Lisboa eleita a melhor cidade para trabalhar remotamente, à frente de Miami
Lisboa ocupa o primeiro lugar da tabela dos melhores locais para um nómada executivo viver. Esta é a conclusão do Savills Executive Nomad Index. Clima favorável e qualidade de vida são factores essenciais para a escolha da capital portuguesa

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À medida que a pandemia entra numa nova fase, com uma diminuição considerável das restrições que vigoraram nos últimos dois anos, o local de trabalho registou também uma mudança de paradigma: passou de um espaço de trabalho onde os colaboradores se sentam frente aos ecrãs para um novo modelo adaptável, que se centra na promoção da ligação humana, do bem-estar e da criatividade, gerando maior produtividade, novas oportunidades e novas experiências para os colaboradores.
No período pré-pandemia, Lisboa era já um destino de eleição para os nómadas digitais, atraídos pelo clima de sol e praia, associado a um custo de vida competitivo. Os novos dados do relatório da Savills demonstram igualmente que a capital portuguesa que apresenta níveis de poluição baixos, oferece também vantagens no que às acessibilidades e conexões de transportes diz respeito, com o Aeroporto de Lisboa muito próximo do coração da cidade.
“Os jovens profissionais alugam pequenos apartamentos no centro da cidade”, comenta Ricardo Garcia, residential director da Savills Portugal. “Por outro lado, as famílias procuram casas maiores em Lisboa ou Cascais, uma comunidade à beira-mar próxima das melhores escolas internacionais. Os empresários da área da tecnologia são também atraídos pelo estatuto florescente de Lisboa como um centro tecnológico. Os custos imobiliários são baixos e existe uma forte reserva de talentos locais, sendo que as empresas estão a mudar a sua sede para Portugal, estando a cidade a tornar-se cada vez mais internacional. Não vejo Lisboa ou Portugal a abrandar tão cedo”, sublinha o responsável.
Segundo o Savills Executive Nomad Index, existe outra região em Portugal que também dá cartas na realidade do trabalho remoto – o Algarve ocupa a 4ª posição, oferecendo muitos dos mesmos benefícios de Lisboa, nomeadamente o clima característico do sul de Portugal e as suas magníficas praias. O Index da Savills analisa e classifica 15 destinos para colaboradores que exercem funções de forma remota. Todos os que adoptam este modelo de trabalho usufruem de um programa de vistos de nómadas digitais ou, no caso dos EUA e países europeus, fazem já parte de um bloco económico que permite a livre circulação de pessoas para viver ou trabalhar.
“O nómada moderno executivo é proprietário de uma Villa no Algarve ou de um condomínio em Miami, assiste a chamadas Online a partir do seu home office e embarca num voo com destino a Londres, Nova Iorque, ou Genebra para participar na reunião trimestral de direcção”, refere Paul Tostevin, chefe da Savills World Research. “Desde que existam boas ligações em termos de viagens e que a Internet de alta velocidade seja fiável, os indivíduos e as famílias estão motivados para se relocalizarem e estão a priorizar a saúde, o bem-estar e o estilo de vida em geral”, acrescenta.
O panorama internacional
Em termos internacionais, Miami ocupa a 2ª posição deste ranking. O seu clima quente e as praias, atraem cada vez mais pessoas e fazem de Miami um apetecível destino de trabalho remoto nos EUA.
Já o Dubai, que regista o 3º lugar, está no topo do índice Savills no que respeita à conectividade aérea, alcançando mais de 100 países, com um total de mais de 240 destinos.
Mais uma vez um clima quente continua a ser um dos principais factores que levam à escolha de determinado local para viver. Prova disso é o 5º lugar ocupado por Barbados, destino que tem a Internet mais rápida das Caraíbas. Barcelona está em 6º lugar, beneficiando de uma forte conectividade global via aérea e ferroviária.
Este ranking termina com as Bahamas na 15ª posição com o clima, mais uma vez, a pesar bastante na escolha deste local.
“À medida que o local de trabalho evoluiu para um novo modelo mais flexível, os nómadas executivos estão a transformar o mercado de casas de férias ou segundas casas em mercados com uma duração anual. Alguns locais nas Caraíbas e no Mediterrâneo, assim como cidades como Lisboa, Miami e Dubai, oferecem uma óptima conectividade, climas favoráveis e uma elevada qualidade de vida”, conclui Tostevin.