Fernando Santo aplaude adiamento de novas concessões rodoviárias
O ainda bastonário dos Engenheiros defende que o Executivo devia ter congelado o Plano Rodoviário na anterior legislatura e que devia aposta na reabilitação
Pedro Luis Vieira
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O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, defendeu que, face ao estado das contas públicas em Portugal, o anterior Governo devia ter congelado o Plano Rodoviário mais cedo, pelo que concorda com a posição tomada pelo actual ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, de que não há necessidade de lançar mais concursos ou fazer novas adjudicações no domínio da rede rodoviária.
“Penso que é uma medida sensata, que apareceu um pouco tarde, porque já no anterior Executivo, tinhamos referido que as estradas em Portugal deveriam ser paradas em função da realidade do país. Deviam ter sido analisados os vários investimentos públicos em estradas, para ver se eram justificáveis face à situação financeira do país e às prioridades que tínhamos”, declarou à TSF Fernando Santo.
Neste sentido, o ainda bastonário da Ordem dos Engenheiros acredita que “o que pode dar trabalho é a reabilitação urbana, porque é a que mais está distribuída pelo país, que mais envolve as Pequenas e Médias Empresas e o sector da construção, que está altamente deprimido”.
Recorde-se que na passada quinta-feira, em entrevista à RTP, Teixeira dos Santos assumiu que embora não queira recuar em nenhum dos projectos de construção de novas estradas, não vai investir mais nessas obras até ao final da legislatura.