Administração da EPUL apresenta renúncia ao cargo à CML
O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da EPUL, Luís Sequeira, na apresentação pública das contas da empresa municipal de 2012, que a autarquia liderada por António Costa pretende extinguir
Lusa
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
O conselho de administração da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) apresentou a renúncia ao cargo ao presidente da Câmara de Lisboa, única accionista da empresa.
O anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da EPUL, Luís Sequeira, na apresentação pública das contas da empresa municipal de 2012, que a autarquia liderada por António Costa pretende extinguir.
“Com o envio das contas ao Tribunal de Contas e à Câmara termina o compromisso da administração com o município e por isso foi apresentada hoje de manhã a renúncia ao cargo de administração deste conselho”, disse Luís Sequeira.
Aos jornalistas, no final da apresentação, Luís Sequeira afirmou que a administração, composta por ele próprio e a vogal Conceição Nunes, está “disponível para continuar em funções até ao último dia de Fevereiro”.
Perante esta renúncia, a Câmara de Lisboa terá até ao início de Março para “encontrar soluções alternativas” para a gestão da EPUL.
O presidente da EPUL salientou hoje que desde a data da aprovação da proposta de extinção – a 5 de Dezembro – que a administração “não toma medidas e decisões fora da gestão corrente”.
A extinção da empresa depende ainda da aprovação da proposta pela Assembleia Municipal de Lisboa, mas Luís Sequeira afirmou que, mesmo que aquele órgão (onde o PS não tem maioria) não decida em conformidade com o executivo, não volta atrás.
“Tem de haver uma coerência da minha parte. Nunca ficaria na empresa para liderar uma comissão liquidatária”, disse.
O gestor reafirmou que considera a extinção da empresa um “desperdício de quatro anos de viabilização de uma empresa que estava em falência técnica” em 2009.
Segundo o relatório e contas de 2012 da EPUL, a empresa encerrou o ano com resultados líquidos de 5,19 milhões de euros, os capitais próprios a ascenderem a 23,37 milhões de euros e um valor patrimonial, a preços comerciais, superior a 277 milhões de euros. Do lado da despesa, a EPUL apresentava um endividamento bancário de 64 milhões e um passivo total de cerca de 180 milhões.
A Câmara de Lisboa aprovou em Dezembro a proposta de extinção da EPUL, medida justificada com a necessidade de preservar o património da empresa e de garantir os direitos de credores e trabalhadores.
Luís Sequeira admitiu, em entrevista à agência Lusa publicada este fim-de-semana, desconhecer os “verdadeiros motivos” que levam à proposta de dissolução e afirma que, dada a sua situação económico-financeira, este é um processo “muito vantajoso” para a autarquia.