Castanheira e Bastai requalificam Mercado de Oliveira Azeméis
O júri, liderado pelo vereador Hélder Simões, responsável pela pasta da gestão dos espaços e equipamentos municipais, destacou o facto de aquela ser uma “proposta perfeitamente integrada com a envolvente, quer em termos volumétricos quer em termos de linguagem de fachada
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A autarquia de Oliveira de Azeméis escolheu a proposta dos arquitectos Carlos Castanheira e Clara Bastai para a “Requalificação do Mercado Municipal e instalação de Estação Multimodal de Transportes” daquela localidade do distrito de Aveiro, proposta essa que se destacou entre os três projectos a concurso.
Proposta ”integrada”
O júri, liderado pelo vereador Hélder Simões, responsável pela pasta da gestão dos espaços e equipamentos municipais, destacou o facto de aquela ser uma “proposta perfeitamente integrada com a envolvente, quer em termos volumétricos quer em termos de linguagem de fachada. Apresenta-se a uma escala perfeitamente adequada e integrada à escala do edificado envolvente”. O júri explica que o projecto apresentado “soube manter presente as memórias do edificado arquitectónico do edifício existente, tão característico da época do regime, contudo perfeitamente conciliada com uma imagem de contemporaneidade. É um edifício bem distribuído em termos do seu conteúdo programático”. “Percebe-se perfeitamente a localização de cada uma das suas funções e a sua interligação e articulação com o espaço público envolvente”, assegura o júri. Ainda de acordo com o relatório da avaliação das propostas apresentadas, a ideia apresentada por Carlos Castanheira e Clara Bastai “apresenta uma solução que visa a revitalização e restruturação do conceito de Mercado Municipal, como polo de dinamização económica e cultural à escala das actuais necessidades. A solução proposta referente à instalação do Centro Multimodal de Transportes Públicos de Passageiros e ao Estacionamento Público, encontra-se devidamente equacionada em termos de localização, acessibilidade e funcionalidade, quer no apoio ao Mercado Municipal, quer para o público em geral”. Estão previstos, para além dos lugares de apoio à Mobilidade Reduzida, lugares de estacionamento para Táxis e E-bikes. “O edifício proposto representa sobriedade, simplicidade e contemporaneidade”, assegura o júri.
Pouca vivência
Os arquitectos explicam que “o edifício do Mercado Municipal e Salão Nobre de Oliveira de Azeméis é o que ocupa maior área no Centro da Cidade e é também o edifício com menor uso, ocupação e vivência”. “Embora o uso e ocupação do Mercado Municipal, desde há muitos anos, se limitar às quartas-feiras e sábados de manhã, durante muitos anos foi um pólo importante do abastecimento dos habitantes do centro da – então – Vila, mas também dos habitantes das freguesias limítrofes que não só se vinham abastecer como também vinham vender os seus produtos, particularmente os hortícolas. Para a dupla de arquitectos, do ponto de vista da funcionalidade, o Mercado Municipal existente peca por estar distribuído em três patamares de coras diferentes, adaptando-se à topografia do terreno, prejudicando a sua ocupação e as circulações de vendedores e de compradores. Neste sentido o mercado é extremamente disfuncional”, asseguram.
Reestruturação de funções
A pensar nisso, a proposta passa pela criação de condições para uma reestruturação das funções de Mercado Municipal de Frescos, numa visão actual e de acordo comas exigências de salubridade, higiene e métodos contemporâneos, sem esquecer as características e hábitos da população que ainda preserva a produção de bens essenciais por métodos tradicionais e biológicos. A ideia passa igualmente pela introdução de uma Estação Multimodal de Transportes, permitindo deste modo acessos fáceis e confortáveis ao mercado, mas também ao Centro. Segundo os autores da proposta vencedora, o objectivo passa por “revitalizar o belo espaço do Salão Nobre, dando-lhe uma ocupação ou função integrada não só no edifício de que faz parte mas também dinamizando o Centro ou Jardim Público”. “Apesar da necessária reestruturação e adaptação a uma contemporaneidade, pretende-se manter a memória da grande qualidade arquitectónica do Edifício, tornando-se no Edifício regenerador da renovação urbana, tão necessária em Oliveira de Azeméis.