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Semana da Reabilitação Urbana reúne câmaras do Porto, Gaia, Matosinhos e Maia para debater habitação

O evento vai decorrer de 22 a 24 de Novembro no Palácio da Bolsa, no Porto. A décima edição reúne as quatro autarquias para uma reflexão de âmbito metropolitano

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A Semana da Reabilitação Urbana conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, a que se juntam, pela primeira vez, na qualidade de Municípios Parceiros, as Câmaras Municipais da Maia, de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia. A iniciativa reúne o apoio das principais Associações do sector da construção e do imobiliário, das Ordens Profissionais e da Academia.

Mantendo o seu carácter multidisciplinar, a Semana da Reabilitação Urbana apresenta uma ampla programação que integra conferências, workshops e seminários. Ao todo são 12 sessões plenárias, a decorrer no Pátio da Nações, no Palácio da Bolsa, e a que acrescem três seminários jurídicos e outras sessões paralelas, envolvendo mais de 100 oradores ao longo de três dias.

Entre os temas centrais da edição deste ano da Semana da Reabilitação Urbana do Porto destacam-se o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o acesso à habitação, a habitação multifamiliar para arrendamento ou built to rent, mas também dinâmicas de mercado tão importantes para a cidade, e para o país, como são o turismo e o investimento imobiliário.

No palco da Semana da Reabilitação Urbana do Porto estará também de forma muito premente o tema da sustentabilidade e da energia com foco, nomeadamente, no desafio que representam os edifícios NZEB e no potencial da estratégia do Porto “Pacto do Porto para o Clima”. Incluem-se também vários temas da tecnologia, desde logo o potencial do BIM (Building Information Modeling), da construção modular e dos novos materiais.

Reforçando a importância da reabilitação urbana na valorização da cidade, a intervenção de reabilitação e modernização do Mercado do Bolhão ganha destaque na programação da 10.ª edição da Semana da Reabilitação Urbana do Porto.

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Leandro Silva PCA da AM 48
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Grupo AM48 evolui para modelo regulado e supervisionado pela CMVM

A transformação estratégica reforça o posicionamento do Grupo como plataforma de investimento imobiliário e institucional. Modelo regulado pela CMVM reforça a confiança do mercado e introduz supervisão externa reforçando os critérios de compliance e governance do Grupo

tagsAM48

O Grupo AM48, promotor imobiliário com 12 anos no mercado nacional, anuncia que recebeu autorização da CMVM para conversão de algumas sociedades do Grupo em OIAs (Organismos de Investimento Colectivo), sob a forma societária de SICs (Sociedades de Investimento Colectivo). Uma transformação estratégica profunda na estrutura do Grupo de empresas, avançando para um modelo regulado e supervisionado pela CMVM.

O Grupo avança agora para o próximo passo que é o registo da carteira e valorização dos activos, e consequente registo da conversão das empresas para os modelos solicitados e aceites.

A transformação assenta na adopção de uma arquitectura institucional, suportada por veículos de investimento regulados, como Organismos de Investimento Colectivo (OIC), incluindo Sociedades de Investimento Colectivo (SICs) e Fundos de Investimento. Estes veículos de investimento serão geridos de forma independente por uma Sociedade Gestora (SGOIC) devidamente autorizada pela CMVM, neste caso a Haitong Global Asset Management, SGOIC, e com o banco depositário das acções o BNI, conforme exigido por lei.

“Este importante passo reforça o compromisso do grupo com elevados padrões de transparência, mitigação de risco e confiança institucional, adoptando uma arquitectura alinhada com os mais elevados standards de investimento e gestão de activos imobiliários”, explica comunicado do grupo. “A transição para um modelo regulado pela CMVM reforça a confiança do mercado, introduz supervisão externa rigorosa e permite à AM48 operar com os mesmos critérios de compliance e governance utilizados pelas maiores gestoras de activos”.

O novo modelo não altera os projectos em curso, mas sim dota os mesmos de maior estabilidade, disciplina de capital e alinhamento estratégico, abrindo portas, simultaneamente, para novas geografias de investidores.

A transformação foi acompanhada por parceiros especializados nas áreas jurídica (EY Law), fiscal (PWC e EY) e de governance e trata-se de um ponto de viragem na trajectória de crescimento do Grupo de empresas AM48, reforçando o posicionamento do mesmo como uma plataforma de investimento robusta.

“Este é um passo decisivo no processo de transformação estratégica da AM48. Estruturamo-nos como um grupo de empresas que está preparado para gerir e potenciar activos imobiliários com elevados padrões de rigor e eficiência, em linha com as melhores práticas do sector financeiro e imobiliário internacional,” Esta transformação representa o início de uma nova era para o Grupo AM48. Estamos a construir uma organização com visão estratégica, preparada para competir e crescer num mercado cada vez mais exigente, com independência, inovação e responsabilidade,” afirma Francisca Martins, administradora do Grupo AM48.

“Com esta nova estrutura, entramos num novo ciclo de crescimento sustentado. Alinhamos a nossa organização com os modelos de actuação dos grandes Grupos internacionais, posicionando-nos como uma plataforma de investimento altamente qualificada, transparente e capaz de gerar valor com segurança,” reforça o novo presidente do Conselho de Administração do Grupo AM48, Leandro Silva.

Esta transição, a que deu origem uma nova estrutura de governance, contou com uma equipa multidisciplinar, coordenada e liderada por Alejandro Martins, e de profissionais internos e externos, altamente empenhados e especializados, que irão assegurar a continuação da visão estratégica e a consolidação do novo ciclo do Grupo.

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“Estabilização da actividade global” e “escassez de mão de obra” são tendências do sector

Inquérito AICCOPN à Situação no Setor da Construção Civil e Obras Públicas revela aqueles que são as principais preocupações do sector: “escassez de mão de obra” e “preço das matérias-primas”, numa altura em que vários dos indicadores de actividade estabilizam em alta

O inquérito AICCOPN junto dos empresários do sector revela que, no 1.º trimestre de 2025, 63% das empresas do sector da Construção Civil reportaram uma estabilização da actividade global. Este valor traduz um ligeiro aumento face aos 60% registados no último trimestre de 2024. Adicionalmente, cerca de 30% das empresas manifestaram uma perspectiva mais positiva, assinalando um crescimento da actividade, uma proporção muito próxima dos 29% verificados no trimestre anterior.

Apesar deste enquadramento, o sector continua a enfrentar obstáculos estruturais relevantes. A escassez de mão de obra especializada permanece como o principal constrangimento, apontado por 86% das empresas do segmento das obras privadas e por 75% das empresas de obras públicas. Trata-se de um problema persistente e transversal a todo o sector, comprometendo a capacidade de resposta das empresas e dificultando o decurso da sua normal actividade.

O preço das matérias-primas constitui outro factor de pressão, sendo identificado como um entrave por 39% das empresas do segmento das obras privadas. Os preços anormalmente baixos também continuam a afectar significativamente o sector, sendo referidos por 32% das empresas que operam em obras públicas.

Construção em trajectória de crescimento no Início de 2025

As preocupações dos empresários surgem numa altura em que o sector da construção tem vindo a revelar sinais consistentes de crescimento em múltiplos indicadores de actividade. De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo INE, o Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um crescimento de 1,6%, no 1.º trimestre de 2025, após uma variação de 2,8% no trimestre anterior. Este resultado reflecte um abrandamento do consumo privado, bem como uma desaceleração das exportações de bens e serviços.

No mercado imobiliário, destaca-se o crescimento expressivo da área licenciada pelas autarquias nos primeiros dois meses de 2025, com variações homólogas de +28,3% nos edifícios habitacionais e
+17,6% nos edifícios não residenciais. No mesmo período, o número de fogos licenciados em construções novas ascendeu a 6.641, representando um aumento de 28,3% face aos 5.176 registados nos dois primeiros meses de 2024, ou seja, mais 1.465 habitações.

No que diz respeito ao Índice de Custos de Construção de Habitação Nova, no mês de Fevereiro de 2025, registou-se um crescimento de 3,1%, em termos homólogos, resultante da estabilização da componente dos materiais e de um aumento de 6,9% na componente referente à mão de obra.
De acordo com dados do Banco de Portugal, em Março, o montante de crédito às empresas do sector da construção aumentou 3,8% face ao mesmo mês de 2024, totalizando 6,5 mil milhões de euros, em contraste com a redução de 0,1% observada no stock de crédito total. No mesmo período, o crédito vencido registou uma diminuição de 18% no sector da construção, bastante superior à contracção de 6,8% verificada no total da economia, o que evidencia uma melhoria significativa na qualidade do crédito associado ao sector.

No mercado das obras públicas, até ao final do mês de Março de 2025, apesar da redução de 28% no montante das empreitadas promovidas, observa-se um acréscimo de 62%, em termos homólogos e temporalmente comparáveis, no montante dos contratos de empreitada celebrados e registados no Portal Base, que totalizaram 1.301,6 milhões de euros.

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos

Percorremos milhares de páginas em torno das medidas mais concretas que os partidos, pelo menos aqueles com assento parlamentar na última legislatura, defendem na área do investimento público. A habitação domina, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 2025

Duas moções de censura rejeitadas, o sinal de desconfiança numa moção de confiança, os avanços e recuos em torno dos esclarecimentos sobre a Spinumviva e voilá. Estão reunidos os ingredientes perfeitos para as terceiras eleições legislativas no espaço de três anos. Nesta fase, pouco caberá discutir se havia ou não razões para chegarmos a este ponto. As eleições estão agendadas e os partidos com assento parlamentar apresentaram os programas eleitorais que vão sujeitar ao escrutínio dos portugueses no próximo dia 18 de Maio. Pelo meio, os entraves próprios de um executivo em gestão e a forma como lida com investimento publico que fica congelado e com a execução do Plano de Recuperação e Resiliência que, antes da queda do Governo já estava com os prazos esmagados e melhor não ficou com a dissolução da Assembleia.

AD
PSD e CDS voltam a concorrer coligados, agora sem a companhia do Partido Popular Monárquico e, no essencial, mantêm a linha que vinham seguindo e que já tinham proposto nas últimas eleições. Desde logo a aposta num país mais competitivo, moderno e atractivo, apostando “na construção de mais habitação, flexibilizando regras e incentivando a reabilitação urbana, com mais casas públicas e financiamento municipal”. “Investi¬mos em infraestruturas estratégicas, como o grande programa de gestão de água, essencial para o consumo, agricultura e indústria”, pode ler-se. A Aliança Democrática propõe-se execu¬tar 59 mil casas públicas a preços acessíveis e disponibilizar financiamento para mais projectos municipais, num universo global não quantificado. O programa eleitoral da AD tem a particularidade de reassumir algumas das linhas que o Governo vinha assumindo, não sendo por isso de estranhar que, em muitas das alíneas que constam no documento, o tempo verbal usado seja o pretérito perfeito e não o futuro. Falamos, nomeadamente, da “flexibilização das limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluin¬do construção em altura) e exigências e requisitos construtivos, bem como a possi¬bilidade de aumento dos perímetros urbanos, garantindo uma utilização do território de forma sustentável e socialmente coesa e harmoniosa para garantir acesso à ha¬bitação” ou mesmo na área da coesão do território, onde a AD recorda que “assinámos contratos para construção de 124 novos centros de saúde e requalificá¬mos 347 unidades já existentes, com investimentos de 272,8M€ e de 274,9M€, respe¬ctivamente” ou as “26 escolas no Norte e Algarve através do PRR”. Pelo meio, a AD reitera a importância da “aplicação de IVA à taxa mínima de 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação, com limite de incidência no valor final dos imóveis, e alargamento da dedutibilidade. Na agenda, consta também “continuar o investimento público directo na criação e requalificação de alojamento para os estudantes do Ensino Superior, através da construção de novas residências (utilizando o Plano de Recuperação e Resiliência e o PT 2030), bem como realocando e recuperando para esta função edifícios devolutos do Estado” ou “contratualizar com autarquias locais, instituições sociais e investidores privados a construção de residências estudantis, com custos acessíveis para os Estudantes”.

PS
Em relação ao Partido Socialista, o contexto em que decorrem estas eleições tem a particularidade de colocar os partidos a apresentar medidas ou a inaugurar obras propostas pelo executivo anterior. Veja-se, por exemplo, a área dos transportes, onde o PS propõe “o planeamento de longo prazo nas infraestruturas de transportes como essencial, desde logo, pelo tempo que demora entre o momento da decisão e a conclusão das obras, e pelos avultados investimentos que lhes estão associados. Além da rede ferroviária pesada, os sistemas de transporte metropolitano, os Metros, integram o primeiro nível de estruturação da rede de transportes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto (AML) e (AMP). Tanto o Metropolitano de Lisboa como o Metro do Porto têm em curso obras de construção de novas linhas ou prolongamento das existentes. Em Lisboa, o Metro vai chegar à Estrela, a Santos, a Campo de Ourique e a Alcântara. Para Odivelas e Loures, está prevista uma nova linha de Metro Ligeiro. A sul do Tejo, planeia-se o alargamento do Metro Ligeiro até à Costa da Caparica e Trafaria. Todas estas linhas e prolongamentos têm sido, no entanto, planeadas de forma isolada, sem uma visão de rede para a AML. “Isto contrasta com o que se passa na AMP. No caso do Metro do Porto, estão em construção novas linhas na Baixa do Porto e entre o Porto e Gaia que estavam planeadas desde o início do sistema, que incluía também os outros prolongamentos que já estão em estudo”, lê-se. A habitação é também uma das prioridades do Partido Socialista, que se propõe a “criar instrumentos permanentes de financiamento da construção de habitação pública, especialmente dirigida à classe média, jovens, trabalhadores deslocados e estudantes do ensino superior, ampliando as soluções já postas em prática pelo Partido Socialista, criando uma dotação anual, financiada por parte dos dividendos da CGD, destinada à promoção e manutenção de habitação pelas autarquias”. “Não há soluções únicas nem milagrosas para responder à crise da habitação, mas há um caminho claro: assumir a habitação como desígnio colectivo, com contributo do Estado, sector privado e cooperativo; assumir que é um direito de todos – não só dos mais carenciados, mas também da classe média, hoje igualmente excluída. Cabe ao Estado agir com coragem, escala e visão de futuro para responder àquele que é hoje o maior desafio nacional”, pode ler-se no documento que propõe “o reforço do parque habitacional público é a medida mais importante para ultrapassar a crise da habitação, não só para assegurar respostas acessíveis, mas também para, no conjunto da oferta, contribuir para a regulação dos preços”. Neste domínio, o PS propõe igualmente promover “a reorientação das entidades promotoras de políticas de habitação, nomeadamente o IHRU e a Construção Pública, no que respeita à respectiva autonomia e à valorização dos recursos humanos”. “O País já construiu mais de 120 mil casas por ano”, recorda o partido liderado por Pedro Nuno Santos, que sublinha, de igual modo que “actualmente, constrói cerca de 30 mil. Portugal tem capacidade para fazer mais apostando também na industrialização e em métodos construtivos mais rápidos e sustentáveis. Para reforçar o sector da construção, o PS vai assegurar a integração de soluções de habitação acessível no licenciamento de novos projectos, nomeadamente através do aumento da capacidade construtiva e da introdução, em articulação com as autarquias, de uma quota mínima de fogos a afectar a arrendamento habitacional a custos acessíveis ou habitação a custos controlados nos novos projectos. O PS propõe também promover a industrialização do sector da construção e a construção verde, sustentável e projectos de eco-design, através de um quadro legal e concursal capaz de dinamizar o sector; estimular a digitalização dos sectores da Arquitectura, Engenharia, Construção e de Gestão ao longo do ciclo de vida de um Projecto ou, com data definida, concretizar até 2026 o Código da Construção.

Chega
Dos últimos a apresentar ao seu programa eleitoral, o Chega mantém incontornável a orientação em torno da habitação, defendendo a adaptação do Programa Nacional de acesso à primeira Habitação Jovem, ultrapassando as actuais limitações tais como: que sejam elegíveis ao apoio casais com um adulto com mais de 35 anos, que seja financiada a aquisição de terrenos mistos (urbano e rústico) e contemplado o investimento extra para requalificação de imóveis devolutos. O partido de André Ventura propõe Incentivar a construção e reforma urbana, promovendo-se o aumento significativo da oferta, que passa não só pela construção de novos imóveis e reabilitação do edificado existente, mas também pela resolução de desafios estruturais como a falta de mão-de-obra qualificada e a elevada burocracia nos processos de licenciamento e urbanismo, do mesmo modo que pretende proceder a uma reforma legislativa que assegure estabilidade e segurança jurídica, garantindo um quadro normativo claro e coerente, que permita uma resposta eficiente às necessidades habitacionais do país, nomeadamente, a implementação de políticas consistentes e de longo prazo para atrair capital nacional e estrangeiro, essencial para dinamizar o sector e aumentar a oferta habitacional. Não é, igualmente, de estranhar que a questão imigratória tenha uma linha no capítulo da habitação, naquela que é uma tónica da acção ideológica do Chega. Segundo o partido de André Ventura, “a política de imigração descontrolada agravou significativamente a crise habitacional, contribuiu para um aumento exponencial da procura, para a sobrelotação de habitações e consequentemente para o aumento desproporcional dos custos no mercado”. Pelo meio, o Chega propõe “estimular e incentivar a construção de habitação acessível por meio de parcerias entre o sector público e privado, utilizando terrenos públicos com concessão de 90 anos e estabelecendo rendas a custos controlados”.

IL
Tirando raras excepções, o que em muitos casos sobra em ideias genéricas falta em medidas mais concretas. É, de certa forma, o caso da Iniciativa Liberal que, no programa que preparou para as legislativas de 2025, espera “recuperar a confiança no mercado de arrendamento” e “aumentar a oferta de construção”. Para isso, o partido liderado por Rui Rocha defende que para aumentar a oferta de habitação, “é essencial disponibilizar mais terrenos para construção e maximizar a sua utilização, nomeadamente através da construção em altura, sempre em respeito pelos Planos Directores Municipais (PDM). Esta abordagem deve não só ser contemplada, como também incentivada na redacção deste Código”, sendo que para isso é importante promover “parcerias público-privadas com projectos habitacionais mistos (arrendamento acessível e mercado livre)”. A Iniciativa Liberal, ao contrário daquelas que têm sido as posições assumidas pelos Governos nos últimos anos, acredita que o mercado de arrendamento impulsiona-se com medidas de índole positiva e incentivadoras da disponibilização do património e não com medidas impositivas ou castradoras de oferta nas suas diferentes gamas. De resto, a IL pretende criar um regime de pré-licenciamento urbanístico automático para projectos de construção em áreas de elevada procura definidas no PDM, com requisitos pré-definidos e fiscalização rigorosa, simplificar a legislação de arrendamento e os processos de licenciamentos municipais e simplificar o quadro regulamentar e eliminar normas desnecessárias que encarecem a construção e facilitam a corrupção. O partido de Rui Rocha propõe igualmente Reformar a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, assim como “adoptar um modelo digital de submissão e avaliação de pedidos, com prazos vinculativos para resposta, para evitar atrasos injustificados”.

Bloco de Esquerda
Invariavelmente, o Bloco de Esquerda também aponta baterias à questão da habitação, mas numa perspectiva algo distinta. Para este colectivo, tão importante quanto a construção de habitação pública é o limite de rendas no património que existe. “Temos sido o país da zona euro com maior aumento de preços da habitação e somos um dos países do mundo onde as casas são mais caras. O preço da habitação é uma condenação dos jovens e uma angús¬tia para os mais velhos e está a empobrecer a maioria”, pode ler-se no programa do Bloco, para quem “mudar de vida é ter uma casa decente e que o salário a possa pagar. Vamos estabelecer um tecto nas rendas, ou seja, valores máximos de acordo com a localização e as características dos imóveis; parar a construção de hotéis; reduzir o alojamento local onde o turismo é excessivo; acabar com os vistos gold e construir casas públicas para baixar os preços”. “O Bloco luta para garantir serviços públicos de qualidade na habitação, saúde, educação, transportes, transição energética e combate à poluição fóssil”, pode ler-se no programa do Bloco que será sufragado a 18 de Maio.

PCP
O caminho da alternativa que é definido pelo PCP traça-se não apenas ao nível da primeira habitação como para o alojamento. No programa pode ler-se que “no Ensino Superior e na Ciência é decisivo garantir o acesso de todos os estudantes, eliminando as propinas de todos os ciclos e reforçando a acção social escolar, designadamente no alojamento, concretizando, a partir de edifícios públicos já existentes e de construção nova, a abertura de 30 mil novas camas públicas nos próximos 3 anos. Para os comunistas, o direito à habitação está hoje comprometido. A resposta a esta necessidade exige um forte e permanente investimento em habitação pública, concretizado com a mobilização de fundos públicos, com o valor anual de 1% do PIB, canalizado para as necessidades de construção, reabilitação e manutenção a concretizar no quadro de um Programa Nacional de Habitação, a criar, que contribua para alargar o arrendamento de carácter social e a custos acessíveis dirigido a diversas camadas da população. Entretanto são necessárias medidas imediatas para fazer baixar o valor das rendas – com a fixação de valores máximos das rendas em contratos em vigor e novos contratos, a revogação da “Lei dos Despejos”, a estabilidade dos contratos fixando em 10 anos o período mínimo para a sua duração. Os comunistas procuram alargar a oferta de habitação pública e de habitação a custos controlados mobilizando património público para fins habitacionais, apoiando o movimento cooperativo; criando programas de residências universitárias com construção a custos controlados de acesso gratuito, dotar o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) de meios necessários e equipas técnicas, bem como requalificar o parque habitacional que é sua propriedade. A questão do modelo em que a construção deve ser desenvolvida está também nas linhas programáticas do PCP, nomeadamente ao nível das grandes infraestruturas, que para os comunistas “têm de ser integradas, garantindo a sua natureza e gestão públicas, numa visão de médio e longo prazo do desenvolvimento e incorporação de produção nacional. O Plano Nacional de Investimentos PNI2030 deve ser redefinido para dele excluir em definitivo o recurso ao modelo das PPP”

Livre
Do lado do Livre, liderado por Rui Tavares, surge a intenção de garantir o direito à habitação (prioridade à publica e cooperativa), criando o serviço nacional de habitação, estipulando o objectivo de alcançar 10% de habitação pública até 2040, constituindo um fundo para as políticas para a habitação pública (atribuir 1.000 milhões de euros anuais para a habitação pública para alcançar 600 mil fogos de habitação social e arrendamento acessível), implementando e alargando a Nova Geração de Cooperativismo para a Promoção de Habitação Acessível, reabilitando o parque imobiliário público, aumentando as vagas em residências de estudantes, criando o Balcão da Habitação e reforçando o IHRU. O Livre defende igualmente o combate à especulação imobiliária, revogando as alterações ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) – a chamada lei dos solos-, implementando uma política fiscal na habitação (através do aumento do imposto sobre mais-valias considerando 100% do valor para englobamento para venda de segundas habitações por mais de 250 mil euros e ainda através da proibição de compra de casas de férias por cidadãos não residentes em Portugal durante cinco anos). Neste ponto, o Livre quer ainda restringir e limitar a renovação de licenças de Alojamento Local (AL) em áreas com forte pressão turística, rever o estatuto de benefícios fiscais para imóveis e reformular o cálculo do IMI reduzindo para habitação permanente e aumentando para imóveis devolutos.

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Ricardo Batista

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Nova Placa GYPCORK Protect

A Solução Gyptec que traz Conforto e Eficiência à sua obra.

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No Grupo Preceram, a inovação contínua e a procura por soluções que respondam eficazmente aos desafios da construção e reabilitação modernas são mais do que um objetivo – são o nosso ADN. O setor exige, cada vez mais, materiais que combinem desempenho técnico superior, sustentabilidade e eficiência em obra.

É com entusiasmo que apresentamos a mais recente resposta da Gyptec Ibérica a estas preocupações, lançada oficialmente na recente edição da Tektónica 2025, a placa GYPCORK Protect.

Esta nova solução representa uma evolução significativa em relação à placa Gypcork comercializada desde 2012 e já reconhecida no mercado pelas suas propriedades de isolamento térmico e acústico conferidas pela incorporação de cortiça.

 

A nova GYPCORK Protect eleva o desempenho a um novo patamar ao incluir a placa de gesso de alto desempenho Gyptec Protect, desenvolvida para responder a requisitos técnicos mais exigentes, como sejam os da aplicação em fachadas: resistência mecânica, proteção à humidade e ao fogo.

A placa Protect, composta por gesso no seu interior tratado com agente hidrorrepelente para diminuir a absorção de água, é revestida com uma tela especial em fibra de vidro em vez do tradicional papel, o que lhe confere uma excelente resistência à humidade e classificação de reação ao fogo A1.

Sendo uma solução dois-em-um, que alia revestimento a isolamento complementar contínuo que minimiza as pontes térmicas da estrutura de suporte, a GYPCORK Protect simplifica a aplicação em obra, poupando tempo e recursos. Ao incorporar cortiça, um recurso natural, renovável e português, a GYPCORK Protect é uma escolha consciente para projetos que valorizam a construção sustentável.

 

A relevância técnica da GYPCORK Protect é sublinhada pela sua integração como componente no SKINIUM The Wall System, um sistema construtivo completo para fachadas exteriores, igualmente apresentado na Tektónica 2025. Este sistema, que redefine a “pele” dos edifícios, resulta de uma parceria entre empresas de referência nos seus setores: PERFISA (estruturas em aço leve), GYPTEC e VOLCALIS (placas de gesso e lã mineral, Grupo Preceram), AMORIM CORK SOLUTIONS (cortiça) e MAPEI (argamassas e produtos químicos para construção). O SKINIUM visa oferecer uma solução de fachada leve, modular, sustentável, de montagem rápida e com elevado desempenho global.

O reconhecimento desta abordagem integrada e inovadora materializou-se na distinção atribuída nos Prémios Inovação Construção Tektónica 2025.

 

 

Com o lançamento da GYPCORK Protect, a Gyptec Ibérica procura disponibilizar ao mercado da construção e reabilitação uma solução tecnicamente avançada, que contribui para a melhoria do desempenho, do conforto e da segurança dos edifícios, alinhada com as práticas de construção mais eficientes e sustentáveis.

Convidamo-lo a descobrir como a GYPCORK Protect pode valorizar os seus próximos projetos.

Consulte as características técnicas e documentação em: Placas Compostas

 

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Gaia avança com a requalificação da Praceta 25 de Abril por 1,5M€

A intervenção tem uma duração prevista de 15 meses e visa a requalificação do espaço público. Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição

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Arrancam esta terça-feira os trabalhos de requalificação da Praceta 25 de Abril, em Gaia, um investimento estimado em aprocimadamente 1,65 milhões de euros.

A intervenção tem uma duração prevista de 15 meses e visa a requalificação do espaço público. Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição, e integrando, ainda, a praceta no centro cívico, através do desenvolvimento da relação com a Avenida da República.

Durante o período da obra, será garantido o acesso pedonal à galeria, bem como o acesso de veículos de emergência e de veículos para cargas e descargas. Acreditando que será para um futuro melhor, a Câmara Municipal de Gaia agradece a compreensão de todos para os eventuais transtornos decorrentes desta intervenção.

“Num espaço que apresenta, atualmente, um conjunto de debilidades, de ordem construtiva e de relação com a envolvente, esta obra procurará, igualmente, garantir as melhores condições de segurança de modo a abrir este espaço ao Centro Cívico Municipal. Neste contexto, a intervenção incluirá a requalificação do espaço da praceta, a correção das patologias existentes, a integração do espaço no Centro Cívico, a articulação ao nível funcional, espacial, e dos materiais, bem como a continuidade entre os vários espaços”, informa a autarquia, em comunicado.

“Pretende-se criar um espaço de vivência e de estadia das pessoas, dotando a praceta de uma área pública renovada, que funcionará como um elemento de transição, e integrando, ainda, a praceta no Centro Cívico, através do desenvolvimento da relação com a Avenida da República”, salienta o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues.

A requalificação implicará um investimento de 1,65 milhões de euros e tem como “grande objetivo aumentar o polo de maior centralidade da cidade”.

“A partir do momento em que a Rua Álvares Cabral se transformou numa rua pedonal, em que crescemos com a ‘Praça’ para as traseiras da Câmara Municipal, faz todo o sentido que integremos toda esta área num espaço comum, de convívio, com uma disponibilidade maior para a fruição”, justifica o autarca.

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Quatro cenários para o BRT da A5

As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído apontando quatro opções de percurso

Ao longo dos últimos meses a hipótese de construção de um Bus Rapid Transit, ou BRT, que ligue os municípios de Cascais e Oeiras ao centro da cidade de Lisboa, tem sido apontado como uma solução para contornar os problemas de tráfego que milhares de pessoas sofrem diariamente sem outra solução que não seja a A5, a marginal ou a linha de caminho de ferro da CP.

Mais do que uma ideia, a infraestrutura integra as diferentes estratégias de mobilidade urbana de ambos os concelhos da área metropolitana de Lisboa. De acordo com uma publicação do município de Cascais “os estudos já realizados, enquanto solução de transporte mais próximo das residências dos cidadãos e com um acesso directo ao centro de Lisboa, a criação dos BRT seria uma forma de responder às necessidades proporcionando um aumento da oferta do transporte público e, ao mesmo tempo retirando pressão às actuais ligações a Lisboa (A5, marginal e linha de comboio)”.

Numa conferência sobre mobilidade realizada no final de Abril o presidente do munício de Cascais, Carlos Carreiras, sublinhou que “Cascais e Oeiras estão alinhados numa estratégia comum, que é a solução BRT na A5”, sublinhando que a solução iria resolver o problema de coesão do território e os congestionamentos na A5, principal acesso rodoviário que mantém as características iniciais, não obstante o crescimento da população nos dois concelhos. Por dia perto de 100 mil veículos usam esta via, sendo uma das que regista maior tráfego a nível nacional.

As vias para chegar a Lisboa
Um estudo de viabilidade preliminar para introduzir um corredor de BRT entre Cascais e Lisboa, atravessando o município de Oeiras, considerou quatro cenários, os quais acompanham os dois traçados já existentes e que fazem a ligação a Lisboa: a A5 e a linha de caminho de ferro, junto à costa.

O primeiro cenário proposto não é bem um BRT mas considera “a oferta de transporte público rodoviário em torno do corredor da Linha de Cascais, com paragens junto às estações de comboio”. Num segundo cenário, foi estudada a viabilidade de criação de um canal BRT a terminar em Sete Rios, acompanhando a A5 e IC15 de Cascais até Lisboa, passando por Oeiras. Neste caso, e de acordo com a notícia do jornal municipal de Cascais, o estudo considera a manutenção da Linha de Cascais com o reforço da sua vocação turística.

A terceira hipótese estudada propõe a criação de um BRT até à Gare do Oriente que, à semelhança da anterior utiliza o corredor A5/IC15 de Cascais, passando por Oeiras, até Lisboa, “sendo que os serviços com origem em Cascais passam a ter acesso directo ao Colégio Militar / CC do Colombo, Campo Grande, Aeroporto e Gare do Oriente”. Tal como no outro cenário a Linha de Cascais viria reforçada a sua vocação turística.

Por último, foi considerada também de criação de um BRT no espaço da Linha de Cascais, em substituição do serviço ferroviário.

Segundo a mesma notícia entre as opções mais viáveis em termos de custo/benefício estará a opção de criação de BRT até à Gare do Oriente, desde que o novo corredor inclua a oferta de um “bom” serviço de transporte público aos parques empresariais de ambos os concelhos. Este cenário iria ainda beneficiar “do corredor de transporte público em sítio próprio que está a ser pensado pela câmara municipal de Lisboa para a 2.ª Circular. Este cenário é o que apresenta um maior potencial de procura, estimando-se que possa vir a transportar cerca de 23,9 mil passageiros por dia.

 

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Credito imagem Nuno Moreira. Modulo Residência de Estudantes
Construção

De Veneza a Milão: Dois eventos, uma visão transformadora

O dstgroup, presidido por José Teixeira, pretende marcar uma presença disruptiva e estratégica na Bienal de Arquitectura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como dinamizador de um novo pensamento internacional para o sector da construção

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Com participação nestes dois eventos, a Bienal de Veneza que inaugura este Sábado, dia 10 de Maio, e a Trienal de Milão que abre três dias depois, o grupo português propõe uma nova cultura construtiva, com ambição de manifesto europeu, inspirada num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária.
Na Bienal de Arquitectura de Veneza, o dstgroup apoia o projecto “Obra Aberta” da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.

Trata-se de uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, onde o restauro de uma estrutura existente, um altar do século XVIII, se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração. O trabalho de restauração ocorrerá dia após dia, sob os olhos do público. Além disso, um papel especial foi reservado à música: muitos espaços serão dedicados a jovens músicos de Veneza e de todo o mundo que visitarão o Pavilhão

Esta presença liga-se à encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e convoca uma “nova inteligência colectiva” sobre os lugares que habitamos.

Três dias depois, a 13 de Maio, o dstgroup apresenta na Trienal de Milão, dois módulos de construção industrial integrados na exposição “Inequalities” da Fundação Norman Foster.
Estes protótipos traduzem um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitectura de autor.

“Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o sector da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitectura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social”, defende José Teixeira.

Reusar. Reconciliar. Reimaginar
A presença do dstgroup nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: “reusar”. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído, física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano.

Ao contrário da estandardização despersonalizada, o modelo industrial do dstgroup propõe uma “nova gramática” da construção: modular, acessível, rápida, mas profundamente humana e estética, ou seja, uma abordagem revolucionária que reconcilia eficiência e beleza, escala e singularidade, acessibilidade e excelência.

“Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários”, destaca José Teixeira. Esta visão, já em desenvolvimento no campus do dstgroup em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma microcidade, o Living Lab, posiciona o dstgroup como referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos.

A Fundação Norman Foster, liderada por Norman Foster, foi convidada a participar na Trienal devido ao seu compromisso com a promoção do pensamento e da investigação interdisciplinar, ligando arquitectura, design, tecnologia e artes para melhor servir a sociedade. Entre as exposições de destaque organizadas pela fundação estão a Exposição Osvaldo Borsani na Trienal de Milão (2018), Motion. Autos, Art, Architecture no Museu Guggenheim (2022), e a Exposição Norman Foster no Centre Pompidou (2023).

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As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530

Em véspera do País ir a votos, o CONSTRUIR olhou para as linhas fortes dos programas eleitorais em matéria de investimento público. O renovado Pavilhão de Portugal, a edição deste ano da Open House Lisboa e o novo projecto da Krest em destaque nesta edição. Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 530 e no Suplemento ReCONSTRUIR

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Muitos chavões, poucas medidas. Programas eleitorais para todos os gostos
Percorremos milhares de páginas em torno das medidas mais concretas que os partidos, pelo menos aqueles com assento parlamentar na última legislatura, defendem na área do investimento público. A habitação domina, como seria de esperar, mas estranhamente não há muitos números para apresentar, com metas e orçamentos estimados. A simplificação administrativa também domina os programas para as legislativas de 2025

Os cenários para a BRT da A5
As autarquias de Cascais e Oeiras querem criar um Bus Rapid Transit (BRT) que ligue ambas as autarquias ao centro de Lisboa. A ideia não é nova, mas o primeiro estudo está concluído


Espaços “visíveis e invisíveis” do Open House 2025

“A Invenção de Lisboa” convida a uma reflexão sobre a cidade que se habita e se vive, mas também sobre tudo o que está por trás desta. A 14ª edição terá lugar nos dias 10 e 11 de Maio

“Não temos de estar, podemos criar a localização”
Entre a Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O ‘Arcoverde’ deverá começar a ser construído ainda este ano e o CEO da promotora explica a estratégia do grupo

SUPLEMENTO ReCONSTRUIR
A vida regressa ao Pavilhão de Portugal

Concebido por Álvaro Siza Vieira para a Expo 98, o Pavilhão de Portugal é um marco da arquitectura portuguesa, prémio Valmor em 1998, cuja reabilitação, concluída em 2025, marca um novo capítulo na história deste ícone. Agora, sob a alçada da Universidade de Lisboa, irá celebrar-se a ciência e a inovação. A sua transformação em centro de congressos, exposições e espaço de divulgação científica foi liderada por Siza Vieira, cuja visão criativa preservou a essência do edifício enquanto o adaptou às exigências contemporâneas

M’AR De AR Auria a síntese entre hospitalidade e a Reabilitação Urbana de Lisboa
Inaugurado no final de 2024, este hotel boutique no coração de Arroios não é apenas um refúgio para viajantes, mas também um símbolo do poder transformador da reabilitação urbana, revitalizando um bairro e contribuindo para redefinir os padrões do turismo sustentável em Portugal

Rebuild 2025 posiciona-se como “capital europeia” da construção industrializada
A industrialização como forma de resolver os actuais desafios sociais, climáticos e sectoriais foi a “espinha dorsal” do Congresso de Arquitectura e Construção Avançada 4.0, um dos pontos altos da feira, do que resultou o “compromisso” de um sector “mais industrializado, circular, digitalizado, adaptado ao meio ambiente e às alterações climáticas”. Estas serão as ferramentas para dar resposta à falta de habitação acessível e concretizar a necessária reabilitação energética do edificado existente. A próxima edição decorre de 24 a 26 de Março de 2026

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Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”

O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto e indica que segmento já representa cerca de 250 mil m2 de área ocupada em escritórios

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O segmento dos Flexspaces já representa cerca de 250 mil metros quadrados (m2) de área ocupada em escritórios, que por sua vez acolhe cerca de 31 mil trabalhadores. O estudo, lançado pela consultora B.Prime analisou centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto.

Segundo Carlos Oliveira, partner e head of Agency da B. Prime, “o crescimento acelerado dos últimos anos deste modelo de negócio deve-se essencialmente à rapidez da operacionalidade e à flexibilidade de prazos e usos. Se olharmos para outros mercados onde existem há mais tempo, podemos perceber que ainda há espaço para uma maior dispersão geográfica a nível nacional e para uma maior estratificação de conceitos”.

Neste estudo foram analisados centenas de espaços nas cidades de Lisboa e do Porto que em conjunto representam cerca de 250 mil m2. Em Lisboa este segmento acolhe cerca de 25.200 pessoas, enquanto no Porto são 5.500 trabalhadores que todos os dias trabalham em Flexspaces.

O aumento de espaços de Flexspaces encontra-se condicionado pela falta de oferta, mas ainda assim registou-se um aumento de stock que teve um forte impacto desde 2019, fruto da pandemia que impôs novas formas de trabalho. 2023 e 2024 foram os anos com um crescimento mais expressivo: 14% da totalidade de área colocada no mercado de escritórios de Lisboa estão afectos ao Flexspace. Já no Porto a abertura do LACS no Boavista Office Center foi o grande impulsionador.

Quanto às áreas mais procuradas, tanto a Norte como a Sul, elas variam entre os 100 e os 500 m2, sendo que as várias soluções existentes no segmento de Flexspaces proporcionam espaços que podem variar entre escritórios mais informais ou mais corporativos, que permite total flexibilidade por parte das empresas e dos empresários.

Este segmento tem maior expressão em Lisboa com cerca de 205 mil m2 afetos ao Flexspace, enquanto a Norte a área ocupada é menor, mas tem registado um crescimento mais acelerado.

Por último e no que diz respeito aos espaços com critérios ESG – Environmental, Social e Governance, estes são cada vez mais determinantes na escolha final de um escritório e o segmento Flexspace não é excepção. 40% dos operadores inquiridos referem que a sustentabilidade é um dos factores mais relevantes no projecto que gerem.

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Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias

Estão a decorrer as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que este ano decorre de 3 a 5 de Junho

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Estão abertas, até ao próximo dia 12 de Maio, as candidaturas aos Prémios Portugal Smart Cities – António Almeida Henriques, iniciativa promovida pela Fundação AIP, no âmbito do Portugal Smart Cities Summit, que decorre de 3 a 5 de Junho na FIL, Parque das Nações.

Lançados em 2023, os Prémios têm como missão reconhecer e valorizar projectos que contribuem activamente para a construção de cidades mais inteligentes, sustentáveis, inclusivas e conectadas

Em 2025, o âmbito de participação foi alargado também a empresas, que nesta edição podem concorrer, tal como as comunidades intermunicipais, os municípios e as juntas de freguesia com projectos de inovação já implementados.

“Estes prémios assumem um papel estratégico ao reconhecer projectos que elevam a qualidade de vida nas cidades, valorizando o envolvimento activo dos municípios como motores da transformação urbana. Simultaneamente, destacam o papel fundamental das empresas na criação e implementação de soluções tecnológicas e sustentáveis, promovendo sinergias que podem servir de inspiração para outras regiões e acelerar a transição para cidades verdadeiramente inteligentes”, refere Ana Quartin gestora do evento.

Na edição deste ano estarão a concurso seis categorias: Neutralidade Carbónica; Mobilidade; Espaço público; Inclusão Social; Transformação Digital; e Reabilitação urbana sustentável e inteligente. As candidaturas devem ser submetidas através do site oficial do evento.

A avaliação será feita por um júri presidido pelo Professor Doutor Miguel de Castro Neto, director da NOVA IMS, e inclui especialistas de referência na área das Smart Cities. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 3 de Junho de 2025, durante o Portugal Smart Cities Summit.

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