custo estimado de 25 a 26 milhões de euros, dentro de um orçamento total de 100 a 110 milhões de euros.

Esse será o valor final da obra? Já está fechado?
Cerca de 100 milhões de euros, mas ainda não fechámos o valor exacto. Há muitos concursos públicos no país que estão a ficar desertos, porque há algum receio com os custos estimados. Por isso, estamos a ser rigorosos e conservadores para garantir que, quando lançarmos o concurso, haja interessados, e que o concurso não fique deserto. Queremos que a obra tenha interessados para que a possamos executar assim que tenhamos os fundos comunitários.

Que população será servida pelo SATUO?
Estimamos até 30 mil passageiros por dia, com dois terços da procura vindo de Sintra. Avaliámos tudo: desde os escritórios existentes, a ampliação dos parques empresariais, a segunda fase do Tagus Park, os futuros projectos de habitação e serviços ao longo de todo o eixo. Só assim conseguimos prever o aumento da população e aumento do número de passageiros.

O que falta para lançar o concurso de concepção construção?
Está tudo pronto. Falta apenas o Governo formalizar o financiamento. Com luz verde até ao Verão, lançaríamos o concurso ainda este ano, 2026 adjudicaríamos e iniciaríamos a obra, que duraria cerca de dois anos, terminando em 2028 e entrando em operação em 2029.

As eleições atrasaram o calendário previsto.
Obviamente, mas ainda na semana passada, o Primeiro-Ministro e o ministro das Infraestruturas reforçaram que o SATU, o LIOS e a quarta travessia do Tejo em Algés são prioridades. [durante a apresentação do Parque Cidades Tejo]

LIOS: de projecto esquecido a projecto essencial

E este é um dos projectos que está na estratégia do Concelho.
Oeiras planeia a 30 ou 40 anos. Este projecto, por exemplo, está no Plano de Mobilidade Sustentável do concelho. A Parques Tejo apenas executa a estratégia da Câmara. Além desta linha, também estamos a trabalhar na LIOS, em parceria com a Câmara de Oeiras, a Câmara de Lisboa, a Câmara da Amadora, porque uma parte da LIOS pode chegar à Amadora, com a Carris, e outros parceiros.

Qual é o ponto de situação da LIOS?
Está a avançar a bom ritmo. Há seis ou sete meses, a situação era diferente, mas hoje temos uma parceria sólida com a CARRIS, a Câmara de Lisboa, a TML e a Câmara da Amadora. Estamos a fechar os estudos e a preparar uma solução ligeiramente diferente da original, mas que servirá bem Oeiras, Lisboa e Amadora. Será revolucionário: imagine sair de Algés, Linda-a-Velha ou Miraflores e estar no centro de Lisboa em 10 ou 15 minutos. Será uma solução absolutamente transformadora. É a mesma coisa que estar na Avenida da República e apanhar o metro para o Rossio. Você sabe quanto tempo irá demorar. Aqui será a mesma coisa. As pessoas saem de casa em Miraflores e sabem que daí a 10 minutos estão no centro de Lisboa

Qual o investimento previsto?
O investimento previsto é de cerca de 150 milhões de euros, tem financiamento, a LIOS deverá estar concluída até 2030, em canal dedicado com autocarros, mas adaptável a outras soluções no futuro.

Quais são os próximos passos para a LIOS?
É preciso concluirmos todos os estudos. Uma boa parte dos estudos em Oeiras estarão concluídos na primeira ou segunda semana de Abril. Incluindo uma parte do estudo de tráfego que nos faltava, e que é importante para percebermos a forma de inserir o traçado em sítio próprio, porque partimos de uma zona densamente povoada, Algés, e estamos a fechar esse processo. Lisboa também tem a sua parte já feita. Iremos fechar este processo com o chamado programa base.
A LIOS tem duas opções em estudo: Algés-Reboleira e depois tem outra ligação via Alto do Duque a Alcântara. Mais do que esta última, consideramos vital para Oeiras a ligação ao Colégio Militar. A que está mais avançada em termos de estudo é o projecto original via Alcântara, mas rapidamente estará tudo ao mesmo nível.
A CARRIS, que é quem lidera este processo, deverá lançará em Abril o concurso para o programa base, que definirá o projecto. Depois, virá o concurso de concepção e construção. O projecto tem alguns atrasos, mas temos aqui uma folga até 2030.

Qual é o papel da Parques Tejo no desenvolvimento destes projectos?
A Parques Tejo gere a mobilidade em Oeiras. Há três anos, era focada em estacionamento, mas hoje virou-se para a mobilidade e sustentabilidade. O estacionamento é a base — sem ele, não há mobilidade —, mas usamo-lo para alavancar projectos como o SATU e o LIOS. Somos um instrumento da Câmara, que detém 100% da empresa, e trabalhamos com parceiros internos e externos para executar a estratégia municipal.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Construção

Governo apresenta projecto de cidade que transformará as cidades na AML

Montenegro apresenta projecto “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole, em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”, contempla cerca de 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas

Ricardo Batista

Pouco mais se sabe do que o conceito teórico, mas os dados conhecidos até agora do designado Parque Cidades do Tejo representam, seguramente, uma das maiores operações urbanísticas dos tempos modernos. Maior que o Eixo do Arco Ribeirinho Sul que António Costa, então primeiro-ministro, apresentou há aproximadamente dois anos.
Desta feita, numa sessão presidida por Luís Montenegro, o Governo apresentou aos presidentes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) – e ao presidente da Câmara de Benavente-, o Parque Cidades do Tejo, um projecto que, segundo o executivo, “pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”.

De acordo com a proposta agora apresentada, falamos de duas margens centradas no Tejo e quatro projectos de âmbito nacional que se traduzirão numa operação única, de coordenação centralizada, em cooperação com o Estado Central e os Municípios directamente envolvidos. Ao todo, são 4 500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, onde se prevê a construção de mais de 25 mil habitações.

Requalificação e regeneração
Nos quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – “requalificam-se e regeneram-se territórios, fomenta-se cidades em rede e promove-se a economia circular, a habitação, o emprego e o aumento dos transportes públicos através do reforço das infraestruturas”. Na apresentação, o Governo explica que os novos equipamentos “darão uso, vida e futuro a terrenos públicos nas margens do Tejo que há muitos anos estão totalmente desaproveitados”. O Parque Cidades do Tejo integra também espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária. Ao nível de infraestruturas, estão previstas duas novas travessias do Tejo: a Terceira Travessia do Tejo (TTT) e o túnel Algés-Trafaria; um aeroporto único de cariz expansível, com capacidade para mais de 100 milhões de passageiros e investimento na ferrovia de alta velocidade. Estima-se que estes investimentos criem mais de 200 mil postos de trabalho.

O projecto contempla 1 10 000 m2 destinados a equipamentos e 2 500 000 m2 a actividades económicas, sem ter em conta o espaço da Cidade Aeroportuária. Pretende-se aumentar a quota modal de transporte público de 24% para 35%, e para isso, será importante o reforço do investimento de mais 3,8 mil milhões de euros – sendo que o apoio ao transporte público e à política tarifária se prevê de 328 milhões de euros/ano. Na AML vive mais de um quarto da população total do País – 28% da população nacional e 48% da população activa. É também aqui que se prevê um aumento de 7% de habitantes até 2080. Além da reabilitação de terrenos, de criar soluções de mobilidade – tendo em conta, nomeadamente a construção da nova cidade aeroportuária (Benavente e Montijo) – é necessário criar ofertas habitacionais que respondam às necessidades da população. A Parque Cidades do Tejo – interligada em quatro eixos – pretende assim equilibrar a densidade urbana e concretizar políticas públicas de habitação. Ao mesmo tempo, reduz o tempo gasto entre casa e o trabalho e cria emprego qualificado com o reforço de infraestruturas, aumenta rede de transportes e promove a transferência modal, beneficiando a qualidade de vida de quem habita ou trabalha nesta região.

A proposta agora conhecida nasce depois de uma miríade de outros (inúmeros) projectos desenhados ou, pelo menos, pensados, sobretudo para a baía do Tejo. Em Março de 2023, o primeiro-ministro António Costa apresentava, no final do Conselho de Ministros, os trabalhos da regeneração e selagem de solos contaminados, da infraestruturação do território com a expansão do transporte público, em especial do metro do sul do Tejo, da instalação de um novo terminal fluvial na Moita e da construção do passeio ribeirinho de 38 quilómetros entre Alcochete e Almada. O líder do executivo acrescentou, na altura, que era fundamental que a região voltasse “a ser uma fortíssima área de actividade económica, geradora de emprego qualificado, já não com as indústrias do passado mas com as do futuro, com os serviços do presente e do futuro”. “Às vezes os projectos levam tempo, mas o mais importante de tudo na política é sermos persistentes», afirmou, elogiando os presidentes de câmaras da margem sul do Tejo «por se terem unido e desbloqueado» vários projectos”, referiu António Costa. Mas não foi o único. Em 2019 era apresentada a “Cidade da Água”.

O projecto de requalificação da Margueira, onde funcionaram os antigos estaleiros navais da Lisnave, naquela que era, então, “a maior intervenção de requalificação urbana em Portugal após a Expo-98”. A ‘Cidade da Água’ tinha prevista uma área de construção de 630.000 m2 e, além do parque habitacional, estava prevista a instalação de um hotel, uma marina, um terminal fluvial de passageiros, um museu e um centro de congressos, ligados entre si por praças e canais, dando origem a um conjunto de espaços públicos únicos.

Parque Cidades do Tejo em números

Eixo Arco Ribeirinho Sul (Almada, Seixal e Barreiro)
• 519 hectares de área de intervenção
• 15 km frente de rio
• 8 000 novas habitações, de acordo com PDM vigentes
• Mais 20 000 novas habitações (exercício prospectivo)
• 800 000 m2 de equipamentos
• 2 300 000 m2 destinados ao sector terciário/actividades económicas
• 94 000 empregos gerados
Almada (ex-Estaleiros da Lisnave)
• 58 hectares área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Equipamentos públicos de cultura, preservação da memória industrial naval e Ópera Tejo
Barreiro – Ex-Quimiparque
• 214 hectares de área de intervenção
• Habitação
• Comércio e serviços
• Turismo
• Cluster de atividades económicas – indústria naval
• Centro de Congressos Internacional
• Espaços Verdes
Seixal – Ex-Siderurgia Nacional
• 247 hectares de área de intervenção
• Sector terciário
• Parque Empresarial Ecológico
• Actividades de recreio e lazer
Eixo Ocean Campus (Oeiras e Lisboa)
• 90 hectares de área de intervenção
• 180 000 m2 terciário
• 181 000 m2 equipamentos
• 15 000 empregos gerados
• Parque urbano
• Espaço para grandes eventos
• Cluster de inovação, investigação e desenvolvimento
Eixo Aeroporto Humberto Delgado (Lisboa e Loures)
• Mais de 400 hectares de área de intervenção
• 3 600 novas habitações (PDM vigente)
• Mais de 6 200 novas habitações (exercício prospectivo)
• 119 000 m2 equipamentos
• 559 000 m2 para o sector terciário/actividades económicas
Eixo Benavente-Montijo – Cidade Aeroportuária
• Mais de 3 000 hectares de intervenção
• Fica a 30 minutos de Lisboa
• Ligação directa através da ferrovia de alta velocidade e das principais rodovias para Norte e Sul
• Nova cidade aeroportuária
• Ciência e indústria náutica

Infraestruturas e mobilidade: Expansão das redes de transportes públicos
Metro de Lisboa

• Mais 30 km de linhas
• Mais 35 estações
• 1 524 milhões de investimento em curso
• 31 000 toneladas/ano CO2 reduzido
• 46 milhões de novos pax/ano
LIOS – Linha Intermodal Sustentável
• LIOS Ocidental
• LIOS Oriental
• Mais 24 km de linhas
• Mais 37 estações
• Cerca de 490 milhões (referência indicativa do investimento)
SATUO
(Fase pré-concursal)

• Mais 9 km de linhas
• Mais 14 estações
• 112 milhões de investimento
Metro Sul do Tejo
• Lado Poente
• Lado Nascente
• Mais 50 Km de linhas
• 350 milhões de euros (investimento lado Poente)
Transtejo Soflusa
• Novas rotas e novos terminais
• 96 milhões para navios e sistemas de carregamento
• 14 milhões para renovação de terminais e estações
Linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid
(Fase 2 -Lisboa > Évora)

• 2 800 milhões de investimento
Duas novas travessias do Tejo
• 3 000 milhões de investimento na TTT Chelas Barreiro
• 1 500 milhões de investimento no Túnel Algés-Trafaria

Sobre o autorRicardo Batista

Ricardo Batista

Director Editorial
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