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O sector de crédito em Portugal demonstrou uma recuperação notável em 2024, após as retracções registadas no ano anterior. De acordo com uma análise recente da Simplefy, o mercado do crédito à habitação retomou um crescimento robusto, impulsionado pela estabilização das taxas de juro, políticas macroeconómicas favoráveis e medidas governamentais de apoio à habitação. O crédito ao consumo também apresentou sinais positivos, com uma estabilização e ligeiro aumento no montante concedido.
De acordo com o ‘Relatório de Acompanhamento dos Mercados de Crédito – 2023’, divulgado em Julho de 2024, o mercado de crédito à habitação retomou um crescimento robusto, devido ao aumento significativo no montante total de crédito concedido e no número de novos contratos celebrados. As medidas de apoio à habitação, como o apoio ao crédito jovem e a suspensão das comissões de reembolso antecipado, também tornaram o crédito mais acessível.
O sector experimentou algumas flutuações ao longo ano. Verificou-se um crescimento moderado no primeiro trimestre, uma aceleração no número de contratos de crédito à habitação no segundo trimestre e uma ligeira desaceleração no terceiro trimestre motivada por factores sazonais, como o período de férias, e uma certa cautela face a sinais de inflação, seguida de uma retoma no quarto trimestre. Estas flutuações foram impulsionadas pela redução e estabilização das taxas de juro que contribuíram para o aumento da procura por crédito, enquanto políticas regulatórias favoráveis, como o alívio no teste de esforço, facilitaram o acesso ao crédito e dinamizaram o mercado. A confiança do consumidor foi reforçada pela melhoria dos indicadores económicos e pela estabilidade política. Contudo, o aumento dos preços imobiliários, apesar de impulsionar o valor global do crédito, reduziu a procura por parte de algumas famílias.
Nesse sentido, a Simplefy antecipa para 2025, que o sector do crédito em Portugal continue a sua trajectória ascendente, apoiado por um enquadramento económico mais favorável e por políticas monetárias e fiscais que estimulam o crescimento. De acordo com o Boletim Económico de Dezembro de 2024, do Banco de Portugal, o crescimento da economia portuguesa deverá situar-se em 1,7%, aumentando para 2,2% em 2026, impulsionado por um maior dinamismo da procura interna e pela aceleração da procura externa.
Após a primeira descida da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE) em 2024, espera-se uma continuidade desta política monetária mais acomodativa em 2025. As taxas de juro de curto prazo deverão diminuir, facilitando o acesso ao crédito e reduzindo os custos de financiamento para as famílias e empresas.
Impulsionado pela estabilização das taxas de juro e pela confiança dos consumidores na recuperação económica espera-se um aumento da procura por crédito à habitação e ao consumo.
2025 trará também um maior foco na sustentabilidade. As instituições financeiras deverão intensificar a oferta de produtos de crédito que promovam a sustentabilidade ambiental, como financiamentos para energia renovável e habitação sustentável, alinhando-se com as preocupações crescentes dos consumidores e com as metas europeias de descarbonização.
A digitalização continuará a ser uma tendência dominante, com a adoção de tecnologias emergentes como inteligência artificial, blockchain e análise de big data, melhorando a eficiência operacional e a experiência do cliente.
De acordo com a Simplefy este cenário trará mudanças para o consumidor que necessite de recorrer ao crédito em 2025, nomeadamente nas condições de financiamento mais atraentes, com taxas de juro mais baixas e critérios de concessão mais flexíveis, aumentando a aprovação de empréstimos. A oferta de produtos de crédito será mais personalizada, ajustada às necessidades específicas de cada cliente, com recurso a análise de dados sofisticada. A experiência digital será melhorada, com processos mais ágeis e convenientes através de plataformas intuitivas.