Presidente da APEMIP considera novo confinamento “tragédia” para o imobiliário
Luís Lima defende visitas por marcação prévia e alerta para os perigos de deixar vendas de imóveis em suspenso
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A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) declara que o impedimento à manutenção da actividade desta classe, derivado do novo confinamento decretado no passado dia 14, é uma tragédia para a mediação imobiliária.
O presidente da APEMIP, Luís Lima, afirma que o sector está “absolutamente solidário” com as acções do Governo para tentar travar a pandemia e compreende a necessidade de um novo confinamento decorrente do avançar do número de contágios e da asfixia do Sistema Nacional de Saúde, no entanto, defende que o acesso à habitação é também essencial aos cidadãos e à sobrevivência do imobiliário. Neste sentido, Luís Lima apela ao Governo uma revisão das excepções existentes para o enquadramento das actividades imobiliárias.“Não há nenhum motivo para não permitir que as empresas de mediação imobiliária continuem a fazer o seu trabalho. Podemos ter a porta fechada e funcionar com marcação, garantindo como temos feito até agora, o cumprimento de todas as regras de higiene e segurança. O teletrabalho não resolve o nosso problema e não temos ao nosso dispor alternativas como o take away. No imobiliário, o negócio é realizado com pessoas e implica visitas a imóveis. Os meios digitais não são suficientes para ultrapassar este obstáculo, pois ninguém compra uma casa sem a visitar presencialmente”, declara o representante das imobiliárias, que não compreende a diferença de tratamento entre sectores.
“Como é que comprar um automóvel pode ser considerado mais essencial que a compra ou arrendamento de uma casa? Não é uma questão de uns serem mais ou menos importantes que outros, mas sim de justiça. O nosso sector tem estado sempre do lado da solução, nomeadamente por via do apoio e promoção dos programas de habitação acessível promovidos pelo Poder Central e Autarquias. O imobiliário não pode continuar a ser o parente pobre da economia, sobretudo quando tem a relevância a que todos assistimos na anterior crise. Temos que lembrar que foi este sector que alavancou a recuperação económica?!”, questiona o presidente da APEMIP.
Luís Lima, alerta ainda para os perigos de deixar as imobiliárias de fora da lista de actividades permitidas. “Não faz sentido que os peritos avaliadores continuem a fazer avaliações, que os bancos continuem a fazer créditos, que os notários continuem a fazer escrituras, que os proprietários possam a título particular vender casas, que os construtores continuem a laborar e até a vender… estão a construir para quem, se a grande força de vendas está parada? Para além de que esta situação é um verdadeiro convite à mediação ilegal e à celebração de negócios em paralelo, para não falar dos perigos que representa a acumulação de stock no mercado imobiliário, que poderá resultar numa desvalorização forçada dos ativos”, acrescenta.