“Pedra Pura” nasce em Chaves para revolucionar o turismo local
O “Pedra Pura” está a nascer nas encostas das terras altas que delimitam Chaves. Localizado na Quinta do Castelo, o projecto contempla uma unidade hoteleira de 5 estrelas, com 40 alojamentos, spa, restaurante e bar, espaço de eventos e piscina exterior, que se desenvolvem e tiram partido dos mais de 30 hectares de extensão da propriedade. A abertura está agendada para 2024
Manuela Sousa Guerreiro
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O nome deste novo resort advém das encostas das terras altas que delimitam o concelho e a cidade de Chaves, no extremo norte do país, junto à fronteira com Espanha. O “Pedra Pura” contempla quatro dezenas de unidades de alojamento agrupadas em pequenos blocos. O conceito global de arquitectura, que conta com a assinatura do gabinete local de arquitectura “Esboços e Riscos”, insere estas unidades entre enormes “barrocos”, que integram a decoração de cada unidade de alojamento. O projecto hoteleiro contempla ainda spa, restaurante, bar, espaço de eventos com capacidade de evento para 400 pessoas e piscina exterior. O investimento ronda os 2,7 milhões de euros, dos quais acresce 1,38 milhões de euros financiados pelo Turismo de Portugal.
O empreendimento, que tem como promotor o luso americano Lino Marçal, está localizado na Quinta do Castelo, propriedade do empresário, e que se estende por mais de 30 hectares. Aliás, a natureza fez mais do que influenciar a arquitectura do espaço, antes, é parte integrante de um conceito que pretende retirar partido de uma relação próxima com a natureza, com a agricultura, vitivinicultura e criação de animais, actividades desenvolvidas no dia a dia da quinta.
Natureza como inspiração
“Genuinidade e autenticidade, é o que está subjacente a este projecto que tem a natureza como inspiração. A ideia do projecto nasceu há alguns anos, mas torná-lo uma realidade tem demorado por causa da sua complexidade. Desde logo a escolha da localização de cada um dos blocos que albergam entre 8 a 10 unidades de alojamento, por forma a tirar o melhor partido da natureza. Temos quartos que estão “esculpidos” em torno de pedras, “barrocos”, de mais de uma tonelada”, conta Lino Marçal, o empresário que é natural de Chaves, mas que aos 19 anos partiu rumo aos Estados Unidos da América onde fez vida e fortuna na área da construção civil e arquitectura paisagística.
Por detrás deste projecto está, no fundo, o gosto pela terra natal e a vontade de a mostrar ao mundo. “Por via da minha actividade de construção que desenvolvo nos EUA lido com muitas personalidades, muitas do mundo financeiro de Wallstreet, e o que eles procuram é o que temos aqui: sossego, natureza e a autenticidade. E é isso que pretendemos oferecer. A boa comida regional, feita com os alimentos que aqui produzimos, oferecendo os vinhos feitos na nossa adega, as ervas aromáticas, os chás, as geleias, os produtos de fumeiro, no fundo privilegiando o conceito ‘farm to table’”, inúmera Lino Marçal.
A sustentabilidade é outro conceito que está subjacente ao projecto, cuja construção utilizou, “o mais possível” os recursos naturais locais. Como a madeira de pinho utilizada nos pavimentos e revestimentos dos quartos, ou os “barrocos” de xisto e granito deslocados e transformados dentro da própria propriedade para dar corpo ao projecto.
“Este é um projecto ambicioso que pretendemos inaugurar em 2024. Estamos a terminar os últimos blocos de alojamentos, o restaurante e o espaço de eventos e spa estão já concluídos. Pretendemos ainda iniciar a construção de uma greenhouse, onde pretendemos partilhar com os nossos hóspedes alguns conhecimentos, sob a forma de workshops. O nosso ecossistema está ainda ferido das obras, temos ainda várias equipas no local a terminar, vamos deixá-lo repousar estes meses para no próximo ano começarmos a receber reservas”, acrescenta o empresário que vai dividindo o seu tempo entre a actividade da construção imobiliária nos EUA e os projectos em curso na quinta do Castelo.
“Sou um entusiasta e tenho uma enorme paixão por este projecto que pretende atrair mais investimento e dar a conhecer a região de Trás-os-Montes, criar postos de trabalho e, no fundo, contribuir para a economia local. Mas acabamos por ficar desiludidos com o pouco entusiasmo que encontramos nas autoridades locais e na burocracia de processos”, enfatiza o empresário.