Presidente da APEMIP considera novo confinamento “tragédia” para o imobiliário
Luís Lima defende visitas por marcação prévia e alerta para os perigos de deixar vendas de imóveis em suspenso
CONSTRUIR
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) declara que o impedimento à manutenção da actividade desta classe, derivado do novo confinamento decretado no passado dia 14, é uma tragédia para a mediação imobiliária.
O presidente da APEMIP, Luís Lima, afirma que o sector está “absolutamente solidário” com as acções do Governo para tentar travar a pandemia e compreende a necessidade de um novo confinamento decorrente do avançar do número de contágios e da asfixia do Sistema Nacional de Saúde, no entanto, defende que o acesso à habitação é também essencial aos cidadãos e à sobrevivência do imobiliário. Neste sentido, Luís Lima apela ao Governo uma revisão das excepções existentes para o enquadramento das actividades imobiliárias.“Não há nenhum motivo para não permitir que as empresas de mediação imobiliária continuem a fazer o seu trabalho. Podemos ter a porta fechada e funcionar com marcação, garantindo como temos feito até agora, o cumprimento de todas as regras de higiene e segurança. O teletrabalho não resolve o nosso problema e não temos ao nosso dispor alternativas como o take away. No imobiliário, o negócio é realizado com pessoas e implica visitas a imóveis. Os meios digitais não são suficientes para ultrapassar este obstáculo, pois ninguém compra uma casa sem a visitar presencialmente”, declara o representante das imobiliárias, que não compreende a diferença de tratamento entre sectores.
“Como é que comprar um automóvel pode ser considerado mais essencial que a compra ou arrendamento de uma casa? Não é uma questão de uns serem mais ou menos importantes que outros, mas sim de justiça. O nosso sector tem estado sempre do lado da solução, nomeadamente por via do apoio e promoção dos programas de habitação acessível promovidos pelo Poder Central e Autarquias. O imobiliário não pode continuar a ser o parente pobre da economia, sobretudo quando tem a relevância a que todos assistimos na anterior crise. Temos que lembrar que foi este sector que alavancou a recuperação económica?!”, questiona o presidente da APEMIP.
Luís Lima, alerta ainda para os perigos de deixar as imobiliárias de fora da lista de actividades permitidas. “Não faz sentido que os peritos avaliadores continuem a fazer avaliações, que os bancos continuem a fazer créditos, que os notários continuem a fazer escrituras, que os proprietários possam a título particular vender casas, que os construtores continuem a laborar e até a vender… estão a construir para quem, se a grande força de vendas está parada? Para além de que esta situação é um verdadeiro convite à mediação ilegal e à celebração de negócios em paralelo, para não falar dos perigos que representa a acumulação de stock no mercado imobiliário, que poderá resultar numa desvalorização forçada dos ativos”, acrescenta.