Construção perde 90 empregos por hora
“Este forte acréscimo no número de desempregados que, no segundo trimestre, atingiu uma variação homóloga de 33,1%, foi naturalmente acompanhado pela quebra do emprego no sector”
Lusa
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O desemprego na construção atingiu um máximo histórico em 2012 e o sector perde atualmente 90 postos de trabalho por hora, estimou hoje a FEPICOP (Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas).
Na sua análise de conjuntura relativa ao mês de Agosto, a FEPICOP revela que a variação negativa da carteira de encomendas, as perspectivas de evolução de emprego e a confiança dos empresários do sector voltaram a agravar-se.
O desemprego no sector da construção atingiu níveis recorde em 2012, com um aumento de 29,5% no primeiro semestre face ao ano anterior e cerca de 94.600 desempregados inscritos nos centros de emprego, em termos médios mensais.
“Este forte acréscimo no número de desempregados que, no segundo trimestre, atingiu uma variação homóloga de 33,1%, foi naturalmente acompanhado pela quebra do emprego no sector. Segundo o inquérito ao emprego do INE, durante os primeiros três meses do ano,
o número de empregados do sector da construção rondou os 387.700, menos 13,3% do que um ano antes”, adianta o documento.
Na última década, o peso do emprego nesta atividade no total do país caiu de 12% para 8,3%. As falências de empresas evidenciam as dificuldades do sector: entre 1 de Janeiro e 25 de Julho desapareceram 868 construtoras (mais 60% do que no período homólogo).
Nos primeiros seis meses de 2012, a produção da construção foi negativa em todos os segmentos de actividade devido à forte quebra da procura. Foram licenciados 5.375 novos fogos ao longo dos primeiros cinco meses do ano (-31,4% face ao mesmo período de 2011).
A procura tem sido condicionada pelas restrições à concessão de novos créditos à habitação. Entre Janeiro e Maio, o montante total dos novos créditos atingiu 802 milhões de euros, o que traduz uma quebra homóloga de 71%. Também nas obras públicas, o investimento sofreu um decréscimo acentuado, com o montante das obras a concurso até Julho a somar apenas 847 milhões de euros, menos 56% do que no mesmo período de 2011. O indicador de confiança dos empresários do sector evidenciam a tendência negativa, apresentando uma queda homóloga acumulada de 15,4% primeiro semestre de 2012.