Garcia, Garcia e Predibisa juntas na construção e comercialização de edifício histórico no Porto
Conclusão desta obra está prevista para o final do primeiro semestre deste ano, tendo a construtora assumido o projecto de reabilitação integral do edifício na baixa portuense, do qual destaca a fachada ornamentada e interiores trabalhados deste edifício composto por cave, rés-do-chão comercial, três pisos e um piso recuado na cobertura

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A Garcia, Garcia anunciou que está a reabilitar o número 48-52 da Rua de Sá da Bandeira, no Centro Histórico do Porto, uma obra adjudicada pela Leica que já ocupa esta morada.
Em comunicado de imprensa, a construtora portuguesa explica que é responsável pelas obras de reabilitação que, “para além da loja e da galeria já abertas ao público, prevê ainda a renovação dos pisos superiores do edifício”, destinados a habitação de luxo, e em fase de comercialização pela Predibisa.
A Garcia, Garcia destaca que foi já responsável pela construção da fábrica desta marca alemã, em 2012, resultado de um investimento de 22,5 milhões de euros, e que, agora, a Leica “volta a apostar em Portugal” com a decisão de instalar a sua primeira loja ibérica no Porto “e ao confiar a sua construção e comercialização a duas empresas portuguesas”.
A conclusão desta obra está prevista para o final do primeiro semestre deste ano, tendo a construtora assumido o projecto de reabilitação integral do edifício na baixa portuense, do qual destaca a fachada ornamentada e interiores trabalhados deste edifício composto por cave, rés-do-chão comercial, três pisos e um piso recuado na cobertura.
A Leica Store ocupa a cave, rés-do-chão e primeiro piso, enquanto os pisos superiores estão destinados a apartamentos de luxo, em construção, cuja comercialização foi entregue à Predibisa, consultora imobiliária cuja parceria com a Garcia, Garcia se estendeu já a outros projectos de multinacionais em Portugal, como a BorgWarner ou a WEG.
Considerando “extremamente gratificante voltar a colaborar com a Leica”, Carlos Garcia admite que “foram vários os desafios (…) impostos neste projecto, a começar pelo reduzido tempo de execução, de apenas sete meses, em função da necessidade imperativa de cumprir com a data de inauguração a 1 de Dezembro”. O administrador da construtora revela ainda que os pisos superiores e a cobertura se encontravam “em avançado estado de degradação”, o que implicou “uma reabilitação integral dos espaços”.
Nesse sentido, “e de modo a respeitar a história e arquitectura do edifício”, a Garcia, Garcia traçou um plano de execução através das “mais modernas técnica de construção e reabilitação”, que possibilitou a demolição dos pisos superiores sem danificar o tecto e as paredes da loja, “ricas em molduras, na sua maioria ainda originais”.
Outros desafios foram encontrados no piso comercial, mais concretamente no restauro das decorações interiores em gesso (tectos e paredes), “finamente trabalhadas”, e na manutenção dos “aspectos mais emblemáticos” do antigo Café Excelsior.
A fachada foi alvo de preservação, com o restauro das serralharias e caixilharias “de modo a manter o traço histórico do prédio”.
O projecto para os pisos superiores compreende habitações com áreas de 145 metros quadrados e tipologia T3, “contribuindo para voltar a povoar a Baixa do Porto de famílias”. Os novos apartamentos “conciliam a preservação de elementos históricos do edifício, como a fachada e os vãos, com a modernidade conferida pelo uso de soalho corrido e caixilhos negros e brancos de madeira”.
“Este negócio revelou-se muito importante, ao contribuir para o dinamismo do centro do Porto, não só pelo facto de a Leica ser uma “flagship store”, mas também pelo cuidado que os investidores tiveram na reabilitação do edifício como um todo, contrariando o cenário tradicional dos edifícios envolventes: manutenção da área comercial, mas abandono dos pisos superiores”, afirmou João Leite Castro, responsável da Predibisa pelo negócio.