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    Secil distinguida como Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos

    Com esta distinção, “a Ordem dos Arquitectos pretende assinalar o contributo da Secil para a afirmação e dignificação da Arquitectura e da Profissão de Arquitecto em Portugal e no Mundo”

    Ana Rita Sevilha
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    Secil distinguida como Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos

    Com esta distinção, “a Ordem dos Arquitectos pretende assinalar o contributo da Secil para a afirmação e dignificação da Arquitectura e da Profissão de Arquitecto em Portugal e no Mundo”

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    A Secil – Companhia Geral de Cal e Cimento,foi distinguida com o estatuto de Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos, recebendo o título numa cerimónia que teve lugar dia 8 de Outubro, pelas 18h30, no Auditório Nuno Teotónio Pereira, na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura.

    Com esta distinção, “a Ordem dos Arquitectos pretende assinalar o contributo da Secil para a afirmação e dignificação da Arquitectura e da Profissão de Arquitecto em Portugal e no Mundo”, revela a companhia geral de cal e cimento em comunicado de imprensa.

    Recorde-se que, a Secil em parceira com a Ordem dos Arquitectos, distingue com o Prémio Secil de Arquitectura os autores de obras que, incorporando o material primordial da actividade da SECIL – o cimento – “constituam peças significativas no enriquecimento da arquitectura portuguesa”.

    Este Prémio existe desde 1992, e já foi atribuído a alguns dos mais significativos nomes da arquitectura portuguesa como Vítor Figueiredo, Siza Vieira, João Luís Carrilho da Graça e Pedro Maurício Borges.

    Ainda com o objectivo de incentivar e promover o reconhecimento público da qualidade de obras feitas por portugueses, a Secil patrocina a Trienal de Arquitectura.

    “Sendo um participante activo na renovação da arquitectura nacional e internacional, a Secil inova também enquanto única empresa produtora de cimento branco em Portugal, base utilizada no betão arquitectónico branco que foi empregue em obras como a Casa da Música, no Porto, a Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, ou o Museu Paula rego, em Cascais”, sublinha a empresa.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Navicork da Corticeira Amorim com pegada de carbono negativa

    Estudo externo conduzido pelo ITECONS comprova que Navicork é a solução mais sustentável de cortiça de elevada performance para decks marítimos, aio revelar que cada m2 do material Navicork FD01 promove o sequestro de mais CO₂ do que o que emite ao longo de todo o processo de produção

    A Navicork FD01, a solução de cortiça de alta densidade para decks marítimos desenvolvida pela Amorim Cork Composites, da Corticeira Amorim, obteve a confirmação da sua pegada de carbono negativa através de um estudo externo conduzido pelo ITECONS. Esta validação reforça a posição de “liderança” da marca Navicork by Amorim na adpção de soluções inovadoras com impacto positivo no ambiente.

    O estudo Life Cycle Assessment  (LCA) realizado pelo ITECONS, uma entidade independente e conforme as normas EN ISO 14040, EN ISO 14044 e EN 15804, revelou que cada metro quadrado do material Navicork FD01 promove o sequestro de mais CO₂ do que o que emite ao longo de todo o processo de produção, desde a extracção da matéria-prima até à saída da fábrica (“cradle-to-gate”). A análise da Pegada Parcial de Carbono mostrou que o produto apresenta uma pegada de carbono de -0,97 kg CO₂ eq./m² para a espessura de 6 mm e -0,69 kg CO₂ eq./m² para a espessura de 8 mm.

    Para António Rios de Amorim, CEO e presidente da Corticeira Amorim, “Os estudos de pegada de carbono evidenciam o compromisso contínuo da Corticeira Amorim em promover o impacto positivo de todo o setor da cortiça, através de investigação rigorosa, validada e certificada. Os resultados obtidos com o material Navicork FD01 confirmam a sua pegada de carbono negativa e reforçam, mais uma vez, a nossa aposta no desenvolvimento de materiais inovadores e em harmonia com a natureza.”

    Além dos seus benefícios em termos de sustentabilidade, o material Navicork FD01 destaca-se também pelas suas características técnicas, que incluem excelente isolamento térmico e acústico, propriedades antiderrapantes, um toque confortável e agradável, e opções de design versáteis.

    Com mais de um século de experiência na valorização da cortiça, a Corticeira Amorim está na linha da frente no desenvolvimento de soluções de materiais sustentáveis. Utilizando a cortiça, a empresa contribui para um impacto positivo não só nas indústrias que serve, mas também no ambiente ao apostar na preservação das florestas.

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    Barbot marca presença na Concreta com novas ferramentas de IA

    Entre estas ferramentas destaca-se o Decorador IA, que ‘sugere’ combinações de cores personalizadas, a Calculadora Barbotherm ou o Escolha a Sua Cor, que permitem aos visitantes experimentar diferentes paletas de cores em tempo real

    tagsBarbot

    É na Concreta 2024 que a Barbot apresentará o Barbotech, uma plataforma inovadora que utiliza novas ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para optimizar o processo de escolha e soluções de cor. Entre estas ferramentas destaca-se o Decorador IA, que utiliza Inteligência Artificial para sugerir combinações de cores personalizadas e ajustadas ao estilo de cada cliente, tornando o processo mais intuitivo e criativo.

    Além disso, a Barbot lançará a Calculadora Barbotherm e o Escolha a Sua Cor, que permitem aos visitantes experimentar diferentes paletas de cores em tempo real, visualizando como as tonalidades se adaptam aos seus espaços. 

    “Sabemos que o processo de escolha de uma cor pode ser desafiante e até demorado. Por isso, criámos uma ferramenta baseada em Inteligência Artificial que permite carregar uma foto do espaço, escolher o estilo e visualizar o resultado final em poucos minutos, tornando todo o processo mais fácil e intuitivo” afirma Diogo Barbot, director comercial da Barbot.

    Concebido para “promover uma conexão directa” com os seus visitantes na Concreta, o stand da Barbot aposta num ambiente “acolhedor e colaborativo”, proporcionando ao cliente uma experiência em tempo real.

    A Concreta 2024, decorre entre os dias 20 e 23 de novembro, na Exponor, no Porto, e o stand da marca foi totalmente pensado de modo a proporcionar uma experiência única e personalizada aos seus visitantes.

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    Trienal lança open call para Prémio Début

    As candidaturas, que este ano foram alargadas a profissionais de arquitectura com idade até aos 40 anos, estão abertas até 24 de Fevereiro de 2025. Foi na terceira edição do Trienal, em 2013, que nasceu o galardão que tem como missão “celebrar o trabalho e o percurso das novas gerações” no pensamento e na prática em arquitectura

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    As candidaturas ao Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp, que este ano foram alargadas a profissionais de arquitectura com idade até aos 40 anos, estão abertas até 24 de Fevereiro de 2025.

    Foi em Close, Closer, a terceira edição do festival (2013) que nasceu o galardão que tem como missão celebrar o trabalho e o percurso das novas gerações no pensamento e na prática em arquitectura, impulsionando a projecção internacional.

    Como sublinha José Mateus, presidente da Trienal, “em arquitectura, as gerações mais jovens são portadoras de referências, inquietações e aspirações que é fundamental reconhecer e valorizar. Este prémio internacional foi instituído enquanto gesto simbólico de incentivo para o futuro”.

    Esta ideia foi, também, reforçada, por António Monteiro, presidente da Fundação Millennium bcp, que apoia a Trienal de Lisboa desde 2007, na medida em que considera que este prémio é o “reconhecimento do crescente potencial de ateliers e arquitectos emergentes, oferecendo-lhes o palco e a visibilidade fundamentais para impulsionar o seu crescimento e impacto no mercado”.

    Aberto a candidaturas auto-propostas, a título individual ou colectivo, integra ainda um processo de nomeações propostas por um conselho plural que reúne mais de 30 personalidades internacionais.

    Desde 2013, o Prémio Début Trienal de Lisboa Millennium bcp recebeu um total de 452 candidaturas provenientes de todos os cantos do globo, distinguindo quatro ateliers vencedores: Vão em 2022 (Brasil), Bonell+Dòriga em 2019 (Espanha), Umwelt em 2016 (Chile) e Bureau Spectacular em 2013 (E.U.A.). Somam-se ainda 40 finalistas que reconhecem a importância desta nomeação para a projecção global dos seus projectos.

    O Prémio Début insere-se na sétima edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o tema ‘How Heavy is a City’ (Quão pesada é a Cidade?) e que irá contar com diversas iniciativas a decorrer entre 2 de Outubro e 8 de Dezembro de 2025, entre as quais uma conferência que vai juntar cinco finalistas do prémio.

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    Fidelidade inicia em breve a comercialização do projecto ‘EntreCampos’

    Com as obras já a decorrer, iniciará em breve a fase de comercialização de retalho e habitação. No seu conjunto, o EntreCampos inclui sete edifícios de escritórios e três edifícios residenciais, vários espaços comerciais, de restauração e de lazer ao ar livre, integrados em 17 mil metros quadrados (m2) de espaços verdes e públicos

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    O projecto imobiliário EntreCampos, um dos maiores e mais esperados empreendimentos que a cidade de Lisboa conheceu nas últimas décadas, já tem as obras em curso e iniciará em breve a fase de comercialização de retalho e habitação.

    Segundo a promotora, a Fidelidade Property, este projecto abrirá um “novo capítulo” na comunidade da zona envolvente, transformando-a num “centro vibrante” de vida, comércio, lazer e trabalho.

    “EntreCampos será uma referência mundial em termos de inovação, design e sustentabilidade, e trará uma nova centralidade a Lisboa: redefinirá o coração da cidade, tornando-se o novo epicentro do Central Business District”, resume Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property.

    No seu conjunto, o EntreCampos inclui sete edifícios de escritórios e três edifícios residenciais, interligados por um conjunto inovador de espaços comerciais, de restauração e de lazer ao ar livre, integrados em 17 mil metros quadrados (m2) de espaços verdes e públicos.

    A componente de retalho inclui 24 mil m2 distribuídos por dois pisos, com 75 lojas, concebidas para criar um inovador destino de compras e lazer. O espaço comercial foi idealizado com um conceito de rua, cruzando lojas emblemáticas, estabelecimentos de restauração requintados e uma zona central de restauração.

    Desde o primeiro esboço, o conceito de EntreCampos foi desenvolvido com o objectivo de estar “aberto à cidade e aos cidadãos” sete dias por semana, de manhã à noite, reunindo uma oferta única e diversificada. “Será um novo bairro vibrante e dinâmico, que oferece o que há de mais vanguardista em termos de lazer, cultura, gastronomia e retalho num único espaço”, acrescenta Miguel Santana.

    O projecto conta com a participação de alguns dos mais conceituados gabinetes de arquitectura mundiais, nomeadamente a Gensler e a KFC, em colaboração com os gabinetes locais Promontório e Saraiva e Associados. Os edifícios residenciais são da autoria dos arquitectos portugueses vencedores do Prémio Pritzker, Siza Vieira e Souto de Moura, juntamente com a arquitecta Ana Costa.

    Além de se localizar junto a um dos maiores interfaces de transportes públicos da cidade, onde se juntam o metro, comboio e autocarros, o bairro terá um acréscimo de cerca de dois mil lugares de estacionamento público e privado a juntar aos já existentes e um vasto leque de soluções de mobilidade ligeira, como uma extensa rede de ciclovias.

    Na área da sustentabilidade, EntreCampos será também uma referência nos critérios ESG. Exemplo disso é o facto de o projecto ter já recebido índices de certificação únicos em Portugal, como a certificação LEED Neighborhood Gold, atribuída pela primeira vez no país, e que avalia a eficiência energética do projecto como um todo e o WiredScore Neighborhood, também atribuído pela primeira vez a um projecto na Europa Continental e que mede o índice tecnológico do projecto.

    Depois de já ter sido revelado pelos arquitectos KFC na feira de imobiliário, Expo Real, na Alemanha,  vai agora ser apresentado pelos promotores no Mapic, em Cannes.

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    PCS apresenta sistema construtivo “100% nacional e sustentável!

    Solução recorre a materiais “nacionais, naturais, com baixo carbono, reciclados e 100% recicláveis”. Durante o workshop, que acontece às 15h, na Concreta, vai ser construída uma parede de exterior

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    Esta sexta-feira, dia 22 de Novembro, às 15 horas, o Portal da Construção Sustentável (PCS) apresenta na feira Concreta, que se encontra a decorrer na Exponor, um workshop de construção que recorre a materiais “nacionais, naturais, com baixo carbono, reciclados e 100% recicláveis”, onde vai ser construída uma parede de exterior.

    O ETICS (External Thermal Insulation Composite System), assim se chama o sistema desenvolvido com ecoprodutos aconselhados pelo PCS, tem incorporado materiais como cortiça expandida e acabamento, placa de gesso e estrutura em aço leve e lã mineral.

    Além de apresentar um “comportamento térmico melhorado”, esta parede possuí um “excelente comportamento acústico e é um exemplo de economia circular” no sector da construção, uma vez que no final da sua vida útil pode ser desconstruída e os seus materiais serão valorizados, evitando a produção de resíduos.

    Outra vantagem do ETICS é poder ser executada de forma rápida e leve, o que se traduz, também, numa maior rapidez de execução e com menos recursos humanos.

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    “Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário passa revista ao ano de 2024 na actividade do Sector e fala dos vários assuntos pendentes que, no entender de Reis Campos, é urgente resolver. O também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas explica que muitas das medidas que são apresentadas como fundamentais para, por exemplo, dar resposta ao problema da Habitação, requerem medidas de apoio ao tecido empresarial

    Ricardo Batista

    Reis Campos aponta um conjunto de virtudes plasmadas no documento geral do Orçamento de Estado do próximo ano, mas não ignora que fica aquém no que respeita às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção. Este e outros temas numa extensa conversa com o CONSTRUIR

    Muito ainda estará para acontecer até ao final de 2024, mas do que é possível apurar até agora, que balanço é possível fazer do ano que está a terminar na área da Construção?
    O balanço de 2024 para o sector da construção e do imobiliário é, até ao momento, globalmente positivo, apesar dos desafios enfrentados ao longo do ano. Recorde-se que, este ano iniciou com incertezas significativas quanto à evolução da conjuntura internacional, da inflação e das taxas de juro, além de um contexto de eleições legislativas. Ainda assim, o sector mostrou resiliência e conseguiu manter um bom desempenho em diversos segmentos.
    As estimativas para o valor bruto da produção do sector da construção, elaboradas no início do ano, apontavam para um crescimento de 3% em 2024, e tudo indica que esses números poderão ser alcançados, reflectindo uma evolução positiva impulsionada pelo aumento do investimento público.
    Com efeito, os principais indicadores do mercado das obras públicas têm registado crescimentos significativos. Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até Setembro alcançaram um valor total de 6.532 milhões de euros, um aumento expressivo de 37% em relação ao ano anterior. Os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados também registaram um expressivo aumento para 3.218 milhões de euros, um acréscimo de 39%, o que reforça a dinâmica positiva deste segmento.
    No crédito à habitação, apesar do nível ainda elevado das taxas de juro, que pressionou as famílias, o acesso ao crédito manteve-se activo registando-se um aumento homólogo de 34,7%, até Setembro. Contudo, importa referir que se registou uma ligeira contracção de 0,6% nas licenças emitidas e uma redução de 3,2% no número de fogos licenciados para novas construções até Agosto, totalizando 21.329 alojamentos. Esta retracção reflecte uma certa cautela no investimento privado em habitação.

    O Governo reconheceu, pela voz do ministro Castro Almeida, que “com os meios que temos actualmente em Portugal, aparentemente não vai ser possível executar tudo dentro do prazo”, nomeadamente a necessidade de resposta ao PRR. Esta é uma matéria que há muito tem sido alertada pelos agentes do sector. Nesta fase, mesmo com alterações ao nível das políticas de imigração, não estaremos já a correr atrás do prejuízo?
    A execução do PRR, apresenta um atraso considerável, em particular na componente habitação onde apresenta uma taxa financeira de apenas 20%, o que tendo em consideração o tempo necessário à construção de um edifício, reforça as preocupações sobre a capacidade de Portugal cumprir os prazos acordados. De realçar que o PRR prevê a construção de 26 mil casas já até 2026, que são essenciais na resposta do Estado ao problema da habitação, em particular aos segmentos da população economicamente mais vulneráveis.

    O que deve ser prioritário neste momento?
    É urgente acelerar e simplificar todos os procedimentos associados à contratação pública, uma melhor adequação dos valores base dos concursos à realidade do mercado, além do necessário reforço técnico nas entidades responsáveis, de modo a agilizar as adjudicações e garantir o avanço nas obras.
    A falta de mão de obra é, de facto, um desafio adicional que pode comprometer a execução dos projectos, pelo que se defende a aplicação de medidas estruturais, designadamente de incentivo à formação profissional, e conjunturais mais focadas na contratação de trabalhadores estrangeiros.
    Deste modo, é necessário reforçar a ligação entre o ensino, a formação profissional e o Mundo empresarial, de modo a alinhar as reais necessidades das empresas com a oferta formativa, aproveitando de forma mais eficiente os centros de formação de excelência, como o CICCOPN e o CENFIC, que estão capacitados para formar trabalhadores para o Sector da Construção, tanto nas artes tradicionais quanto nas novas qualificações exigidas pelos novos processos e sistemas construtivos emergentes.
    Relativamente à contratação de estrangeiros, que são essenciais para uma resposta mais imediata ao problema da escassez de mão-de-obra, considera-se que são necessárias políticas de imigração direccionadas para as reais necessidades das empresas, que permitam ao país captar, de forma eficiente, os recursos humanos necessários. Neste sentido, a AICCOPN propôs a criação de uma “via verde para empresas” no âmbito da admissão de trabalhadores estrangeiros, uma medida que desburocratize e agilize os processos de legalização, especialmente para as empresas que necessitam de grandes volumes de mão-de-obra. Outro ponto essencial é a introdução de mecanismos de pré-autorização de residência para trabalhadores estrangeiros com uma oferta de emprego já garantida, o que possibilitaria a estes profissionais a possibilidade de iniciarem as suas actividades, enquanto o processo de visto e a emissão dos documentos necessários estivessem em curso, acelerando assim a sua integração, entre outras medidas.

    Recentemente, a secretária de Estado da Habitação defendeu que o combate ao flagelo da habitação passa por “pensar em construir em escala bem, depressa e barato”, sem comprometer a qualidade. Se o pensamento fosse tão linear, já teria sido feito. O que impede que aquele raciocínio tenha efeitos práticos?
    O objectivo de construir “bem, depressa e barato”, embora desejável por todos, raramente é alcançado. Este ideal esbarra, por um lado, na necessidade de garantir a qualidade e durabilidade das construções, que exigem tempo e atenção aos detalhes, e, por outro, na pressão de reduzir custos num sector em que o aumento dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção, somado aos elevados impostos, dificulta a contenção de despesas. Além disso, a burocracia ainda existente no licenciamento e a escassez de mão de obra qualificada tornam o processo mais lento e oneroso, dificultando uma resposta rápida à crise habitacional.
    Neste contexto, é importante destacar que a adopção de uma construção mais industrializada, através de métodos como a construção off-site e modular, que permite um processo construtivo mais célere e eficiente, requer das empresas investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento. Embora já existam bons exemplos em Portugal, esta abordagem inovadora ainda não está suficientemente disseminada para gerar um impacto significativo na resposta à limitada oferta habitacional no país. Deste modo, defende-se que, para que a implementação em larga escala dessas inovações se torne realidade, são necessários apoios específicos, particularmente para as PME’s do sector, de forma a garantir que estas possam acompanhar a transformação e contribuir para uma resposta mais célere ao problema da escassez de oferta habitacional no mercado.

    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, de forma a transformar terrenos rústicos em urbanos, desde que sirvam para construir habitação acessível ou a custos controlados, vai ter, a seu ver, efeitos práticos?
    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, que permite a transformação de terrenos rústicos em urbanos para a construção de habitação acessível ou a custos controlados, juntamente com a disponibilização de imóveis devolutos ou subutilizados do Estado para o mesmo fim, são medidas importantes para aumentar a oferta de habitação. Contudo para contrariar a evolução dos preços da habitação, é fundamental que sejam acompanhadas de incentivos adequados que promovam e incentivem o investimento. Como tenho reiterado, é imprescindível apoiar os investidores, criando linhas de financiamento específicas e estabelecendo um quadro fiscal mais favorável, com ajustes nos impostos que incidem sobre a construção e o imobiliário (IMI, AIMI, IMT e IVA).

    Que sinal é possível retirar do facto de, olhando para o consórcio envolvido no primeiro troço da Linha de Alta-Velocidade, vermos um conjunto alargado de empresas portuguesas. Estarão as empreitadas a ser lançadas mais à medida do sector empresarial nacional ou é sinal de que as empresas voltaram a reunir capacidades técnicas (perdidas em muitos casos nos anos a troika, pandemia…) suficientes para abraçar estes grandes projectos?
    A presença de um conjunto alargado de empresas portuguesas no consórcio ao qual foi adjudicado o contrato para a concessão do primeiro troço da alta velocidade entre Porto e Oiã reflecte a capacidade do sector de construção nacional para executar projectos de grande escala e elevada complexidade. Este facto demonstra que as empresas em Portugal dispõem das infraestruturas, dos equipamentos e do know-how necessários para responder a desafios exigentes, evidenciando a resiliência e adaptabilidade do sector, que se reergueu, apesar de todas as dificuldades e constrangimentos que atravessou.
    Neste contexto, importa realçar que as grandes construtoras portuguesas competem ao nível europeu, investindo em inovação e especialização técnica, o que lhes permite acompanhar as exigências de projectos de infraestrutura de grande dimensão. Esse sucesso reforça a confiança no sector e pode servir de incentivo para continuar a desenvolver o talento e a tecnologia necessários para manter esta posição, tanto em projectos nacionais quanto internacionais, impulsionando o sector para uma nova fase de crescimento e competitividade.

    Em que ponto está a elaboração do Código da Construção, um processo que foi anunciado no final do ano passado? Quais devem, no seu entender, ser as prioridades deste trabalho?
    A elaboração do Código da Construção é uma necessidade há muito reconhecida e reclamada pelo Sector e pela sociedade em geral, pelo que não poderá ficar adiada ou comprometida por qualquer alteração de natureza política ou outra. Exige-se, pois, o empenhamento e o esforço de todos os intervenientes neste processo, e não só das diversas áreas governativas do Estado, para que seja desenvolvido e continuado este importante trabalho, no mais curto espaço de tempo possível.
    Primeiramente deverá ser identificada a legislação e regulamentação aplicável que irá ser abrangida, bem como aquela que deverá ser objecto de alteração/actualização, tarefa que, creio, já estará em curso. De igual modo, deverá ser desenhada e estabilizada a estrutura do Código da Construção com os contributos do Sector, das Ordens Profissionais e das Universidades.

    O que destaca do que se sabe, até ao momento, do Orçamento de Estado, aprovado na generalidade no Parlamento? O IVA na Construção desce, mas “nas empreitadas de construção de imóveis de habitações económicas ou de habitações de custos controlados”. Para quem pugnada por mexidas urgentes nesta política fiscal, é suficiente?
    O Orçamento do Estado para 2025, aprovado na generalidade, marca alguns avanços importantes, mas, na perspectiva da AICCOPN, ainda fica aquém no que diz respeito às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção e, em particular, para dar uma resposta efectiva à crise habitacional.
    A autorização legislativa para redução da taxa de IVA na construção e reabilitação de habitação incluída no OE’25 é, sem dúvida, um avanço positivo. No entanto, persistem incertezas significativas sobre o seu alcance e a data concreta para a sua aplicação, o que dificulta o planeamento a médio prazo das empresas do sector, pelo que se considera urgente uma definição clara da sua extensão e um calendário de implementação. O país precisa de respostas rápidas e abrangentes para aumentar a oferta habitacional e combater a crise no sector.
    Para além da questão do IVA, considera-se que o OE’25 devia ser um verdadeiro instrumento de transformação, capaz de impulsionar o investimento público e privado. A execução do PRR, como todos sabemos, está atrasada, sobretudo na área das infraestruturas e da habitação, onde é crucial acelerar a construção das 26 mil habitações previstas até 2026, de modo a contribuir para aliviar a pressão sobre o mercado e enfrentar a escassez habitacional, que afecta directamente as famílias e a economia.
    Adicionalmente, é essencial que o Orçamento vá além da medida do IVA e elimine outros impostos que penalizam o custo final dos imóveis, como o AIMI e o IMI sobre o stock de imóveis destinados à venda. Estes encargos, juntamente com outros impostos como o IMT, Selo, IRC e IRS, a que acrescem custos indirectos, criam uma elevada carga fiscal para o sector e dificultam o aumento da oferta habitacional.
    Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação. Com uma resposta robusta de todas as partes envolvidas — Governo, autarquias e outras entidades — é possível criar um ambiente de incentivo ao investimento e dar um passo concreto em direcção a um futuro mais acessível para as famílias e mais competitivo para o sector e para o país.

     

     

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Portugal participa no Troféu Placo do Grupo Saint-Gobain 

    Esta competição acontece a cada dois anos e terá uma segunda fase internacional, onde Portugal estará representado em três categorias a concurso – Residencial; Cultura, educação e lazer; Fachadas. A votação online está disponível até ao dia 4 de Dezembro

    CONSTRUIR

    Já teve início a fase nacional do Troféu Placo, uma competição promovida pela Saint-Gobain. Tendo como objectivo “distinguir profissionais de todo o mundo que utilizem soluções Placo” nos seus projectos, esta competição acontece a cada dois anos e terá uma segunda fase internacional, onde Portugal estará representado em três categorias a concurso – Residencial; Cultura, educação e lazer; Fachadas.

    A eleição dos vencedores será feita pelo público em geral, através do voto digital em cada uma das categorias, no site saint-gobain.pt/trofeu-placo. A votação online está disponível até ao dia 4 de Dezembro, através de um e-mail válido e código do projecto.

    “É com grande entusiasmo que damos início à fase nacional do Troféu Placo. A competição internacional, promovida pelo Grupo Saint-Gobain, reconhece a excelência e inovação na aplicação de soluções Placo. Portugal estará representado na fase internacional, pelo que apelo à participação de todos através do voto digital, ajudando-nos a identificar as propostas que seguirão para a próxima fase”, sublinha Filipe Sambento, director comercial da Saint-Gobain Portugal.

    Os vencedores de cada categoria da fase nacional serão premiados com uma viagem a Paris nos dias 9, 10 e 11 de Abril de 2025 para participarem na fase Internacional do concurso organizado pelo Grupo Saint-Gobain, onde serão apurados os grandes vencedores internacionais desta edição.

    “O Troféu Placo é um excelente momento para reconhecer mundialmente projectos que utilizam soluções inovadoras e uma oportunidade para os profissionais portugueses contribuírem com o seu conhecimento e capacidade técnica, demonstrando o que Portugal faz de melhor a nível internacional.”, conclui ainda Filipe Sambento.

    A presente edição do Troféu Internacional Placo conta com cerca de 350 participantes, de mais de 30 países, e com cerca de 70 projectos a concurso.  O júri internacional seleccionará os vencedores dos 14 prémios, nomeadamente, o primeiro e o segundo prémio em cada categoria, o Grande Prémio para o vencedor geral de todas as categorias e o O Prémio do Presidente o “Coup de Coeur” do Júri.

    Desde a origem da fase internacional, em 1998, até aos dias de hoje, o Troféu Placo tem como objectivo reconhecer obras nas quais foram aplicados materiais Placo, nomeadamente as que utilizam sistemas de drywall. Trata-se de um sistema de construção seca, composto por perfis, tratamento acústico – lã mineral Isover – e placas de gesso laminado.

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    Investimento imobiliário 3º trimestre de 2024 inicia retoma de performance

    A Savills apresenta, no seu mais recente relatório “Real Estate Market Overview”, uma análise do desempenho do setor imobiliário no 3º trimestre de 2024

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    No final do terceiro trimestre de 2024, o mercado de investimento imobiliário em Portugal somou 371,6 milhões de euros, número que representa um crescimento de 42% em comparação com o mesmo período de 2023, embora com uma ligeira queda de 5% face ao 2º trimestre de 2024. No acumulado anual, o investimento ultrapassou a marca dos mil milhões de euros, em linha com o observado no ano transacto.

    Hospitality e retalho são os segmentos que mais se destacam até à data. O sector de hospitality soma já cerca de 275 milhões de euros de volume de investimento, atraindo a atenção dos investidores sustentada no notável desempenho dos principais indicadores do turismo. O crescimento robusto do mercado turístico e a qualidade superior dos activos têm impulsionado um forte interesse, especialmente em imóveis localizados nas regiões do Algarve, Lisboa, Cascais e Porto.

    “Em 2024, o mercado de hospitality em Portugal consolidou-se como um dos sectores mais atractivos para investimento, captando capital nacional e internacional. Com um desempenho robusto e oportunidades variadas, o país destaca-se como destino europeu de referência, atraindo operadores globais interessados em expandir suas marcas. Esse cenário coloca o sector numa trajectória de crescimento sustentável e sucesso a longo prazo”, refere Pedro Simões, capital markets senior consultant da Savills. No sector do retalho, os centros comerciais e retail parks estão a reunir igualmente o interesse dos investidores, com os capitais a direccionarem-se tanto para activos de grande dimensão e bem localizados, como para activos de menor dimensão em localizações secundárias, que oferecem um potencial de valorização de mercado.
    Na sua análise a Savills destaca que o montante de investimento alcançado está fortemente ancorado pela venda do Alegro Montijo, transaccionado por 178 milhões de euros, o que representa mais de metade do volume total registado até ao 3º trimestre de 2024.

    O mercado de escritórios denota menos dinamismo no mercado transaccional face aos seus volumes históricos, tendo registado nos primeiros nove meses do ano um volume de investimento total de 184 milhões de euros. No entanto, este ano já superou o volume total de investimento registado em 2023, com a transacção de activos de referência no mercado de escritórios de Lisboa, em zonas consolidadas.

    Este cenário reflecte o interesse dos investidores de perfil core em edifícios Grade A, aos quais se juntam investidores value-add que procuram activamente novas oportunidades.

    PBSA com destaque no segmento Living

    No segmento Living, o investimento em PBSA (Purpose-Built Student Accommodation) continua a destacar-se como um dos segmentos mais proeminentes, totalizando até à data cerca de 144 milhões de euros, correspondente à venda de residências de estudantes localizadas em Lisboa, Covilhã e Braga. O interesse reside tanto na aquisição de activos já operacionais como em investimentos em operações de forward purchase.

    O segmento logístico registou um investimento de 66 milhões de euros até ao final do 3º trimestre de 2024. Excluindo o ano de 2022, que teve um volume de investimento excepcional devido à venda de um conjunto de portfólios, o volume de 2024 está em linha com a média dos anos entre 2019 e 2023.

    O mercado continua a evidenciar um desajuste entre a forte performance do mercado ocupacional e a actividade no mercado transaccional logístico. Apesar do dinamismo observado na ocupação de espaços logísticos, este ainda não se traduziu em volumes significativos de investimento, embora o sector esteja bastante dinâmico na promoção de novos projectos. O setor aguarda a entrada de novos produtos que estejam alinhados com as exigências de modernidade, localização estratégica e eficiência que atraem capital para transacções de maior escala.

    O investimento estrangeiro teve uma representatividade de 79% no volume total de transacções, com os investidores oriundos de Africa do Sul, Alemanha, França e Espanha a somar os volumes de investimento mais significativos.
    As prime yields têm mantido a sua estabilidade, depois da descompressão que ocorreu ao longo do ano 2023, tendo entrada em fase de estabilização nos primeiros 6 meses do ano 2024.

    As descidas nas taxas de juro deverão trazer uma mudança na atividade de investimento. Embora os efeitos possam não ser imediatos, a confiança dos investidores será fortalecida.

    “O mercado de investimento imobiliário comercial em Portugal demonstra claros sinais de dinamismo, com o terceiro trimestre a revelar sinais de recuperação da confiança dos investidores. Apesar dos desafios ainda latentes como um quadro macroeconómico que ainda sugere cautela e tensões geopolíticas, acreditamos que a recta final de ano marcará um novo impulso em 2025 os volumes de investimento deverão recuperar a níveis anteriores a 2023”, reitera Paulo Silva, head of country da Savills.

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    Escavadora de lagartas Hitachi ZX52U-3 CLR

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    Maior grupo italiano de engenharia e contratação geral leiloa maquinaria

    O leilão decorre até ao 12 de Dezembro e incluem cerca de 280 artigos, entre escavadoras, empilhadoras ou varredoras mecânicas

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    A leiloeira online Surplex está a organizar a venda de máquinas de construção do maior grupo italiano de engenharia e contratação geral. O leilão decorre até ao 12 de Dezembro e incluem cerca de 280 artigos.

    Entre as centenas de equipamentos, destaca-se o empilhador telescópico Merlo Roto 50.16, a escavadora de lagartas Hitachi ZX52U-3 CLR, subestações modulares subterrâneas SCAE Modular, a varredora mecânica Dulevo 120 DK ou o pórtico rolante SAMO (5 toneladas).

    Todos os artigos são oferecidos sem despesas de carga. É possível ver os artigos no local da empresa de construção em Milão, Itália, no dia 9 de Dezembro, sendo necessária uma marcação online.

    Vender através de leilões é, segundo a Surplex, uma “forma rápida de vender as máquinas e equipamentos de construção que deixaram de ser necessários”. “Isto pode ser muito útil para criar espaço para tecnologias mais modernas ou para gerar liquidez, além disso, também pode ajudar a maximizar o valor de máquinas mais antigas que, de outra forma, seriam difíceis de vender”, refere a empresa.

    No que diz respeito aos compradores, estes podem usufruir de máquinas usadas de alta qualidade a uma fracção do preço original. “Desta forma, as empresas mais pequenas ou em crescimento conseguem expandir ou modernizar a sua maquinaria sem sobrecarregar o orçamento”, acrescenta.

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    Composição digital de árvores e edifícios no London Financial District (Reino Unido)

    Construção

    Lisboa recebe fórum europeu sobre eficiência energética em edifícios

    Está a decorrer desde ontem, 20 Novembro, em Lisboa, a  reunião plenária da CA-EPBD 2025 (Concerted Action of the Energy Performance of Buildings Directive). O encontro que traz à capital portuguesa 165 representantes de Estados-Membros da União Europeia, especialistas da Comissão Europeia e da Agência Executiva Europeia para o Clima, Infraestruturas e Ambiente (CINEA)

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    Está a decorrer desde ontem, 20 Novembro, em Lisboa, a  reunião plenária da CA-EPBD 2025 (Concerted Action of the Energy Performance of Buildings Directive). O encontro tem como objectivo discutir e promover o desempenho energético dos edifícios, um tema de vital importância para a sustentabilidade e eficiência energética na Europa.

    A CA-EPBD 2025 é uma iniciativa europeia que promove a troca de conhecimentos e experiências entre os países membros na implementação da Directiva sobre o Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD), tendo como objectivo central acelerar a transição para edifícios mais eficientes e sustentáveis.

    Na sessão de abertura do encontro que traz à capital portuguesa 165 representantes de Estados-Membros da União Europeia, especialistas da Comissão Europeia e da Agência Executiva Europeia para o Clima, Infraestruturas e Ambiente (CINEA), a Secretária de Estado de Energia, Maria João Pereira, destacou a importância da EPBD como uma “uma oportunidade, não apenas para transformar edifícios, mas para transformar vidas, promovendo a segurança energética, a resiliência económica e a equidade social”. A governante defendeu que a transição energética “deve estar centrada nas pessoas, capacitando indivíduos e comunidades, garantindo que ninguém fique para trás”.
    Por sua vez, o presidente da ADENE, Nelson Lage, anfitrião deste encontro europeu, reforçou a relevância deste encontro como “um catalisador para acelerar a acção climática e promover a eficiência energética em toda a União Europeia”, apelando à colaboração e cooperação entre os Estados-Membros e a Comissão Europeia como “essencial para enfrentarmos os desafios actuais e alcançarmos as metas ambiciosas estabelecidas pela revisão da Directiva de Desempenho Energético dos Edifícios”.

    Refira-se que a CA-EPBD é composta por 9 equipas temáticas, sendo a ADENE coordenadora da “Central Team 2” referente ao tema dos Passaportes de Renovação e dos Certificados Energéticos, áreas de grande relevância para a promoção da eficiência energética nos edifícios.

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