Preços das casas já recuperaram impacto de 10 anos de inflação
Os preços da habitação em Portugal apresentam um ganho de 46% face a 2013, quando atingiram o seu ponto mais baixo

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Os preços das casas em Portugal terminaram 2018 no mesmo nível que estariam se a partir de 2007 tivessem evoluído ao ritmo da inflação, em vez de terem descido em resultado da crise das dívidas soberanas. Tal significa que em 2018 a subida dos preços das casas acabou por recuperar o efeito da inflação sentida desde 2008.
As conclusões são apuradas pela Confidencial Imobiliário (Ci) numa análise de projecção que relaciona a evolução do seu Índice Preços Residenciais (IPR) com o Índice de Preços no Consumidor (apurado pelo INE). O IPR é um indicador que acompanha a evolução dos preços efectivos de transação de habitação no país.
Assim, no âmbito desta análise, a Ci conclui que, caso, ao invés de terem caído, no final de 2007, os preços residenciais tivessem acompanhado a taxa de inflação, estariam no final de 2018 cerca de 12% acima daquele ano pré-crise, igualando a variação acumulada do IPR. Os preços habitacionais caíram fortemente (cerca de 21% entre 2007 e meados de 2013), mas a recuperação entretanto registada já compensou essa perda, fazendo com que (a nível nacional) estejam no final de 2018 no mesmo patamar que resultaria da sua projecção de 2008 até 2018 à taxa de inflação.
“O mesmo é dizer que o mercado, mais do que proceder à subida nominal dos preços, já recuperou da perda que teve em termos reais. Nessa medida, pode dizer-se que está totalmente recuperada a perda que a crise implicou em termos reais, dando espaço a uma perspectiva de maturidade do processo de recuperação”, comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.
Recorde-se que o preço de venda da habitação em Portugal (Continental) aumentou 15,4% em Dezembro de 2018 face a igual mês do ano anterior, conforme apurado no âmbito do Índice de Preços Residenciais. Em termos gerais, 2018 deu continuidade ao ciclo ininterrupto de cinco anos de valorizações homólogas (desde finais de 2013), o qual se intensificou fortemente desde meados de 2017, período a partir do qual os preços residenciais observam subidas homólogas superiores a 10%. Na sequência deste percurso de recuperação, os preços da habitação em Portugal apresentam um ganho de 46% face a meados de 2013, quando atingiram o seu ponto mais baixo, após seis anos de quedas sucessivas, iniciadas em finais de 2007.