Essentia: “Portugal está a viver um momento extraordinário”
A 1ª conferência internacional da Essentia ficou marcada certeza de que Portugal está a crescer mas tem ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito ao turismo e a sua sustentabilidade. Uma desafio que se coloca para esta geração
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Lisboa, o Porto e o país estão definitivamente na moda. Além do turismo e do investimento estrangeiro, a marca Portugal merece respeito e credibilidade além-fronteiras. Uma imagem que passa sem dúvida, por tudo aquilo que oferece: segurança, clima, estabilidade, hospitalidade e muitas outras características.
Numa iniciativa inovadora, a consultora Essentia, mostrou na sua primeira conferência internacional com o tema “Marcas Globais, Destinos de Turismo e Mercado Imobiliário… como fazer o melhor com este trio?”, que Portugal está no bom caminho como um destino turístico de excelência.
De facto, o esforço por melhorar as nossas cidades é visível. José Gil Duarte, Founder & CEO da ESSENTIA, revelou que se vive um momento extraordinário e que apesar de toda a pressão que isso possa causar, gera também inúmeras oportunidades. Referiu que o contributo do turismo para o PIB representava 7,8% em 2017 e que este sector apresentou uma evolução muito grande nos últimos anos. “A exposição do nosso país a nível internacional tem sido crescente, basta ver que em 2011 realizarem-se 19 grandes eventos internacionais e em 2015 passaram para 145. Só em chegadas ao aeroporto de Lisboa o aumento foi de 91,2%”. Para o responsável “é um desafio de geração!”.
Um crescimento na chegada de turistas a Portugal confirmado por Miguel Frasquilho, presidente do Conselho de Administração da TAP. Na sua apresentação revelou que o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, deve fechar o ano com 30 milhões de passageiros e um novo “recorde”. Para o próximo ano adiantou que vão surgir novas rotas e que a TAP “está a tornar-se cada vez mais numa marca global”.
Não há razão nenhuma para não ter ambição
De facto, Portugal como destino turístico está a crescer e apesar do boom e da entrada de investimento ainda há um longo caminho a percorrer. Quem o afirmou foi José Roquette, Chief Development Officer do Pestana Hotel Group. Para o responsável, tanto a capital portuguesa como o Porto encontram-se hoje num grande dinamismo e passaram para a segunda divisão do turismo. “Estamos num momento muito forte mas ainda há muito a fazer. Lisboa está mais exposta à procura a nível internacional e daí não há razão nenhuma para não ter ambição”, adiantou.
Begoña Íñiguez, jornalista espanhola e ex-presidente da Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal, também concorda que Portugal está na segunda divisão no turismo mas acredita que isso pode servir para aprender com os erros dos outros países. A jornalista a viver e trabalhar há 15 anos no nosso país, salientou a evolução favorável da cidade de Lisboa nestes últimos anos. Mas aconselha que não se deve perder a autenticidade. Na sua opinião, Portugal tem um potencial incrível.
Marcas internacionais vão investir em Portugal
Gerard Greene, Founder & CEO da Society, que foi um dos criadores do Yotel, considerado o “Ipod” da indústria hoteleira, anunciou também na conferência, que com a sua nova empresa vem para a capital e apostar no co-living. Afirmou ainda que Lisboa é uma cidade fantástica para investir.
Também Kike Sarasola, presidente do grupo Room Mate e um dos presentes neste encontro fez questão de anunciar o lançamento de um empreendimento em Lisboa, contudo não revelou mais pormenores.
O mesmo aconteceu com Nuno Galvão Pinto, vice-presidente de Desenvolvimento e Aquisições do grupo Hyatt para as regiões da Europa e Norte de África, que admitiu o interesse em investir no nosso país, nomeadamente em Lisboa, talvez já no próximo ano.