Investimento directo em imobiliário terciário cresce 40% em 2010 na região EMEA
“O investimento estrangeiro permaneceu nos 50% do volume investido ao longo de 2010”, e a Jones Lang LaSalle espera que esta quota cresça
Ana Rita Sevilha
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O investimento directo em imobiliário terciário na região EMEA deverá alcançar os 100 biliões de euros em 2010, de acordo com o mais recente research da Jones Lang LaSalle. Estes números representam um acréscimo de 40% nos volumes registados face ao ano de 2009.
De acordo com a consultora, “a actividade de investimento nos primeiros 3 trimestres de 2010 estava já substancialmente acima dos níveis homólogos e espera-se um último trimestre igualmente expressivo, já que este é o tradicionalmente o período do ano que regista a performance mais forte. A Jones Lang LaSalle estima que as operações de investimento imobiliário alcancem os 31 biliões de euros na Europa nos últimos 3 meses de 2010, o que traduzirá um crescimento de 35% face ao trimestre anterior”.
“A tendência de crescimento dos volumes de investimento tem sido extensível a toda a Europa”, sublinha a mesma fonte, “mas especialmente pronunciada na Alemanha e nos países Nórdicos, onde os volumes deverão praticamente duplicar face a 2009, para cerca de 33,5 biliões de euros nos dois mercados”.
No que diz respeito à Europa Central e de Leste (ECL) “manteve a sua quota no total do volume de investimento imobiliário na Europa em 2010 (cerca de 6%, tal como em 2009), com as transacções na região a aumentarem cerca de 42% em termos anuais”.
“O investimento estrangeiro permaneceu nos 50% do volume investido ao longo de 2010”, e a Jones Lang LaSalle espera que esta quota cresça à medida que mais compradores com capitais próprios (em detrimento de investidores alavancados), especialmente oriundos da Ásia e o Médio Oriente, continuem a seleccionar activos de topo nos mercados europeus.
Espera-se ainda, refere a consultora, “que os volumes de investimento directo em imobiliário terciário reforcem o seu crescimento em 2011, apesar de a um ritmo mais lento do que o verificado em 2010, mais ainda assim com uma taxa de variação anual de 25 a 35%, para os 130 biliões de euros. Este abrandamento de ritmo deverá ser influenciado pelas mudanças significativas que se fizeram sentir no mercado de financiamento e que alteraram as dinâmicas do mercado de investimento imobiliário, com os bancos a continuarem a reestruturar os seus portfólios de crédito e, assim, restringindo o volume de crédito disponível para novas aquisições”.
Chris Staveley, Director, EMEA Capital Markets na Jones Lang LaSalle, afirma: “O sentimento dos investidores na Europa é positivo – um conjunto vasto de investidores está a atentar em activos imobiliários prime para venda em toda a Europa e está em curso uma actividade de alocação de capital bastante significativa, mas a escassez de produtos prime tem vindo a constranger os volumes de investimento. Os mercados de grande dimensão, transparentes e líquidos do Reino Unido, França e Alemanha irão atrair a maior parte dos fundos, com um especial enfoque em Londres e em Paris. Ainda assim, os investidores irão alargar o seu foco geográfico e veremos um crescimento da actividade nos mercados Nórdicos, da Europa Central e de Leste e de Moscovo”
Richard Bloxam, Director, EMEA Capital Markets Jones Lang LaSalle acrescentou: “O imobiliário de retalho irá contabilizar cerca de 30% das transacções registadas em 2010 e está a concentrar uma fatia cada vez maior nos portfólios de investimento. Esperamos que este sector permaneça no topo da agenda dos investidores ao longo do próximo ano”.
Chris Staveley comenta: “Esperamos ver uma maior oferta de activos de imobiliário terciário para venda, particularmente oriundos dos bancos nacionalizados, que necessitam de reduzir a sua exposição ao sector imobiliário. Deveremos ainda assistir a alguma aceleração no ritmo a que os activos surgem no mercado, um crescimento nas operações envolvendo valores elevados, e uma redução do tempo em que os empréstimos mal parados se arrastam. Esta tendência indica que os bancos e outras instituições de crédito consideram que o mercado recuperou adequadamente e que podem alcançar um preço justo”.
Em comentário às fontes de capital, Richard Bloxam acrescentou: “Um volume considerável de capital está a focar-se no mercado imobiliário em todo o mundo. Em conjugação com um sentimento mais positivo dos investidores e a melhoria dos fundamentais do mercado, a alocação de capital deverá continuar a aumentar ao longo do próximo ano. Uma variedade de fontes irá disponibilizar capital que será muito importante para a estabilidade dos mercados. As seguradoras, fundos de pensões e empresas imobiliárias cotadas em bolsa continuarão a investir, bem como fundos geridos para terceiros, empresas imobiliárias privadas, fundos soberanos e particulares com elevada liquidez, de quem se espera um crescimento da actividade. Os investidores irão continuar a focar quer o país quer a selecção do stock, à medida que a divida soberana e a sustentabilidade dos rendimentos permaneçam factores cruciais nas estratégias de investimento”.