Factor preço impulsiona internacionalização das empresas corticeiras
Este elemento revela “uma enorme competitividade face aos concorrentes”, enquanto que, por outro lado, se assiste a um aumento de eficiência produtiva
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Pedro Cristino
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Um estudo realizado no âmbito do mestrado em Finanças da Universidade Portucalense concluiu que as empresas do sector corticeiro no concelho de Santa Maria da Feira estão a ser bem sucedidas no mercado internacional graças ao factor preço.
Este elemento revela “uma enorme competitividade face aos concorrentes”, enquanto que, por outro lado, de acordo com a mesma fonte, se assiste a um aumento de eficiência produtiva, o que se impõe como “crucial” para que estas empresas alcancem o sucesso na internacionalização dos seus produtos e serviços.
Num concelho com uma taxa de desemprego de 13,6%, segundo refere o comunicado de imprensa dos responsáveis por este estudo, citando dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), as corticeiras têm apostado “não só no prestígio alcançado pelos produtos corticeiros nacionais além-fronteiras, mas também em parcerias com agentes e distribuidores locais”.
Este estudo baseou-se num inquérito realizado a 150 empresas, decorrido de Abril a Julho do ano passado, que expôs também as dificuldades sentidas no sector, “em especial pelas pequenas e médias empresas”, que vêem nos nicjos de mercado, “em especial os que estão relacionados com vestuário, calçado e gifts, como a escapatória para um crescimento sustentável”.
Por outro lado, para fazer frente à fraca capacidade de financiamento, as PME revela estratégias para resistirem aos tempos de crise e “até alargarem os seus mercados, sempre com olhos postos na internacionalização”.
“As empresas inquiridas relevaram a venda esporádica em mercados externos e o recurso a agentes e distribuidores locais como principais estratégias de internacionalização, sendo que o investimento directo no estrangeiro e a exportação directa são somente realizados por empresas de grande dimensão e são quase inexistentes na grande maioria de empresas que compõem o sector corticeiro”, explicou André Marques, responsável por este estudo.
Por sua vez, os inquiridos assumiram ainda “uma clara aposta na certificação e uniformização da qualidade dos produtos, assim como uma contínua aposta no marketing e divulgação das empresas, essencial para o posicionamento no mercado externo”.