Prémio Secil Engenharia atribuído à obra do Molhe Norte da Barra do Douro
Silveira Ramos, autor do projecto, realçou “as dificuldades próprias de um programa ambicioso que combinava exigências hidráulicas, sedimentares, estruturais, paisagísticas, de navegação e de integração urbana”

Pedro Cristino
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”
A Secil e a Ordem dos Engenheiros (OE) anunciaram a atribuição do Prémio Secil de Engenharia Civil 2009 ao Molhe Norte da Barra do Douro, uma obra da autoria do engenheiro Fernando Silveira Ramos.
Segundo Silveira Ramos, a conquista deste prémio, que classifica como “o Nobel da engenharia em Portugal”, foi acolhida com reforçadas razões de satisfação pessoal, dado que a obra distinguida exigiu “mais de 10 anos de trabalhos e lutas”.
O gerente da Consulmar realçou também “as dificuldades próprias de um programa ambicioso que combinava exigências hidráulicas, sedimentares, estruturais, paisagísticas, de navegação e de integração urbana”.
Esta obra tratou-se, nas palavras de Fernando Silveira Ramos, “de um trabalho colectivo”, levado a cabo por “uma equipa técnica de projecto e consultoria coesa e multidisciplinar”. O engenheiro salientou “a vitória da imaginação e da inovação na obra de engenharia sobre o habitual pragmatismo cinzento e repetitivo”, bem como “a transformação do “forte e feio” molhe costeiro num equipamento urbano e lúdico, de qualidade e de utilização pública”.
O Molhe da Barra do Douro integra-se num conjunto de obras na embocadura do estuário, cuja coerência e comportamento hidráulico e sedimentar são determinantes para o seu êxito. De acordo com o comunicado da OE e da cimenteira, “alguns conceitos de sustentabilidade ambiental e de utilização urbana e lúdica desta obra assumiram também especial relevância nas opções efectuadas”.
A concepção geral das intervenções na barra do Douro esteve a cargo de um consórcio projectista liderado por Fernando Silveira Ramos e o desenvolvimento do projecto do Molhe Norte ficou sob a responsabilidade da Consulmar.
A construção da obra foi lebvada a cabo do consórcio Construtores dos Molhes do Douro-ACE, formado pela Somague Engenharia e pelos Irmãos Cavaco, enquanto que a fiscalização foi realizada pela DHV-Tecnopor/DHV-Fbo.
O galardão, reconhecido como “o prémio de referência da engenharia portuguesa, distingue, de dois em dois anos, a mais significativa solução de engenharia concretizada no biénio em análise” e visa promover “o reconhecimento público de autores e de obras que”, incorporando o cikmento, “constituam peças significativas no enriquecimento da engenharia portuguesa”.