CML aprova proposta de Plano de Urbanização de Alcântara
A proposta abrange 230 hectares e altera o acesso à Ponte 25 de Abril
Lusa
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A autarquia lisboeta aprovou, com o voto contra do CDS e a abstenção do PSD, a proposta de Plano de Urbanização de Alcântara, que abrange 230 hectares e altera o acesso à Ponte 25 de Abril.
Segundo António Babo, da equipa que elaborou o documento, a actual entrada na ponte em Alcântara vai ficar reservada para ambulâncias e transportes públicos, sendo construído um novo ramal na Avenida de Ceuta que contornará por norte a ETAR (estação de tratamento de águas residuais) que está a ser construída.
Esse novo ramal vai juntar-se depois ao que vem do viaduto Duarte Pacheco, pelo que os carros deixam de fazer a inversão de marcha depois de entrar na Avenida de Ceuta.
Outra das alterações descritas pela equipa liderada pelo arquitecto Manuel Fernandes de Sá durante a reunião do executivo foi a construção de um túnel entre as avenidas 24 de Julho e Brasília (com passagem por baixo do caminho de ferro) que vai servir também a Infante Santo, onde deixa de haver um viaduto.
A proposta, que recebeu os votos favoráveis da maioria liderada pelo PS e do PCP, será agora enviada para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo para ser depois submetida a discussão pública e à apreciação final da câmara.
O documento prevê um investimento superior a 53 milhões de euros e inclui a recuperação de velhas áreas industriais e ferroviárias devolutas e a criação de dois interfaces nas estações ferroviárias Alcântara-Terra/Mar (no subsolo) e à do Alvito, que será articulada com uma ligação à rede de metro e, através de um meio mecânico (elevador/funicular) até à Rotunda de Alcântara.
Um parecer da Direcção Municipal de Ambiente Urbano (DMAU) questiona a opção de instalar a estação ferroviária de Alcântara no subsolo, “numa zona de elevada ou muito elevada vulnerabilidade a inundações e alto risco sísmico”, chama a atenção para a falta de um estudo hidrogeológico e alerta para os perigos de continuar a construir em caves.
Confrontado com as questões pela oposição, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado (PS), afirmou que a construção no subsolo é de evitar ao máximo mas em alguns casos “tem mesmo de ser” e sublinhou que a ligação das linhas de Cintura e de Cascais na estação subterrânea foi alvo de uma declaração de impacte ambiental que contou com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
“Não há zonas onde não se possa construir por risco sísmico. E não me parece que compita aos técnicos da DMAU levantar dúvidas sobre os riscos sísmicos”, referiu, acrescentando ter havido um estudo hidrogeológico.
O vereador CDS António Carlos Monteiro sublinhou que a proposta de Plano de Urbanização está condicionada pelo “pressuposto da ampliação do terminal de contentores, entretanto revogada” e não sofreu qualquer retificação desde esta decisão.
Para o autarca, o projecto não começou por onde devia – pela vertente hidrogeológica, inclusive uma solução definitiva para o caneiro de Alcântara – e parte do pressuposto de que a administração central avançará com investimentos nos transportes públicos que ainda não têm data e levam a construir menos estacionamento do que o necessário.
“Sabemos que há o PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento] e as coisas não estão fáceis, mas não temos um calendário que permita ter certezas quanto àquilo que é a concretização deste plano”, afirmou, lembrando, por exemplo, de que o metro ainda nem chegou a Campo de Ourique, onde “já devia estar há mais de 20 anos”.