Belo Rodeia encerra comemorações do Dia Mundial da Arquitectura com discurso crítico
“Os arquitectos e a arquitectura querem ser sobretudo reconhecidos como parte da solução para Portugal”
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Ana Rita Sevilha
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No passado 27 de Outubro, João Belo Rodeia, presidente da Ordem dos Arquitectos (OA), encerrou as comemorações do Dia Mundial da Arquitectura com uma homenagem aos Arquitectos e à Arquitectura.
Numa cerimónia que contou com a atribuição do título de Membro Honorário da OA a cinco arquitectos e uma revista de arquitectura, o presidente da Ordem dos Arquitectos evocou o arquitecto Porfírio Pardal Monteiro, recordando-o como um “lutador incansável, durante toda a sua vida, pelo reconhecimento social do estatuto do arquitecto em Portugal enquanto meio para a melhoria da Arquitectura”.
João Belo Rodeia recordou ainda “a forte integridade pessoal e profissional do arquitecto” e o momento em que Pardal Monteiro defendeu a plena “liberdade de concepção” no Congresso de 1948, e “o corte de relações com o próprio Ministro das Obras Públicas, incorrendo no risco de fecho da sua actividade profissional”.
João Belo Rodeia encerrou as comemorações do Dia Mundial da Arquitectura com um discurso crítico, onde referiu a situação dramática em que se encontra a profissão, o esforço e trabalho que a OA tem vindo a desenvolver por forma a alertar o Governo para a urgência do diálogo. Na opinião do arquitecto é imperativo que o Governo tenha mais disponibilidade para ouvir as propostas dos arquitectos e de outras profissões afins.
O presidente da OA apresentou o trabalho desenvolvido pela OA nos últimos meses, centrado numa aposta na diversificação profissional no âmbito do projecto e para além deste, defendendo os actos próprios e o futuro da profissão, bem como o trabalho entretanto desenvolvido para a implementação de uma Política Pública de Arquitectura em Portugal.
No final do discurso, João Belo Rodeia reconheceu a gravíssima situação económica e financeira que o País e o mundo atravessa, contudo sugeriu que o Governo a encare como uma oportunidade, convocando a sociedade no seu todo, da esquerda à direita, na busca de novas ideias, novas dinâmicas e outra vitalidade.
“Os arquitectos e a arquitectura querem ser sobretudo reconhecidos como parte da solução para Portugal, querem contribuir com a suas ideias, com a sua acção, com a sua experiência, com a sua valentia e com o seu sentido cívico para vencer a crise e para melhorar a vida dos portugueses”.