Ex-ministro Ferreira do Amaral considera Orçamento de Estado “decepcionante”
Para o ex-ministro, deve haver “uma enorme atenção às despesas do Estado”, ressalvando que é entre orçamentos que a maioria das despesas são feitas, e considerou que “é uma ilusão” pensar que é o OE que pode travar os gastos”
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O antigo ministro das Obras Públicas, Joaquim Ferreira do Amaral, considerou esta quinta-feira que há “um sentimento de decepção” pelo Orçamento de Estado (OE) e recomendou “enorme atenção” às despesas do Estado.
Ferreira do Amaral, que falou aos jornalistas à margem de um almoço organizado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), lamentou que não se tenha ido mais longe na contenção da despesa e observou que este é um OE com pouca margem de manobra.
Para o ex-ministro, deve haver “uma enorme atenção às despesas do Estado”, ressalvando que é entre orçamentos que a maioria das despesas são feitas, e considerou que “é uma ilusão” pensar que é o OE que pode travar os gastos, já que estas se criam fora dele.
Quanto ao anúncio de novos investimentos, geralmente apresentados “com grande pompa” não são, em si mesmas, boas notícias.
“Gostava de ver o ministro chegar, fazer um anúncio e dizer: Tenho uma boa notícia. Cancelei um programa “x” ou “y” ou “z” que não tinha o retorno previsto e que custava imenso dinheiro ao Estado”, afirmou.
“Continuando a seguir este caminho, só há duas formas: ou se aumentam as receitas ou aumenta o défice”, rematou o antigo governante, escusando-se, no entanto, a comentar as dúvidas lançadas por vários economistas relativante aos 9,3 por cento de défice apresentado pelo Governo.