Câmara de Lisboa quer extinguir Gebalis
A decisão de extinguir a Gebalis decorre de um estudo de viabilidade financeira que a autarquia encomendou

Lusa
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A Câmara de Lisboa quer extinguir a empresa que gere os bairros municipais (Gebalis) que, entre 2004 e 2009, acumulou 28,7 milhões em prejuízos, uma proposta que será analisada quarta feira numa reunião extraordinária, disse à Lusa fonte municipal.
A decisão de extinguir a Gebalis decorre de um estudo de viabilidade financeira que a autarquia encomendou e que aponta vários cenários possíveis e indica que o custo da extinção poderá ascender a 35 milhões no curto prazo.
Segundo o estudo de viabilidade financeira, a que a Lusa teve acesso, os custos com indemnizações ascendem a três milhões, um valor que pode ficar reduzido a 1,5 milhões se metade do pessoal for transferido para a Câmara Municipal de Lisboa.
As responsabilidades financeiras referentes a outros passivos ascendem a sete milhões, considerando que não haverá qualquer recebimento de rendas por cobrar.
A estes custos acresce a dívida financeira no valor de 25 milhões e relativamente à qual, de acordo com o estudo, “os bancos podem exigir de imediato o seu reembolso”.
A difícil situação financeira da empresa já tinha sido abordada pela autarquia e a própria vereadora responsável pelo pelouro da Habitação já havia admitido todos os cenários.
O estudo de viabilidade financeira chama ainda a atenção para o facto de o cenário de extinção da empresa pressupor que as funções de gestão dos bairros municipais sejam transferidos para a câmara ou para outra entidade a criar para o efeito.
O trabalho encomendado pela autarquia realça ainda que, na eventual migração de funções, a eficácia de serviços poderá vir a ser penalizada.
A Gebalis foi criada em 1995 para assegurar a gestão dos Bairros de Lisboa que a Câmara lhe confia. Actualmente, a empresa gere 23 277 fogos, num total de 66 bairros.
No final de 2009, a empresa tinha uma dívida a bancos no valor de 25 milhões de euros relativa a contas caucionadas, sendo que foram reembolsados 6,7 milhões referentes a empréstimos entre os anos de 2008 e 2009.
Devido ao nível de endividamento da empresa, os custos com juros financeiros totalizaram até à data mais de cinco milhões de euros.
No final de 2009, a Gebalis tinha um valor acumulado de rendas em dívidas que rondava os 19 milhões de euros, 13 milhões dos quais com uma antiguidade superior a um ano.