Casa Modesta
Arquitectura portuguesa premiada no Architizer A+ Awards
A Casa Modesta, um pequeno hotel rural desenhado pelo escritório PAr Plataforma de ARquitetura, localiza-se à beira da Ria Formosa
Ana Rita Sevilha
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A Casa Modesta, um pequeno hotel rural desenhado pelo escritório PAr Plataforma de ARquitetura (Joana Carmo Simões, Susana dos Santos Rodrigues e Vânia Brito Fernandes), à beira da Ria Formosa, foi a vencedora do Prémio do Júri nos Architizer A+Awards. O prémio internacional distinguiu também o Palácio da Igreja Velha, assinado pelo gabinete Visioarq, no Popular Choice A+ Awards na categoria Details-Architecture + Metal.
A Casa Modesta acabou por vencer, depois de ter estado numa shortlist de finalistas com mais quatro hotéis: o Yi She Moutain Inn e o Nashare Hotel, na China, o Pumphouse Point, na Austrália, e o Hilton Amsterdam Airport Schiphol, na Holanda. Contudo, este não é o primeiro galardão da unidade hoteleira algarvia que já ganhou outros prémios, nomeadamente a categoria “green practices” nos Condé Nast Johansens Awards e recentemente recebeu também a certificação de Turismo de Natureza pelo ICNF e o selo de Ecolíderes Nível Ouro do Tripadvisor.
Carlos Fernandes, proprietário e gerente da «Casa Modesta», disse ao Sul Informação que “é uma grande honra ter a Casa Modesta como melhor projecto de arquitetura no mundo”. O responsável disse ainda: “estou bastante feliz e certo de que este prémio dará uma maior visibilidade ao projecto e à região e uma maior credibilidade ao exímio trabalho do atelier PAr. Espero que seja uma inspiração para novos e bons projectos portugueses”.
O Palácio da Igreja Velha, um palácio original, de finais do séc. XIX em Vermoim, Vila Nova de Famalicão, com elementos barrocos e neogóticos, “cresceu ao longo do tempo de forma desigual”, explica a equipa projectista. “No briefing, foi pedido um novo volume para a realização de eventos, que respeitasse o protagonismo do antigo Palácio e que acomodasse 6 metros de pé direito, sem disrupção visual no conjunto histórico da valiosa propriedade”.
A resposta estava na região, explicam: “os espigueiros minhotos, tradicionais construções rurais para secar o milho e para protegê-lo dos roedores, através de fissuras laterais e da elevação do solo, foram a base conceptual. O desenho nasce então de um novo olhar metálico para o espigueiro do séc. XXI, que parece levitar com a sua fina pele em aço corten sobre uma base de pedra e vidro, desafiando através do processo construtivo original, a lógica dos materiais – o pesado metal em cima do delicado vidro – mas mantendo a desejada harmonia cromática e volumétrica”.
O prémio no Architizer, consolida o reconhecimento já manifestado pela comunidade internacional da área, que tinha destacado a obra na short list dos Wan Awards 2015.
O portal Architizer reúne neste concurso mais de 100 categorias e 400 jurados. O Architizer A+ Awards recebeu para a edição de 2017 inscrições de 100 países e os vencedores foram seleccionados para reconhecimento com base na excelência nos seguintes critérios: forma, função e inovação.