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António Saraiva, presidente da CIP
A CIP – Confederação Empresarial de Portugal acaba de lançar, em parceria com a EY-Parthenon, o Projecto E+C – Economia Mais Circular. Trata-se do “maior e mais completo” estudo alguma vez feito em Portugal sobre este tema e será desenvolvido, em colaboração estreita com as empresas, ao longo de 12 meses. Além de fazer um levantamento da economia circular em Portugal – identificando as boas práticas já adotadas e os projectos em curso – o E+C procura estimular a adopão de uma metodologia de medição da circularidade nas empresas portuguesas amplamente testada a nível internacional.
A urgência da transição de uma Economia Linear para uma Economia Circular está bem patente no quadro das políticas nacionais e europeias, e é condição essencial ao crescimento sustentável, bem como a uma economia competitiva e neutra em carbono.
“O Plano de Acção para a Economia Circular foi a resposta nacional ao desafio europeu, no qual a CIP colaborou desde a primeira hora. Mas passaram mais de dois anos e os resultados deste Plano não são devidamente conhecidos. Falta claramente uma monitorização objectiva da situação nacional nestas matérias. Requerem-se métricas eficazes que demonstrem a evolução global e sectorial da circularidade da economia e permitam a identificação de constrangimentos e de oportunidades”, notou António Saraiva, presidente da CIP, que falava na conferência “Por uma Europa Verde – O contributo das empresas portuguesas”, promovida pela Confederação.
“Com esta iniciativa, pretendemos a entrada numa nova etapa que permita passar das intenções e das denúncias de insucessos à adopção de medidas concretas, medidas reconhecidas e devidamente estimuladas. É assim que tem de se actuar se quisermos acompanhar o esforço europeu e aproveitar plenamente as oportunidades que nos traz, também neste domínio, o Green Deal e o Plano de Recuperação para a Europa”, adiantou o responsável.
No encerramento da conferência, Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, recordou que 37% das verbas comunitárias, que no acumulado da década, representam mais de 45 mil milhões de euros para Portugal, têm de ser dedicadas ao objectivo da transição climática, com um foco muito grande na descarbonização, mas também na transição para uma Economia Circular.
“As empresas estão já a fazer os seus planos de transformação, o nosso sistema científico e tecnológico está a ser convocado para participar neste grande esforço de inovação. E esta conferência que a CIP realizou é um passo importante nesse sentido. Queria saudar particularmente o desenvolvimento de um sistema de monitorização e de avaliação das práticas das empresas nesta matéria, porque sem medirmos exatamente o que estamos a fazer, não conseguimos atingir os resultados a que nos propomos” sublinhou o ministro.
A Circulytics, uma metodologia desenvolvida pela Fundação Ellen MacArthur que ajuda a documentar os pontos fortes de uma empresa e a realçar as áreas a melhorar, foi a ferramenta seleccionada para suportar este estudo pioneiro em Portugal.
“Medir a progressão das economias em matéria de Economia Circular e de maturidade das empresas em termos de circularidade continua a ser um enorme desafio em todo o mundo, pelo que a democratização de ferramentas como a Circulytics é deveras importante”, referiu Hermano Rodrigues, principal da EY-Parthenon e responsável pela assessoria técnica de apoio à implementação do projecto.
“Se não formos capazes de medir as problemáticas em que queremos intervir, dificilmente conseguiremos saber onde estamos e decidir para onde queremos ir. Pelos indicadores indirectos de circularidade que existem disponíveis, Portugal tem ainda uma enorme margem de progresso na Economia Circular, podendo capitalizar enormemente o seu potencial para gerar resultados nas empresas e na sociedade. O projecto E+C vai certamente ajudar muito nesse processo”, enfatizou Hermano Rodrigues.