Quercus apela ao IGESPAR para alterar parecer sobre construção de central fotovoltaica
O projecto camarário, de meio milhão de euros, prevê que a energia a produzir seja injectada na rede da EDP para suportar os custos da iluminação pública na zona
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Lusa
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A organização ambientalista Quercus apelou ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) para alterar o parecer negativo que deu à construção de uma central fotovoltaica para iluminação pública da Alta histórica de Coimbra.
O projecto camarário, de meio milhão de euros, prevê que a energia a produzir seja injectada na rede da EDP para suportar os custos da iluminação pública na zona e implica a recuperação do muro de suporte da Rua da Alegria (no centro histórico) para instalação de um sistema com 204 painéis de 198 watts.
O Igespar atribuiu-lhe um parecer desfavorável, justificando que os painéis solares ficariam visíveis, mas a Quercus defende que o risco de afectação da zona histórica é “residual” e refere que a central ficaria “encoberta visualmente pelos edifícios da contígua Avenida Emídio Navarro”.
Além disso, aponta a associação em comunicado, os modernos painéis a utilizar têm um “volume reduzido” e podem ser objecto até de “intervenção artística”
“A cidade fica favorecida em termos ambientais, ecológicos, energéticos e até turísticos pela construção de tal central, um exemplo daquilo que a administração pública (em sentido amplo) deve prefigurar na opção empenhada pelas energias renováveis, nomeadamente pela utilização de edifícios e espaços públicos nas micro e mini gerações de energia eléctrica”, acrescenta o comunicado.
Certo de que a “conciliação entre o histórico e o presente/futuro equilíbrio urbano sustentável” é possível, o núcleo de Coimbra espera que o novo parecer aguardado pela câmara traga novidades: “Apelamos a que desta vez seja positivo”.
O responsável pelo Gabinete do Centro Histórico, Sidónio Simões, disse à Lusa que, se o parecer continuar a ser negativo, o projecto tem de ser posto de lado, até porque, em caso de grande demora na resposta, poderá não ser possível candidatar o projecto ao Quadro de Referência Estratégico Nacional.