Câmara discute plano que prevê dar nova centralidade a Alcântara
É igualmente sugerida uma rede de “mobilidade suave” que articule e dê coerência ao tecido urbano
Lusa
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A Câmara de Lisboa discute esta quarta feira a proposta de Plano de Urbanização de Alcântara, que prevê um investimento superior a 53 milhões de euros para dar a esta zona uma nova centralidade urbana.
A proposta de Plano de Urbanização (PU) de Alcântara, elaborada por uma equipa liderada pelo arquitecto Manuel Fernandes de Sá, prevê a recuperação de velhas áreas industriais e ferroviárias devolutas e o reforço da relação entre os vários meios de transporte público.
Para este reforço vão contribuir os dois interfaces previstos, que correspondem às estações ferroviárias Alcântara-Terra/Mar (no subsolo) e à do Alvito, que será articulada com uma ligação a definir à rede de metropolitano, com um meio mecânico (elevador/funicular) até à Rotunda de Alcântara.
O interface do Alvito será igualmente ligado a Campo de Ourique através de uma ponte destinada a instalar um “modo de transporte sobre carris” e que permitirá igualmente a utilização por bicicletas e peões.
As condições de acessibilidade rodoviária, ferroviária e marítima da área abrangida, que integra as freguesias de Alcântara, Prazeres e Santo Contestável, são potenciadas com a ligação da Linha de Cintura à de Cascais, a entrada em funcionamento da estação do Alvito e a chegada do Metro (prolongamento da Linha Vermelha até à avenida 24 de Julho), refere a proposta.
É igualmente sugerida uma rede de “mobilidade suave” que articule e dê coerência ao tecido urbano e, para ajudar a reduzir o tráfego na Baixa Pombalina, todo o sistema rodoviário será redefinido.
O Plano propõe igualmente a extensão do Parque Florestal do Monsanto até à Avenida de Ceuta, ajudando a uma melhor integração paisagística da nova infra estrutura ferroviária que, ligando a Linha de Cascais à de Cintura, surgirá nos terrenos da ‘Fábrica da Pólvora’.
Ainda na área das acessibilidades, o PU de Alcântara dá relevo às redes de circulação (percursos pedestres e para bicicletas) que articulam a frente ribeirinha com os percursos históricos, os espaços verdes, os equipamentos e os transportes públicos.
Haverá novos conjuntos imobiliários ao longo das avenidas de Ceuta, da Índia e 24 de Julho, empreendimentos que terão uma forte ocupação terciária, prevendo-se a instalação de sedes de empresas, equipamentos e serviços, complementados por instalações hoteleiras e habitação.
Tendo em vista reduzir a falta de estacionamento para residentes na área de intervenção do PU de Alcântara, são propostos cinco parques de estacionamento para residentes (860 lugares), no Largo do Calvário, no Adro da Igreja de São Pedro de Alcântara, na Estação Intermodal do Alvito, no lote da REFER onde actualmente está a estação Alcântara-Terra, junto à nova via de ligação Ceuta/Arco do Carvalhão.
Quanto a equipamentos, o PU de Alcântara prevê um crescimento populacional entre 3000 e 3500 novos residentes e sugere a construção de duas unidades de saúde (cuidados primários e cuidados continuados), uma escola EB1+Jardim de Infância, duas creches, dois centros de dia e um lar de terceira idade.
Estão igualmente previstos um circuito de fitness no Parque Urbano do Casal Ventoso, a requalificação do Polidesportivo existente na “Quinta do Capitão”, a construção de uma nova área de apoio, a construção de um novo polidesportivo na encosta do Casal Ventoso e de um outro junto à Avenida de Ceuta, além da substituição das instalações da piscina junto à avenida de Ceuta por um complexo desportivo a ser usado por clubes, associações e federações.
O Plano prevê ainda uma estrutura ecológica contínua, que relacione o estuário com o vale de Alcântara e Monsanto, e avança com sugestões para a redução dos riscos naturais como a construção de bacias de retenção de água ao longo do vale.
Num estudo prévio elaborado pela REFER é proposto um sistema com bacias de retenção de água a construir a jusante da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), no espaço anteriormente ocupado por uma estação de serviço, junto à zona da Estação de Alcântara-Terra e junto à Estação de Alcântara-Rio (duas).
É igualmente apontada a construção de dois reservatórios enterrados (Campolide-Benfica e Avenidas Novas), previstos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa e que deverão garantir “o controlo das cheias para o período de retorno de 10 anos”.