Mercado habitacional dá sinais de estabilização em Junho
Relativamente às rendas, as mesmas continuaram em queda e as expectativas em relação à sua evolução continuam a ser negativas
Ana Rita Sevilha
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
O Portuguese Housing Market Survey (PHMS) de Junho revela que o mercado de compra e venda de habitação em Portugal continuou a travar a tendência de agravamento dos principais indicadores, evidenciando os primeiros sinais de estabilização.
Segundo este inquérito, apesar das vendas de casas não terem registado grandes evoluções, os indicadores analisados reforçam a ideia de uma dinâmica do mercado menos negativa do que a verificada há 6 ou 12 meses atrás.
Josh Miller, Economista Sénior do RICS, explica: “O inquérito de Junho aponta para sinais ainda bastante preliminares de uma tendência de estabilização no mercado de compra e venda. No entanto, nesta fase não estamos ainda em condições de afirmar que o mercado se encontra definitivamente num ponto de viragem. Os preços continuam a cair e o cenário económico global permanece bastante fraco, com a taxa de desemprego a atingir 17,6%.”
Segundo apurou o inquérito, neste mercado, o saldo de respostas relativo a preços manteve-se praticamente inalterado em Junho, com 38% dos inquiridos a reportar quedas em vez de aumento de preços. Não obstante a ter uma leitura negativa, este resultado foi, contudo, “um dos melhores desde que o inquérito foi lançado em Setembro de 2010 e também o índice nacional de confiança – que conjuga as expectativas relativas a preços e a vendas – “se manteve estável”, fixando-se em -16, sendo o resultado menos negativo desde Outubro de 2010.
Ricardo Guimarães, Diretor da Ci, acrescenta: “Os comentários dos agentes presentes no mercado revelam que as principais restrições encontram-se ainda relacionadas com a crise económica; até Junho existia um sentimento de estabilização, com sinais positivos quanto à procura potencial; e que existe um número significativo de investidores activos no mercado, que têm beneficiado de preços baixos e operado sem alavancagem”.
No que diz respeito ao mercado de arrendamento habitacional, segundo o relatório, a actividade voltou a abrandar em Junho, depois de um Maio mais dinâmico. A procura quer por parte de possíveis inquilinos quer por parte de proprietários, manteve-se inalterada em Junho, situação que se repetiu duas vezes nos últimos três meses.
Relativamente às rendas, as mesmas continuaram em queda e as expectativas em relação à sua evolução continuam a ser negativas, sublinha a mesma fonte.
Em termos regionais, a procura para arrendamento tem-se mostrado estável em Lisboa, crescente no Porto e decrescente no Algarve, revela ainda o PHMS, uma iniciativa conjunta do RICS e da Confidencial Imobiliário.