Governo adia obras prometidas para o Oeste, garantem autarcas
O único compromisso assumido pelo ministério foi que “os estudos e projectos vão continuar a ser feitos” para que “quando houver condições as obras possam avançar”
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
As obras de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias previstas no Plano de Ação do Oeste não vão avançar antes de 2013, informou o representante dos autarcas da região, após uma reunião no Ministério das Obras Públicas.
“Nenhuma das grandes obras rodoviárias ou ferroviárias vai avançar antes de 2013”, disse à Lusa Carlos Lourenço (PSD), presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste (Oestecim) no final da reunião com o ministro das Obras Públicas, António Mendonça.
Da reunião saiu apenas “a confirmação do que já sabíamos, que não vai haver dinheiro, mas que parece que o senhor ministro só agora é que percebeu”, disse.
O único compromisso assumido pelo ministério foi que “os estudos e projectos vão continuar a ser feitos” para que “quando houver condições as obras possam avançar” acrescentou o autarca.
O Plano de Acção assinado em 2008 previa a realização de 120 projectos, até 2017, num investimento de 2,1 mil milhões de euros.
A requalificação da Linha do Oeste e a conclusão do IC11 (entre Torres Vedras e Peniche e entre Pêro Negro e Carregado) eram os dois principais investimentos na tutela do Ministério das Obras Públicas.
Em Janeiro o ministro, António Mendonça, encarregou a comissão de acompanhamento de fazer uma actualização de todos os projectos.
“Nove meses depois não temos nenhum projecto que se possa lançar a concurso, no que respeita a obras da Estradas de Portugal ou da Refer”, contesta por seu turno o presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel (PS).
O autarca, que também participou na reunião, lamenta que a OesteCim “não esteja sequer em condições de renegociar” a calendarização das obras prometidas em compensação pela não construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota.
“Não sabemos de que valores é que estamos a falar, de que prazos de execução, não sabemos de nada” afirma.
Dois anos depois de o plano de acção ter sido anunciado pelo primeiro ministro cresce entre os autarcas a descrença de que o plano venha a ser cumprido.
“Se não há dinheiro para o país também não haverá para o Oeste” sustenta Carlos Miguel.
A informação do Ministério só deverá ser oficialmente comunicada aos restantes municípios da OesteCim na próxima reunião, a 28 de Outubro, e Carlos Lourenço admite que venha a gerar contestação.
“Não creio que isto seja aceite pacificamente e, depois de conhecermos a nova calendarização, tomaremos uma posição”, concluiu.
Os concelhos abrangidos pelo programa de acção são: da OesteCim – Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras e da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo – Santarém, Cartaxo, Azambuja e Rio Maior.