‘Fórum Cidadania Lisboa’ critica opções do plano e sugere alterações
O ‘Fórum Cidadania Lisboa’ critica ainda a “pouca atenção dada ao espaço público”

Lusa
APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
O movimento de cidadãos ‘Fórum Cidadania Lisboa’ criticou algumas das opções do Plano Pormenor da Baixa Pombalina, apontando a ausência de referências à candidatura a património mundial e os limites físicos da área de intervenção.
Para o aquele movimento, que dirigiu ao presidente da Câmara de Lisboa e ao vereador do Urbanismo as suas críticas e sugestões, no âmbito do processo de discussão pública do plano, que hoje arrancou, é incompreensível que as Portas de Santo Antão, os Restauradores e São Paulo não sejam abrangidos pelo conceito de Baixa Pombalina.
“Ao não referir essa preocupação, a CML dá por adquirida uma reabilitação assente no “fachadismo” e, portanto, oca em matéria de preservação do conteúdo técnico, construtivo e arquitetónico da Baixa”, refere a missiva.
O ‘Fórum Cidadania Lisboa’ critica ainda a “pouca atenção dada ao espaço público”, dando como exemplo a Praça da Figueira, “hoje (…) um foco de mau espaço público” e a “pedonalização (…) das ruas e largos dos Bacalhoeiros, Crucifixo, Sapateiros, Visconde de Santarém, Corpo Santo, Terreiro do Trigo, Jardim do Tabaco e Campo das Cebolas”.
Aponta ainda a não referência explícita “à necessidade, de técnica e legalmente, se garantir a salvaguarda e a boa estabilidade da estrutura de sustentação dos edifícios da Baixa Pombalina, (…) garantindo a preservação da sua estacaria e estrutura em gaiola”.
“Ao observarmos os mais recentes projectos aprovados pela CML[Câmara Municipal de Lisboa] no Chiado, constatamos com grande preocupação uma tendência para o “fachadismo”. Estamos a desvalorizar a estrutura de gaiola enquanto elemento patrimonial essencial na Arquitectura Pombalina”, escreve o movimento.
Quanto à oferta cultural, o ‘Fórum Cidadania Lisboa’ questiona o facto de o Plano de Pormenor “reduzir a oferta cultural emergente ao MUDE e ao Museu da Moeda”, sublinhando: “isto sabendo-se da preocupação expressa em tempos por “agentes no terreno” quanto à necessidade de se apostar na recuperação para a cidade de espaços culturais como o antigo Animatógrafo do Rossio ou o Cinema Odéon”.
“Este PP não prevê um projecto essencial não só para a Baixa como para toda a Arquitectura Pombalina: o já falado Centro de Interpretação da Reconstrução Pombalina. Está ainda por fazer a promoção e divulgação da Arquitectura Pombalina junto dos cidadãos, nacionais e estrangeiros”, refere.
O movimento de cidadãos aproveita ainda para sugerir a revisão de alguns itens do regulamento, designadamente o artigo (19º) que permite a abertura de garagens nos pisos térreos dos edifícios na Baixa e o que permite o aumento de alguns edifícios.
Outra das críticas do ‘Fórum Cidadania Lisboa’ prende-se com o inventário das lojas, que considera estar incompleto e ter “julgamentos de valor discutíveis”.
A este nível, apontam algumas falhas no inventário apresentado, designadamente o “esquecimento” de lojas como a antiga Casa dos Panos (fundada em 1868), a Barbearia Celeste & Herdeiros (dos anos 50 e com interior praticamente intacto) e a Barbearia Salão Carmo (de 1929), a Ginginha “Eduardino” (dos anos 30-40) e o antigo Cambista Pina (fundada em 1885).
Noutro extremo, aponta um exemplo de uma loja que aparece no inventário mas que, segundo o movimento de cidadãos, “já não existe desde 2007”:a Barbearia da Rua dos Correeiros 42 a 44.