Manuel Tainha (1922-2012): Tiago Monte Pegado destaca “singularidade” de Manuel Tainha
“Manuel Tainha junta à sua volta muitas gerações que com ele aprenderam a saber olhar, ouvir e sentir o espaço e o tempo na arquitectura. Que receberam das suas mãos os seus textos escritos, as suas reflexões”, recorda Tiago Monte Pegado

Ana Rita Sevilha
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“Manuel Tainha foi sempre um Homem, um professor, um arquitecto muito especial. Singular”, recorda Tiago Monte Pegado, que integra a Comissão Executiva da Ordem dos Arquitectos.
O arquitecto entende que “cada um [de nós] terá certamente uma razão para sentir um enorme carinho quando pensa em Manuel Tainha”. Para Monte Pegado, “muitos dirão que foi um professor crucial no percurso da aprendizagem, outros lembrarão a sua obra construída e os seus projectos”, lembrando “a sua tranquilidade exigente e consistente, a sua sólida e estruturante dimensão ideológica e cultural, sobretudo nestes tempos que vivemos um ataque de morte à democracia que ajudou a fundar neste país”.
“Manuel Tainha junta à sua volta muitas gerações que com ele aprenderam a saber olhar, ouvir e sentir o espaço e o tempo na arquitectura. Que receberam das suas mãos os seus textos escritos, as suas reflexões”, diz.
“Lembro a primeira recolha de textos que fizemos no principio dos anos noventa e que deu origem a um ‘maravilhoso’ livro, “Arquitectura em Questão”, feito pelas mãos únicas de Victor Silva Tavares e apresentado por José Cardoso Pires, num final de tarde no Convento de São Francisco ao qual Manuel Tainha regressava para se encontrar entre amigos”, recorda Tiago Monte Pegado, acrescentando ainda “as longas conversas, lá em casa, à volta da mesa, entre o Júlio Moreira e o Manuel Tainha e eu miúdo a assistir. Fica este enorme carinho por este Homem tão grande”.
O arquiteto Manuel Tainha, distinguido com os prémios AICA e Valmor, morreu na segunda-feira aos 90 anos em Lisboa. Entre os edifícios assinados por Manuel Tainha contam-se a Pousada de Santa Bárbara (Oliveira do Hospital), a Escola Agro-Industrial de Grândola, as Torres dos Olivais, em Lisboa, e a Faculdade de Psicologia, em Lisboa, que lhe valeu o prémio Valmor em 1991.