Mercado habitacional dá sinais de estabilização em Junho
Relativamente às rendas, as mesmas continuaram em queda e as expectativas em relação à sua evolução continuam a ser negativas
Ana Rita Sevilha
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O Portuguese Housing Market Survey (PHMS) de Junho revela que o mercado de compra e venda de habitação em Portugal continuou a travar a tendência de agravamento dos principais indicadores, evidenciando os primeiros sinais de estabilização.
Segundo este inquérito, apesar das vendas de casas não terem registado grandes evoluções, os indicadores analisados reforçam a ideia de uma dinâmica do mercado menos negativa do que a verificada há 6 ou 12 meses atrás.
Josh Miller, Economista Sénior do RICS, explica: “O inquérito de Junho aponta para sinais ainda bastante preliminares de uma tendência de estabilização no mercado de compra e venda. No entanto, nesta fase não estamos ainda em condições de afirmar que o mercado se encontra definitivamente num ponto de viragem. Os preços continuam a cair e o cenário económico global permanece bastante fraco, com a taxa de desemprego a atingir 17,6%.”
Segundo apurou o inquérito, neste mercado, o saldo de respostas relativo a preços manteve-se praticamente inalterado em Junho, com 38% dos inquiridos a reportar quedas em vez de aumento de preços. Não obstante a ter uma leitura negativa, este resultado foi, contudo, “um dos melhores desde que o inquérito foi lançado em Setembro de 2010 e também o índice nacional de confiança – que conjuga as expectativas relativas a preços e a vendas – “se manteve estável”, fixando-se em -16, sendo o resultado menos negativo desde Outubro de 2010.
Ricardo Guimarães, Diretor da Ci, acrescenta: “Os comentários dos agentes presentes no mercado revelam que as principais restrições encontram-se ainda relacionadas com a crise económica; até Junho existia um sentimento de estabilização, com sinais positivos quanto à procura potencial; e que existe um número significativo de investidores activos no mercado, que têm beneficiado de preços baixos e operado sem alavancagem”.
No que diz respeito ao mercado de arrendamento habitacional, segundo o relatório, a actividade voltou a abrandar em Junho, depois de um Maio mais dinâmico. A procura quer por parte de possíveis inquilinos quer por parte de proprietários, manteve-se inalterada em Junho, situação que se repetiu duas vezes nos últimos três meses.
Relativamente às rendas, as mesmas continuaram em queda e as expectativas em relação à sua evolução continuam a ser negativas, sublinha a mesma fonte.
Em termos regionais, a procura para arrendamento tem-se mostrado estável em Lisboa, crescente no Porto e decrescente no Algarve, revela ainda o PHMS, uma iniciativa conjunta do RICS e da Confidencial Imobiliário.