Specially Built Welfare Services Complex, Area 29, Kwu Tung North, Hong Kong
Complexo de serviços sociais com oito pisos, um total de 1.764 módulos MiC (cerca de 24063 toneladas), 441 lajes semi-pré-fabricadas (cerca de 731 toneladas)
O exemplo que vem da China
A Construção Modular Integrada, ou MiC (Modular Integrated Construction), tem sido o foco da actividade desenvolvida pela “Hailong Construction Technology Company”, empresa afiliada da China State Construction International Holdings Limited. Ao longo dos últimos anos, a empresa estatal tem apostado num processo que tem por base novas tecnologias avançadas ao longo de todo o ciclo de vida do projecto, do design, à produção, passando pela logística, construção e manutenção do edifício
Manuela Sousa Guerreiro
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
As últimas décadas transformaram profundamente a indústria chinesa, observando-se um crescente nível de modernização e inovação que atravessaram de forma transversal os diferentes sectores da economia, mas os métodos de construção permaneceram basicamente inalterados. Mas tudo mudou em 2020. A emergência do Covid levou ao rápido desenvolvimento da construção modular para dar resposta à crise de saúde pública que então se viveu. Na altura, causou espanto mundial a construção, em apenas 10 dias, de uma unidade hospitalar em Wuhan, cidade epicentro do surto, com capacidade para 1500 camas. A China não só cumpriu como, na senda, deu início a uma segunda unidade de maior dimensão e que ficou pronta também em matéria de dias.
A pandemia já lá vai, mas o País e as suas empresas construtoras não esqueceram a experiência que marcou em definitivo a transformação do sector, apesar de não ter sido a primeira vez que a indústria chinesa tenha construído em grande e em grande velocidade. A industrialização do sector está em marcha acelerada e prepara-se para conquistar o Mundo. Os anos que se seguiram ao Covid têm servido para reorganização da fileira da construção, agora impulsionada pelos mesmos factores que afectam a indústria um pouco por todo o mundo: o alto consumo de recursos naturais, as altas emissões de poluição e a necessidade de atingir a neutralidade de carbono e a ineficiência da produção. Por outro lado, como novos drivers da mudança surgem as reconhecidas vantagens da padronização industrial e a produção em larga escala, tirando partido da digitalização “eficiente”.
A construção modular está a registar um forte crescimento e, até 2030, o mercado global deverá valer mais de 143 biliões de USD, impulsionado por uma taxa de crescimento anual composta entre 2022 e 2030 que pode chegar a 6,55%, com maior incidência nos mercados da região Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte. As estimativas são apresentadas pela empresa estatal China State Construction International Holdings Limited, que tem a sua sede em Hong Kong e é hoje uma das maiores construtoras chinesas.
A Construção Modular Integrada (ou MiC, Modular Integrated Construction) tem sido o foco da actividade desenvolvida pela “Hailong Construction Technology Company”, empresa afiliada da China State Construction International Holdings Limited. A empresa de tecnologia tem estado envolvida em “todas as soluções da cadeia industrial com novos métodos de construção”. Tendo concluídas 314 obras pré-fabricadas, entre residências, hotéis, escritórios, hospitais, escolas, pontes, túneis, com área bruta construída de 34,4 milhões de m². Entre os vários projectos de referência constam o edifício MiC mais alto da China.
O seu negócio tem crescido rapidamente no Delta do Rio das Pérolas, no Delta do Rio Yangtze e na zona económica de Chengdu-Chongqing, abrangendo vários cenários de aplicação como hotéis, prédios educacionais, prédios de assistência médica e apartamentos.
A construção modular está a registar um forte crescimento e, até 2030, o mercado global deverá valer mais de 143 biliões de USD, impulsionado por uma taxa de crescimento anual composta entre 2022 e 2030 que pode chegar a 6,55%, com maior incidência nos mercados da região Ásia-Pacífico, Europa e América do Norte
A inteligência ao serviço da indústria modular
A “Hailong” viu o seu sistema de construção modular integrada premiada com o “Top Ten New Technologies for Engineering Construction in 2022”. Soluções digitais e inteligentes percorrem todo o processo de construção do projecto, integrando novas tecnologias avançadas, como design inteligente, produção inteligente, logística inteligente e operação e manutenção inteligentes para realizar a entrega digital em todo o ciclo de vida do projecto.
O modelo de informação da tecnologia BIM faz de elo entre a cadeia de design e a produção, e a linha de produção automática MiC permite uma produção ininterrupta 24 horas, promovendo uma contínua capacidade de produção.