Quais os grandes desafios que se colocam à Engenharia Civil nacional?
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Carlos Matias Ramos (Lista A): A engenharia civil vai continuar na senda da internacionalização e vai, em simultâneo, continuar a dar respostas à realidade nacional, nas diversas vertentes de actividade, sendo potenciadora da internacionalização das nossas empresas. Todos temos consciência de que o sector da construção tem grande relevância económica e social, sendo gerador e dinamizador de emprego e induzindo o desenvolvimento de outros sectores económicos, tendo um significativo efeito multiplicador. Ao contrário do que muitas vezes se pensa, este sector é também grande mobilizador do conhecimento, utilizando o saber de várias engenharias desde a engenharia civil, à electrotecnia, à mecânica, ao ambiente, etc, sendo responsável por uma parcela elevada do investimento e do crescimento macroeconómico. Trata-se, portanto de um sector fundamental que necessita de uma engenharia de qualidade e exigente que impulsione a inovação e dê resposta aos desafios de uma sociedade global e altamente competitiva.
Fernando Silveira Ramos (Lista B): A engenharia civil nacional enfrenta agora, de modo mais generalizado e premente, o desafio da internacionalização e da exportação. Este desafio para ser ganho precisa de uma engenharia civil nacional de boa saúde e isso só é possível se o mercado interno, nomeadamente o público, a ajudar a fortalecer-se, a tornar-se mais competitiva, independente e capacitada. A engenharia civil nacional está ainda de boa saúde, apesar das malfeitorias que, querendo ou não, lhe têm feito e que a tornam mais frágil. Temos de alterar isso. Está na hora de unir esforços, falar alto e, se necessário, dar dois murros na mesa. Temos de exigir a suspensão urgente, em todo ou em parte, das recentes leis que enquadram o exercício da nossa actividade, retomando a via negocial abandonada em Outubro pelo Ministério das Obras Públicas. Temos de exigir alterações à lei da contratação e a alguns procedimentos públicos de selecção dos serviços de engenharia. A lei e os procedimentos têm de ser iguais para todos, transparentes e monitorizáveis. Temos de impedir uma concorrência desleal assassina que dificulta o nosso caminho para que a engenharia se torne mais competitiva, independente e capacitada.
Luís Malheiro (Lista C): Os grandes desafios colocam-se a toda a engenharia portuguesa e não exclusivamente à engenharia civil. Ao longo dos anos a engenharia civil soube granjear, com todo o mérito, um prestígio Internacional de que todos nos orgulhamos. De igual modo, talvez de forma menos mediática e mais recentemente, outras área de engenharia, como as telecomunicações e as tecnologias de informação, a biotecnologia, os materiais, a energia e a sustentabilidade, etc, têm vindo igualmente a merecer o reconhecimento internacional. Assim o desafio comum é manter esse prestígio, consolidando-o, e projectando-o para os novos mercados emergentes e mais competitivos. É fundamental que o Estado esteja presente, no apoio às empresas geradoras e exportadoras de conhecimento , não preferindo a manutenção de monopólios conservadores (por definição), e dando asas à inovação permitindo a conquista do mercado interno como melhor forma de poderem ser credíveis no mercado externo.