Participação portuguesa em Xangai é “estratégica” e continua em 2011
“A exposição é um primeiro momento desta participação mais alargada e que, em 2011, sairá de Xangai”
Lusa
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O comissário geral de Portugal na Expo de Xangai, a maior exposição universal da história, disse à Lusa que a participação é estratégica para divulgar o país na China e vai continuar em 2011, Ano de Portugal na China.
Em entrevista à agência Lusa, a poucos dias do arranque da Expo, a 1 de Maio, Rolando Borges Martins frisou que o investimento de 10 milhões de euros para a participação no evento se justifica porque é uma megacampanha de promoção de Portugal no mercado chinês.
“O investimento que o país faz tem uma leitura que ultrapassa os seis meses da exposição. Temos um défice de conhecimento no mercado chinês. Portanto, estaremos a fazer uma campanha de comunicação para, no mínimo, três milhões de visitantes que vão entrar dentro do pavilhão de Portugal”, disse Rolando Borges Martins.
“Tocar directamente e com mensagem específica este número de pessoas é um exercício que tem o seu custo mas que, espero, tenha o seu resultado”, acrescentou.
O comissário geral enquadrou a participação portuguesa – um pavilhão com cerca de dois mil metros quadrados – na estratégia de divulgação do país na China, que ganhou mais força com a decisão, anunciada em 2009, de realizar em 2011 o Ano de Portugal na China, para divulgar a cultura e a língua portuguesas e um país “moderno, exportador e inovador”.
Os conteúdos do pavilhão de Portugal – da réplica do Terreiro do Paço à carta do imperador chinês ao rei D. José de Portugal, do carro elétrico português às construções sustentáveis em cortiça – ficam à disposição do Estado depois do final da Expo, a 31 de Outubro, para percorrer outras cidades chinesas.
“A exposição é um primeiro momento desta participação mais alargada e que, em 2011, sairá de Xangai. Este investimento é feito nesta exposição, mas os conteúdos ficam desde já disponíveis para integrar outras mostras”, afirmou o responsável.
Numa Expo com o tema “Melhores Cidades, Maior Qualidade de Vida”, o pavilhão português divide-se em quatro espaços – Portugal-China: 500 Anos de Encontros; Portugal-Uma Praça para o Mundo; Portugal-Um Mundo de Energias; e Marca Portugal – e é a primeira vez que a participação portuguesa numa exposição universal tem uma componente sobretudo comercial e económica.
“Há toda uma aposta nesta presença em penetrar no mercado chinês e, portanto, os diversos sectores de actividade que hoje, em Portugal, fazem sentido colocar-se na China poderão ter ali um palco avançado”, afirmou Rolando Borges Martins.
“A aposta que o pavilhão tem a fazer é no reforço do posicionamento do País – país europeu, país contemporâneo, de bom clima, de boa gastronomia, de bons vinhos, país de património, país de natureza, país de história, coisas que são apelativas para o mercado chinês”, acrescentou.
Apesar de se destinar sobretudo aos chineses – que vão compor 95 por cento do número previsto de visitantes -, Borges Martins admite que gostaria de ver portugueses a “ir para dentro lá fora”.
“Adoraria ver bastantes turistas portugueses no pavilhão”, concluiu o comissário geral.