Escassez de oferta de alojamento em destaque no “Dia do Estudante”
Por ocasião do Dia do Estudante, que se comemora esta segunda feira 24 de Março, a Worx Real Estate Consultants faz notar a falta de oferta de alojamento para estudantes do Ensino Superior. “Há capacidade para criar parcerias colaborativas envolvendo promotores imobiliários, operadores para gerir as residências e até investidores que tragam o capital necessário ao desenvolvimento destes projectos”

CONSTRUIR
JLL e WORX acompanham Banco Julius Baer na sua expansão em Lisboa
Câmara de Aveiro avança para novo pavilhão municipal
Governo reforça orçamento para a execução da Lina
CESAE Digital investe 3,5 M€ na requalificação da ‘Fábrica de Santo Thyrso’
Leroy Merlin lança boxers “para toda a obra”
Portugal é um dos destinos mais atractivos para investimento hoteleiro na Europa
Investimento em imobiliário comercial segue com tendência ascendente
Exclusive Networks reforça em mercados chave
AMMC Legal reforça equipa
Preços das casas no Algarve com crescimento de 13,8% em 2024
Segundo a consultora Worx, no ano lectivo de 2023/2024 foi de mais de 448 mil o número de alunos inscritos no Ensino Superior, dos quais 44% de deslocados, sendo 32% alunos nacionais e 12% alunos internacionais provenientes, principalmente, dos PALOP (Brasil, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde), da França e da Itália.
Este número traduz, com referência aos últimos 5 anos, um crescimento anual médio da população estudantil do Ensino Superior de cerca de 3%, percentagem que é ainda mais elevada no público de estudantes estrangeiros – 14% em média – evidenciando, quer a aposta dos jovens e das famílias na procura de melhores qualificações profissionais, quer a atractividade, interna e externa, das universidades portuguesas.
Fruto desta trajectória, o número presente de estudantes a necessitar de alojamento rondará os 194 mil, número que se antecipa que continue a crescer no médio prazo.
Se bem que a oferta de alojamento estudantil tente acompanhar esta procura crescente, o ritmo de resposta continua ainda longe das necessidades. Com efeito, estima-se que a oferta total existente à data corresponda a 16.300 camas em residências universitárias públicas, 10.100 camas em residências privadas, 5.600 quartos em apartamentos privados (Setembro de 2024), 1.270 camas em alojamentos protocolados e um número residual de camas em residências de cariz religioso, o que corresponderá a uma taxa de cobertura de apenas 7% sobre o total da população estudantil universitária e de apenas 17% sobre a população universitária deslocada.
Semelhante percentagem reflecte a evidente escassez da oferta deste tipo de alojamento, comparando mal com outros países da Europa, com taxas de cobertura oscilando entre os 30% e os 40% (Reino Unido e Dinamarca por exemplo).
No entender de Pedro Rutkowski, CEO da WORX, “é claro o desajuste entre a procura e a oferta de alojamento estudantil universitário. Na nossa perspectiva, semelhante situação só poderá ser ultrapassada com um esforço conjunto e articulado entre poderes públicos e stakeholders privados. Sem este esforço colectivo, o mercado continuará a evidenciar a pressão de uma procura insatisfeita e, em consequência, o incremento dos preços, em prejuízo, sobretudo, dos estudantes portugueses e das suas famílias.”
Também João Tinoco, investment director da WORX, sublinha que “há capacidade para criar parcerias colaborativas envolvendo promotores imobiliários, operadores para gerir as residências e até investidores que tragam o capital necessário ao desenvolvimento destes projectos. Estas são soluções win-win, não apenas para os seus intervenientes directos, mas também para o mercado e, particularmente, para os estudantes que se debatem anualmente com as enormes dificuldades em conseguir garantir um alojamento estável e condigno ao longo do seu percurso universitário. Na WORX estamos proactivamente envolvidos neste desafio e esperamos continuar o bom trabalho que acreditamos estar a fazer.”