Actividade de Ocupação de Espaços nos mercados EMEA prepara-se para crescer
“Os ocupantes de escritórios poderão enfrentar novos desafios em questões de crescimento e expansão”
Ana Rita Sevilha
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A publicação de research da Jones Lang LaSalle, “EMEA Corporate Occupier Conditions”, referente ao 2º trimestre de 2011, revela que os ocupantes de escritórios poderão enfrentar novos desafios em questões de crescimento e expansão.
Vincente Lottefier, Head da equipa de Corporate Solutions da Jones Lang LaSalle para a região EMEA, refere que “os últimos 24 meses têm sido uma verdadeira montanha russa para os ocupantes de escritórios na região EMEA. As condições operacionais e económicas têm sido marcadas pela turbulência e pela incerteza, com as opções sobre condições imobiliárias mais brandas, bastante limitadas.”
Vincente Lottefier continua: “As coisas estão a mudar. Os balanços das empresas estão de boa saúde, com capacidade para investimento e aquisição. Aliado a um maior grau de certeza, este cenário permite desenvolver um planeamento mais estratégico. Assim, a palavra ‘expansão’ está a reemergir e está a fundamentar novas procuras de espaço no mercado”.
De acordo com a Jones Lang LaSalle, a atividade de ocupação de espaços nos mercados imobiliários da região EMEA prepara-se para crescer, o que irá apresentar um novo desafio.
Lee Elliott, Head de Occupier Research da Jones Lang LaSalle na região EMEA, acrescentou: “Apesar das taxas de disponibilidade de escritórios, a nível global, estarem em níveis de dois dígitos, a quantidade de oferta de qualidade no mercado é extremamente limitada e, dada a crescente procura, está sob verdadeira pressão. O escasso pipeline de promoção nesta região – resultado do declínio da confiança dos promotores e da escassez do crédito à promoção – não dará margem para tréguas”.
A Jones Lang LaSalle sublinha que neste ambiente de reduzida oferta, os ocupantes de escritórios da região EMEA estão a caminhar para uma estratégia de pré-arrendamento. Esta forma de ocupação cria uma oportunidade aos ocupantes para liderar o negócio e ajustar o espaço à sua medida, além de permitir aos promotores obter o financiamento, uma vez que conseguiram garantir um inquilino à partida.
Vincent Lottefier concluiu: “Será esta uma situação win-win? Acreditamos que seja para as empresas com uma estratégia imobiliária bem definida a longo-prazo. Mas para os líderes do imobiliário corporativo que têm de dar resposta às necessidades de expansão para acompanhar o seu negócio, soluções a dois ou três anos, não resolvem o seu problema. Neste último cenário, os líderes terão que pensar de forma criativa acerca do seu espaço de escritórios actual. Terão que impulsionar a produtividade a partir da actual carteira, focando-se no seu espaço de trabalho e nas formas de trabalho. Tirar mais valor da área ocupada poderá ser para muitos a única solução real em mercados com uma falta de espaço de qualidade”.
Relativamente ao mercado de escritórios de Lisboa, a Jones Lang LaSalle Portugal refere que existem actualmente cerca de meio milhão de m2 disponíveis, dos quais apenas 20% dizem respeito a espaço de qualidade A. O volume de nova oferta tem vindo a reduzir-se substancialmente, sendo que em 2011 e 2012 chegarão ao mercado 61.760 m2 e 26.000 m2, respetivamente, atingindo-se assim o volume de promoção mais baixo desde 2003. O pré-arrendamento mais recente foi celebrado para uma área de 15.000 m2, na zona 2, onde a falta de novo espaço já é crítica, e onde apenas 6.500 m2 chegarão ao mercado em 2011.